16 agosto 2025

007-A Salvação (Sua origem e fundamento)-Lição 07[Pr Afonso Chaves]12ago2025

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LIÇÃO 7 

A SALVAÇÃO (SUA ORIGEM E FUNDAMENTO) 

TEXTO ÁUREO: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tito 2.11) 

LEITURA BÍBLICA: EFÉSIOS 3.1-11 

INTRODUÇÃO A palavra salvação lembra-nos duas coisas: o estado calamitoso em que o homem natural se encontra – dominado pelo pecado e destinado à condenação eterna; e a boa vontade de Deus que, podendo castigá-lo com justiça de acordo com as suas más obras, preferiu antes salvá-lo de uma condenação certa e eterna, e para isto planejou uma provisão pela qual asseguraria tanto pleno perdão aos pecadores como total satisfação da Sua justiça. Nesta lição, estudaremos a doutrina da salvação sob os aspectos de como foi planejada, sobre que fundamento se realizaria e em que termos Deus a apresenta aos homens em todo o tempo. 

I – O PLANO DA SALVAÇÃO 

1. SEU ETERNO PROPÓSITO EM DEUS. A salvação não é apenas uma resposta divina à Queda, como se pudesse ter sido desnecessária, caso o homem não tivesse pecado. A entrada do pecado no mundo faz parte de uma série de eventos pré-determinados por Deus desde a eternidade, interligados de acordo com um sábio propósito que, embora oculto por muito tempo em mistério, revelou-se ser o de salvar os homens em Cristo Jesus (Ef 1.9-10; 1 Co 2.7; 2 Tm 1.9-10). E, conforme apontamos em lições anteriores, ao proceder assim, Deus tinha em vista não apenas o nosso próprio interesse na salvação, mas também o maior louvor das Suas próprias perfeições (Ef 1.6, 12, 14; 2.7; Rm 3.25-26). 

2. PREDESTINAÇÃO E ELEIÇÃO. De um modo particular, a palavra predestinação se aplica àqueles que Deus destinou, na eternidade, para cumprirem o Seu propósito de salvação, ou seja, para serem chamados através do Evangelho, perseverarem até o fim e alcançarem a glória eterna (Ef 1.4-5, 11; Rm 8.29-30; 1 Pe 1.2). São chamados também de eleitos, porque Deus os escolheu por Sua vontade soberana, sem consideração pelos seus méritos ou deméritos particulares; ao passo que os outros, que Ele não escolheu, são entregues para seguirem seus próprios caminhos (2 Ts 2.13-14). É verdade que o Evangelho deve ser pregado a todos os homens, mas o fato é que não são todos os que se salvam – ou melhor, são poucos os que se salvam (Lc 13.22-28; Mt 22.14). A explicação disto não está na suposta capacidade e liberdade humana para escolher o bem e o mal (o chamado livre-arbítrio), mas na eterna e soberana eleição de Deus (At 13.46-48; Ap 21.27). 

II – O SACRIFÍCIO DE CRISTO 

1. SUA NECESSIDADE. Já estudamos que o pecado é uma violação da lei de Deus, uma ofensa contra a Sua santidade e justiça, atraindo a Sua ira contra o ofensor. A única punição justa ou equitativa para o pecado é a morte, nenhum outro meio ou recurso humano podendo repará-lo plenamente (Sl 49.8; Rm 6.23). Contudo, desde o princípio, Deus revelou e orientou aqueles que desejavam reconciliar-se e obter o perdão dos seus pecados a fazê-lo mediante uma oferta vicária (isto é, substitutiva), pela qual a vida (representada pelo sangue) de um animal inocente era apresentada e aceita em lugar do pecador, assim satisfazendo tanto as demandas da justiça de Deus como demonstrando a Sua graça e misericórdia (Gn 4.4; Lv 17.11; Hb 9.22- 23). Com a instituição do sacerdócio levítico, as ofertas sacrificiais passaram a ser realizadas sob maior formalidade e ritual mais complexo, e isto por muito tempo, até que veio Cristo, o qual, ao revelar que a vontade de Deus era que Ele oferecesse a Sua própria vida pelos pecadores, estabeleceu o Seu sacrifício na cruz como o fundamento da nossa salvação (Jo 1.29; 3.14-16; 6.51; 1 Pe 1.18-20). 

2. SUA NATUREZA. Enquanto os sacrifícios sob o sistema levítico atendiam a diferentes finalidades em razão do propósito didático de Deus de ensinar o rigor da Sua justiça e as riquezas da Sua graça aos israelitas, sendo numerosos em razão da imperfeição das vítimas oferecidas; o sacrifício de Cristo é único e perfeito porque contempla todas essas finalidades de uma só vez, e porque, embora oferecido de uma vez por todas, favorece a todos os que por Ele se achegam a Deus (Hb 9.24-26; 10.1-10, 11-14). Além disso, a superioridade incomparável do sacrifício de Cristo é assegurada pela própria natureza da vítima sacrificial que, embora tenha assumido a semelhança daqueles pelos quais se sacrificou, não participa da pecaminosidade deles. Assim, não precisando oferecer nada por si mesmo, constitui-se no único sacerdote que não pode ser impedido, pela morte, de interceder eternamente pelos pecadores (Hb 4.14-16; 5.8-10; 7.15- 16, 23-28). 

3. SUA EFICÁCIA. Através do Seu sacrifício, o Senhor Jesus realizou a reparação (ou expiação) dos pecados não apenas daqueles que crêem, mas daqueles que ainda estão no mundo e eventualmente crerão. De fato, os méritos infinitos da obra do Salvador poderiam assegurar o perdão e a vida eterna a todos, e esta é a medida da graça e do amor de Deus que foi manifestada ao mundo, e que deve ser proclamada a toda a criatura (Jo 1.4-5; Mc 16.15; 1 Tm 2.1-6). Mas as Escrituras nos revelam que, na verdade, Cristo morreu propriamente por aqueles que Deus escolheu para alcançarem a vida eterna e entregou aos cuidados de Seu Filho (Jo 6.37-40; 10.26-28; 17.1-2, 9, 20-21; 1 Jo 2.4). 

III – O CONCERTO DA SALVAÇÃO 

1. SUAS DISPENSAÇÕES. Desde o princípio da revelação bíblica, notamos que o tratar de Deus com os homens se deu por meio de pactos (ou concertos), pelos quais a concessão da benção divina era condicionada a termos que deveriam ser cumpridos pelas partes humanas. Assim vemos Deus entrando em concerto, primeiramente, com nosso pai Adão (Gn 2.16-17), depois com Noé (Gn 9.8-11), Abraão (Gn 17.2-8), Israel (Ex 24.7-8; Lv 18.5) e Davi (Sl 89.1-4). Todos estes pactos foram, na realidade, dispensações de um mesmo e único concerto da salvação, revelando diferentes aspectos do propósito de Deus de dar a vida eterna aos homens e apontando para um tempo futuro, no qual seria firmado um novo concerto sob o qual se cumpririam todos os termos para que esse propósito finalmente fosse alcançado (Hb 8.8-13). 

2. SEU MEDIADOR. Em todas as dispensações do concerto da salvação, foram tomados por mediadores homens que, embora tivessem alcançado testemunho de que agradaram a Deus, não puderam assegurar a obediência dos seus descendentes ou do povo que representavam. Contudo, Cristo Jesus não apenas se fez o mediador, mas também o fiador de um novo concerto, tanto cumprindo os termos da obediência perfeita devida a Deus, como ainda assegurando, pelo Seu sacrifício, a concessão da vida eterna aos herdeiros – assim revelando a natureza testamentária do concerto da salvação (Hb 7.20-25; 12.22-25). 

3. SEUS TERMOS. Desde a entrada do pecado no mundo, os homens se mostraram incapazes de cumprir por si mesmos os termos do concerto da salvação, quanto mais claros e definidos fossem esses termos – como evidenciou a outorga da Lei, que fez o pecado abundar e trouxe maldição sobre aqueles que violavam o menor dos seus mandamentos (Rm 3.19-20; Tg 2.10-11). Sob o novo concerto, revelou-se claramente os termos pelos quais a salvação fora de fato pactuada desde o princípio, e que os antigos também cumpriram – isto é, não pelas obras, mas pela graça de Deus, que imputa a justiça ao pecador (ou seja, conta-o como justo) mediante a fé (Rm 4.1-8; Gl 3.10-14, 17-22). 

