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LIÇÃO 11
A FAMÍLIA E A SEXUALIDADE
TEXTO ÁUREO: “Que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra” (1 Ts 4.4)
LEITURA BÍBLICA: 1 CORÍNTIOS 6.12-20
INTRODUÇÃO Um dos mais graves problemas que ameaçam destruir as bases da família sem dúvida é o da falta de entendimento, recato e seriedade com que a sexualidade é tratada na sociedade atual. A permissividade e obscenidade de comportamentos que afetam todas as faixas etárias e modificam e degradam as relações familiares refletem a depravação moral deste mundo, mas como cristãos devemos nos precaver contra os meios que Satanás tem empregado para insuflar esse veneno até mesmo nas famílias cristãs, e adotar todas as medidas possíveis para salvaguardar nossas famílias da corrupção.
I – A SEXUALIDADE SEGUNDO AS ESCRITURAS Apesar de existir certa dificuldade entre os cristãos para falar sobre o assunto, consideramos que isto se deve justamente ao fato de a sociedade ter vulgarizado e deturpado a sexualidade, transformando-a em sinônimo de erotização e sensualidade. Por isso, a alternativa que alguns encontram é a de se abster de falar sobre o assunto, tratando o sexo como um tabu, ou um “mal necessário”. Mas isto apenas mantém a sexualidade cativa às idéias corrompidas deste mundo, expondo ao desprezo ou deboche aquilo que é, na verdade, um dom de Deus, e cujo correto tratamento só podem dar aqueles que amam e conhecem a Deus através da Sua palavra. Ora, como já estudamos em lições anteriores, o sexo faz parte da instituição sagrada do casamento para a consumação plena do amor conjugal em “uma só carne”, tendo em vista também, mas não exclusivamente, a fecundação e procriação (Gn 1.27-28; 2.24; Ef 5.31). É, portanto, um ato de amor puro e verdadeiro, e não de erotismo e sensualidade, como o vê o mundo; um ato que Deus estabeleceu para trazer ao mundo nova vida, e não a morte que o mundo colhe ao fazer do sexo objeto de concupiscência e pecado. Embora seja uma das suas finalidades, a sexualidade, tal como instituída e aprovada por Deus, não contempla apenas a fecundação e procriação da espécie. Ou seja, o sexo não é um mal necessário, porque tudo o que Deus criou ou resulta naturalmente do que Deus criou é bom. Assim, encontramos nas Escrituras exortações e louvores ao casal que desfruta, tem prazer e se alegra no amor conjugal, cuja realização mais sublime se dá na intimidade entre ambos (Pv 5.15-19; Ct 3.1; 4.10-16). E, quando lembramos que o Apóstolo também trata da sexualidade como uma questão de dever entre os casados, está implícito não só o reconhecimento de que um cônjuge pertence ao outro, mas também o desejo de proporcionar prazer primeiramente ao outro, e não a si mesmo, é que faz desse ato algo santo, agradável e essencial ao casamento, a abstinência ou a recusa do outro constituindo pecado (1 Co 7.4-5). Enfim, o prazer proporcionado pela união íntima do casal é especialmente agradável aos olhos de Deus quando os fiéis reconhecem-no como um dom e sobre ele rendem ações de graças (1 Tm 4.3-5).
