18 outubro 2025

003-A queda do homem - Gênesis Lição 03 [Pr Denilson Lemes]16out2025

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 LIÇÃO 3

A QUEDA DO HOMEM

TEXTO ÁUREO: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.” (Rm 5.12) 

LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 3.1-11 

INTRODUÇÃO Após descrever como Deus criou todas as coisas, e como o homem foi formado e estabelecido no Éden sob condições paradisíacas para que, junto de sua mulher, desfrutasse do melhor da terra e exercesse sua mordomia sobre toda a criação; sem demora a Escritura passa a relatar como esse quadro maravilhoso de bênção e comunhão com Deus foi manchado pela desobediência do primeiro casal. Veremos nesta lição como o pecado foi sutilmente insinuado no coração de nossos primeiros pais, e como essa transgressão resultou tanto em dolorosas consequências como em importantes lições sobre a misericórdia e graça de Deus. 

I – A SUTILEZA DA SERPENTE (3.1-3) Tão logo chama a atenção para a simplicidade moral de Adão e sua mulher, que naquele primeiro momento não sentiam vergonha de estarem nus; a Escritura declara – praticamente fazendo uma contraposição – que a serpente era a mais astuta de todas as criaturas. Embora muitos se percam em discussões sobre a natureza desta serpente, o fato é que estamos diante da primeira menção das Escrituras a um ser criado por Deus excepcionalmente inteligente e sábio, mas que resolveu fazer-se enganador, caluniador e adversário do Criador e da Sua obra. Trata-se daquele que posteriormente será também chamado de Satanás (“adversário”) e Diabo (“caluniador”), mas que, neste primeiro momento, se apresenta tal como uma serpente, aproximando-se sutilmente da sua vítima que, na sua simplicidade, é incapaz de atinar com a intenção maliciosa do inimigo (Ap 12.9; cf. 2 Co 11.3; Mt 10.16). Notemos que o diálogo é travado apenas entre a serpente e a mulher. O homem entra na narrativa apenas para cometer o ato de desobediência junto com sua companheira. O apóstolo Paulo recorda esse fato, não para culpar exclusivamente a mulher, mas para frisar uma importante lição – de que não devemos procurar saber mais do que convém, mas servir conforme nossa vocação e sermos sujeitos àqueles que Deus constitui sobre nós. No caso, a mulher foi enganada porque deu ouvidos à serpente, ao passo que ela deveria ter consultado e dado ouvidos antes às palavras de seu marido (1 Tm 2.13-15; cf. 1 Co 11.7-12; 14.34-35). A pergunta da serpente é capciosa, sugerindo que o Criador teria imposto uma pesada restrição sobre o primeiro casal: “É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?” A resposta da mulher, por sua vez, revela tanto um descuido com a palavra de Deus, como também uma falta de entendimento quanto à natureza da proibição: “Do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais”. Primeiro, porque no meio do jardim estava a árvore da vida e, segundo, porque a árvore do conhecimento do bem e do mal devia ser evitada, não em razão de algum mal inerente ao seu fruto, mas pela proibição divina. Tratava-se, portanto, de uma prova de obediência, cujo resultado ensinaria ao homem a diferença entre o bem de se obedecer a Deus e viver, ou o mal de desobedecê-l’O e morrer (cf. Pv 9.10-12; Dt 30.19-20). 

II – A PRIMEIRA TRANSGRESSÃO (3.4-6) Aproveitando-se da falta de entendimento da mulher quanto ao motivo da proibição divina, a serpente lança dúvida sobre o caráter do Criador, insinuando que tudo o que Deus desejava com essa restrição era impedi-los de se tornarem iguais a Ele: “Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal”. Assim, sugerindo que, desobedecendo a Deus, eles alcançariam um bem maior, Satanás queria induzir o primeiro casal a cometer o mesmo ato que ele próprio havia cometido antes e descoberto, para sua perdição, que nenhum bem pode vir da desobediência ao Criador (Is 14.13-15; Jd 6). Notemos que, até aqui, tanto o homem como a mulher eram puros de coração e não podiam ser tentados a partir de uma concupiscência ou desejo por cometer o mal – somente depois de terem pecado é que essa inclinação se apoderará do coração deles e de todos os seus descendentes (Tg 1.13-15; Mt 15.18-20; cf. 1 Jo 2.15-17). Por isso, a primeira tentação precisava vir desde fora, instigada por um agente exterior, o qual só logrou o seu objetivo em razão da falta de entendimento de nossos primeiros pais, a qual foi a verdadeira causa da sua queda (cf. Sl 49.20; Pv 1.7, 22-23; 2.6-9; 3.5-7). O homem, por sua vez, ainda que não diretamente enganado pela serpente, ao comer do fruto com a mulher, como um só corpo que formava com ela, consumou definitivamente o ato de desobediência – razão pela qual, mais tarde, o apóstolo Paulo dirá que “por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte” (Rm 5.12). 

