10 outubro 2025

002-A Condição do Homem no Éden - Gênesis Lição 02[Pr Denilson Lemes]09out2025

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LIÇÃO 2 

A CONDIÇÃO DO HOMEM NO ÉDEN 

TEXTO ÁUREO: “E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar” (Gn 2.15) 

LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 2.1-17

INTRODUÇÃO Após concluir a narrativa da criação com as palavras: “Assim, os céus, e a terra, e todo o seu exército foram acabados”, o escritor inspirado é levado pelo espírito de revelação a descrever em maiores detalhes as condições do mundo recém criado, e como Deus apresentou ao homem uma criação boa e adequada para que, por meio dela, este pudesse cumprir o seu propósito. Veremos com que generosidade o Criador pôs ao alcance de nossos primeiros pais as riquezas e belezas da criação, demandando deles nada mais do que gratidão e devoção sincera, expressas na obediência a um único mandamento. 

I – A CONCLUSÃO DA OBRA DA CRIAÇÃO E O DESCANSO DE DEUS (2.1-3) Apesar da divisão do texto em capítulos sugerir uma ruptura no assunto, é importante observar que os versos que agora estudamos ainda fazem parte da narrativa da criação. Tendo ordenado os atos criativos de Deus numa sequência de tardes e manhãs, a Escritura afirma que a obra da criação foi concluída no sétimo dia e que, por isso, Deus “descansou de toda a sua obra, que tinha feito”. Isto não quer dizer que o Criador precisou restaurar-se fisicamente, nem que Ele cessou toda atividade, como que deixando o mundo funcionar “por conta própria”. Deus é Espírito e jamais se cansa, e depois, todas as coisas criadas subsistem pela palavra do Seu poder, de modo que Deus continua operando para que a criação seja preservada em sua devida ordem e funcionamento (Is 40.28; Jo 5.17; cf. Cl 1.16-17; Hb 1.1-3). A palavra descansar aqui significa então que o Criador cessou a Sua obra, por tê-la acabado (aliás, sábado significa cessação), como que para alegrar-se e satisfazer-se com o que Ele havia feito, pois tudo era muito bom aos Seus olhos (Gn 1.31). Contudo, há outra implicação nesta menção ao descanso de Deus. Fica bastante evidente que o homem, tendo sido criado no sexto dia, não apenas presenciou a chegada do sétimo, mas também o conheceu como um dia de descanso, pois a Escritura diz que Deus abençoou e santificou o sétimo dia. Ora, o sábado foi abençoado e santificado por causa do homem, e por esta causa, ao lembrar o Seu povo acerca do seu dever para com essa instituição divina, o Senhor Deus o expressa na forma do mandamento de guardar e santificar o sábado para que fossem abençoados (Ex 20.8-11; Is 58.13-14; Mc 2.27). Ao cessarem os seus trabalhos cotidianos neste dia, os israelitas não apenas comemoravam o descanso de Deus, mas também participavam da alegria e satisfação divina sobre o término da obra da criação, ainda que por apenas 24 horas, para depois voltarem ao ciclo semanal de trabalho; ao passo que, para Deus, este dia não teve fim (note-se a omissão da frase “e foi a tarde e a manhã” em relação ao sétimo dia). Assim, podemos entender que o objetivo do sábado não era apenas o de proporcionar um descanso físico, mesmo para os homens, que dele precisam; mas também o de lembrá-los de que só é possível alcançar plena satisfação, paz e realização – verdadeiro descanso – em Deus, por meio da obediência. De modo que os incrédulos e desobedientes não entrarão nesse descanso, mas somente aqueles que, com fé e obediência, perseverarem na esperança de redenção e restauração, que agora, pelo evangelho, é revelada estar em Cristo Jesus (Hb 4.1-11; Cl 2.16-17; Mt 11.28-30; cf. Mq 2.10). 

II – A FORMAÇÃO DO JARDIM DO ÉDEN E DO HOMEM (2.4-17) Enquanto no capítulo 1 vimos que o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus, e que lhe foi dado domínio sobre a criação, a partir deste verso a Escritura nos oferece maiores detalhes sobre a sua formação, revelando que ele foi feito a partir da mesma terra que os outros seres viventes; da mesma terra de onde derivaria o seu sustento através do seu trabalho: “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra”. Em seguida, lemos que o Senhor Deus “soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”, o que também o coloca na mesma condição das outras criaturas que, conforme destacamos na lição anterior, derivam sua existência de um espírito que provém de Deus. Embora toda a terra estivesse semeada das mais variadas formas de vegetação, notemos que o Senhor Deus estabelece o homem para lavrar e guardar (ou preservar) uma região específica, um jardim no Éden (Éden significa deleite), onde fizera brotar e frutificar toda sorte de árvores para a satisfação do homem. Assim desfrutando dos deleites propiciados pelo jardim do Éden, ao mesmo tempo em que o lavrava e guardava, o homem aprendia a exercer a sua mordomia sobre a criação, respondendo unicamente ao Criador por todos os seus atos. Deus lhe havia dado grande liberdade de ação: “de toda árvore do jardim comerás livremente”, devendo o homem atentar apenas para uma proibição: “da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás”. Não importa aqui qual era a verdadeira natureza dessa árvore – Deus não explica o motivo da proibição, mas apenas a consequência da desobediência ao Seu mandamento, que deveria ser acatado sem questionamentos e dúvidas, em reconhecimento à soberania daqu’Ele que é o verdadeiro e justo Dominador de toda a criação: “no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (cf. Rm 6.23; Ez 18.4). Concluímos então que este paraíso terreno, onde o homem desfrutava de grandes bênçãos e comunhão com o Criador prefigura também um melhor jardim ou paraíso, não terreno, mas celestial, onde a fidelidade do homem a Deus não será posta novamente a prova, como precisava ser no princípio, mas será recompensada após ter sido provada, com o fruto da árvore da vida: “Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida que está no meio do paraíso de Deus” (Ap 2.7; cf. Ap 22.1-2).

III – A FORMAÇÃO DA MULHER E A CONDIÇÃO DO PRIMEIRO CASAL (2.18-25) Tendo inicialmente relatado que Deus criou no sexto dia tanto o homem como a mulher, agora a Escritura nos oferece maiores detalhes sobre o propósito divino para o homem, revelado na formação da mulher. Deus havia trazido os animais até o solitário Adão para que este os nomeasse e assim determinasse a natureza de cada um. Sabiamente, ele não reconhecera em nenhum deles algum semelhante a si mesmo, e não pareceu bom aos olhos de Deus que ele permanecesse só. Ora, se o homem haveria de ser o mordomo da criação, ele deveria se reproduzir, ter descendentes que enchessem a terra e a subjugassem. Evidentemente, para isto ele precisaria de uma companheira que fosse da sua espécie, e por isso Deus criou a mulher, formando-a a partir do próprio homem: “Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada”. Assim, Deus criou a mulher não apenas para ser a auxiliadora sem a qual o homem não poderia cumprir o seu propósito de perpetuar-se e dominar a terra, mas também para, ao formar com ele um corpo e ser objeto do seu amor sacrificial, prefigurar o mistério da união entre Cristo e a Igreja (Mt 19.4-6; 1 Co 11.8-9; cf. Ef 5.28-32). O capítulo se encerra descrevendo a condição moral do primeiro casal, ao revelar que ambos estavam nus e não se envergonhavam disto. Significa que não possuíam qualquer senso de culpa, nem malícia, pois, de fato, ainda não haviam pecado e, enquanto guardassem o mandamento de Deus, não haveria razão para se envergonharem. Somente a consciência de pecado traria à tona a percepção de que a nudez representa uma deficiência, e que o homem precisa cobrir-se para estar diante de Deus (cf. Ap 3.17-18). 

CONCLUSÃO Embora o homem tivesse sido criado e estabelecido em condições paradisíacas, este não haveria de ser – nem poderia ser – o seu estado final, mas apenas uma antevisão de um estado ainda mais glorioso e perpétuo, no qual ele só entraria após compreender e reconhecer a bondade do seu Criador.