CONCLUSÃO A salvação é o que de mais precioso e importante poderíamos almejar nessa vida, pois é aquilo que o próprio Deus almeja de mais precioso e importante para nós. Para que pudéssemos participar dessa salvação, Ele a planejou cuidadosa e sabiamente, deu-lhe um sólido e inabalável fundamento, e nos concederá toda a graça necessária para perseverarmos até a sua plena realização.

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11 agosto 2025

006-Cristo Sua pessoa, obra e glória - Lição 06[Pr Afonso Chaves]05ago2025

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LIÇÃO 6 

CRISTO (SUA PESSOA, OBRA E GLÓRIA) 

TEXTO ÁUREO: “O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas” (Hebreus 1.3) 

LEITURA BÍBLICA: JOÃO 1.1-14 

INTRODUÇÃO Chegamos àquele que, conforme apontamos na lição introdutória deste trimestre, é o tema central e mais importante das Escrituras, para o qual convergem todas as demais doutrinas, e que representa o propósito último de toda a revelação bíblica: Jesus Cristo, o Unigênito Filho de Deus. E, assim como é absolutamente imprescindível à salvação crer n’Ele, do mesmo modo tornaremos essa fé cada vez mais firme e constante na medida em que conhecermos melhor a Sua bendita pessoa, Sua obra perfeita e a glória incomparável dos Seus ofícios. 

I – A PESSOA DE CRISTO 

1. JESUS É O CRISTO. A primeira e mais extensa parte das Escrituras Sagradas (isto é, o Antigo Testamento) relata como Deus escolheu e preparou uma nação, Israel, para a vinda de um ungido (no hebraico, Messias; no grego, Cristo), pelo qual a humanidade seria salva do pecado. Já a segunda parte das Escrituras (o Novo Testamento) proclama que este Salvador já veio, e que ele é JESUS, O NAZARENO. Pois tudo o que estava escrito acerca do Cristo cumpriu-se de modo único e perfeito neste homem, conforme o testemunho daqueles que O viram e ouviram, e pela natureza das coisas que sucederam durante o Seu ministério, e dos sinais que Ele operou (Lc 24.44; Jo 20.30-31). De fato, crer que Jesus é o Cristo significa crer no testemunho do próprio Deus, que testificou claramente de seu Filho amado (Mt 3.17; 17.1-5). 

2. ELE É O FILHO DE DEUS. À luz da revelação divina, crer que Jesus é o Cristo prometido significa também crer que Ele é o Filho de Deus (Mt 16.15-17; 26.23-24). Enquanto o primeiro título revela a comissão de nosso Salvador (isto é, a Sua obra), o segundo expressa a Sua divindade (isto é, a Sua natureza eterna). É verdade que todo aquele em quem habita o Espírito de Deus é filho de Deus, mas Cristo é o Filho unigênito,no sentido único de que n’Ele habita a plenitude da divindade e, por isso, Cristo é Deus, igual ao Pai (Jo 1.1, 14; 5.18; 10.30-33; 14.7-11; Cl 1.15-19; Hb 1.3-9). E que o Pai e o Filho desfrutam de perfeita comunhão e unidade nesta glória, vemos no testemunho claro do próprio Cristo de que, por ser o Filho, Ele se submete à vontade do Pai, e não faz nada de Si mesmo; e o Pai, por sua vez, comprazendo-se sumamente nesta obediência perfeita, entrega ao Filho tudo o que é Seu, assim glorificando-O com a Sua própria glória junto de Si mesmo (Jo 3.35; 4.34; 5.19-23; 12.27-28; 17.5; cf. 1 Co 15.27-28). 

3. ELE É O FILHO DO HOMEM. Na mesma medida em que o título Filho de Deus aponta para a relação íntima de Cristo com Deus, Filho do Homem é o título que O aproxima de nós. Cristo se manifestou ao mundo em carne, tendo nascido de uma mulher israelita, da linhagem de Davi, sob o regime da lei e tendo recebido um nome tal como é dado entre os homens, para que se cumprissem as promessas que, desde o princípio do mundo, apontavam para um Salvador que seria tão humano quanto aqueles que viria salvar (Gl 4.4; Rm 1.2-3; Gl 3.16; Gn 3.15; Lc 1.68-69; Dn 7.13-14). 

II – A OBRA DE CRISTO 

1. SUA ENCARNAÇÃO. Concebido de modo sobrenatural no ventre de uma virgem (Is 7.14; Mt 1.18-23; Lc 1.30-35), o Filho de Deus se fez participante da nossa carne e sangue para que pudesse vencer a tentação, o pecado e a morte em nosso lugar (Hb 2.9, 14, 16-18). Contudo, em momento algum Ele deixou de ser o Filho do Altíssimo, cujo Ser glorioso, santo e cheio de graça e de verdade não poderia ser contaminado pelo mal (Hb 4.15; 1 Pe 2.22). Por isso, ao mesmo tempo em que pôde crescer em graça e conhecimento, sentir fome, sede, cansaço, dor e angústia; Jesus também pôde perdoar pecados, sondar os pensamentos e intenções do coração, exercer autoridade sobre as forças da natureza, sobre os demônios, sobre as doenças e até a morte, dispondo da Sua própria vida para tornar a tomá-la (Jo 10.17-18). 

2. SEU MINISTÉRIO. Durante os três últimos anos de Sua vida terrena, Jesus se manifestou ao mundo através do Seu ministério de pregação, ensino e cura, anunciando que o reino dos céus havia chegado (Mt 4.17, 23; 12.28). Assim, salvou a muitos da enfermidade e da opressão do diabo, libertou-os das trevas da ignorância e da mentira, perdoou e concedeu alívio de consciência aos que estavam sobrecarregados pelo pecado, e assim trouxe de volta as ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 8.16-17; At 10.38). Mas tudo isto era um testemunho do Seu amor não apenas pelos israelitas, mas por todo o mundo, pois Ele veio para salvar não apenas os que estavam perto, mas também os que estavam longe (Ef 2.17-18; Jo 3.16; 11.51-52). 

3. SUA MORTE E RESSURREIÇÃO. Cada passo da vida de Cristo apontava para o momento derradeiro dos Seus sofrimentos e da Sua morte, sem os quais Ele não poderia cumprir a Sua obra, pois esta era a vontade de Deus – que Ele desse a Sua vida em resgate de muitos (Is 53.6-8; Mt 20.28; Lc 24.26). Chegada a terrível hora, apesar de angustiado, Jesus se submeteu voluntaria e obedientemente ao Pai, derramando toda Sua vida incalculavelmente preciosa na cruz do Calvário, em oferta sacrificial, e assim consumou a nossa eterna salvação (Mt 26.39; Jo 12.27; 19.30; cf. Hb 5.9). Depois disso, permaneceu sepultado apenas três dias, quando então Deus O ressuscitou com poder e glória, declarando a justiça de Seu Filho, a aceitação do Seu sacrifício em nosso lugar, e o senhorio que Ele havia conquistado pela Sua obediência (Rm 1.4; At 2.22-24; 13.32-39). Deste modo, ao mesmo tempo em que a cruz representa o extremo da humilhação de nosso Salvador, ela também é o princípio da Sua exaltação (Mt 16.21; Fp 2.5-11). 

III – A GLÓRIA DE CRISTO 

1. SEU REINADO E SENHORIO. Através da Sua ressurreição e ascensão aos céus, Cristo foi entronizado à destra de Deus e declarado como Senhor e Rei de todas as coisas criadas, nos céus e na terra, tanto visíveis como invisíveis (Mt 28.18-20; At 2.32-36; Ap 5.5-8). A partir de agora, todos devem se submeter à reconciliação assegurada através do sangue derramado na cruz para que, congregados em torno de Cristo Jesus, a cabeça da nova criação, possam subsistir eternamente; do contrário, serão destruídos por se oporem àqu’Ele que foi ungido Rei dos reis e Senhor dos senhores (Cl 1.15-20; Ef 1.20-23; 1 Co 15.24-26; Sl 2; Ap 19.11, 16). Inerente ao Seu reinado e senhorio é o Seu direito de julgar, isto é, de salvar ou condenar – o que Ele fará propriamente no último dia, quando se manifestará como Juiz dos vivos e dos mortos (Jo 5.22-24; At 17.31; 2 Co 5.10). 

