05 outubro 2021

002-Deus, o Bem Supremo - Ética Cristã Lição 02[Pr Afonso Chaves]05out2021


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 LIÇÃO 2 

DEUS, O BEM SUPREMO 

TEXTO ÁUREO: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento”. (Mt 22.37-38) 

LEITURA BÍBLICA: ÊXODO 20.1-7 

INTRODUÇÃO É impossível conceber qualquer princípio sólido para orientar nosso comportamento sem primeiramente compreender que Deus está no centro de toda ética. Somente a partir da certeza de que Deus existe e do conhecimento acerca de quem é Ele, é que podemos afirmar a importância da ética, que, conforme já estudamos, é a busca por um padrão de comportamento bom e correto. Assim, vamos estudar nesta lição a necessidade ética mais elementar do ser humano – um compromisso sincero e inegociável com o Deus vivo, o verdadeiro e supremo bem, pelo qual o homem esteja voluntária e absolutamente disposto a amar as coisas que Ele ama e a detestar as que Ele detesta. 

I – A SINGULARIDADE, SUPREMACIA E EXCELÊNCIA DE DEUS 1) Deus é único. A existência de Deus é assunto de outras matérias bíblicas e teológicas, portanto, basta-nos aqui lembrar que isso (a Sua existência) é tomado como fato incontestável desde o primeiro verso das Escrituras Sagradas. Mesmo sem o testemunho da Bíblia, o homem natural é capaz de compreender a necessidade lógica de um Ser que tenha criado e que sustenta todas as coisas. Por sua vez, a coerência dessa criação, mesmo prejudicada pela corrupção e o pecado, ainda reflete a mente singular de um único Criador e Arquiteto (cf. Gn 1.1; Sl 19.1-2; Pv 3.19-20). 2) Deus é supremo e soberano. Ao constatar, com assombro, sua pequenez diante da ordem criada, o primeiro pensamento que deveria ocorrer ao homem sensato é de que o mesmo deve ser ainda menor diante daqu’Ele que criou todo o universo – dentro do qual o homem é uma diminuta partícula (cf. Sl 8.1-4). E se este, dotado de inteligência e vontade, é capaz de dominar e dispor daquilo que ele mesmo não criou como bem lhe apraz, do mesmo modo aqu’Ele que o formou assim deve possuir as mesmas capacidades, mas a um nível absoluto – em outras palavras, a partir da criação é possível entender que Deus também domina e dispõe dos homens como bem lhe apraz. Isto deveria ser suficiente para despertar o interesse pela investigação ética, pois nela obtemos as respostas sobre como corresponder às expectativas divinas para conosco (cf. Is 40.12-15, 18, 21-26; Dn 4.34-35). 3) Deus é o sumo bem. A ética dos homens fracassa em estabelecer a sua própria importância pelo simples fato de que não possui um referencial absoluto do bem. Nenhum padrão de conduta pode permanecer inquestionável ou imutável a partir de uma definição de bem que não seja absoluta, e por isso tais “éticas” inevitavelmente levam ao relativismo, pragmatismo, etc. Mas Deus é o fundamento da ética cristã, porque Ele criou todas as coisas – inclusive o Ser humano – segundo a Sua vontade e propósito. Mais uma vez, aqui entra o argumento das proporções – se o homem é capaz de investigar o que seria o mais ideal, adequado, conveniente e perfeito – enfim, o que seria esse bem o qual, atingindo-o, se sentiria plenamente aprovado por sua consciência – é porque aqu’Ele que lhe deu tal senso é o próprio e o sumo bem, realizado na Sua plenitude (cf. Lc 18.19; Sl 103.1-6). 