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01 outubro 2025

001-A Criação dos Céus e da Terra- Gênesis Lição 01[Pr Denilson Lemes]05out2025

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LIÇÃO 1 

A CRIAÇÃO DOS CÉUS E DA TERRA 

TEXTO ÁUREO: “Assim, os céus, e a terra, e todo o seu exército foram acabados” (Gênesis 2.1) 

LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 1.1-31 

INTRODUÇÃO Os capítulos 1 a 11 de Gênesis constituem reconhecidamente uma seção distinta do restante deste primeiro livro da Bíblia, pois nela encontramos as origens dos céus e da terra, do homem, do pecado, da promessa de redenção, do culto divino, das nações e, finalmente, de um povo eleito por Deus para ser testemunha da Sua glória. Consequentemente, nestes primeiros capítulos encontramos também os elementos das doutrinas mais importantes da Bíblia, de modo que, se não compreendermos aquilo que o relato das origens nos ensina, jamais entenderemos o escopo e o progresso da revelação divina no seu todo. 

I – O PRINCÍPIO DA CRIAÇÃO (1.1-5) Embora, de um ponto de vista teológico, poderíamos falar sobre a existência de Deus e os Seus atos e decretos na eternidade, antes da criação do mundo; como nosso tema é Gênesis, devemos começar onde a narrativa bíblica começa, a saber, no princípio. Aprouve a Deus revelar aos homens, num primeiro momento, a verdade sobre aquilo que eles podem ver e ouvir, para depois, gradualmente, desvendar aquilo que está além dos seus sentidos. Assim, o que importa saber antes de tudo é que Deus criou todas as coisas e, a partir da criação, podemos determinar Sua existência, natureza e caráter, bem como Seu propósito para nós (Hb 11.3, 6; Rm 1.19-20; At 17.24-25). Naturalmente, princípio aqui não diz respeito a Deus, mas sim ao que foi criado. Deus é eterno, não tem começo nem fim e, portanto, não está sujeito ao tempo, que é uma característica das coisas criadas; de modo que, antes do tempo, Deus já existia com o seu Verbo (Sl 90.2; Jo 1.1-3; Cl 1.17). Por outro lado, isto significa que a matéria não é eterna e, portanto, Deus criou a partir do nada – embora não necessariamente todas as coisas, mas aquilo que, num primeiro momento, era apenas uma massa bruta, como nos informa a Escritura: “A terra era sem forma e vazia, e havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”. De fato, estava tudo ali – a terra, o espaço, as águas – mas de tal modo indefinido e inadequado ao propósito de Deus que era necessário dar forma àquela matéria original – como o oleiro dá forma ao barro – até que tudo estivesse do agrado do Criador (Gn 1.31; 2.1; cf. Is 45.18). Além disso, embora pudesse ter criado todas as coisas do nada e de imediato, o Senhor Deus trabalhou como um artista, ou artesão, executando a criação dos céus e da terra, e de tudo o que neles há, por etapas, até completar esta obra prima que testemunharia a Sua glória e sabedoria (Sl 19.1; Pv 3.19). Assim, após ter criado do nada a matéria primordial, o primeiro ato de Deus foi trazer à existência, ou fazer aparecer a luz em meio à escuridão, separando uma da outra. Sendo uma característica da matéria ainda não aperfeiçoada, a escuridão não atendia ao propósito de Deus para as Suas criaturas – especialmente o homem – pois ela encobre as coisas, engana e faz errar; ao passo que a luz é boa porque revela as coisas tais como são, permitindo compreendê-las e julgá-las de acordo com a verdade. Daí podemos entender por que Deus é comparado à luz e por que ser alcançado pela Sua graça, ou viver de acordo com ela, é como ter ou estar na luz (Jo 1.5; 8.12; 1 Jo 1.5-7; 2.9-10; cf. 2 Co 4.6). 

II – A SEPARAÇÃO DOS CÉUS, DA TERRA E DO MAR (1.6-10) A expressão “e foi a tarde e a manhã”, empregada ao término de cada etapa ou dia da criação, assinala não apenas o transcurso do tempo pela sucessão de noite e dia, mas também o aprimoramento constante de tudo aquilo que ia sendo criado, na medida em que tarde corresponde à escuridão (imperfeição) e manhã, à luz (perfeição). Percebemos ainda que, enquanto os três primeiros dias da criação são dedicados à separação da luz e das trevas, dos céus e da terra, da terra seca e dos mares; nos quatro dias finais, o Criador como que adorna e povoa esses ambientes com os seus exércitos. É como se Deus tivesse primeiro formado os cômodos de uma grande casa para depois mobiliá-los e enchê-los de moradores. Assim, no segundo dia, Deus separou os céus da terra, formando uma expansão entre águas e águas. Lembremos que a terra ainda era uma massa indistinta das águas que a cobriam; Deus ordenou então que se fizesse um espaço nessa massa líquida, de modo que parte dela ficasse dispersa além da terra, até os confins do universo. Observemos que aqui se trata dos céus da criação visível, isto é, tanto o sideral como o atmosférico; e não o mundo espiritual, a habitação de Deus e dos anjos que, por estar muito além desta criação, é chamado também, figuradamente, de céus, céus dos céus, ou terceiro céu (Sl 113.4-6; 2 Co 12.1-4). Segue-se o terceiro dia, quando então Deus se voltou para aquela massa líquida de que consistia o planeta e ordenou às águas que ficaram debaixo da expansão que se acumulassem, a fim de que aparecesse a porção seca. Com isto, o Criador estabeleceu uma habitação firme e segura para o homem, impondo limites às águas para que não cobrissem a superfície da terra (2 Pe 3.5-6; Jr 5.22; Jó 38.4-11). 

III – A FORMAÇÃO DOS ASTROS, DOS VEGETAIS E DOS SERES VIVENTES (1.11-31) Tendo definido os limites dos céus, da terra e dos mares, o Todo-poderoso passa a prepará-los para comportarem e servirem às formas de vida com que os povoaria. Ainda no terceiro dia, após fazer emergir a porção seca da terra, Deus como que a semeou com diferentes espécies de vegetação, as quais, embora ainda não tivessem brotado e florescido, seriam capazes de se reproduzir e multiplicar-se sobre a terra, servindo de alimento aos seres viventes (cf. Gn 1.29-30; 2.5). No quarto dia, Deus formou os luminares, a saber, o sol, a lua e as estrelas, na expansão dos céus, a fim de que, através da sua luz, servissem como demarcadores naturais da passagem do tempo, assim como simbolizassem realidades espirituais (cf. Dn 12.3; Ml 4.2). No quinto dia, Deus criou os primeiros seres de alma vivente – isto é, criaturas cuja existência não depende apenas de circunstâncias físicas, como água, luz solar e nutrientes (como a vida vegetal); mas também de um espírito, ou sopro vital, que não lhes é inerente, mas que provém de Deus, e que volta para Deus (cf. Sl 104.29; Jó 14.7-10). No sexto dia, após ter povoado as águas e a face dos céus, é a vez da terra seca, da qual o Criador então formou numerosas espécies de animais que estariam mais próximos ao homem – gado, répteis e feras. E, finalmente, ainda neste dia, o Senhor arremata Sua obra com a formação do primeiro casal humano. “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança” é uma expressão que indica o conselho de Deus com o seu Verbo de honrar o homem sobre as demais criaturas, pois, embora todas as coisas sejam obra das Suas mãos, somente o homem foi feito à imagem de Deus (Cl 1.15-17; cf. Gn 9.5-6). Significa então que o homem foi criado para ser como Deus, e representar o Criador na sua relação com os outros seres, exercendo um domínio (ou mordomia) caracterizado por qualidades divinas tais como santidade, justiça, bondade e verdade, para a glória de Deus (Ef 4.22-24; Cl 3.9-10; cf. Sl 8.3-8). Assim, o sexto dia se encerra com a nota de que tudo era muito bom aos olhos de Deus, pois nada do que fora criado O desagradava e, nesta condição, tudo estava completo e perfeito para que todos os seres cumprissem o propósito para o qual foram criados (Gn 1.31-2.1; cf. Ec 7.29). 