2. SEU SACERDÓCIO E MEDIAÇÃO. Outro aspecto da glória que Cristo recebeu do Pai através do Seu sacrifício na cruz é o ofício sacerdotal que Ele agora exerce em nosso favor nos céus (Hb 3.1). Tendo oferecido uma oblação (“oferta”) perfeita na Sua morte, através da ressurreição, Deus tanto demonstrou que Seu sacrifício foi aceito como também O constituiu como o próprio oficiante que, tendo adentrado na presença da Majestade divina, ali permanece para interceder eternamente por nós (Hb 4.14-16; 7.22-25). Por isso Ele é o único Mediador entre Deus e os homens, tendo conhecido nossas fraquezas quando esteve na carne, tendo oferecido um único sacrifício eficaz e suficiente pelos pecadores, e assim possuindo legitimidade para nos representar diante de Deus de modo a torná-l’O propício a nós (1 Tm 2.5-6; 1 Jo 2.1-2). 

CONCLUSÃO Jesus Cristo é a personificação máxima do amor, poder, sabedoria e de todas as excelências de Deus. Por isso confessamos que Ele é tudo para nós, e n’Ele buscamos nossa felicidade, procurando conhecê-l’O melhor, seguindo Suas pisadas e assim fortalecendo nossa esperança de que um dia O veremos face a face, pois seremos como Ele é.

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08 agosto 2025

005-O Homem (sua queda e condiçao pecaminosa) Lição 05[Pr Afonso Chaves]31jul2025

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LIÇÃO 5 

O HOMEM (SUA QUEDA E CONDIÇÃO PECAMINOSA) 

TEXTO ÁUREO: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3.23)

 LEITURA BÍBLICA: ROMANOS 3.9-19 

INTRODUÇÃO Tendo considerado a origem, natureza, propósito e condição do homem antes da Queda, o próximo passo no estudo sistemático da doutrina bíblica nos leva àquilo que as Escrituras nos relevam sobre o pecado.Assim, veremos como se deu a sua primeira entrada no mundo dos homens, sujeitando não somente nossos primeiros pais, Adão e Eva, mas todas as gerações seguintes à sua influência corruptora e às suas destrutivas consequências – embora não sem cumprir um propósito nos sábios e insondáveis desígnios divinos. 

I – A ORIGEM DO PECADO NO MUNDO 

1. O PECADO DO PRIMEIRO HOMEM, ADÃO

A primeira referência explícita ao pecado nas Escrituras está relacionada à transgressão de Adão, ou, do primeiro casal. Na lição anterior vimos que o homem foi criado moralmente reto, embora não perfeito em conhecimento, e que ele estava sob prova de fidelidade a Deus. Isto significa que ele transgrediu o mandamento de Deus, não por alguma inclinação rebelde do seu coração, mas porque foi induzido a erro pela astúcia de outro ser contaminado pelo mal: a serpente, que não é outro senão Satanás (Ap 12.9). Enganando primeiramente a mulher, o diabo atiçou nela a cobiça pelo fruto proibido e despertou a soberba de querer igualar-se a Deus. Eva reagiu passando irrefletidamente ao ato sugerido por esses sentimentos e, depois de comer, deu do fruto ao seu marido, assim caindo ambos em desobediência (Gn 3.3-5, 6, 12). Por aqui se deu a primeira entrada do pecado no mundo, resultando disto a Queda, tanto de Adão e Eva como dos seus descendentes. 

2. A RELAÇÃO DO PECADO DE ADÃO COM A HUMANIDADE. 

Embora o pecado de que tratamos acima tenha sido cometido por Adão, ou pelo primeiro casal, todos os homens foram de tal modo afetados por esta única transgressão que são considerados pecadores antes mesmo de terem cometido algum pecado particular, e mesmo não tendo cometido o mesmo pecado que Adão: “por um homem entrou o pecado no mundo” e “pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores” (Rm 5.12, 19). Isto porque, conforme já consideramos na lição passada, o primeiro homem era a cabeça representativa de toda a humanidade, de modo que, quando ele caiu, todos nós caímos com ele, ficando, por isso, sujeitos ao mesmo juízo de condenação (Rm 5.16, 18). 

3. SEU PROPÓSITO NOS DESÍGNIOS DE DEUS. Muitos questionam por que Deus permitiu que o primeiro homem pecasse, sabendo das consequências nefastas resultantes da Queda para toda a humanidade. Ora, se Deus tem um propósito bom e sábio para todas as coisas, não seria diferente com relação ao pecado. Se Ele não impediu que o homem pecasse, é porque até mesmo isto cooperaria para o bemdos Seus escolhidos (Rm 8.28). À luz da revelação bíblica, sabemos que o pecado serve de ocasião à manifestação da misericórdia e poder de Deus para salvar o pecador, produzindo no homem verdadeiro conhecimento que lhe permite valorizar o bem e desprezar o mal (Ef 2.5-7; Sl 50.15). Além disso, era necessário que todos fossem feitos pecadores pela desobediência de Adão para que ele fosse a “figura daquele que havia de vir”, isto é, Cristo Jesus, em quem todos os que crerem serão feitos justos e herdeiros da vida eterna pela imputação da Sua obediência e justiça perfeitas (Rm 5.14, 17-19). 

II – A NATUREZA DO PECADO 

1. SUA PROPAGAÇÃO. O pecado consiste, essencialmente, em uma contrariedade ou desacordo com a vontade de Deus, a qual se nos apresenta sempre na forma de mandamentos que são bons, santos, justos e perfeitos (1 Jo 3.4). Assim como Adão pecou por ter transgredido o mandamento de Deus de não comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, seus descendentes foram feitos pecadores porque, embora não tenham cometido a mesma transgressão, também transgrediram os mandamentos de Deus, tais como foram expressamente revelados na Lei – no caso dos israelitas – ou enquanto conhecidos apenas pela criação e consciência – no caso daqueles que viveram antes de Moisés ou que, após a instituição da Lei e da nação de Israel, foram chamados de gentios (Rm 1.18-20; 2.14-15, 23-24; cf. Os 6.7). Assim, Adão transmitiu aos seus descendentes uma natureza pecaminosa, que é adquirida através da concepção e que, dada a oportunidade, inevitavelmente se manifestará, inclusive já na infância (Sl 51.5; Gn 8.21; Rm 3.10, 23; cf. 1 Jo 1.8). 

2. SUA INFLUÊNCIA. Ao contrário de Adão, seus descendentes não experimentam o pecado apenas como um mal que se insinua desde “fora”. Satanás é, de fato, o tentador, na medida em que pode induzir o homem ao pecado através de circunstâncias alheias à sua vontade – razão pela qual somos instados a resisti-lo (1 Pe 5.8-9; Ef 4.27; 6.11; Tg 4.7). Mas, além, ou independentemente disso, a origem primeira do pecado está no próprio coração do homem, o qual se inclina por uma paixão natural, ou concupiscência, a pensar e fazer o mal (Mt 15.18-20; Tg 1.13-15; Jr 17.9; Gn 6.5). As Escrituras chegam a descrever o pecado em termos de “obras da carne”, “concupiscências e paixões carnais”, “inclinação da carne” e “vontade da carne”, não porque o corpo em si seja mal, mas porque, enganando o coração, o pecado facilmente assume o controle de todo o corpo, fazendo de seus membros instrumentos para realizar a sua própria vontade (Rm 8.5-8; Gl 5.19-21). 

