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LIÇÃO 12
LIÇÕES NA VIDA FAMILIAR DE NOEMI E RUTE
TEXTO ÁUREO: “Então, as mulheres disseram a Noemi: Bendito seja o Senhor, que não deixou, hoje, de te dar remidor, e seja o seu nome afamado em Israel. Ele te será recriador da alma e conservará a tua velhice, pois tua nora, que te ama, o teve, e ela te é melhor do que sete filhos.” (RUTE 4.14-15)
LEITURA BÍBLICA: RUTE 1.1-17
INTRODUÇÃO Nestas últimas lições, propomos estudar algumas famílias cujos relacionamentos entre seus membros são narrados e apresentados nas Escrituras Sagradas para nossa consideração e instrução. E, na aula de hoje, queremos extrair alguns ensinamentos, especialmente sobre a relação entre nora e sogra, a partir do caso exemplar de Noemi e Rute. Veremos como, ao valorizarem os laços familiares, ambas atraíram a misericórdia e bondade de Deus, que as abençoou grandemente, mesmo em um tempo onde grassavam os males consequentes da corrupção moral e da desobediência do povo aos mandamentos de Deus – de modo muito semelhante ao que ocorre em nossos dias.
I – NOEMI PERDE SEU MARIDO E SEUS FILHOS, MAS GANHA UMA NORA A história da família de Noemi começa com uma grande aflição abatendo-se sobre sua casa, como sobre todas as casas de Judá. Parece inusitado que Elimeleque, um efrateu de Belém de Judá, tivesse deixado a terra que o Senhor Deus havia dado em herança ao seu povo para entrar em uma terra, Moabe, cujo povo havia recusado a Israel passagem para entrar em Canaã, enquanto este peregrinava pelo deserto. Eram os moabitas, portanto, um dos povos que haviam sido excluídos de entrar na congregação do Senhor (Dt 23.3-6; Jz 11.17). Contudo, percebe-se que o propósito de Elimeleque não era estabelecer-se por lá e abandonar sua terra, mas apenas peregrinar pelos campos de Moabe enquanto durasse a fome que se abatera sobre a terra de Judá – de modo muito semelhante ao que fizera antes Abraão e outros patriarcas, tendo em vista a salvação de suas famílias (Rt 1.1-2; cf. Gn 12.10). De qualquer modo, ao fato de a família de Efrata ter de abandonar sua própria terra para buscar a provisão de Deus em uma terra estranha, acrescenta-se que, logo, Elimeleque morreu e, ao cabo de alguns anos, seus filhos, que então haviam tomado para si mulheres das filhas dos moabitas, morreram também. Em outras palavras, Noemi com suas noras haviam ficado completamente desamparadas, pois agora eram três viúvas sem sustento que, naqueles tempos, cabia em grande parte ser provido pelos homens (Rt 1.3-5). Em grande aflição pelas suas perdas, ao receber notícia de que “o Senhor havia visitado seu povo, dando-lhe pão” (Rt 1.6), Noemi decide voltar para sua terra e despede suas duas noras, que ainda eram novas, para que voltassem para o seu povo, onde facilmente conseguiriam se casar. Notemos que sempre houve um relacionamento de beneficência entre ela e suas noras, enquanto seus filhos eram vivos, e o fato de os vínculos que as uniam diretamente à sua família terem se desfeito pela morte de Malom e Quiliom não diminuiu esse amor, mas antes Noemi roga a Deus que as recompense com um bom casamento e com tranquilidade em seus lares (Rt 1.7-13). Ambas amavam sinceramente sua sogra, mas, enquanto Orfa se resignou à situação e aceitou o conselho de Noemi, Rute se apegou a ela, decidindo renunciar os seus laços anteriores com o povo moabita – incluindo seus deuses – para acompanhar Noemi e participar, ou assisti-la, na sua aflição. Movida tanto pelo seu amor pela sogra como pela sua fé e confiança na providência do Deus de Israel, Rute volta com Noemi para a terra de Judá e ali prontamente se dispõe, como uma mulher desamparada, a colher as espigas do campo, na esperança de que o seu sustento e o de sua sogra (Rt 1.16-18; 2.2; cf. Dt 24.19-21).