CONCLUSÃO Considerando que a narrativa da criação resume em poucos versos uma quantidade inumerável e incompreensível para nós de processos envolvendo a criação de todas as coisas, a Escritura é muito clara e objetiva em estabelecer que tudo foi criado por Deus de acordo com uma ordem, propósito e sabedoria maravilhosa, a fim de que reconheçamos a Sua bondade para conosco, porque pela Sua vontade existimos, e fomos criados.

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25 setembro 2025

013-As Escrituras Sagradas - Doutrinas Bíblicas - Lição 13 [Pr Afonso Chaves] 25set2025

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LIÇÃO 13

AS ESCRITURAS SAGRADAS 

TEXTO ÁUREO: “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1.20-21) 

LEITURA BÍBLICA: 2 TIMÓTEO 3.10-17 

INTRODUÇÃO 

Nesta última lição do trimestre, em que temos estudado as grandes doutrinas da Bíblia, propomos examinar algumas das verdades fundamentais que as Escrituras Sagradas revelam acerca de si mesmas – ou seja, aquilo que Deus nos diz a respeito da Sua palavra escrita. A partir da consideração de características como a autoridade, perfeição e clareza das Escrituras, não apenas ampliaremos nosso conhecimento sobre a natureza do Livro Sagrado, mas fortaleceremos nossa fé de que a Bíblia é, de fato, a palavra de Deus. 

I – A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS 

1. NA INSPIRAÇÃO DOS SEUS AUTORES. Em muitas ocasiões, os profetas e apóstolos foram inequivocamente ordenados a escrever aquilo que viam ou ouviam da parte de Deus (Ex 34.27; Dt 31.19; Jr 30.2; Hc 2.2; Ap 1.11, 19). Contudo, não apenas em relação a esses registros particulares, mas em relação a tudo aquilo que denominamos Escritura ou Escrituras, os homens santos aos quais se atribui a sua composição nada escreveram de si mesmos, nem por vontade própria, mas apenas enquanto movidos ou inspirados pelo Espírito Santo (2 Sm 23.2; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21). Ser a Escritura inspirada significa então que os profetas e apóstolos foram influenciados por Deus para escreverem literalmente aquilo que Ele queria que escrevessem, como se o próprio Deus por eles tivesse falado e escrito (1 Co 2.13; 2 Tm 3.15; Os 8.12). Eis por que a Escritura é também chamada de palavra de Deus, e o livro de Deus, pelo qual Ele fala aos que o leem assim como falou àqueles que, no passado, ouviram diretamente a Sua voz (Jo 10.34-35; Rm 3.1-2; Is 34.16). 

2. NO CARÁTER DO SEU CONTEÚDO. Sendo a palavra de Deus, as Escrituras refletem o caráter do seu Autor, não podendo conter nada que seja indigno d’Ele, mas antes exaltando tudo o que é justo, santo, verdadeiro, bom; e condenando os vícios (Sl 12.6; Rm 7.12; Jo 17.17; cf. 1 Tm 1.9-11). Mesmo quando relatam coisas que foram feitas e ditas por homens sem o respaldo divino, ou mesmo por homens ímpios – quando não pelo próprio diabo – as Escrituras o fazem de modo que Deus seja sempre justificado e o homem condenado pelas suas ações e palavras (Jó 1.9-11; 42.7; cf. 1 Co 10.11; Rm 3.4, 9-10). 

3. NAS PROVAS DA SUA ORIGEM DIVINA. Sendo as Escrituras a palavra de Deus, elas apresentam evidências claras e incontestáveis da sua origem divina. Consideremos, por exemplo, como elas revelam coisas que de outro modo seriam inconcebíveis pela mente humana – como o mistério da encarnação do Filho de Deus, ou da reconciliação dos homens com Deus através da cruz de Cristo, ou ainda da ressurreição dos mortos (1 Tm 3.16; Ef 3.4-6; 1 Co 15.51-52). Outra evidência notável encontramos no cumprimento das suas profecias, especialmente aquelas que dizem respeito à vinda de Cristo (Is 44.7; cf. Lc 24.25-27, 44). De modo semelhante, a harmonia dos diversos assuntos de que tratam em torno de um propósito principal – a salvação dos homens em Cristo – é evidência de uma Mente transcendente às limitações dos seus autores humanos (1 Pe 1.10-11; Rm 3.21-22). Poderíamos ainda citar outras evidências, mas o argumento decisivo, capaz de remover toda dúvida quanto à origem e autoridade divina da Bíblia, é aquele que somente o Espírito Santo pode produzir no coração do homem – o argumento da fé, sem a qual é impossível receber a palavra de Deus como tal (1 Co 2.1-5; 1 Ts 2.13; Hb 11.1-3; cf. Jo 8.47). 

II – A PERFEIÇÃO DAS ESCRITURAS 

1. NA SUFICIÊNCIA DAS PARTES E DO TODO. Embora as Escrituras não contenham um relato completo de tudo aquilo que Deus fez e disse ao longo dos tempos, nelas encontramos todas as coisas necessárias para a salvação (2 Tm 3.15-16; Jo 5.39-40; cf. Sl 40.5; Jo 21.25). Essa suficiência diz respeito não apenas à Bíblia como um todo, mas também às suas partes: a lei e os profetas comunicaram a verdade e a vontade de Deus ao povo da antiga aliança de modo tão suficiente para salvá-los como o fazem os evangelhos, por exemplo, ou a Bíblia completa (Lc 16.27-29; Jo 20.30-31). Houve, de fato, um progresso na revelação divina, mas não quanto à sua essência e propósito, e sim quanto à maior compreensão e poder com que esse propósito se realiza, e assim, se os antigos foram salvos pela esperança no Cristo que viria, quanto mais nós que, além do testemunho de Moisés e dos profetas, temos também a palavra daqueles que anunciaram o Cristo que já veio (Hb 1.1-2; 2.1-3; 11.1-2, 13, 39-40; Jo 1.16-17; cf. At 26.22-23). 

2. NO CUMPRIMENTO EFICAZ DO SEU PROPÓSITO. 

No texto da leitura bíblica, o apóstolo afirma a suficiência das Escrituras para a salvação tanto no aspecto da fé (sábio para a salvação, 2 Tm 3.15) como da prática(perfeitamente instruído para toda boa obra, v. 17; cf. 1 Tm 4.16). O propósito das Escrituras é que o homem creia para que, mais do que conhecer, possa viver em função do que crê (Rm 12.1-2; 1 Tm 6.3-4; Tg 1.2-5). E, para isto, elas não são suficientes apenas porque comunicam ao nosso entendimento essa doutrina da piedade; mas também porque, através delas, Deus infunde em nosso coração a fé, esperança, amor, alegria, consolações e toda sorte de bênçãos que acompanham a salvação (Jo 15.3; Tg 1.18; Rm 10.17; 15.4; 1 Jo 1.3-4; 5.13; Hb 4.12; cf. Sl 19.7; Jr 15.16). 

3. NA IMUTABILIDADE DAS SUAS PALAVRAS

Assim como seu Autor, as Escrituras Sagradas são imutáveis, o que significa, primeiro, que elas não podem falhar, nem ser anuladas ou deixar de existir, mas até o fim falarão ao povo de Deus e se cumprirão em todos os sentidos e propósitos pelos quais foram escritas (Is 40.8; 55.11; 59.20-21; Hc 2.3; Sl 119.89; cf. Mt 5.18). E, segundo, que as Escrituras não podem ser alteradas, nem por diminuição nem por acréscimo, nem quanto ao teor e literalidade das suas palavras, sem com isto prejudicar a pureza e perfeição da palavra de Deus, e incorrer em erro e eterna perdição (Dt 4.2; 12.32; Pv 30.5-6; Ap 22.18-19). Violam esta proibição aqueles que procuram suplementar as Escrituras com tradições humanas, ou supostas revelações de espíritos, ou de anjos (Mc 7.10-13; 2 Co 11.4; Gl 1.8-9). 

