21 julho 2021

004-As ilusões da casa de Judá - Ezequiel Lição 04[Pr Afonso Chaves]20jul2021

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LIÇÃO 4 

AS ILUSÕES DA CASA DE JUDÁ 

TEXTO ÁUREO: “Visto que, sim, visto que andam enganando o meu povo, dizendo: Paz, não havendo paz; e um edifica a parede de lodo, e outros a rebocam de cal não adubada, dize aos que rebocam de cal não adubada que ela cairá. Haverá uma grande pancada de chuva, e vós, ó pedras grandes de saraiva, caireis, e um vento tempestuoso a fenderá.” (Ez 13.10-11) 

LEITURA BÍBLICA: EZEQUIEL 12.22-28 

INTRODUÇÃO O livro de Ezequiel pode ser dividido em dois momentos: profecias anteriores ao cerco e destruição de Jerusalém, e profecias posteriores a este evento. Na primeira parte, que vai até o capítulo 24, a apostasia da casa de Judá e o inevitável e iminente juízo que se abateria sobre os que haviam ficado em Jerusalém é um tema recorrente nas “representações proféticas” de Ezequiel, nas suas parábolas e palavras. Contudo, não há nada de repetitivo, pois a cada oportunidade o Senhor aborda um aspecto diferente desse tema principal, desvendando as muitas ilusões que o próprio povo que se chama pelo Seu nome é capaz de fomentar em seu coração quando resolve seguir o caminho da apostasia e ignorar os avisos de um Deus longânimo e bondoso, mas também zeloso e justo. 

I – A VISÃO SE CUMPRIRIA EM BREVE (CAPÍTULO 12) Após narrar aos seus compatriotas no cativeiro o que o Senhor havia lhe revelado sobre as abominações cometidas no próprio templo em Jerusalém e o sobre o cenário de destruição e matança que se preparava contra a cidade e os seus moradores; o profeta é orientado por Deus a falar mais uma vez de forma enigmática sobre aquele terrível acontecimento, ilustrando particularmente a forma covarde e desorientada como Zedequias, o rei de Judá, tentaria escapar ao cerco; seu completo abandono diante dos seus captores caldeus; e, finalmente, como seria levado para a terra do cativeiro, mas não poderia contemplá-la (cf. 2 Rs 25.3-7). Aqui vemos também como o ministério de Ezequiel despertava a atenção do povo, ao mesmo tempo em que os intrigava (cf. vv. 8-9). Mas a inércia espiritual dos cativos – à semelhança da de seus conterrâneos em Jerusalém – inclinava-os a crer que as visões do profeta, se de fato eram verdadeiras, diziam respeito a um tempo distante no futuro e por isso, para todos os fins práticos, não deviam se preocupar com elas: “Prolongarse-ão os dias, e perecerá toda visão” (v. 22). Acostumados que estavam com a longanimidade de Deus, que havia retido a Sua mão e se arrependido de fazer o mal contra as gerações passadas, que haviam pecado assim como a geração atual, não era difícil para esses judeus se considerarem mais uma geração que “entraria para a lista” daquelas que passariam sem ver nada destas coisas acontecerem; quando deveriam usar dessa demonstração de longanimidade para se arrependerem e desta forma evitar o castigo (cf. 2 Pe 3.1-4, 8-9). 

