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LIÇÃO 2
AS CARTAS ÀS SETE IGREJAS
TEXTO ÁUREO: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” (Ap 2.29)
LEITURA BÍBLICA: APOCALIPSE 3.14-22
INTRODUÇÃO Já vimos que o livro de Apocalipse foi originalmente escrito a sete igrejas da província romana da Ásia, a saber: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia. Tendo se apresentado como aquele que anda no meio das igrejas e que tem os seus mensageiros (anjos) na Sua destra, veremos, na sequência dos capítulos 2 e 3, que o Senhor Jesus tem uma mensagem particular a ser dirigida ao Seu povo, antes de desvendar os desígnios gerais de Deus.
I – A ESTRUTURA COMUM DAS CARTAS ÀS SETE IGREJAS A mensagem das Cartas é primeiramente direcionada aos anjos, isto é, aos mensageiros das igrejas (“Escreve ao anjo da igreja”), os quais, perante Deus, são os primeiros responsáveis pela situação espiritual em que suas respectivas igrejas se encontram. Mas como estas sete igrejas representam a totalidade das igrejas, ou ainda, a Igreja de Deus em todos os tempos, até a volta de Cristo, cada uma destas cartas, e todas elas ao mesmo tempo, servem de instrução e alerta para todos nós, que fazemos parte da mesma Igreja (“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”). Apesar das características particulares de cada carta, todas elas apresentam uma estrutura comum, na qual podemos destacar basicamente quatro elementos: 1) o Senhor Jesus se identifica, por uma descrição simbólica do Seu poder e glória, como o autor da carta; 2) revela a situação espiritual da igreja, apontando o que é aprovado por Ele, e ou o que Ele reprova; 3) exorta ou corrige a igreja e seu mensageiro, de acordo com a necessidade do caso; e 4) anuncia uma promessa de recompensa aos que vencerem. Nesta oportunidade, faremos alguns destaques importantes em cada uma das sete Cartas.
II – AS CARTAS A ÉFESO, ESMIRNA, PÉRGAMO E TIATIRA (2.1-29) À igreja de Éfeso (Ap 2.1-7), o Senhor reconhece seu grande esforço e perseverança em servi-lo, mas chama a atenção para a perda do genuíno amor a Deus: “deixaste o teu primeiro amor” – o que denota uma situação grave, da qual deviam se arrepender (Mt 22.37-40). Por outro lado, eles não haviam caído a ponto de se corromperem com as obras abomináveis dos nicolaítas – estes identificados pelo nome de um homem porque não eram de Cristo (1 Tm 1.3, 4). À igreja de Esmirna (Ap 2.8-11), o Senhor não faz nenhuma correção em particular, contrastando as muitas adversidades pelas quais esses irmãos passavam (tribulação, pobreza, blasfêmia dos incrédulos) com a preciosidade da sua fé (“mas tu és rico”, cf. 1 Pe 1.3-9). Avisa-os que suas tribulações se estenderiam por muito tempo (“dez dias” aqui simbolizando multiplicidade – muitos dias), mas também assegura que, àqueles que perseverarem até o fim, inclusive sob a possibilidade de serem mortos, seria dada a vida eterna (“dar-te-ei a coroa da vida” e “não receberá o dano da segunda morte”, que é a morte eterna, cf. Ap 20.14; 21.8). À igreja de Pérgamo (Ap 2.12-17), o Senhor louva sua perseverança e fidelidade, mesmo habitando esses irmãos numa cidade que é tomada como representação do domínio de Satanás sobre todo o mundo (“o trono de Satanás”). Cita o caso particular de Antipas, uma testemunha que, como muitas outras, foi fiel até a morte em dias de grande perseguição (At 7.59). Mas também chama a igreja ao arrependimento em vista daqueles que seguiam a doutrina de Balaão, enganando os fiéis para que se contaminassem com os ídolos (Nm 31.16). À igreja de Tiatira (Ap 2.18-29), apesar de louvá-los pelas suas obras e seu crescimento na fé, no amor e na paciência, o Senhor reprova a tolerância para com certa Jezabel que, à semelhança de sua homônima na história bíblica, estava induzindo muitos irmãos a se contaminarem com a idolatria. Os discípulos, ou filhos espirituais gerados a partir do falso ensinamento desta mulher não são reconhecidos por Deus e, por isso, seriam extirpados da igreja (“eis que a porei numa cama”, “ferirei de morte a seus filhos”). Aos que não haviam se contaminado, o Senhor exorta apenas a perseverarem, retendo a graça que haviam recebido (“o que tendes, retendo-o até que eu venha”).
III – AS CARTAS A SARDES, FILADÉLFIA E LAODICEIA (3.1-22) À igreja de Sardes (Ap 3.1-6), o Senhor chama a atenção para a verdadeira condição espiritual de muitos (“estás morto”), exortando-os a despertarem através do arrependimento e da vigilância, antes que fosse tarde demais (“se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão”, cf. Rm 13.11-14). Contudo, aqueles que haviam se conservado na pureza eram conhecidos do Senhor, e seriam preservados para a vida eterna (“comigo andarão de branco”). À igreja de Filadélfia (Ap 3.7-13), o Senhor não faz nenhuma repreensão; é provada no mundo, inclusive por aqueles que se diziam ser povo de Deus (“os que se dizem judeus e não são, mas mentem”, cf. Jo 16.2, 3; Ap 2.9), e vinha se mostrando inabalável, tendo grande paciência e perseverança (“guardaste a minha palavra” e “não negaste o meu nome”). Portanto, o Senhor promete guardá-la de cair (“te guardarei da hora da tentação”, cf. Jo 17.15) e reconhecer os seus membros como colunas e não se envergonhar deles diante de Deus (Mt 10.32-33). À igreja de Laodiceia (Ap 3.14-22), o Senhor não dirige nenhuma aprovação, mas antes reprova o seu amor pelo mundo que a divide na lealdade para com Deus (“não és frio ou quente”), e que não só a levava a se gloriar em riquezas, mas a cegava para sua pobreza espiritual (“Como dizes: Rico sou... e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre”, Lc 12.18- 21). Mas, mesmo assim, esta igreja ainda é amada por Cristo, e por isso é exortada ao arrependimento e a buscar a verdadeira riqueza em Deus.
CONCLUSÃO O Senhor nos repreende porque nos ama, e nos trata de acordo com nossas verdadeiras necessidades espirituais, ora nos exortando à perseverança, ora nos corrigindo para o arrependimento, mas sempre nos incentivando por meio de gloriosas promessas que se cumprirão para todo aquele que vencer.
PARA USO DO PROFESSOR
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