III – A CLAREZA DAS ESCRITURAS 

1. NA SUA LINGUAGEM RACIONAL E OBJETIVA. Não por acaso Deus se dirige ao homem preferencialmente através da fala: Ele deseja que todos compreendam a verdade, conheçam a Cristo e assim sejam salvos (Jo 17.3; 1 Tm 2.3-4; cf. Dt 30.11-14), e a escrita é o meio ideal para expressar a palavra de forma ordenada, objetiva e inequívoca (cf. Lc 1.1-4). Não há nada nas Escrituras que seja irracional ou estranho à linguagem humana, que ninguém seja capaz de compreender com o devido uso das suas faculdades naturais de compreensão (Dt 17.19; 31.11-13; cf. Lc 10.25-28; Ef 3.4; Ap 1.3). Por isso, ao estabelecer ministros para pregarem e ensinarem publicamente as Escrituras, Deus o faz não tanto para que o povo entenda aquilo que de outro modo seria incompreensível, mas para que haja maior edificação dos fiéis (2 Pe 1.12; Ef 4.11-13). 

2. NA SUA LINGUAGEM ESPIRITUAL. As Escrituras contêm, de fato, pontos difíceis de entender, mas não por um uso errôneo ou confuso da linguagem, e sim pela falta de um maior conhecimento da revelação bíblica como um todo, bem como de um comprometimento mais sério com a sua prática (2 Pe 3.15-18; cf. At 8.30-31; Mt 22.29; 1 Co 3.1-3; Hb 5.12-14). Além disso, por mais clara e racional que seja a linguagem das Escrituras, sua mensagem é espiritual, o que significa que ela sempre encontrará um obstáculo no coração do homem natural, que é incapaz de atinar com a glória de Deus na pregação, a menos que isto lhe seja concedido (1 Co 2.10-16; 2 Co 3.12-18; 4.3-4). Assim, Deus humilha os sábios e entendidos deste mundo por desprezarem a verdade, enquanto exalta aqueles que crêem, para os quais as Escrituras tornam-se uma palavra mui firme, e uma luz que cresce mais e mais, e um caminho seguro e reto do qual jamais extraviarão (Mt 11.25-27; 2 Pe 1.19; cf. Pv 6.23; Is 35.8). 

CONCLUSÃO Louvemos a Deus por nos revelar através da Sua palavra coisas tão elevadas e gloriosas, que assombram e maravilham nossa mente ao tempo em que nos enchem de alegria, esperança e nos consolam pela certeza de que somos participantes delas não apenas no presente, mas na eternidade que ainda se desvendará.

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19 setembro 2025

012-Os Anjos - Ensino Doutrinário Lição 12 [Pr Afonso Chaves]17set2025

 

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LIÇÃO 12 

OS ANJOS 

TEXTO ÁUREO: “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por Ele e para Ele” (Colossenses 1.16) 

LEITURA BÍBLICA: HEBREUS 1.1-14 

INTRODUÇÃO Embora considerado um tópico complementar às doutrinas mais fundamentais enunciadas nas Escrituras Sagradas, geralmente a teologia sistemática reserva um lugar à doutrina bíblica sobre os anjos (entendendo-se aí tanto os anjos de Deus como os de Satanás, ou demônios). Veremos que, embora algumas coisas quanto às origens, natureza e atividades desses seres espirituais permaneçam um mistério para nós, Deus nos revelou o suficiente para compreendermos a sua importância na realização dos Seus desígnios que dizem respeito à nossa salvação. 

I – OS ANJOS DE DEUS 

1. SUA ORIGEM. Que existem seres de uma natureza completamente diferente do homem e das demais criaturas que povoam os céus, as águas e a terra, as Escrituras fornecem amplo e abundante testemunho, ao mencionar, desde os eventos do passado mais remoto registrados em Gênesis até a futura consumação dos tempos revelada em Apocalipse, dezenas de manifestações de seres que são geralmente chamados de anjos – palavra que significa, tanto no hebraico como no grego, “enviado, mensageiro”, e que por isso é usada também para designar homens enviados da parte de Deus para cumprir determinada missão (Ml 3.1; Mt 11.9-10). Embora as Escrituras não mencionem precisamente quando foram criados, sabemos que os anjos de que falamos já existiam quando Deus ainda estabelecia os fundamentos da terra; sem dúvida, foram criados no princípio (Jó 38.4-7; cf. Jo 1.1-3). Ao contrário do homem, que deve se multiplicar e perpetuar-se através da procriação, os anjos foram criados de uma só vez em incontável multidão (Dn 7.9-10; Ap 5.11-12) e não podem ser reduzidos em seu número pela morte, visto que os eleitos e aprovados por Deus dentre eles participam da mesma imortalidade de que os santos serão revestidos na ressurreição (Lc 20.34-36; 1 Tm 5.21). Como nós, portanto, são seres viventes, que existem e subsistem segundo a vontade e o sábio desígnio do Criador (Ap 4.9-11). 

2. SUA NATUREZA. Os anjos são chamados também de espíritos, não porque sejam impessoais, mas porque, enquanto o homem foi criado do pó da terra e está sujeito às limitações da matéria, os anjos possuem corpos espirituais – o que os aproxima de Deus, que é Espírito (Hb 1.7, 14; Jo 4.24). São seres de uma condição de existência não apenas diferente, mas superior à ordem natural deste mundo, e própria à vida celestial. Por isso, na maioria das vezes são invisíveis, mas também podem se revelar aos olhos carnais, assumindo a aparência ou forma mais adequada à circunstância e necessidade da sua manifestação, conforme a vontade de Deus (Js 5.13-15; 2 Rs 6.15-17; Dn 10.4-7; Lc 1.11). Podem inclusive participar das atividades humanas, como comer e beber, não por necessidade, mas como forma de demonstrar solidariedade e comunhão para com os seus conservos humanos (Gn 18.1-8; 19.1-3; cf. Hb 13.2). 

3. SEUS ATRIBUTOS. Em se tratando dos anjos de Deus, são seres de caráter perfeitamente santo (Mt 25.31). Isto significa que zelam pela justiça e glória do Criador, estando sempre prontos a cumprir, de imediato e com a mais perfeita obediência e eficácia, todas as Suas ordens (Sl 103.20-21; 104.4; cf. Ez 1.12-14), interessando-se e satisfazendo-se grandemente na realização dos desígnios divinos – especialmente no que diz respeito à salvação dos homens (1 Pe 1.12; Lc 1.19-20; 2.13-14; 15.10). O poder com que fazem tudo isso é glorioso e maravilhoso, sim; mas, na sua própria consideração, os anjos se consideram nossos iguais perante Deus, mantendo-se sempre humildes perante aqu’Ele a quem devem tudo aquilo que são, e recusando qualquer forma de culto ou adoração que equivocadamente lhes seja prestada pelos homens (Ap 22.8-9).  

II – SATANÁS E SEUS ANJOS 

1. SUA TRANSGRESSÃO E JUÍZO. Embora a palavra de Deus não revele exatamente quando e como isto se deu, é certo que, após terem sido criados, nem todos os anjos retiveram sua integridade original, mas houve aqueles que pecaram contra o seu Criador, ao passo que os demais, permanecendo fiéis, provaram estar entre aqueles que Deus escolheu para a glória e imortalidade. Ao que tudo indica, essa queda se deu logo no princípio, pois é lá que encontramos o primeiro indício de uma rebelião contra Deus, instigada pela antiga serpente, depois também chamada de Satanás (que significa “adversário”) e o diabo (“acusador”), pois sua obra é opor-se e lançar dúvidas sobre o caráter de Deus e dos fiéis (Gn 3.1; Jo 8.44; Ap 12.9-10; Jó 1.9-11). Deixando-se levar pela soberba, Satanás e seus anjos abandonaram a posição de autoridade e glória em que foram estabelecidos por Deus, fazendo-se culpados de um pecado imperdoável e ficando reservados para um juízo eterno (2 Pe 2.4; Jd 4-6; Mt 25.41; cf. Is 14.13-15; Ez 28.14-19). 