II – O SENHOR RETRIBUI A BENEFICÊNCIA DE RUTE O fato de Noemi se denominar “a amargurada” (Mara) não significa que ela se queixasse ou murmurasse contra sua sorte; apenas admitia que era afligida, e que isto vinha de Deus, e o fato de não saber a razão do seu sofrimento não significa que Deus fosse injusto (Rt 1.20-21). Sua resignação aos propósitos ocultos de Deus seria, porém, recompensada. Rute acaba indo colher espigas no campo de Boaz, um homem “valente e poderoso”, parente próximo do marido de Noemi, diante do qual a moabita acha graça em razão da beneficência prestada à sua sogra, do que todos já davam testemunho (Rt 2.3-13, 3.11). Notemos como Noemi reconhece, no desenvolvimento dessa aproximação entre Boaz e Rute, o favor de Deus em lembrar-se da casa de Elimeleque (Rt 2.19-20), provendo as duas viúvas com abundante sustento material, assim como, sendo Boaz um parente próximo, poderia cumprir o papel de remidor – isto é, aquele que devia desposar a viúva do falecido sem filhos a fim de lhe suscitar descendência e, assim, poder adquirir também a sua herança; e como também ela buscou o melhor para sua nora, orientando-a a solicitar, segundo os costumes do tempo, que Boaz cumprisse seu papel de remidor (Rt 3.1-9). Boaz louvou a atitude de Rute, em procurá-lo por causa de sua sogra ao invés de buscar outro marido mais jovem, o que ela poderia ter feito, e promete remir a herança de seu falecido marido, casando-se com ela, desde que um impedimento – o fato de haver outro parente mais chegado a elas do que Boaz – fosse superado. Ouvindo sobre isto, Noemi tranquiliza sua nora, o que indica sua confiança na providência divina: “Sossega, minha filha, até que saibas como irá o caso, porque aquele homem não descansará até que conclua hoje este negócio” (Rt 3.10-18). E, com efeito, todas as coisas contribuíram em favor desta família, pois aquele que tinha prioridade para cumprir o papel de remidor recusou-se a tomar Rute como mulher, liberando Boaz para que este alegremente cumprisse o que havia prometido, com as bençãos do povo da cidade (Rt 4.1-6, 9-12).
III – A MISERICÓRDIA DO SENHOR SOBRE A CASA DE NOEMI Tão grande foi a misericórdia de Deus para com a casa de Noemi que não apenas restaurou a descendência de seu marido Elimeleque, abençoando Rute, que concebeu; mas este mesmo filho, Obede, foi entregue a Noemi para que fosse sua ama, o que lhe causou grande alegria, como demonstração do amor que Rute continuou lhe tendo (Rt 4.13-16). Como se isto não bastante, através desta benção de Deus sobre a vida da jovem moabita é que esta acabou por fazer parte da genealogia do rei Davi e, eventualmente, do Messias (Rt 4.17; Mt 1.5). Finalizamos apontando que toda esta beneficência de Deus se manifestou através de um relacionamento sadio e de amor entre nora e sogra, o qual Deus aprecia – assim como todos os relacionamentos na família.
CONCLUSÃO Ao contrário da sociedade sem Deus, que, como consequência de relativizar os valores familiares e depreciar o caráter sagrado do casamento, representa o relacionamento entre nora ou genro e sogra como conturbado – inclusive tornando-o objeto de piadas; podemos afirmar que Deus com certeza aborrece todo tipo de ressentimento e desunião nesse relacionamento, e deseja que usemos de compreensão, paciência e perdão para resolver qualquer conflito e diferença.
PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira
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