3. SEU PODER. A concupiscência, ou inclinação ao pecado, é tão poderosa e irresistível que o homem, sem a graça regeneradora e santificadora de Deus, sujeita-se a ela como um escravo, somente se livrando do seu jugo através da morte. E foi precisamente para isto que Cristo veio ao mundo e morreu – para que aqueles que n’Ele cressem fossem libertados, resgatados dos grilhões do pecado (Rm 6.1-7). Mas mesmo aqueles que, libertados do pecado, foram feitos servos da justiça, precisam, conscientemente, batalhar ferozmente contra o pecado mortificando a sua própria carne, para que esta não retome o seu domínio perdido para o Espírito Santo (Rm 6.12-16; 7.15, 18-23; 8.13; Gl 5.16-17; cf. Mt 26.41). 

III – OS EFEITOS NOCIVOS DO PECADO 

1. CULPA E VERGONHA. O primeiro sintoma do pecado experimentado por Adão e Eva foi o senso de culpa e indignidade, exteriorizado na tentativa fracassada de encobrirem seus corpos desnudos, quando confrontados por Deus (Gn 3.7-10). Não se trata de mero sentimento subjetivo, mas de uma percepção real da consciência, que não deixa escapar o menor pecado, em cada pensamento e ação, sem perturbar nossa segurança e confiança interior com o aguilhão da culpa e do temor do juízo (1 Jo 3.20; cf. Jo 8.7-9). 

2. CORRUPÇÃO DA ORDEM NATURAL. O pecado perturbou gravemente, em todos os níveis e aspectos, o relacionamento dos homens entre si mesmos e com o restante da Criação, estendendo a ela seus efeitos nocivos (Rm 8.20-22). Trouxe, por exemplo, para o casamento a dominação do homem sobre a mulher e a dor do parto (Gn 3.16); trouxe frustração, incerteza e cansaço para o desempenho das atividades mais básicas, devendo o homem esgotar a maior parte da sua vida na busca das coisas mais básicas para o seu sustento (Gn 3.17-19; Ec 2.17, 22-23). 

3. MORTE. É a justa paga pelo pecado, que se cumpre conforme a sentença divina: “No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra”. No dia em que pecou, Adão foi lançado fora da presença de Deus, perdendo o acesso à árvore da vida e a possibilidade de continuar vivendo (Gn 3.19, 22-24; 5.5). E, assim como trazemos a semelhança do primeiro homem após a Queda, em pecado e corrupção, do mesmo modo estamos sujeitos à mesma sentença de morte (Rm 5.12; 1 Co 15.22). Notemos que os pecados particulares apenas confirmam e fazem dessa morte um juízo eterno – uma segunda morte – para aqueles que não se arrependerem (Rm 6.23; Ap 20.12-15; 21.8). 

CONCLUSÃO Compreender quão pecaminosa é nossa atual condição, e de onde o pecado nos fez cair, é fundamental para apreciarmos quão abundante foi a graça de Deus manifestada na cruz do Calvário, e quão maravilhosa é a salvação e o poder de Cristo para nos livrar das terríveis consequências do pecado.

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004-O HOMEM (sua natureza e condição original) Lição 04 [Pr Afonso Chaves]24jul2025

 

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LIÇÃO 4 

O HOMEM (SUA NATUREZA E CONDIÇÃO ORIGINAL) 

TEXTO ÁUREO: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gênesis 1.27) 

LEITURA BÍBLICA: SALMO 8 

INTRODUÇÃO Tão importante quanto o conhecimento de Deus é aquilo que as Escrituras Sagradas ensinam sobre o próprio homem: sua origem e natureza, bem como sua condição antes e depois da Queda. Sem este conhecimento, não podemos entender como se dá nossa relação com Deus, quais são nossas capacidades e limitações, e qual o nosso lugar nos desígnios divinos. Veremos que, de fato, é a partir do que a Bíblia revela a respeito do homem e da sua relação com Deus que ela desenvolve todas as demais doutrinas, como a do pecado, da salvação, da manifestação e obra de Cristo, do Espírito Santo e da Igreja, etc. 

I – A ORIGEM DO HOMEM E SUA NATUREZA 

1. SUA CRIAÇÃO. Como todos os outros seres viventes, o homem também deve sua origem e existência ao Deus Todo poderoso. Formado ao término do sexto dia, ele é a obra conclusiva daquele período da criação de todas as coisas, no qual “os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados” (Gn 2.1). O relato das origens nos informa que Deus criou tanto o homem como a mulher (Gn 1.27), detalhando ainda que primeiro veio o homem e, depois, Deus formou, a partir dele, a mulher (Gn 2.7, 20-22). Tal como os outros animais, criados para se reproduzirem “segundo a sua espécie”, a este primeiro casal também foi dado o poder e a ordem para frutificar e se multiplicar, assim enchendo a terra com a sua prole (Gn 1.28). Deste modo, embora seja encontrada pela face da terra dividida nas mais diferentes etnias, línguas, cores e culturas, toda a humanidade remonta sua origem a um só antepassado comum (Gn 9.1, 18-19; 10.32; Dt 32.8). 

2. SUA NATUREZA. Não encontramos nas Escrituras nenhuma informação que diferencie a composição do ser humano da de outros seres viventes, mas sim que ele foi formado a partir da terra – ou, mais propriamente, do pó da terra – assim como os animais (Gn 2.7, 19); e, que foi animado pelo fôlego, sopro ou espírito de vida, proveniente de Deus, e que também está presente nos animais (cf. Ec 3.19-21; Gn 6.17; 7.21-22). Assim, o homem tornou-se uma alma vivente, como os outros (Gn 1.20, 24), pois desfruta de vida que não lhe é própria, mas derivada ou doada por Deus (Ec 12.1-7). A isto, contudo, devemos acrescentar que, há sim uma diferença notável entre o homem e os animais, não na sua composição, mas no modo da sua subsistência, pois ele é dotado de faculdades inalienáveis, tais como vontade, intelecto e emoções, as quais compõem o seu caráter, que o individualiza entre os seus semelhantes. É a parte imaterial e invisível do seu ser, indissociável da parte material, isto é, do homem enquanto alma ou ser vivente, pois é somente através do corpo animado pelo espírito que tais faculdades podem ser exercidas (Ec 9.5-6; Sl 146.3-4). Em outras palavras, o homem é um ser indivisível, o exterior e o interior estando entremeados de tal forma que somente Deus é capaz de distinguir uma coisa da outra (Hb 4.12). 

II – O PROPÓSITO DE DEUS PARA O HOMEM

1. SUA PREEMINÊNCIA SOBRE A CRIAÇÃO. Assim como todas as coisas foram criadas segundo o sábio conselho de Deus, e cooperam juntamente para a execução do Seu grandioso propósito, o plano de Deus para o homem recebe especial destaque nas Escrituras, pela citação expressa da resolução divina ao propor sua criação: “Façamos o homem...” (Gn 1.26). Isto quer dizer que, em todas as obras anteriores pelas quais o mundo fora criado, moldado e adornado, Deus tinha em vista o Seu propósito especial para o homem, como o mais importante dos seres que habitariam a terra, como aquele que faria melhor e mais completo uso dos seus recursos e que exerceria um justo e bondoso domínio, em nome do seu Criador, sobre as demais criaturas viventes (Gn 1.28-29; 2.4-8, 15, 19-20; Sl 115.16). 

2. CRIADO À IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS. Também lança muita luz sobre o lugar do homem nos planos divinos o fato de que ele é a único ser criado à imagem e semelhança de Deus –o que é lembrado mesmo após a queda (Gn 5.1; 9.6). Esta imagem e semelhança significa não apenas que o homem foi criado originalmente reto, isto é, em harmonia com a justiça, santidade, bondade e amor de Deus (Ec 7.29); mas que ele foi de tal modo projetado que, mesmo após a queda, seus sentidos e faculdades únicas – isto é, tudo aquilo que o distingue dos animais – tendem a essa retidão como o objetivo da sua existência, impelindo-o a buscar, conhecer e amar ao seu Criador como a fonte dessa perfeição (At 17.26-27; Ml 2.15-16; Jo 4.23). 