2. SUA ATUAÇÃO NO MUNDO. Contrário a Deus e à Sua obra, o diabo não apenas conseguiu sujeitar a humanidade à corrupção e à morte, ao instigar o primeiro casal a pecar e se rebelar contra o Criador; mas também exerce poderosa influência e controle espiritual sobre os filhos dos homens, para que estes façam a sua vontade, e não a de Deus – isto é, para que vivam segundo a sua natureza pecaminosa e rebelde, fazendo-se filhos do diabo e escravos do seu domínio tenebroso (Hb 2.14-15; Ef 2.1-3; 1 Jo 3.8; 5.19; cf. Jo 14.30). Em muitos casos, esse controle se dá através do engano, quando o diabo incita o homem a satisfazer suas próprias paixões, oculta a verdade aos seus olhos, ou ainda propõe o erro sob uma falsa aparência de verdade (Mt 13.19; 2 Co 11.3-4, 14-15; 2 Ts 2.9-10). Em outros, esse controle torna-se uma verdadeira possessão, a vontade do pobre pecador sendo completamente substituída, até no uso mais natural das coisas, pela vontade depravada dos demônios (Mc 5.1-5; 9.17-18, 20-22). 

3. SEU FIM. A manifestação do reino dos céus, com a vinda de Cristo a este mundo e o estabelecimento da Sua igreja para pregar o Evangelho a todas as nações, significou a completa derrota de Satanás e das suas pretensões (Gn 3.15; Mt 12.28; Lc 8.28-31; Cl 2.15; Ap 12.5, 7-12), de modo que agora lhe resta pouco tempo até que se cumpra o juízo determinado sobre ele e seus anjos, bem como sobre aqueles que o servem (Mt 25.41; Ap 20.7-10). 

III – O LUGAR DOS ANJOS NOS DESÍGNIOS DE DEUS 

1. SEU MINISTÉRIO EM FAVOR DOS ELEITOS. Embora criados anteriormente ao homem e pertencendo a uma ordem de existência superior à dos seus conservos terrenos, o lugar do anjos no propósito divino está estreitamente ligado ao nosso. Eles não apenas têm interesse na revelação e realização da nossa salvação, aprendendo e se maravilhando com a sabedoria de Deus manifestada de forma tão rica e gloriosa na igreja (Ef 3.10), mas também são enviados por Deus para servir em favor daqueles que hão de herdar essa salvação, empregando seu tremendo poder e eficácia para protegê-los e livrá-los do mal, tanto físico como espiritual; para confortar e fortalecer intimamente, como despenseiros de graça e até mesmo orientação da parte de Deus; ou ainda para representar e fazer chegar as súplicas dos santos à presença de Deus (Hb 1.14; Sl 34.7; At 5.17-20; Dn 9.20-23; Lc 22.43; Mt 18.10; Ap 8.3-4). 

2. SEU LUGAR COM OS ELEITOS NA ETERNIDADE. Tendo sido eles mesmos congregados e se curvado perante Cristo Jesus, como Rei e Cabeça de todo principado e potestade nos céus e na terra, não resta dúvida de que os anjos também pertencem a essa grande família da qual os fiéis na terra fazem parte, graças à reconciliação que há no sangue do Salvador Jesus (Ef 2.19; 3.14-15; Cl 1.18-21; 2.10; cf. Hb 12.22). 

CONCLUSÃO Sejamos gratos a Deus por ter criado seres tão poderosos para nos assegurar que seremos auxiliados em todo o tempo, até o fim. Quantas provisões e livramentos da parte de Deus já temos recebido, e sem dúvida em todas elas Seus anjos atuaram ativamente, ainda que não os tenhamos visto.

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13 setembro 2025

011-Os últimos acontecimentos - Doutrina Bíblica Lição 11[Pr Afonso Chaves]12set2025

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LIÇÃO 11 

OS ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS 

TEXTO ÁUREO: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação” (Hebreus 9.27-28) 

LEITURA BÍBLICA: 1 CORÍNTIOS 15.19-26 

INTRODUÇÃO Juntamente com a fé e o amor, a esperança é uma das grandes virtudes cristãs e, como tal, está no cerne da revelação bíblica. Sem ela, nosso futuro seria uma incógnita, e nosso presente, miserável. Mas, ao nos revelar o Seu grandioso propósito de salvação, Deus deseja que creiamos e vivamos piamente não apenas em função desta breve existência terrena, mas na certeza de uma vida futura, eterna e gloriosa, para a qual Ele está nos preparando e da qual nem a morte nos privará, e que se manifestará na consumação do mundo. 

I – A VINDA DE CRISTO 

1. A ESPERANÇA MESSIÂNICA DOS PAIS. 

Já desde o seu primeiro anúncio, no Éden, a salvação havia sido revelada por Deus aos patriarcas como uma redenção, ou livramento, dos males consequentes do pecado e a destruição daqueles que, identificando-se com as obras do diabo, fizeram-se inimigos de Deus. Esta salvação seria operada por um descendente da mulher, mais tarde identificado como o Messias (Gn 3.15; 49.10; Nm 24.17; Is 49.5-6; Ml 4.1-2). Embora muitos patriarcas tenham vislumbrado essa salvação de forma figurada nas visitações de Deus sobre os ímpios e no Seu socorro aos fiéis; ou ainda sendo informados mediante a palavra profética; o fato é que todos eles viveram e morreram na esperança de um último dia em que o Senhor viria para tratar com todos (2 Pe 2.4-9; Jd 14-15; Hb 11.13-16). Em outras palavras, eles ansiavam pela manifestação do reino de Deus, o reino do Messias que aniquilaria todos os opressores e inimigos do povo de Deus e traria aos eleitos glória e paz eternas (Lc 1.67-75; cf. Sl 2; Dn 2.44; 7.27). 

2. A PLENITUDE DOS TEMPOS. 

Com a vinda do Filho de Deus a este mundo, chega então o tempo de se cumprir tudo o que os profetas haviam anunciado quanto à manifestação do reino dos céus, e assim os dias em que Cristo viveu segundo a carne assinalam esse tempo do fim tão aguardado pelos pais, que por isso é chamado de plenitude dos tempos ou últimos dias (Gl 4.4-5; Hb 1.1; cf. Mt 13.16-17). De fato, ao consumar a Sua obra na cruz e ressuscitar dentre os mortos, o Senhor Jesus estabeleceu o fundamento inabalável e suficiente para assegurar uma salvação eterna e gloriosa para o Seu povo, como já vimos em lições anteriores. O que resta agora é que os filhos de Deus – aqueles por quem Cristo morreu – sejam reunidos, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios (Jo 10.16; At 15.13-18; Ef 3.4-6; Rm 11.1-5, 25). Completando-se então o número dos salvos, o Senhor Jesus terá esmagado toda a oposição e o último inimigo que resta – a morte – será vencido (Hb 10.12-14; 1 Co 15.23-26; cf. Mt 24.14; Ap 7.1-3).

 3. A ESPERANÇA CRISTÃ

Embora fosse necessário que voltasse para o Pai, sem que os Seus pudessem acompanhá-l’O de imediato, o Senhor Jesus prometeu que voltaria para nos levar até o lugar que prepararia para nós na casa do Pai – isto é, na eternidade com Deus (Jo 14.1-3). Assim, vivemos a vida que nos resta neste mundo na expectativa desse dia, quando o Senhor se manifestará novamente, aos olhos de todas as nações, para reunir os seus eleitos a Si e recompensá-los segundo as suas obras; e ao mesmo tempo exercer a Sua ira contra aqueles que, desprezando a longanimidade de Deus, fizeram rejeição à Sua graça (Rm 5.1-5; Hb 9.27-28; 2 Ts 1.3-9; 2 Pe 3.9-14; Ap 22.11-12). 

