12 julho 2022

003-Jesus e a Fé - Ensino de Jesus Lição 03[Pr Denilson Lemes]12jul2022

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 LIÇÃO 03 

JESUS E A FÉ 

TEXTO ÁUREO: “Porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá — e há de passar; e nada vos será impossível” (Mt 17.20) 

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 8.5-13 

INTRODUÇÃO Há muitas ocasiões registradas nos evangelhos em que o Senhor Jesus ensina importantes aspectos da fé. Na lição de hoje consideraremos algumas das passagens mais representativas sobre o assunto, e veremos que, embora a fé ilustrada nos evangelhos seja simples e fácil de compreender, ainda assim Jesus chama nossa atenção para importantes aspectos dessa virtude, sem os quais qual não é possível caracterizá-la como um verdadeiro dom de Deus. 

I – UM EXEMPLO DE GRANDE FÉ (MT 8.5-13) Vários episódios narrados nos evangelhos ilustram a atitude de indivíduos que vieram até Jesus em busca de socorro ou salvação e, por manifestarem, de diferentes maneiras, uma fé verdadeira, foram atendidas por Cristo. Um desses episódios ocorreu quando Jesus estava em Cafarnaum; um centurião romano cujo servo, muito querido, encontrava-se enfermo, dirige-se ao Senhor em busca da cura. Os judeus incentivam o Mestre a atender o seu pedido, pois, apesar de ser um gentio, eles acreditavam que o centurião fosse merecedor do milagre, em razão da sua piedade. Contudo, ele havia enviado os judeus para que rogassem em seu favor por ter se considerado indigno de se aproximar de Jesus – o que ele reafirma quando fica sabendo que o Mestre estava a caminho de sua casa (cf. Lc 7.6-7). Certamente tendo ouvido falar dos milagres de Jesus, o centurião via em Cristo uma autoridade que não apenas era de natureza diferente da autoridade política e militar dos romanos, mas muito superior à sua – daí a sua humildade perante o Senhor, mesmo pertencendo Ele a um povo que se encontrava sob a autoridade de Roma. E então conclui acertadamente que, se um centurião, que não era a patente mais alta do exército romano, era obedecido pelos seus servos e soldados, os quais faziam cumprir a sua palavra; quanto mais aqu’Ele que tinha poder sobre as doenças e demônios seria prontamente obedecido, se tão somente dissesse uma palavra para que seu servo fosse curado. Jesus se maravilha com as palavras do centurião, e exalta essa demonstração de fé como algo excepcional, mesmo em relação aos israelitas, entre os quais vinha pregando, ensinando e fazendo milagres. Podemos destacar, antes de tudo, que a primeira característica dessa fé recomendada por Cristo está no senso de poder e grandeza que o centurião vislumbrou na pessoa de Jesus, ao mesmo tempo em que, diante d’Ele, sentiu sua própria pequenez e indignidade. Enquanto a maioria dos judeus só manifestou algo dessa percepção quando presenciaram Jesus realizando algum milagre, o oficial romano, tendo apenas ouvido falar de Jesus, creu nos Seus milagres e entendeu que eram sinais de que Ele havia sido enviado por Deus (cf. Lc 5.8-9, 26; Jo 4.48; 20.29). Além disso, notemos que ele teve esperança de ser atendido mesmo não merecendo o milagre, o que implica sua fé na misericórdia do Senhor Jesus. Por fim, a comparação da autoridade menor, isto é, a do centurião, com a maior, isto é, a de Cristo, implica na admissão de que Jesus não apenas podia curar o servo doente, mas podia fazê-lo à distância, pela Sua mera palavra – se tão somente assim o desejasse. Esses são elementos fundamentais de uma fé genuína, e são mais de uma vez ilustrados em outros episódios dos evangelhos – fé no poder de Deus, para quem nada é impossível; e na Sua vontade, segundo a qual Ele faz aquilo que deseja, e por isso podemos ter esperança de sermos atendidos naquilo que pedirmos conforme a Sua vontade (cf. Lc 1.37; Mt 8.2; Mc 9.23). 