3. CRISTO JESUS, A CABEÇA DO NOVO HOMEM. Assim como outros aspectos da doutrina bíblica sobre o homem, o propósito da existência humana só pode ser plenamente compreendido à luz do propósito maior de Deus revelado em Cristo Jesus. De fato, as Escrituras traçam um paralelo entre Adão, o primeiro homem, e Cristo, chamado o segundo homem, ou o último Adão. Assim como o primeiro é pai da humanidade, a qual dele herdou apenas sua natureza mortal e corruptível; o segundo é a cabeça de uma nova humanidade – aqueles que creem – a qual dele recebe gratuitamente uma vida incorruptível e gloriosa (1 Co 15.21-22, 45-48). Por isso, enquanto o propósito de Deus para o homem é prenunciado em Adão, mas a humanidade não o alcança enquanto identificada com a vida do velho homem, cujos vícios sufocam ou tomam o lugar da imagem de Deus original; em Cristo esse propósito é realizado, alcançando-o aqueles que se identificam com Ele pela fé, pois a Sua virtude e graça são comunicadas em verdade, justiça e santidade, e neles a imagem de Deus é recuperada e aperfeiçoada (Ef 4.21-24; Cl 3.8-11). 

III – A CONDIÇÃO DO HOMEM ANTES DA QUEDA 

1. SUA FELICIDADE. As condições em que o homem fora criado e estabelecido por Deus eram totalmente favoráveis à sua perfeita felicidade. Sua habitação era um jardim plantado pelo próprio Deus no Éden, onde Adão podia desfrutar de todo o tipo de beleza natural e de uma variedade de árvores frutíferas para sua satisfação (Gn 2.8-9). Sua ocupação era lavrar e cuidar do que Deus já havia preparado (v. 15). Para cumprir o mandato divino de frutificar e dominar a terra, foi presenteado com uma companheira, a qual lhe completava e o assistia (vv. 22-24). E tudo isto sob a tutela e na comunhão direta com Deus. Por último, a árvore da vida no meio do jardim era um sinal claro do interesse e da boa vontade do Criador em tornar perpétua para eles aquela felicidade (v. 9). 

2. SUA INOCÊNCIA E SIMPLICIDADE. É certo que o primeiro casal não partilhava de qualquer senso de culpa, malícia ou inclinação pelo mal antes de terem pecado. Foram criados retos e a eles se estende a declaração de Deus de que tudo quanto havia sido criado era “muito bom” (Gn 1.31), ou seja, adequado para o Seu santo propósito. Por outro lado, as Escrituras sugerem certa simplicidade de entendimento no primeiro casal, que não lhes permitiu valorizar o bem de que desfrutavam e rejeitar o mal, quando este lhes foi apresentado desde fora, pelo diabo. Isto será assunto da próxima lição, mas, de momento, queremos apenas destacar que, embora sem culpa, Adão e Eva não eram perfeitos em entendimento(Gn 2.25). 

3. SUA PROVA. Se todas as ordens de Deus até aqui são mais propriamente determinações sobre a condição natural do ser humano, não envolvendo um juízo e decisão moral, o mandamento: “De toda a árvore do jardim comerás livremente ... mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás” (Gn 2.16-17), encerra a possibilidade de transgressão, e esta implica em sanção. Por aqui fica evidente que o homem ainda estava sob prova de fidelidade ou obediência, podendo ser aprovado ou reprovado. E a firme obediência a este mandamento dependia exatamente daquilo que lhes faltava: discernimento do bem e do mal (2 Co 11.3). 

CONCLUSÃO Ao contrário das filosofias humanistas, a doutrina bíblica sobre o homem não o exalta por algo que ele possua ou faça de si mesmo. Deus revela que somos uma peça importante no arcabouço dos Seus decretos, e que a nossa felicidade está em reconhecer aqu’Ele que nos criou, bem como a bondade, o amor e a misericórdia com que fomos honrados por Ele no Seu grandioso propósito.

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003-Deus seus atos e obras - Lição 03[Pr Afonso Chaves]12jun2025

 

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LIÇÃO 3 

DEUS (SEUS ATOS E OBRAS) 

TEXTO ÁUREO: “Quão grandes são, Senhor, as tuas obras! Mui profundos são os teus pensamentos” (Salmo 92.5) 

LEITURA BÍBLICA: SALMO 33.1-11 

INTRODUÇÃO Tendo começado a lançar o fundamento das grandes doutrinas bíblicas sobre a revelação que Deus fez sobre o Seu próprio Ser e atributos, precisamos ainda considerar Seus atos e obras. Todas as demais doutrinas só podem ser compreendidas à luz do que Deus é e do que Ele faz. Veremos que existe uma harmonia perfeita entre ambas, e que as grandezas e perfeições do Seu caráter, que estudamos na lição anterior, são conhecidas e manifestas tanto por aquilo que Ele determinou na eternidade como pelas coisas que Ele tem feito desde o princípio da criação. 

I – OS DECRETOS DE DEUS E O SEU PROPÓSITO 

1. A NATUREZA DOS SEUS DECRETOS. Como é próprio do homem sábio e prudente pensar e planejar aquilo que pretende fazer, assim também Deus não fez coisa alguma sem antes ter proposto e decidido tudo por Si e em Si mesmo. De fato, Ele “faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade” (Ef 1.11). Não há nada que Deus faça sem um propósito pré-definido, traçado na eternidade (Ef 1.4; 3.11), que sempre será perfeito em conselho, sabedoria e prudência; embora, na maioria das vezes, inescrutável e muito elevado para nossa compreensão (Jó 12.13; Is 40.13-14; Rm 11.33-34). O propósito de Deus é imutável, porque Ele sabe todas as coisas que devem acontecer, já que tudo acontece de acordo com o Seu propósito e intento, e assim nada pode surpreendê-l’O, muito menos frustrá-l’O (Sl 33.11; Hb 6.17-18). O que Ele determinou pode ser propriamente chamado de “decreto”, pois emana do Seu senhorio e onipotência, nada podendo impedir que se cumpra. Em outras palavras, a vontade de Deus é soberana, eficaz e irresistível (Is 46.10-11; Jó 42.2; Dn 4.35). 

2. A EXTENSÃO DOS SEUS DECRETOS. Os decretos estabelecidos por Deus na eternidade compreendem absolutamente todas as coisas, seres e eventos que há nos céus e na terra, do começo ao fim dos tempos. Nada pode existir ou acontecer fora de Deus, ou sem que Ele tenha decretado (Rm 11.36): desde os eventos mais fortuitos (Ex 21.12-13; Pv 16.33), passando pelas rotinas da natureza (Gn 8.22), até às circunstâncias físicas e materiais da existência humana (Jó 14.5; Ex 4.11; Ec 7.14), bem como suas ações, por mais voluntárias ou “livres” que pareçam (Pv 19.21; 21.1); para tudo há um propósito definido por Deus (Ec 3.1-2). Nem mesmo as ações perversas dos homens escapam aos decretos divinos, pois foi Deus quem determinou a relação de causa e efeito entre o pecador e o pecado, como também deu ao mal uma finalidade que sempre concorrerá para o cumprimento dos Seus propósitos (At 2.23; Gn 45.8; Ex 11.9-10) e que sempre O glorificará – neste caso, principalmente por demonstrar a Sua justiça (1 Sm 2.17, 25; Rm 9.22). 

3. O SUPREMO PROPÓSITO DOS SEUS DECRETOS. Embora ninguém seja capaz de sondar e entender os desígnios divinos, de modo a descobrir e apontar todas as Suas razões (1 Co 2.11, 16; Is 55.8-9), as Escrituras nos ensinam que Deus de fato desvendou o grandioso propósito da Sua vontade, e de todas as coisas que decretou na eternidade; que é o de “tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra” (Ef 1.8-10; 3.9-11). Em outras palavras, todas as coisas nos céus e na terra foram determinadas por Deus visando a salvação ou glorificação do Seu povo e, consequentemente, à glorificação da Sua própria graça, bondade e poder, tal como manifestados plenamente na pessoa de Seu Filho, Cristo Jesus (Ef 1.6, 12; 2.7). Mas, como este assunto será mais bem desenvolvido quando estudarmos a doutrina do pecado e da salvação, nesta lição falaremos apenas sobre as obras da criação e da providência de Deus, as quais são subservientes a esse supremo propósito de salvar as criaturas que primeiramente trouxe à existência.  