II – A VITÓRIA DE CRISTO SOBRE A MORTE 

1. A MORTE E O ESTADO DOS MORTOS. Como conseqüência do pecado do primeiro homem, Adão, a morte passou a todos os homens, assinalando, desde a Queda, o fim inevitável de cada indivíduo, de cada geração dos filhos dos homens, sejam justos ou injustos. A morte é a antítese da vida e um inimigo aos olhos de Deus, pois o homem foi criado para viver e buscar ao Senhor, ao passo que na sepultura, para onde os mortos vão, não há consciência de Deus, nem distinção entre o justo e o ímpio, nem recompensas ou castigos (Jó 7.7-10; Ec 9.6, 10; Sl 115.17). A salvação implica, portanto, em livramento da própria morte – do que os antigos tiveram suficiente testemunho e esperança em Deus (Jó 19.25-27; Is 26.19; Dn 12.2; At 24.15; cf. Hb 11.5). 

2. A VIDA ETERNA E RESSURREIÇÃO DOS MORTOS. Mas é através do Evangelho que a esperança do povo de Deus acerca da ressurreição dos mortos é confirmada; primeiro, porque aqueles que crêem em Cristo Jesus tornam-se participantes da vida eterna – ou seja, já ressuscitaram da morte no pecado e agora vivem eternamente para Deus (Jo 5.24-25; Ef 2.1-6; cf. Ap 20.6). Segundo, porque a ressurreição do próprio Salvador é o fundamento e a garantia de que serão ressuscitados do pó da terra todos aqueles que, crendo em Cristo, vierem a morrer antes da Sua vinda (Jo 11.25-26; 1 Co 15.20-23). Nem todos os fiéis morrerão segundo a carne, de fato; mas, mesmo os que morrerem neste sentido, para Deus ainda vivem, pois, mediante a ressurreição, receberão novo corpo, incorruptível e imortal, assim como os que estiverem vivos para a vinda de Jesus (1 Co 15.50-54; 1 Ts 4.13-18; cf. Lc 20.37-38). 

III – O FIM DO MUNDO E A GLÓRIA ETERNA

1. SINAIS DO FIM DOS TEMPOS. Cerca de dois mil anos já se passaram desde que a humanidade entrou no período escatológico conhecido como o fim dos tempos. À luz do que já estudamos, desde então, pouca coisa resta a se cumprir e a vinda de Cristo é um acontecimento iminente – aqueles que não tomarem a demora, como prova de perseverança serão enlaçados pelos cuidados desta vida e apanhados desprevenidos naquele dia (Mt 25.1-13; Lc 21.34-36; Rm 13.11-12; 2 Pe 3.1-9). Assim, por vivermos no limiar deste grandioso e esperado evento, é certo que o nosso combate contra as hostes de Satanás deverá ser mais intenso, uma vez que o tempo da sua destruição se aproxima (Ef 6.11-12; 1 Pe 5.8-9; cf. Ap 12.12, 17). Não podendo exercer seu domínio sobre aqueles que pertencem a Cristo, a antiga serpente tentará frustrar a obra de Deus incitando o mundo contra os fiéis, seja por meio de perseguição e oposição violenta, seja por meio do engano religioso ou filosófico da falsa ciência, para que outros não creiam no Evangelho (Mt 24.4-9, 23-24; 2 Ts 2.11-12). O efeito dessa atuação contrária a Cristo – ou seja, dessa operação do espírito do anticristo – afetará grandemente a ordem das igrejas, produzindo dissensões, heresias, apostasias e multiplicação da iniqüidade até mesmo entre os cristãos (1 Tm 4.1; 2 Tm 3.1-5; 4.1-3; 1 Jo 2.18-19). 

2. A VINDA DE JESUS E O JUÍZO FINAL. A vinda de Jesus será um evento único, universal ao qual ninguém poderá se furtar (Mt 24.29-31; Ap 1.7). Neste dia, o último dia, além de ressuscitar os que dormem, transformar os vivos e arrebatá-los para junto de Si, como já estudamos nos tópicos anteriores; o Senhor também julgará, tanto os vivos como os mortos, dando aos pecadores a paga da sua rebelião e incredulidade – a ira de Deus, manifestada na figura do lago de fogo, que é a segunda morte, ou a morte eterna (Jo 5.28-29; Mt 25.31-46; Ap 20.11-15). 

3. NOVOS CÉUS E NOVA TERRA. Nenhuma comparação com esta criação poderia nos dar uma medida adequada do que significa a bem-aventurança eterna preparada para os fiéis desfrutarem na presença de Deus. A expressão novos céus e nova terra é usada para descrever o quanto essa habitação é perfeita para o homem cumprir o propósito para o qual foi criado, ao mesmo tempo em que sugere ser algo completamente diferente e inédito em relação àquilo que conhecemos agora (2 Pe 3.13; Ap 21.1-3; 22.3-5). É, de fato, a verdadeira habitação do homem, preparada desde o princípio para durar eternamente, e da qual os céus e a terra que agora existem são uma amostra fraca e, devido à corrupção do pecado, passageira (Mt 25.34; Hb 1.10-12; Is 51.6; Mq 2.10). 

CONCLUSÃO Que a nossa esperança possa se fortalecer sobre a consideração da doutrina das últimas coisas, para que não desfaleçamos ante as limitações e dificuldades desta vida, nem criemos vãs esperanças sobre os bens de que desfrutamos no presente. Somente na certeza de que um dia estaremos face a face com Cristo é que poderemos viver o tempo que nos resta neste mundo de forma proveitosa para toda a eternidade.

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05 setembro 2025

010- A Igreja de Cristo - Doutrinas Bíblicas - Lição 10[Pr Afonso Chaves]05set2025

 LIÇÃO 10 

A IGREJA DE CRISTO

TEXTO ÁUREO: “À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso” (1 Coríntios 1.2) 

LEITURA BÍBLICA: 1 CORÍNTIOS 12.12-20, 27 

INTRODUÇÃO Conforme estudamos em lições anteriores, a salvação é uma obra da graça divina pela qual Deus escolheu aqueles que quis, desde a fundação do mundo, para serem resgatados da condenação do pecado por meio do sacrifício de seu Filho Jesus Cristo, e para serem eficazmente chamados, santificados e glorificados pelo Espírito Santo. Como consequência necessária desta obra inefável, a igreja manifesta o propósito último de Deus de chamar o homem a se tornar participante da glória de ser um com Ele. 

I – A ORIGEM DA IGREJA 

1. NO PRINCÍPIO. Ao criar para o homem uma companheira, a qual deveria lhe auxiliar e lhe completar, formando com ele um só corpo, e desta união resultando uma descendência piedosa que dominaria a terra, Deus já estava prefigurando o mistério da igreja (Gn 1.28; 2.18; Ml 2.15; cf. Ef 5.31-32). Mesmo com a Queda e a multiplicação da iniquidade entre os filhos de Adão, vemos Deus preservando uma linhagem cujas gerações invocavam o nome do Senhor e aguardavam o cumprimento das promessas de salvação (Gn 4.25-26; 5.22-24, 28-29; 6.8-9). Mais tarde, quando muitos até mesmo dessa linhagem também haviam se corrompido à semelhança das demais, Deus chamou um homem, Abraão, e prometeu fazer dele uma grande nação com a qual estabeleceria o seu concerto de salvação (Gn 12.1-3; 17.3-8). 

2. EM ISRAEL, NO DESERTO. Após descerem ao Egito e ali se multiplicarem, os descendentes de Abraão são visitados por Deus, libertos da escravidão e trazidos ao deserto, onde são consagrados como uma nação santa (Ex 4.21-23; 19.3-6). Ali, Deus entrou em concerto com a congregação do seu povo, instituiu um sacerdócio para representá-los diante de si e interceder por eles e os reuniu em torno do tabernáculo, símbolo da Sua presença e morada no meio do acampamento (Ex 24.3, 7-8; 25.8; 28.29; 29.43-46). Assim, Israel era de fato a igreja de Deus em tempos passados – um povo especial, resgatado dentre as nações para pertencer exclusivamente ao Senhor e santificar o Seu nome perante as nações (Rm 3.1-2; 9.4-5; cf. Is 43.1-4, 21). 