II – UM EXEMPLO DE UNANIMIDADE NA FÉ (MT 9.1-7) O segundo episódio que propomos para estudo destaca a atitude de fé de um grupo de pessoas – precisamente, cinco: um paralítico deitado numa cama e os quatro homens que o trouxeram a Jesus (cf. Mc 2.3). O Senhor, considerando o ato de fé conjunta e unânime em favor da causa do paralítico, embora não o tenha curado logo de início, declarou o perdão dos seus pecados, e exortou-o a se animar, porquanto a causa da sua punição física havia sido removida, e, mesmo ainda enfermo, agora podia ter uma boa consciência para com Deus, na certeza de alcançar favor e misericórdia para o futuro. Mas a fé daqueles homens foi recompensada além das suas expectativas, quando, após ser questionado quanto à autoridade com que perdoava pecados, o Senhor Jesus ainda o curou a paralisia daquele homem. O que queremos destacar neste episódio, porém, é o fato de que Jesus atentou para a fé de daqueles homens, numa indicação de que uma fé genuína não produz benefícios apenas para o que crê, mas também para outros, quer participem dessa fé por si mesmos ou não. Basta lembrar do exemplo do centurião, que pela fé alcançou a cura do servo; e de outros casos semelhantes (cf. At 16.31-34). Não significa que o paralítico não tivesse fé como os seus companheiros, ou que não poderia ter sido encontrado pelo Salvador como aquele que jazia no tanque de Betesda, por exemplo. Contudo, este caso foi registrado de modo a ilustrar que a unanimidade entre aqueles que crêem pode alcançar grandes benefícios da parte de Deus em favor até mesmo daqueles que não têm fé suficiente para receber o que buscam (cf. Tg 5.14-15; Mt 18.18-20). 

III – DOIS CASOS DE FALTA DE FÉ (MT 17.14-21) Na passagem em apreço, Jesus é instado pelo pai de um jovem endemoninhado a curar seu filho. Anteriormente, ele havia trazido o menino até os discípulos, mas estes não conseguiram curá-lo. Após repreender severamente a incredulidade daqueles que, talvez por este fracasso dos discípulos, duvidavam do Seu poder (cf. Mc 9.16-19), Jesus manda trazer o jovem, repreende o demônio, e o menino é imediatamente curado. Mas a primeira lição de fé aqui não está na conversa particular que se seguiu entre Jesus e os discípulos, mas, antes mesmo do milagre, nas palavras trocadas entre o Senhor e o pai do menino (cf. Mc 9.21-24). Aflito demais pela condição de seu filho, desesperado ante a incapacidade dos discípulos de solucionarem o seu problema, o pobre homem revela sua hesitação em crer no poder de Jesus: “se tu podes fazer alguma coisa”, ao que Jesus responde que a dificuldade não estava n’Ele, mas no próprio homem: “Se tu podes crer; tudo é possível ao que crê”. Deus pode e quer socorrer aqueles que O buscam; contudo, a resposta de Jesus revela que essa busca deve ser por fé, e o pai do menino até o último instante lutava e oscilava entre fé e incredulidade (cf. Hb 11.6; Tg 1.6-7). Após o milagre, os discípulos questionam por que não conseguiram expulsar o demônio, como das outras vezes (cf. Lc 10.17). Inicialmente, a resposta de Jesus não é muito diferente daquela que foi dada ao pai do menino: “Por causa da vossa pequena fé”. Mas, neste caso, o Senhor não nega que os discípulos tivessem alguma fé, mas antes os incentiva dizendo que mesmo uma fé como um grão de mostarda é capaz de realizar grandes coisas – de fato, uma fé genuína sempre obterá uma resposta de Deus, mesmo quando se mostre pequena. Contudo, há situações onde só é possível alcançar o que se busca através da perseverança nessa fé – perseverança esta representada aqui na oração e no jejum (cf. Mt 7.7-11; Lc 18.1-8). 

CONCLUSÃO A fé apresentada e ilustrada nos evangelhos sinóticos não é diferente da fé revelada nas demais Escrituras; seu fundamento é o poder e a vontade de Deus, sua esfera de ação é tanto particular e individual como pode mover a muitos pela unanimidade dos que crêem, e sempre obtém de Deus uma resposta que surpreende nossas expectativas.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


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