III – AS CONSEQUÊNCIAS DA TRANSGRESSÃO (3.7-24) Consumada a transgressão, imediatamente os olhos de Adão e sua mulher se abriram, como a serpente lhes havia dito, mas para descobrirem que haviam procedido mal, e agora teriam de lidar com os aguilhões de uma consciência culpada. Aquela nudez que não lhes causava vergonha em razão da sua inocência agora se tornava uma característica visível do seu estado decaído e pecaminoso, da qual inutilmente tentaram se livrar, mas não conseguiram, pois, embora tivessem se contentado com os aventais de folhas que haviam costurado para si, a primeira reação do casal ao ouvirem a voz de Deus se aproximando foi de se esconderem completamente da Sua santa presença. Questionado pelo Criador, Adão responde ter comido do fruto por intermédio da mulher, como que justificando seu ato de ter aceitado o fruto das mãos daquela que Deus lhe dera por companheira; ou, talvez, imputando parte da culpa à mulher. Esta, por sua vez, alega ter sido enganada pela serpente, a qual, como os outros animais do campo, era uma criatura de Deus. Mas como, dentre esses três, a única plenamente consciente do que havia acontecido era a serpente, ao invés de indagar seus motivos, o Criador profere contra ela uma palavra de juízo. Notemos, mais uma vez, que não é do animal que a Escritura está tratando, mas daquele que, tendo sido outrora um ser de grande glória, inteligência e beleza, a partir de agora teria uma existência mais amaldiçoada que a de qualquer outra criatura, e viveria em constante luta com a humanidade, até que um descendente da mulher lhe aplicaria um golpe mortal, selando sua derrota e pondo fim ao seu domínio de medo, pecado e morte sobre os filhos dos homens (cf. Hb 2.14; Cl 2.13-15; Ap 12.10-11). Por outro lado, Adão e sua mulher, bem como seus descendentes, deveriam lidar, até que se cumprisse essa promessa, com as consequências do pecado, como Deus havia dito: “No dia em que dela comeres, certamente morrerás”. Agora, nada mais impediria que aquela vida concedida a Adão, sendo terrena e podendo se corromper e degenerar (e, portanto, morrer), seguisse o seu caminho natural – o pó voltando à terra de onde fora tomado, e o espírito voltando a Deus, que o dera (Ec 12.1-7). E não apenas o homem, mas toda a criação ficou submetida às dores, cansaços, aflições e à morte, em razão da sua subserviência ao propósito de Deus para o homem – para que, quando este alcançasse a vida incorruptível e imortal, reservada ao novo homem, criado segundo a imagem de Cristo, não mais terreno, mas celestial, toda a criação pudesse também participar da sua redenção (Rm 8.18-23; 1 Co 15.45-47). Portanto, ao expulsar Adão e Eva do jardim e guardar o caminho da árvore da vida para que não tivessem acesso ao seu fruto, o Senhor Deus estava indicando que eles só poderiam desfrutar da vida eterna quando satisfizessem a Sua justiça – no que, embora tivessem falhado, ao receberem túnicas de peles como cobertura para sua nudez, certamente puderam vislumbrar de que maneira tornariam Deus novamente propício a eles (cf. Hb 11.4; 9.22). 

CONCLUSÃO A queda do homem representa um passo importante na realização dos desígnios de Deus, pois, através das suas consequências dolorosas, teríamos oportunidade para descobrir as grandezas da Sua misericórdia e a eficácia da Sua graça para não apenas remediar os males desta existência terrena, mas para nos preparar para as riquezas e glórias de um novo paraíso, não desta criação, mas eterno e de felicidade incomparavelmente maior que aquela perdida pelo primeiro casal.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 

Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

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