II – O DEVER DO HOMEM PARA COM DEUS 1) Deus criou o homem para que este O buscasse. Criado não por necessidade, mas como expressão da vontade livre e soberana do Todo-poderoso, o homem não encontra razão de ser e viver exceto no próprio Deus, que lhe dá tanto a existência como a subsistência, fazendo-o com muita generosidade; mas, quando quer, Ele pede para si de volta o que nos deu, e ninguém pode contestá-l’O. A primeira lição sobre o nosso dever para com Deus, portanto, é de que nós precisamos e dependemos d’Ele, e não Ele de nós. Segundo, que Ele se interessa pelo nosso bem, do que dá testemunho as benesses pelas quais enche de alegria o coração dos homens (cf. At 17.24-29; 14.15-17; Sl 104.27-30). Ao mesmo tempo, quando somos atingidos pela adversidade, Deus não nos abandona, mas antes permite que sejamos feridos de tal forma que possamos perceber nossa fragilidade e lançar sobre Ele nossos cuidados, assim expressando nossa dependência d’Ele (cf. Sl 107.23-30; Rm 8.28; Is 26.16). Logo, é voltando-se para o Criador, fazendo de Deus a busca suprema e prioritária de sua vida, que o homem alcançará o senso de realização do seu dever ético. 2) Deus criou o homem, logo é o único Senhor de sua vida. A implicação óbvia do que foi dito acima é que o homem deve buscar a Deus não apenas por crer na Sua existência, mas por saber que Ele possui plenos direitos sobre a sua vida – portanto, Ele é o Senhor exclusivo de todos (cf. Ex 20.2; Dt 6.4-6; 1 Co 6.19-20). A fim de evidenciar esse importante aspecto do nosso dever para com Ele, o Senhor tem manifestado de diferentes formas o Seu poder salvífico e redentor, pelo qual tem quebrado os laços que de alguma forma nos mantinham subjugados ao controle de falsos senhores, e de modo patente reafirmado Seu direito sobre nós. Como único e legítimo Senhor, devemos a Deus completa atenção e dedicação, tanto nutrindo afeição e desejo por conhecer a Sua vontade, como também nos esforçando por obedecê-la de coração, abrindo mão de tudo o que possa representar uma barreira para nossa obediência total e sincera (cf. Ap 4.11; Rm 14.7-9; 2 Co 5.14-15). 3) Deus criou o homem, que lhe deve honra e reverência. Simplesmente por nos devotarmos a Ele, nos submetermos ao Seu senhorio, Deus já é honrado em nossas vidas. Mas Ele nos proveu de outros meios de expressar a Sua grandeza em nossas vidas, assim como se vê nos seres celestiais que O reverenciam incessantemente no seu viver. À semelhança de nossos conservos celestiais, devemos ter Deus como aqu’Ele que nutre nossas afeições, nossos pensamentos, nossas expressões, tanto espontâneas como refletidas, em todas as circunstâncias de nossas vidas. Reconhecer quem Ele é proclamar as Suas obras – ou seja, adorá-l’O – constitui o dever de todo homem tanto quanto obedecer aos Seus mandamentos (cf. Sl 148.1-5; Ap 5.11-14). 

III – A EXCLUSIVIDADE DE DEUS 1) Dar a Deus o que é de Deus e aos homens o que é dos homens. O senhorio exclusivo de Deus sobre nossas vidas é claramente definido nas Escrituras, em todos os aspectos pertinentes ao direito divino. Há, contudo, aspectos em que podemos não encontrar uma definição bíblica clara, seja por tratar-se de área indiferente ou que o próprio Deus, em razão da presente ordem de coisas, afetada pelo pecado e pela corrupção, deixou que os homens tomassem suas próprias decisões. E há também campos da ética cristã onde é possível encontrarmos exortações no sentido de nos sujeitarmos à ordenação humana. Não há, porém, como se equivocar aqui. Os direitos de Deus são inquestionáveis e inalienáveis, e ninguém pode requerê-los de nós. Seja a indivíduos cegados pelas suas próprias paixões, seja a instituições corrompidas pelo espírito deste mundo contrário a Deus, devemos estar prontos a preservar, a todo custo, nossa fidelidade exclusiva ao único Senhor verdadeiro (cf. Mt 22.17-21; 6.33; At 4.19; 5.29). 

CONCLUSÃO Deus deve estar no coração de qualquer investigação ética, se desejamos encontrar respostas satisfatórias para as demandas de nossa consciência. Ele é o bem supremo e, portanto, o fim último a que a ética se propõe; e, enquanto Ele for o único e exclusivo Senhor de nossas vidas, certamente não erraremos o caminho, mas todos os nossos passos nos levarão para mais perto do propósito ideal e perfeito para o qual Ele nos criou.

PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira

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