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LIÇÃO 5
OS SALMOS DE LOUVOR
TEXTO ÁUREO: “Louvai ao Senhor, todas as nações; louvai-o, todos os povos. Porque a sua benignidade é grande para conosco, e a verdade do Senhor é para sempre. Louvai ao Senhor!” (Salmo 117.1-2)
LEITURA BÍBLICA: SALMO 150.1-6
INTRODUÇÃO Uma das maiores e mais características categorias de todo o livro dos Salmos são os salmos de louvor, também chamados de salmos de aleluia (do hebraico, “louvai ao Senhor”). Como o nome indica, esses salmos são um chamado a louvar ao Senhor, pela Sua grandeza, majestade e glória, manifestas em Suas obras, e que Ele realiza em favor daqueles que O temem, do Seu povo eleito. Especialmente dois grupos de salmos – o 111 a 118 e o 146 ao 150 – apresentam características semelhantes que permitem classifica-los como salmos de louvor, embora o convite a louvar a Deus esteja presente em quase todos os “capítulos” deste livro.
I – O CHAMADO PARA LOUVAR A DEUS Com exceção do 114, 115 e 116, todos os salmos desta categoria se iniciam com a expressão “Louvai ao Senhor”, sendo que os de números 146 a 150 se iniciam e se encerram com o chamado ao louvor. É um chamado que o salmista tanto faz a si mesmo: “Louvai ao Senhor! Ó minha alma, louva ao Senhor!” (Sl 146.1), como ao seu povo, aos fiéis na congregação: “Louva, ó Jerusalém, ao Senhor; louva, ó Sião, ao teu Deus” (Sl 147.12), “Cantai ao Senhor um cântico novo e o seu louvor, na congregação dos santos. Alegre-se Israel naquele que o fez, regozijem-se os filhos de Sião no seu Rei” (Sl 149.1-2); aos seres que estão nos céus: “Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todos os seus exércitos” (Sl 148.2), e aos que estão na terra, nas águas e no firmamento; até o sol, a lua e as estrelas, fenômenos atmosféricos e astronômicos, são convidados a louvar ao Senhor – numa linguagem figurada em que tudo aquilo que tem vida e ou existe é considerado capaz de louvar (Sl 148.7-13). Louvar a Deus é, de fato, o dever de toda a criação, especialmente dos seres viventes, e daqueles que têm plena consciência de quem é Deus – é um ato de devoção indispensável e para o qual devemos estar em todo o tempo, a vida toda, motivados e despertados, porque é algo bom e agradável. A expressão deste louvor não deve ser ambígua nem casual, mas fervorosa e alegre – os instrumentos, a música em todos os seus aspectos, servindo ao propósito de despertar e direcionar os corações de qualquer outro pensamento para o louvor, e não para simples satisfação carnal proporcionada pela sonoridade (Sl 111.1; 146.2; 147.1; 150.1-6).
II – DEUS DEVE SER LOUVADO PELO QUE ELE É E PELO QUE ELE FAZ Ao convite para louvar ao Senhor seguem-se as razões pelas quais Ele deve ser para sempre louvado – razões estas que se referem tanto ao Seu caráter e natureza gloriosa, como às obras de Suas mãos que refletem Suas virtudes, poder e glória. Primeiro, porque Deus é bom, “e a sua benignidade dura para sempre” (Sl 118.1) – o salmista provou esta benignidade e dela testificou: “Invoquei o Senhor na angústia; o Senhor me ouviu e me pôs em um lugar santo” (Sl 118.5), tendo sido livrado dos seus inimigos e, mesmo castigado, ainda foi poupado da morte (Sl 118.10-13, 17-18). É, portanto, uma benignidade que se manifesta na forma de misericórdia e paciência e pela qual o mínimo que aqueles que por ela são beneficiados deveriam fazer é louvar ao Criador (Sl 116.5, 18-19). Deus deve ser louvado pela Sua grandeza, poder, majestade e sabedoria, que O tornam incomparável a qualquer criatura e aos deuses ou ídolos das nações (Sl 111.2-4; 113.4-6; 147.5; 115.1-3; 150.2). As obras gloriosas de Deus que O fazem digno do mais alto louvor se manifestam, primeiramente, na criação dos céus é da terra, tudo trazido à existência pela Sua palavra: “pois mandou, e logo foram criados” (Sl 148.5); na manutenção e ordenação da natureza, no sustento de todos os seres viventes: “Ele é o que cobre o céu de nuvens, que prepara a chuva para a terra e que faz produzir erva sobre os montes” (Sl 147.8-9, 14-18), de modo que a Sua glória é manifesta nos céus e na terra: “Exaltado está o Senhor, acima de todas as nações, e a sua glória, sobre os céus” (Sl 113.3-4). A seguir, o salmista destaca as obras da providência especial de Deus em relação ao Seu povo, ao qual demonstrou o Seu poder e glória nas maravilhas realizadas ao longo da sua história: “Mostrou ao seu povo o poder das suas obras, dando-lhe a herança das nações” (Sl 111.6-8; 114.1-8), especialmente nos livramentos das mãos dos seus inimigos, ou na restauração Israel quando este se encontrava abatido: “O Senhor edifica Jerusalém; congrega os dispersos de Israel; sara os quebrantados de coração e liga-lhes as feridas” (Sl 147.2-3; 111.5, 9). Enfim, porque, na Sua sabedoria inescrutável, o Senhor opera maravilhosamente, confundindo os poderosos e exaltando aqueles que n’Ele esperam e confiam (Sl 113.5-9; 118.22-23).
III – O LOUVOR QUE INSPIRA CONFIANÇA Consideremos também, no que diz respeito aos salmos de louvor, como há, ora direta, ora indiretamente, uma mensagem de exortação à confiança no Senhor, a partir do que Ele fez no passado, de que Ele continuará operando em favor dos que o temem. Todas as razões apresentadas pelo salmista para louvar ao Senhor são eternas, isto é, sempre serão verdadeiras, de modo que o Seu louvor “permanece para sempre”. Deste modo, celebrar as maravilhas que Deus operou no passado também é uma forma de expressarmos nossa confiança em Sua eterna bondade, misericórdia e poder, que certamente não faltarão, se tão somente Lhe obedecermos: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; bom entendimento têm todos os que lhe obedecem; o seu louvor permanece para sempre” (Sl 111.10; 146.5). Deus deve ser louvado porque, como ama a verdade e a justiça, não negligenciará os oprimidos que n’Ele esperam, como muitas vezes fazem os príncipes da terra com aqueles que neles confiam; mas lhes fará justiça a Seu tempo (Sl 146.3-9); especialmente o povo eleito, sendo tão chegado e familiar com o Senhor, deve louvá-l’O, pois, mesmo estando por um pouco de tempo oprimidos pelas nações que não conhecem a Deus, haverão de triunfar sobre elas com júbilo e salvação (Sl 147.19-20; 148.14; 149.4-9; cf. Ap 19.1-6).
CONCLUSÃO O propósito do louvor a Deus não é agradar ao nosso gosto musical, muito menos exibir nossos talentos vocais e artísticos para a música ou o canto; é reconhecer, com humildade e ao mesmo tempo júbilo, o Ser maravilhoso e totalmente amável e desejável que é Deus para nós, que somos o Seu povo e recebemos o privilégio de conhece-lo pela Sua graça.
PARA USO DO PROFESSOR
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