II – DEUS E O ATO DA CRIAÇÃO 

1. A NATUREZA DA CRIAÇÃO. Enquanto os decretos podemos considerar como atos internos do próprio Deus, situados na eternidade; a criação pode ser considerada Seu primeiro ato externo, no qual Ele dá existência, no tempo, a seres distintos d’Ele, embora em total dependência d’Ele. Deus criou todas as coisas, e tudo o que existe foi criado segundo a Sua vontade e para atender ao Seu propósito (Gn 1.1; 2.1; Ap 4.11). Antes da criação, havia “apenas” Deus, por assim dizer, de modo que Ele não poderia ter usado matéria “pré-existente”, mas antes criou a própria matéria a partir do nada, passando então a separar, formar e aperfeiçoar todas as coisas que propôs em Seu intento. Deus criou todas as coisas por meio da Sua poderosa palavra (Sl 33.9), a qual depois se revelou ser o próprio Senhor Jesus (Jo 1.1-3; Hb 1.2; Cl 1.15-17). 

2. A CRIAÇÃO INVISÍVEL. Que Deus criou um mundo invisível para nós, e seres invisíveis que nele habitam juntamente conSigo, podemos deduzir a partir das Escrituras Sagradas, embora não com a mesma abundância de informações que ela nos oferece com respeito à criação visível. Criados em grande multidão, como “exércitos do céu” (Lc 2.13; Dn 7.10; Ap 5.11; Hb 12.22), esses seres são muitas vezes chamados, genericamente, de anjos (Sl 148.2), em razão de se revelarem como mensageiros de Deus enviados para servir em favor do povo eleito (Hb 1.7, 14; Lc 1.19). Outros são apresentados em permanente adoração na presença de Deus, proclamando a Sua glória e santidade, e são chamados ora de serafins, ora de querubins (Is 6.1-3; Ez 1; Ap 4.4-8). Não sabemos exatamente quando foram criados, mas podemos afirmar que eles já estavam presentes no princípio da criação deste mundo (Jó 37.7). 

3. A CRIAÇÃO VISÍVEL. Deus criou os céus, a terra, o mar, e tudo o que neles há, em toda a sua vastidão e diversidade. Somos informados pela revelação bíblica de que, embora tudo tenha sido criado mediante a ordem divina: “Haja”, “faça-se”, “apareça”, Deus fez tudo em um período de seis dias, concluindo Sua obra no sétimo, no qual repousou (Gn 2.1-3; Ex 20.11). Por si só, este fato encerra a verdade de que a criação é subserviente ao supremo propósito de Deus de salvar os homens, manifestando-lhes, nas coisas que estão criadas, Sua sabedoria e bondade, e assim conclamando-os a buscarem o Criador a fim de encontrarem n’Ele a realização plena do propósito para o qual foram criados (Sl 8; At 14.15-17). 

III – A PROVIDÊNCIA DE DEUS 

1. A NECESSIDADE DA SUA PROVIDÊNCIA. Deus não apenas criou todas as coisas no princípio, mas continua operando, trabalhando sobre a criação, agora no sentido de preservar e sustentá-la, pois tudo depende d’Ele não apenas para existir, mas também para subsistir (Jo 5.17; At 17.24-25, 28). Assim, é Deus quem mantém os ciclos naturais do dia, noite, estações, semeadura e colheita (Jó 9.6-10; Sl 65.9-10); é Ele quem cuida de todas as Suas criaturas, provendo diariamente o seu sustento (Jó 38.41; Sl 104.27-30; Mt 6.26). E, no que diz respeito ao homem, é Deus quem determina os limites da sua habitação (At 17.26), dirige todos os seus passos, e opera com eles segundo a Sua vontade, seja dando a vida ou tirando-a, fazendo adoecer ou curando, exaltando ou abatendo (Pv 5.21; Jr 10.23; Dn 4.35; 1 Sm 2.5-8). 

2. SUA PROVIDÊNCIA ESPECIAL. A bondade e sabedoria de Deus, patentes na Sua providência geral para com todas as criaturas, podem ser vistas ainda mais especialmente no cuidado especial que Ele dispensa ao Seu povo, a fim de salvá-lo, pois para isto não poupou nem mesmo Seu próprio Filho Jesus (Jo 3.16). Deste modo, sendo todas as demais coisas subservientes ao propósito da salvação, tanto maior interesse Deus tem por prover aos eleitos tudo o que lhes seja necessário nesta vida (Mt 10.29-31), como também em fazer todas as coisas, inclusive aquelas que pareçam ruins, redundarem em seu benefício (Gn 50.20; Rm 8.28). 

CONCLUSÃO O conhecimento dos atos e obras de Deus traz maior conforto e segurança aos nossos corações, pela certeza de que nada escapa ao Seu controle, mas todas as coisas, sendo sabiamente conduzidas por Ele, contribuem para a realização do Seu supremo propósito, no qual Ele graciosamente nos incluiu, e em razão do qual Ele tudo proverá para que nossa felicidade seja verdadeira, plena e eterna.

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09 julho 2025

002-Deus (Seu ser e atributos) - Lição 02[Pr Afonso Chaves]08jul2025

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LIÇÃO 2 

DEUS (SEU SER E ATRIBUTOS) 

TEXTO ÁUREO: “Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor: como a alva, será a sua saída; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” (Oséias 6.3) 

LEITURA BÍBLICA: SALMO 145.1-9 

INTRODUÇÃO Visto que Deus ocupa o lugar central na Bíblia, toda a doutrina bíblica parte do fundamento da existência, natureza, atributos e obras de Deus. Não há dúvida de que jamais poderíamos dizer uma palavra sequer acerca do Altíssimo, se Ele mesmo não tivesse se revelado a nós. Mas isto ele fez, várias vezes e de diferentes maneiras, conforme o registro inspirado e infalível das Escrituras Sagradas. Começaremos então o nosso estudo sobre Deus apreciando, na presente lição, o que a Bíblia diz a respeito do Seu ser e atributos, para depois meditarmos sobre Seus atos e obras. 

I – A EXISTÊNCIA E O SER DE DEUS 

1. O FATO DA SUA EXISTÊNCIA. A Bíblia não tenta provar a existência de Deus, mas assume isto como um pressuposto – um fato que não precisa de provas, mas que o homem precisa crer para poder se aproximar do seu Criador (Hb 1.6). Por outro lado, é possível demonstrar que Deus é através de muitas e diferentes provas e argumentos, pois Ele imprimiu, tanto na criação como na consciência humana, sinais incontestáveis da Sua existência e do que Ele requer de nós. Assim, aqueles que negam a Deus, tanto em seus discursos como através de uma conduta ímpia, são declarados loucos e indesculpáveis (Sl 14.1; Rm 1.18-22; 2.14-16). 

2. A POSSIBILIDADE DO SEU CONHECIMENTO. Precisamos entender que só é possível falar a verdade sobre Deus, ou mesmo sobre as coisas divinas, mediante revelação do próprio Deus; sem essa revelação, Ele não pode ser conhecido (1 Co 2.9-12; cf. At 17.23; Jo 4.22). Deus se revela porque Ele quer que os homens o conheçam, e porque disto depende a sua felicidade eterna (Os 6.3; Jo 17.3). Acomodando-se, então, à nossa fraqueza, o Altíssimo se dá a conhecer usando a nossa linguagem finita, particularmente por analogia aos modos de agir e sentir do ser humano (quando as Escrituras falam na boca, na mão e nos olhos de Deus, por exemplo; ou que Deus se entristeceu, ou se irou). E, mesmo assim, o conhecimento que podemos alcançar de Deus a partir da revelação sempre será parcial, devido à limitação do nosso entendimento, para que antes sejamos despertados a confessar e louvar a grandeza infinita do caráter e das obras do Altíssimo do que a esquadrinhá-las (Jó 38.1-4; 26.14; Rm 11.33). 