3. EM CRISTO, NA CRUZ. Com a vinda do Filho de Deus ao mundo, revelou-se o mistério da igreja, pois Cristo veio para salvar o povo de Deus dos seus pecados, e reunir aqueles que n’Ele cressem, não apenas dentre os judeus, mas também dentre os gentios, em um só corpo (Mt 1.21; Jo 10.14-16; 11.49-52; Ef 2.11-16). Ao derramar o Seu sangue na cruz, o Salvador provou o Seu amor por essa igreja – os eleitos de Deus – resgatando-a e unindo-a a Si tal como a esposa está unida ao seu marido, tal como os membros do corpo estão interligados entre si e unidos à cabeça (At 20.28; Ef 5.23, 25-27, 29-30). A partir daquele dia de Pentecostes em que se cumpriu a promessa do Espírito Santo, essa união espiritual foi como que selada e confirmada por Deus, tornando-se patente tanto nos dons extraordinários, na fé, no amor e em toda virtude que Cristo manifesta através da Sua igreja; como também no fruto fecundo dos incontáveis filhos gerados dessa união (Jo 12.31-32; At 2.42-47; cf. Gl 4.26-28). 

II – A NATUREZA DA IGREJA 

1. SUA ESPIRITUALIDADE.  Existem várias concepções errôneas acerca da igreja de Cristo, a maioria delas confundindo a sua natureza divina, celestial e espiritual com as hierarquias, denominações, convenções e outras organizações humanas que adotam o nome de “igreja”. A igreja consiste naqueles que foram chamados eficazmente pelo Espírito Santo através do Evangelho, e que, tendo sido gerados de novo, participam do reino de Deus – que não é uma realidade visível, deste mundo, embora esteja entre nós (Lc 17.20-21; Jo 18.36; Cl 1.12-13; Ap 1.9; Mt 21.43). Notemos que é o próprio Cristo quem edifica a Sua igreja, no sentido de que é através da revelação que Deus faz acerca de seu Filho ao homem que este se torna membro da verdadeira igreja de Cristo (Mt 16.15-19; Ef 2.20-22; 1 Pe 2.4-8, 9-10; cf. Hb 3.4-6). 

2. SUA UNIVERSALIDADE De modo semelhante, a igreja de Cristo não está limitada a território ou tempo, mas é uma realidade universal e eterna, embora só se manifestará no último dia como tal, quando todos os eleitos, desde a fundação do mundo, pela ressurreição, serão reunidos dos quatro cantos da terra para estarem juntos com o Senhor Jesus (Hb 12.22-23; 1 Ts 4.16-17; Mt 24.30-31; 2 Ts 2.1). De fato, existe um aspecto visível da igreja de Cristo que se reflete nas congregações locais dos fiéis que, ao longo da história, assumiram diferentes formas de organização, e que também são chamadas de igrejas (cf. At 9.31; 2 Co 8.1-2; 2 Ts 1.4-7). A estas, muitos até poderiam aderir por meio de uma falsa confissão, mas isto não significa que estejam unidos à igreja de Cristo (2 Tm 2.19; cf. 1 Tm 3.15). Pelo contrário, apenas confirma o que as Escrituras dizem acerca de muitos poderem estar próximos do reino dos céus, e da salvação, sem se fazerem participantes dela; e acerca das apostasias, divisões e heresias que deveriam proliferar entre os cristãos nos últimos dias (Lc 13.25-27; 1 Co 11.17-19; 2 Tm 3.1-7; 1 Jo 2.18-19). 

III – A OBRA DA IGREJA 

1. SUA ORGANIZAÇÃO. Voltando à figura do corpo, assim como cada membro possui uma função particular e necessária para o bom funcionamento do corpo, todos os fiéis são integrados à igreja de Cristo de tal modo a serem úteis uns aos outros, em uma variedade de dons concedidos pelo Espírito Santo, segundo a sua vontade (1 Co 12.7-12). Deste modo, somos estimulados tanto a estimar a graça de Deus que opera em todos os membros do corpo como a buscar e preferir aqueles dons que mais edificam a igreja – a saber, os dons relacionados ao ministério da palavra de Deus (1 Co 12.28-31; Ef 4.7, 11-16). Eis por que as igrejas sempre se organizaram em torno de um ministério – a princípio, constituído pelos apóstolos em Jerusalém; depois, por anciãos (também chamados presbíteros ou bispos) estabelecidos em cada igreja, dentre os fiéis que se distinguiam pelo dom de pregar ou ensinar a sã doutrina (At 6.2-4; 14.23; 2 Tm 2.2; Tt 1.5-9). 

2. SEU MANDATOA principal obra da igreja consiste em anunciar Cristo ao mundo, conclamando os homens ao arrependimento e a receberem o perdão dos seus pecados mediante a fé no nome de Jesus – o que ela faz primeiramente mediante o ministério da palavra, mas também através do seu testemunho de amor fraternal e santidade (Lc 24.46-49; Mt 5.13-16; Jo 13.34-35). Aos que recebem a palavra de bom grado, a igreja recebe em comunhão com os demais membros do corpo, mediante o batismo em águas, que é uma ordenança de Cristo para todo aquele que crê (Mt 28.18-20; Mc 16.15-16; At 2.40-43). Contudo, o dever da igreja de discipular as nações não se limita à evangelização e admissão de novos membros; através dos seus dons e ministérios, a igreja edifica e exorta os crentes à perseverança, fortalece os fracos e, se necessário, repreende e disciplina os faltosos (Mt 18.15-20). 

3. SUA COMUNHÃOA consciência ou certeza de pertencimento ao corpo de Cristo impõe aos seus membros a necessidade de estarem juntos, ou de se reunirem para vivenciar esta comunhão (At 2.42-44; 4.32). Assim os crentes se reúnem, ou se congregam para a edificação uns dos outros, para o convencimento dos incrédulos entre eles e socorro dos seus necessitados (1 Co 14.23-25, 26; 2 Co 9.10-12); bem como para comemorar solenemente a morte do Salvador no ato da ceia, ou partir do pão (1 Co 11.23-26). Daí a gravidade com que as Escrituras nos alertam a não abandonarmos nossa congregação, “como é costume de alguns” (Hb 10.24-25). 

CONCLUSÃO 

Devemos nos considerar bem-aventurados por pertencer à igreja de Cristo, e amá-la, perseverar na sua comunhão e servirmos uns aos outros conforme a medida da graça que Deus nos concedeu.


29 agosto 2025

009-O Espírito Santo - Grandes Doutrinas Lição 09[Pr Afonso Chaves]28ago2025

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LIÇÃO 9 

O ESPÍRITO SANTO 

TEXTO ÁUREO: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre” (João 14.16) 

LEITURA BÍBLICA: JOÃO 16.1-12 

INTRODUÇÃO As Escrituras Sagradas fazem abundante menção à presença e obra do Espírito Santo, desde o princípio do mundo até às coisas que estão previstas para se cumprir na consumação dos séculos. Embora não faltem definições teológicas sobre quem ou o que é o Espírito Santo, pretendemos nos ater o mais estritamente possível aos conceitos bíblicos, que nos bastam para entendermos importantes aspectos da pessoa gloriosa de Deus e de Cristo, e da obra da nossa salvação. 

I – A ATUAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO DESDE O PRINCIPIO 

1. NA CRIAÇÃO E PRESERVAÇÃO DA VIDA. Logo no primeiro instante da criação do mundo, somos informados de que o Espírito de Deus “se movia sobre a face das águas” (Gn 1.2). Significa que Deus começaria a atuar sobre aquela massa inerte, informe e indistinguível que eram os céus e a terra, para separar suas partes e orná-las ricamente com tudo o que seria necessário para acomodar a vida (Jó 26.13; Sl 33.6). Assim, o Criador também forma, a partir da matéria inanimada, diversas espécies de criaturas – inclusive o homem – às quais concede a capacidade de agirem e de se perpetuarem através da procriação, ao soprar nelas o mesmo Espírito, como um espírito de vida, tornando-as assim almas viventes (Gn 2.7; 7.22). É através desse Espírito, portanto, que Deus não apenas criou, mas também preserva o mundo e a vida dos que nele habitam, perpetuando sua existência sobre a terra (Jó 12.9-10; Sl 104.27-30). 