II – O CASAMENTO E A SEXUALIDADE Em uma lição anterior já falamos sobre a fidelidade dos cônjuges como base para um relacionamento saudável e estável, e esta fidelidade, acrescentamos, está especialmente relacionada à sexualidade, daí a severa condenação da palavra de Deus contra o adultério – precavendo os casados a estarem alertas às insinuações daqueles que, representados pela proverbial “mulher adúltera”, usam de engodo para “enlaçar” não apenas o corpo, mas a alma dos incautos (Pv 6.25-26, 32). Não se enganem os casados quanto aos relacionamentos com pessoas do sexo oposto, especialmente no mundo; nenhuma dificuldade no relacionamento com o cônjuge justifica uma aproximação maior com outra pessoa, no anseio de satisfazer uma carência (mesmo que não sexual) que deveria ser atendida no exercício do amor conjugal. O caminho de Deus é o do perdão e reconciliação, como também já vimos em outra lição, e vigiar contra situações que possam servir de brechas para a tentação ao pecado – mesmo que isto traga incompreensão, escárnio e mesmo falsas acusações por parte dos infiéis (cf. Gn 39.7-21; 2 Sm 11.2-4; 1 Pe 4.3-4). É necessário também chamar a atenção dos casais para o que tem se tornado tema de relativização ou indecisão por parte de muitos dentre nós em razão do alto nível de sensualidade e erotização que a sociedade vinculou à sexualidade. Através da pornografia, muitas práticas e “formas” de sexualidade têm se banalizado através dos meios de comunicação e das conversações de tal forma que o mundo as considera normais, e como se fosse legítimo ao casal buscá-las. Ora, o objetivo dessas “modalidades de sexo” não é o de consumar o amor conjugal, mas o de obter prazer carnal como um fim em si mesmo, sendo que muitas degradam, humilham e colocam o outro em inferioridade, e não em igualdade, como um só corpo, além de violar a natureza e função que Deus deu ao nosso corpo e a cada parte dele; portanto, tais práticas que não se conformam ou fogem aos propósitos da sexualidade no casamento corrompem esse dom de Deus do mesmo modo que a sua prática fora do casamento, contaminando o leito conjugal (1 Ts 4.3-8; Hb 13.4; Ef 5.11-12).
III – OS FILHOS E A SEXUALIDADE É horrível ver como a sociedade atual expõe as crianças à sexualidade cada vez mais cedo, seja indiretamente através da mídia e do contato com filhos de incrédulos nos agrupamentos sociais que freqüentam (escolas, creches, por exemplo); seja através de uma campanha direta de erotização da infância, movida por organizações e mesmo políticas de “educação sexual” cujo resultado é apenas despertá-las precocemente para uma função para a qual o corpo não está preparado – com graves conseqüências psicológicas, físicas e espirituais. Mas o fato é que, cedo ou tarde, os filhos chegam a uma idade de maior consciência sobre a sexualidade, e o importante é que os pais não deixem de orientá-los sobre o que as Escrituras dizem a respeito. Muitos pais se intimidam ou se sentem constrangidos para falar sobre sexualidade com os filhos, mas o que é realmente indispensável que os filhos saibam é o conselho de Deus quanto à importância de se preservar a pureza sexual, fugindo da fornicação em todas as suas formas e insinuações, a fim de se preservarem puros tanto para o Senhor como para eventual casamento (Ef 5.3-14; 1 Co 6.15-18; 7.1-2, 8-9). Enquanto o mundo apregoa o “sexo livre”, ao qual convida os jovens, cada vez mais cedo, a se entregarem; devemos ensinar nossos filhos (como também a nós mesmos) a fugir da fornicação, em todas as suas formas, como um pecado particularmente detestável, pois viola tanto a alma como o corpo. E isto significa evitar aquilo que possa conduzi-los à sua consumação, sejam as más conversações, sejam as coisas que visualizam, sejam as coisas em que exercitam seus pensamentos (Sl 101.3; Mt 6.22-23; Cl 3.1-3; 1 Co 15.33-34).
CONCLUSÃO Embora o mundo esteja perdido na busca insaciável pelos prazeres da carne, corrompendo a sexualidade tal como concedida por Deus; lembremos sempre que é um dom santo e digno da criação divina. Que os casados desfrutem dele em santificação e gratidão a Deus; e que os solteiros se alegrem na pureza e paz de uma vida vitoriosa sobre os falsos anseios e vis desejos que este mundo tenta incutir em suas mentes.
PARA USO DO PROFESSOR
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