II – PROFETAS QUE ENGANAVAM O POVO (CAPÍTULO 13) A palavra de Deus se dirige agora aos muitos profetas que havia em Judá, mas que só profetizavam o que via o seu coração – ou seja, ao invés de falarem a palavra do Senhor, falavam apenas aquilo que lhes convinha. Eram homens que, como raposas no deserto, visavam apenas o seu próprio bem estar, mesmo que às custas da miséria e ruína do povo. O Senhor os repreende tanto por usarem o Seu santo nome em vão como por incentivarem o povo a permanecer na sua conduta pecaminosa e indiferente em relação aos alertas dos profetas verdadeiramente enviados por Deus; e assim diziam que Jerusalém teria paz, “não havendo paz, diz o Senhor Jeová” (v. 16, cf. Jr 28.1-9). Na comparação que Deus estabelece para desmascarar a obra inútil e até mesmo nociva desses falsos profetas, notamos também a grande responsabilidade daqueles que falam em nome do Senhor, e o valor de um profeta verdadeiro. O povo precisa da profecia para entender sua condição diante de Deus e o que Deus requer dele, e o profeta (independente de como é chamado) é aquele que fala nesse sentido, como que edificando as paredes sólidas da verdade e obediência que resistirão ao impacto das tribulações; do mesmo modo que hoje cada cristão que atenta para a verdade e a obedece estabelece para si um firme fundamento que lhe permitirá triunfar sobre as tribulações (cf. Mt 7.24-27). Por outro lado, uma palavra que não coaduna com as reais necessidades espirituais do povo de Deus só cria uma ilusão que desaparecerá ante a primeira adversidade, deixando os que nela acreditaram expostos a dor, desengano e indignação: “Ora, eis que, caindo a parede, não vos dirão: Onde está o reboco de que a rebocastes?” (v. 12). E, com efeito, quando aquela grande tribulação se abatesse sobre Jerusalém, a palavra dos falsos profetas seria desmentida de uma vez por todas. Parece que quanto mais o povo precisa ser alertado para um perigo iminente, maiores são os esforços para desviar sua atenção do perigo. Notemos que, num tempo de grande pecaminosidade e rebeldia contra o Senhor como esse pelo qual os judeus passavam, abundavam os “profetas” no meio do povo. Não apenas homens, mas mulheres também profetizavam, se não publicamente, em consultas daqueles que vinham até elas e pagavam pelas suas orientações com alimentos. A prática exata que o texto descreve não está muito clara, mas a idéia é que essas falsas profetisas também confortavam o coração dos pecadores, incentivando-os a permanecer em sua conduta, ao mesmo tempo em que recriminavam aqueles que se mostravam temerosos quanto ao dia de amanhã e desejavam emendar seus caminhos (vv. 22, 23). O destino dessas almas ficava como que retido em suas mãos, impedidas de dar crédito aos avisos sobre o castigo vindouro ou de agir de acordo com a consciência do que é justo e verdadeiro aos olhos de Deus. 

III – O CASTIGO DOS FALSOS ADORADORES (CAPÍTULO 14) Nesta passagem nos deparamos com um dos pecados mais frequentemente cometidos entre aqueles que professam o nome do Senhor – o da hipocrisia. No caso, os israelitas louvavam e recomendavam dar atenção às palavras dos profetas, mas em seu coração desejavam permanecer nas suas práticas pecaminosas, mesmo quando o Senhor as condenasse pela boca dos Seus mensageiros (cf. Mt 15.8). A palavra de Deus era uma só: “Convertei-vos, e deixai os vossos ídolos, e desviai o vosso rosto de todas as vossas abominações” (v. 6). O que mais queriam ouvir? Se não estavam dispostos a receber essa palavra, por que ainda vinham buscar a palavra do Senhor? Sentar-se aos pés do profeta tornava-se um ato extremamente ofensivo a Deus, como se Ele não pudesse saber qual era a verdadeira intenção daqueles homens; ou talvez, pior ainda, sugeria uma declaração tácita de não obedecer à palavra do Senhor. Por isso, seus profetas nada falariam senão aquilo que os confirmaria na sua atitude rebelde e os impediria perceber e evitar o castigo iminente. Deus responderia, sim, mas por si mesmo (v. 7) – isto é, não mais através do profeta, repreendendo e chamando novamente ao arrependimento; mas executando diretamente o juízo contra tais homens. Eis porque o amor à mentira já traz em si mesmo o seu próprio castigo (cf. 2 Ts 2.11-12). Mas o capítulo se encerra com uma comparação que ressalta um aspecto ainda mais grave daquela circunstância – de que, se já não é mais tempo nem de ouvir à intercessão de homens como Noé, Daniel e Jó, os quais em seu tempo salvaram aqueles pelos quais intercederam; quanto mais o de indagar a Deus quanto à Sua vontade, já declarada tantas vezes pelos Seus profetas?

CONCLUSÃO O desejo de permanecer no pecado levaria a casa de Judá a se iludir de diversas formas quanto à sua condição espiritual até o último momento da sua rebelião, e somente o castigo de Deus seria poderoso o suficiente para por fim a cada uma dessas ilusões. 

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
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Um comentário:

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