3. A SINGULARIDADE DO SEU SER. À pergunta: “Que ou quem é Deus”, Ele mesmo responde: “Eu sou o que sou” (Ex 3.14). Deus é o Ser supremo, que existe por si mesmo, independentemente de qualquer causa exterior. Esta é a origem do nome JEOVÁ (que em nossas bíblias geralmente é traduzido por SENHOR), que significa “o auto existente”, “o autossuficiente”. Outra declaração importante acerca da natureza essencial de Deus é feita por Cristo: “Deus é Espírito” (Jo 4.24). Quer dizer que o Altíssimo não está limitado a forma, matéria ou espaço (At 17.24-25), ou seja, não tem um corpo, como todos os outros seres (1 Co 15.40). Outra declaração bíblica é de que Deus é único (Dt 6.4). Embora muitos sejam impropriamente chamados de “deuses” pelos homens (Gl 4.8), existe somente um Deus (1 Co 8.6; 1 Tm 2.3-5). Portanto, Deus é inigualável, incomparável a qualquer outro ser (Is 46.5). 

II – OS ATRIBUTOS ESSENCIAIS DE DEUS Para nossa melhor compreensão, começamos por tratar dos atributos ou qualidades divinas que chamamos de essenciais, porque pertencem exclusivamente à Divindade e manifestam a diferença infinita entre Deus e a criação. 

1. SUA INFINITUDE. Deus é infinito, pois não está sujeito a qualquer tipo de limitação própria da criatura. Isto significa que, em termos de espaço, Ele é imenso e onipresente, ou seja, está presente em toda a parte, bem como excede a todos os limites de espaço da criação, de tal modo que nada pode contê-l’O, mas antes todas as coisas existem n’Ele (1 Rs 8.27; Jr 23.23-24; At 17.28-29). Em relação ao tempo, a infinitude de Deus implica que Ele é eterno, pois não tem princípio, sucessão nem fim de dias (Sl 90.2; Ap 1.8). Outro aspecto da Sua infinitude é a Sua onisciência, pois Ele conhece perfeita e intimamente todas as coisas, desde as mais “insignificantes” até as maiores grandezas do universo (Mt 10.30; Sl 147.4); desde as mais evidentes e manifestas até as mais íntimas e ocultas, como os pensamentos do coração, de modo que nada pode ser ocultado d’Ele (Sl 139.1, 7-8; Hb 4.12-13). Quanto à Sua vontade e poder, Ele é onipotente, ou todopoderoso(Gn 17.1), não havendo nada difícil para Deus, e nenhum dos Seus pensamentos podendo ser impedido – tudo o que Ele quer, Ele faz (Gn 18.13-14; Lc 1.36-37; Sl 115.3; Jó 42.2). 

2. SUA IMUTABILIDADE. Ao passo que todas as coisas criadas estão sujeitas a constantes mudanças, tanto no seu aspecto exterior como interior, Deus permanece sempre o mesmo (Sl 102.25-27; Ml 3.6). Em Deus não há mudança nem sombra de variação, embora Sua sabedoria seja multiforme – o que significa que Deus pode lidar com as mais diversas e contraditórias situações, inclusive as atitudes e disposições cambientes do homem, sem com isto contradizer o Seu caráter e vontade (Tg 1.17; 2 Tm 2.13). Por isso também as Escrituras dizem que Deus não pode mentir nem se arrepender (Nm 23.19; Hb 6.17-18). 

III – OS ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS Alguns atributos divinos são chamados de morais, porque também podem ser encontrados nos homens, ainda que numa medida incomparavelmente inferior, Deus os possuindo e os manifestando como gloriosas perfeições ou grandezas inescrutáveis (1 Pe 2.9). Estes atributos são manifestos no relacionamento da Divindade conosco, além de nos instruírem quanto às virtudes que devemos cultivar, buscando-as n’Ele como a fonte, a fim de nos tornarmos mais semelhantes ao nosso Criador (Mt 5.48; Ef 4.24). 

1. SUA JUSTIÇA E SANTIDADE. Deus é justo e reto (Dt 32.4; Sl 97.1, 2), ou seja, Ele tem a disposição de sempre dar a cada um o que lhe é devido. Por isso Deus não tem o culpado por inocente (Na 1.3), mas retribui a cada um segundo as suas obras (Rm 2.5-11), e assim é propriamente chamado o “Juiz de toda a terra” (Gn 18.25). Deus também é santo (Sl 99.5, 9), e este aspecto do Seu caráter está relacionado com o anterior, porque santidade em Deus é a Sua perfeita separação ou pureza em relação a toda injustiça (Hc 1.13; Tg 1.13); razão pela qual Ele é comparado à luz (1 Jo 1.5). A santidade de Deus também se manifesta no Seu zelo ou ira contra o pecado, que é injustiça (Js 24.19-20; 1 Jo 3.3-5); e nisto ela é comparada ao fogo (Is 33.14; Hb 12.29). 

2. SUA MISERICÓRDIA, BONDADE E AMOR. Ao mesmo tempo que é justo e santo, Deus também é misericordioso (Ex 34.6-7). E, se não fosse pela grandeza da Sua misericórdia, que O faz ser paciente, longânimo, sofredor e perdoador, seríamos todos consumidos no fogo da Sua ira santa (Lm 3.22; Sl 51.1). A misericórdia de Deus é a Sua disposição de considerar a miséria e limitação de Suas criaturas, provendo-lhes alívio e socorro (Sl 103.8-18). Deus também é bondoso, pois sempre está disposto a olhar e tratar Suas criaturas de modo generoso e benevolente, até mesmo os maus e ingratos (Sl 107.8; Mt 5.45). E igualmente perfeito e grandioso é o Seu amor (1 Jo 4.8), que se manifesta, primeiro, em relação a Si mesmo, ao Seu nome, à Sua glória e excelências (Is 48.11; Sl 115.1; 143.11); depois, àqueles com os quais se comunica, a fim de torna-los semelhantes a Si (Pv 15.9; Jo 14.21), e pelos quais fez tudo, inclusive abrir mão daquilo que mais amava, para que alcançassem esse fim (Jo 3.16; Rm 5.8). 

CONCLUSÃO Jamais conheceremos a Deus perfeitamente, mas o que Ele revelou acerca de Si mesmo é suficiente para nos levar a amar, temer e confiar mais n’Ele. Que as grandezas do nosso Deus sejam o tema de nossas conversações e meditações, a proclamação de nossos púlpitos, o conteúdo de nossos louvores e o deleite de nossas almas. Que, ao invés de nos inquietarmos com as vaidades e cuidados desta vida, como se fossem coisa de grande importância, possamos nos gloriar mais em conhecer ao Senhor nosso Deus.

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001-A importância da Doutrina Bíblica - Lição 01[Pr Afonso Chaves]04jul2025

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LIÇÃO 1 

A IMPORTÂNCIA DA DOUTRINA BÍBLICA 

TEXTO ÁUREO: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas, porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo, como aos que te ouvem” (1 Timóteo 4.16) 

LEITURA BÍBLICA: 2 TIMÓTEO 4.1-5 

INTRODUÇÃO O conhecimento da doutrina bíblica é de suma importância para a igreja de Cristo. A Bíblia é essencialmente doutrinária, e sema sua doutrina não é possível conhecer a Deus nem entender a Sua vontade para nós. Embora a Bíblia seja uma fonte inesgotável de conhecimento e sabedoria divina, precisamos não apenas lê-la, mas entendê-la. E, para isto, o estudo dos seus principais assuntos ou temas doutrinários permite-nos obter uma ideia mais clara, profunda e organizada da revelação bíblica. 

I – O QUE É A DOUTRINA BÍBLICA 

1. DEFINIÇÃO E OBJETIVO. Doutrina significa “ensino”, “instrução”, e pode se referir tanto ao ato de transmitir conhecimento a outrem, como ao conteúdo desse conhecimento. Doutrina bíblica, no caso, é todo ensino ou instrução consignada por Deus nas Escrituras Sagradas. Em outras palavras, é a revelação bíblica de verdades concernentes a Deus ou às coisas divinas, as quais nenhuma ciência ou sabedoria natural pode ensinar ao homem (1 Co 2.6-10). O objetivo da doutrina bíblica é instruir o homem para a salvação e capacitá-lo para a obediência e o cumprimento de toda a vontade de Deus (2 Tm 3.15-17). 

