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LIÇÃO 2
DIAS DE GRANDES ACONTECIMENTOS (PARTE I)
TEXTO ÁUREO: “E, respondendo o anjo, disse-lhe: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas alegres novas.” (Lucas 1.19)
LEITURA BÍBLICA: LUCAS 1.5-25
INTRODUÇÃO Iniciaremos o estudo da vida de Jesus com os primeiros eventos relatados nos Evangelhos: os anúncios do nascimento (ou, mais propriamente, da concepção) do precursor, João, e de Jesus. Principalmente à luz de Lucas, veremos como, pelo tempo e modo desses anúncios, Deus sinalizou, tanto a Zacarias e Isabel como a Maria e José, que seus respectivos filhos teriam um papel de incalculável importância na realização dos desígnios de Deus. Havia chegado o tempo, tão aguardado por Israel, de cumprir as promessas feitas aos pais, e aqueles seriam dias de grandes acontecimentos, pelos quais Deus estaria “colocando em marcha” seu grandioso propósito de salvação.
I – MEDIANTE UM GRANDE SINAL DE DEUS, ANUNCIA-SE O NASCIMENTO DO PRECURSOR (LC 1.5-25) Propondo colocar em ordem os acontecimentos mais importantes relacionados à vida de Jesus, Lucas começa relatando como tudo começou nos dias de Herodes, rei da Judeia, quando um sacerdote chamado Zacarias foi visitado por um anjo de Deus enquanto ministrava no templo, em Jerusalém. Tomado de espanto e temor pela visão, o sacerdote é tranquilizado pelo anjo, que se identifica como Gabriel, que assiste diante do Senhor, e que lhe dá a alegre notícia de que sua mulher, Isabel, conceberia, e daria à luz um filho. Em si, já se tratava de um grande milagre, pois Isabel era estéril e tanto ela como seu marido, Zacarias, eram de idade avançada, naturalmente não podendo ter filhos. Mas, além desta nova, que seria uma alegria para o casal, o anjo ainda revela que o menino, que deveria se chamar João (que significa graça), seria consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe para exercer um ministério de grande autoridade, a fim de converter a muitos do seu povo e prepará-los para a salvação de Deus, que haveria de se manifestar em breve (Ml 3.1; 4.5-6). A reação de Zacarias às palavras do anjo foi de incredulidade:“Como saberei isso? Pois eu já sou velho, e minha mulher, avançada em idade”, mesmo sendo ele um sacerdote do Todopoderoso, o Deus que no passado já havia operado mais de uma vez esse tipo de milagre; e talvez por isso mesmo Zacarias é imediatamente repreendido, e permaneceu mudo até que aquelas palavras se cumprissem. Enquanto isso, o povo do lado de fora do templo, surpreendido com a demora do sacerdote e depois com a sua mudez, entendeu isto como sinal de que ele havia recebido alguma visão da parte de Deus. De qualquer modo, após completar o período que correspondia à sua turma servir no templo, Zacarias volta para casa, nas montanhas de Judá, e então sua mulher, Isabel, concebe. Ao mesmo tempo em que se oculta durante os primeiros cinco meses da sua gravidez, Isabel reconhece a benção de Deus, e se alegra por ter removido o opróbrio da sua esterilidade (cf. Gn 30.23).
II – OS SINAIS CONTINUAM NO ANÚNCIO DO NASCIMENTO DO MESSIAS (LC 1.26- 38) No sexto mês da gravidez de Isabel, Gabriel é enviado por Deus a anunciar outra boa nova, desta vez a uma virgem de Nazaré, na Galileia, chamada Maria, a qual se achava desposada com um homem da casa de Davi – portanto, ainda não haviam se unido pelo vínculo do matrimônio. O anjo saúda esta humilde israelita por ter achado graça aos olhos de Deus para receber tão grandiosa e singular benção, de conceber em seu ventre um menino que seria ninguém menos que o Filho de Deus, o qual se assentaria sobre o trono de Davi perpetuamente. Embora espantada e inicialmente sem entender como aquelas palavras se cumpririam, Maria não se mostrou incrédula, mas antes recebeu com prontidão o que entendeu ser a vontade do Senhor para sua vida. Embora a concepção de Isabel tenha sido apresentada pelo anjo como sinal de que as palavras ditas a Maria certamente se cumpririam – pois para Deus nada é impossível – consideremos como a gravidez da virgem seria algo de ainda mais surpreendente, pelo fato de que a concepção de Jesus não teria participação alguma do homem, mas seria obra exclusiva do Espírito Santo – por isso, diferente de todos os homens, Jesus seria Filho de Deus – o que denota Sua divindade – como também Filho de Davi – o que denota Sua divindade. E, embora tudo isto estivesse previsto nos profetas, não fosse por uma intervenção divina, José poderia ter abandonado Maria, por não compreender a natureza do que havia acontecido com sua mulher (Mt 1.18-20, 21-25; cf. Gn 3.15; Is 7.14; At 2.30).
III – UM ENCONTRO ENTRE DUAS GESTANTES (LC 1.39-56) Depois destas coisas, Maria parte até as montanhas de Judá a fim de visitar sua prima Isabel, e confirmar o sinal que o anjo Gabriel lhe havia dado. Ao ouvir a voz da saudação da virgem, a criança no ventre de Isabel saltou de alegria, e esta foi cheia do Espírito Santo, entendendo, por revelação divina, que ali estava, diante de si, uma mulher que trazia em seu ventre o próprio Senhor; e notemos também outro aspecto da revelação, pois, não tendo ainda sido informada dos fatos ocorridos em Nazaré, Isabel declara sua prima bem-aventurada por ter crido nas palavras que o anjo havia dito apenas à virgem. Diante de tão poderoso testemunho, a reação de Maria foi magnificar, ou engrandecer a Deus por tamanha graça, pela qual ela seria lembrada por todas as gerações como bemaventurada, por ter sido mãe do Salvador; como também porque, ao enviar Seu Filho ao mundo, para nascer de uma mulher, Deus estava cumprindo Sua promessa de misericórdia feita aos pais, pela qual remiria Seu povo dos seus pecados – e, de fato, não apenas os que estavam debaixo da lei, mas todas as famílias da terra (cf. Gl 3.16; 4.3-7).
CONCLUSÃO Os acontecimentos que ora estudamos são de grande importância para a compreensão do Evangelho e, consequentemente, da vida de Jesus, pois assinalam que Sua vida neste mundo foi excepcional desde a Sua concepção. O mundo, e mesmo a nação israelita, podem não ter se apercebido destes acontecimentos em seu tempo, mas Deus falou e operou e, em breve, estas novas de grande alegria se espalhariam por toda a Judéia, Samaria e até os confins da terra.
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