2. NA CONSCIÊNCIA DO HOMEM. Contudo, embora seja comum à dos animais, a vida concedida pelo Espírito Santo ao homem é também acompanhada de uma consciência, que testifica da sua origem e propósito divino, e que o constrange a reconhecer o Criador, e a render-Lhe graças, e a conhecer e submeter-se à Sua vontade; por isso, opor-se a essa consciência e tentar fugir ao propósito desta vida é contrariar o próprio Espírito Santo (At 17.26-28; Rm 1.18-20; 2.14-16; cf. Gn 6.3; Sl 139.7). 

3. NA VOCAÇÃO DE ISRAEL. Além da vida natural e da consciência, o Espírito Santo também atuou de modo especial em ou para com alguns homens, notoriamente após o estabelecimento da nação de Israel, em favor da qual operou sinais poderosos (Ex 8.16-19), concedeu dons de sabedoria, ciência e juízo (Ex 31.1-5; Dt 34.9; Jz 3.9-11; 1 Sm 16.13-14), revelou coisas ocultas além de toda sabedoria ou ciência humana (Gn 41.15-16, 38; Dn 4.8-9) e comunicou, através dos profetas, os mistérios da Sua vontade e graça, escolhendo consigná-los às gerações futuras mediante as Escrituras (2 Pe 1.19-21). Assim, através de Israel, Deus manifestou o Seu propósito de habitar com os homens mediante o Seu Espírito Santo, tornando-os participantes das Suas virtudes e da Sua graça, ensinando-os e capacitando-os a cumprir a Sua vontade – muito embora até mesmo os israelitas, devido à fraqueza da carne, tenham na maior parte do tempo se rebelado contra esse propósito (Ne 9.20; Nm 11.25-29; Is 63.10-11; At 7.51). 

II – A PROMESSA DO ESPÍRITO SANTO 

1. ANUNCIADA NA PROFECIA. A rebelião de Israel não frustrou o propósito de Deus, antes demonstrou a necessidade de uma experiência espiritual mais profunda, mas que estava reservada para um tempo futuro. Acerca desse tempo, Deus falou, através dos profetas, que viriam dias em que Ele derramaria do Espírito Santo sobre toda a carne, quando então não apenas muitos sinais e prodígios seriam realizados, mas todo o povo se tornaria participante daquela virtude e graça que, até então, poucos haviam manifestado mais notoriamente – como Davi (Jl 2.28-32; Is 44.3; Jr 31.31-34; Ez 36.25-27; cf. Sl 51.6-11). De fato, esta promessa já havia sido declarada em toda a sua extensão e plenitude a Abraão, quando Deus prometeu abençoar – isto é, conceder o Espírito Santo – a todas as famílias da terra (judeus e gentios) através do Seu descendente – que é Cristo Jesus (Gl 3.8-9, 13-14). 

2. CONFIRMADA POR CRISTO. A fim de que esta promessa finalmente se cumprisse, o descendente de Abraão deveria ser aqu’Ele em quem habita a plenitude do Espírito Santo, para que desta plenitude Ele pudesse conceder aos filhos dos homens – o que Ele fez primeiramente através das Suas palavras e obras (Jo 1.14, 16; 3.34; Lc 4.16-21; cf. At 10.36-38). Por isso, o Filho de Deus foi apresentado ao mundo por João como aqu’Ele que podia batizar com o Espírito, ou seja, perdoar, purificar e salvar perfeitamente o Seu povo (Jo 1.31-34; Mt 3.11). Depois, o mesmo Jesus explicou a importância desta promessa, e orientou Seus discípulos a buscarem e esperarem pelo seu cumprimento, que se daria brevemente após a Sua ressurreição e ascensão ao céu (Jo 7.37-39; At 1.4-8). 

3. CUMPRIDA EM PENTECOSTES. O fato de a promessa do Espírito ter se cumprido no dia da festa de Pentecostes não é fortuito – assim como não é fortuita a crucificação de Cristo no dia em que se comemorava a Páscoa. Celebrada cinquenta dias após a apresentação diante de Deus das primícias (os primeiros frutos) da colheita, apresentava-se então o restante da colheita mediante nova oferta (Lv 23.10-16). A referência simbólica aqui é à ressurreição de Cristo dentre os mortos e Sua entrada na presença de Deus para ser as primícias daqueles por quem Ele morreu – os quais então receberam o Espírito Santo como penhor da sua salvação, e de que serão também ressuscitados na vinda de Cristo (At 2.1-4, 14-21, 32-36, 37-39; Rm 8.23; Ef 1.13-14). 

III – O ESPÍRITO SANTO SOB O NOVO CONCERTO 

1. O ESPÍRITO DE CRISTO. Em suas últimas orientações aos discípulos, onde explicou a necessidade de que Ele voltasse para o Pai para que o Espírito viesse até eles, o Senhor Jesus se refere a um outro Consolador porque, enquanto esteve com os Seus, Ele mesmo os consolava; mas, uma vez que partisse, os discípulos não mais o teriam consigo em carne. Cristo continuaria sendo o nosso consolador, pois, embora não estivesse mais conosco fisicamente, Ele prometeu estar conosco em espírito até a consumação dos séculos (Jo 14.16- 18; Mt 28.20). Do mesmo modo, não podendo mais ensinar os discípulos após Sua partida, mas havendo ainda muito que lhes dizer, e sendo Ele mesmo o caminho e a verdade, o Senhor Jesus continuaria com os Seus como o Espírito da verdade (Jo 14.25-26; 16.12-15). Assim, o Espírito Santo não é de fato outro diferente, mas o Espírito de Cristo – o mesmo Espírito que habitou e falou através dos homens de Deus do passado, e que hoje habita em uma medida ainda mais abundante nos crentes da nova aliança (1 Pe 1.10-11; 3.18-20; Rm 8.9; cf. Jo 14.23). 

2. A OBRA DO ESPÍRITO SANTO. Sendo obra de Deus e não dos homens, toda a nossa salvação é atribuída pelas Escrituras à eficácia do Espírito Santo em aplicar a graça de Deus no coração do homem, gerando nele aquela nova vida de que falamos em lição anterior, a qual frutifica em verdadeira fé, mediante a qual ele é justificado (Atos 10.44-47; 15.8-9; Tt 3.4-7; cf. Jo 3.1-7). É através desta nova vida gerada pelo Espírito Santo – porque agora vivemos em Espírito – que podemos servir a Deus em mortificação e obediência da verdade – andando também em Espírito (Rm 8.1-6, 9-10, 12-14; Gl 5.16-18, 22). E, finalmente, na medida em que o Espírito Santo assim nos aperfeiçoa à imagem de Cristo, ele nos assegura e nos prepara para a ressurreição, quando nosso próprio corpo corruptível será transformado para se tornar como o de nosso Senhor Jesus, para que possamos ter entrada à herança eterna nos céus (2 Co 3.7-8, 18; Rm 8.11; 2 Co 5.1- 5). Consideremos então quão grave é, através da incredulidade e desobediência, apostatar ou abandonar o evangelho da salvação que temos ouvido e de cujas virtudes temos participado (Hb 3.7-10; 6.1-9; 10.29). 

CONCLUSÃO Embora muitas definições sobre o que é o Espírito Santo dependam mais de conceitos teológicos do que propriamente bíblicos, é certo que Deus revelou muito mais acerca da obra do Espírito. Que a nossa alegria, então, esteja mais na certeza de que podemos tê-lo habitando e operando em nós, do que numa definição incapaz de abarcar a amplidão e grandeza do Espírito de Deus revelada nas Escrituras Sagradas.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 

Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

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