2. A DOUTRINA NA BÍBLIA. Não há como negar que a Bíblia é um livro de doutrina: todas as coisas nela registradas têm o propósito de nos ensinar algo a respeito de Deus e das coisas divinas. Se não fosse assim, ela seria apenas um livro de histórias para nos entreter e alimentar teorias ou especulações, mas sem nenhuma pertinência para nossas vidas. O que vemos, contudo, é que o cuidado com a doutrina está presente em toda a narrativa bíblica: desde os primeiros pais (Gn 18.19; cf. Dt 11.18, 19), passando pelos sacerdotes e profetas de Israel (Ml 2.6, 7; Is 8.16-22), até chegarmos em Cristo Jesus, o Mestre por excelência (Jo 13.13; Mt 4.23); aos Seus apóstolos, enviados a fazer discípulos de todas as nações (Mt 28.18- 20); e à Igreja que, na presente dispensação, recebeu uma variedade de dons relacionados à ministração da palavra de Deus, com o fim de preservar a doutrina como o fundamento dos fiéis (2 Tm 2.2; 1 Tm 3.14-15).

II – POR QUE A DOUTRINA BÍBLICA É NECESSÁRIA 

1. DOUTRINA E PRÁTICA. Muitos nutrem um preconceito contra a doutrina como se fosse mera teoria, sem aplicação prática; mas este não é o caso da doutrina bíblica. Como já observamos, o conhecimento de Deus e das coisas divinas está intimamente ligado à prática cristã; quando recebida com sinceridade e aplicada ao coração pelo Espírito Santo, a sã doutrina necessariamente levará o fiel ao cumprimento da vontade de Deus (Rm 12.1, 2; Ef 4.20-24). É verdade que alguns interessam-se apenas pelo conhecimento, mas negam a doutrina pelas suas más obras; mas, neste caso, o problema está no coração corrompido e enganado pelo pecado (2 Tm 3.1-7; Tt 1.16). E se, por um lado, o conhecimento só é proveitoso quando leva à prática (Jo 13.17; 1 Jo 2.5), por outro, sem o conhecimento da vontade de Deus, não pode haver nenhuma prática da piedade, mas apenas uma religiosidade carnal baseada em preceitos humanos, que não é de nenhum valor para Deus (Mt 15.7-9; Cl 2.20-23). 

2. DOUTRINA E PREGAÇÃO. À luz do Novo Testamento, o ministério da palavra apoiava-se basicamente no ensino (isto é, na doutrina) e na pregação. Embora muitos façam confusão sobre esses termos, dando à pregação maior importância que o ensino, ambas faziam parte do ministério de nosso Senhor Jesus (Mt 4.23) e dos Seus apóstolos (At 4.2; 28.30, 31). Enquanto a pregação consistia na proclamação das boas novas do reino, o ensino abrangia todas as formas de exposição e argumentação sobre as verdades enunciadas, ou implícitas, nessa proclamação (compare Mt 4.17 com 5.1-2, ss.), abrindo aos que davam crédito à pregação os tesouros ocultos do reino dos céus (Mt 13.11-12, 52). Ora, se é assim, podemos dizer que a doutrina é indispensável a todos os crentes, e não apenas a pastores e teólogos, pois é nela que se encontra o sólido mantimento que nos faz amadurecer espiritualmente (1 Co 14.20). Por isso, a falta de ministração da doutrina na igreja, ou ainda a necessidade de sempre se repetir os mesmos elementos básicos da fé devido à recusa dos ouvintes em aplicá-los ao coração, resulta em estagnação espiritual, que é prejudicial à fé, uma vez que os crentes devem sempre progredir na graça e no conhecimento de Deus (1 Co 3.1, 2; Hb 5.11-14; cf. Os 6.3). 

3. DOUTRINA E HERESIA. Não são poucos os alertas que as Escrituras fazem contra as heresias, isto é, contra os falsos ensinos que se introduzem no meio do povo de Deus, os quais deturpam a fé e levam os incautos à perdição (1 Tm 4.1-3; 2 Pe 2.1-3). Assim como a sã doutrina salva e santifica, a heresia corrompe e condena (Tt 3.10, 11). O único antídoto contra esse mal é a ministração da doutrina bíblica, que dará ao crente o “conhecimento da verdade, que é segundo a piedade” (Tt 1.1), capacitando-o para uma vida cristã plena, e que assim redundará em maior edificação, comunhão com a igreja e firmeza na fé (Ef 4.11-16). 

III – COMO ESTUDAR A DOUTRINA BÍBLICA 

1. A NATUREZA DA DOUTRINA BÍBLICA. É interessante notar que a doutrina apresenta uma unidade, mesmo quando a palavra se refere a um conjunto de verdades divinas (Mt 7.28). Isto porque a fonte da doutrina, que são as Escrituras, procede de um só e o mesmo Deus (2 Pe 1.20, 21). Podemos então esperar que haja uma harmonia e dependência entre todos os aspectos ou assuntos particulares da doutrina bíblica, convergindo tudo para um só propósito ou “tema” principal. Certamente, o grande interesse de Deus ao nos recomendar a doutrina bíblica é que conheçamos, e creiamos, e tenhamos comunhão com Seu Filho, Jesus Cristo. Assim devemos buscar, em cada doutrina, sua conexão com nosso Senhor e Salvador Jesus, a fim de melhor compreende-la; é n’Ele que as verdades divinas, já presentes em germe nos primeiros livros da Bíblia (Jo 5.39), vão encontrar seu pleno desenvolvimento e significado (Ef 3.4-6). Por isso, negligenciar a complementaridade do Antigo e do Novo Testamento, e que este, onde Cristo é plenamente revelado, lança luz sobre aquele, onde Cristo está velado, para a compreensão da doutrina bíblica, é permanecer sob o véu das sombras e figuras (2 Co 3.14-16). 

2. MÉTODO SISTEMÁTICO. Muitos se opõem ao estudo sistemático da doutrina, por um receio justificado de que o sentido de uma passagem possa ser distorcido para se encaixar em uma “categoria teológica”. Porém, é preciso entender que as verdades divinas estão espalhadas pelas Escrituras, e para compreendê-las é necessário comparar as passagens, aproximá-las de acordo com a analogia do assunto (1 Co 2.13). Um método que reúna de forma ordenada e racional as verdades reveladas não apenas possui utilidade prática para o nosso estudo, mas também é bíblico. Notemos que, por exemplo, os Dez Mandamentos (Ex 20), ou a Oração que o Senhor ensinou (Mt 6), são exposições tópicas, ou seja, expressam de modo conciso princípios que são explicados em muitas outras passagens (cf. ainda 1 Tm 3.16; Hb 6.1-2). Paulo também fala sobre certa forma, ou modelo de doutrina – o que implica em uma sistematização dos princípios da fé (Rm 6.17; 2 Tm 1.13). Desde que não violemos a proibição de acrescentar ou diminuir da palavra de Deus (Pv 30.5, 6; Ap 22.18, 19), podemos também agrupar as grandes doutrinas bíblicas de acordo com o seu assunto, e de um modo ordenado, como faremos nas próximas lições, para nossa melhor compreensão. 

CONCLUSÃO Que a doutrina bíblica é negligenciada e desprezada em nosso tempo podemos ver no grande número de crentes que não entendem os elementos fundamentais da fé e são incapazes de dar a razão da esperança que há neles; e nos púlpitos, onde pregadores alegam a autoridade de suas opiniões pessoais, sensibilidades emocionais e experiência pessoal. Se quisermos nos desvencilhar das consequências nefastas dessa atitude em relação à palavra de Deus, e não perder o apoio do único verdadeiro fundamento da Igreja de Cristo, precisamos reconhecer a importância vital da doutrina bíblica e priorizá-la tanto em nossa busca particular por um viver piedoso como em nossa adoração e serviço em comunidade.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 

Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
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