15 julho 2021

003-As abominações da casa de Judá - Ezequiel Lição 03[Pr Afonso Chaves]13jul2021

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LIÇÃO 3 

AS ABOMINAÇÕES DA CASA DE JUDÁ 

TEXTO ÁUREO: “Viste, filho do homem? Há coisa mais leviana para a casa de Judá do que essas abominações, que fazem aqui? ... Pelo que também eu procederei com furor; o meu olho não poupará, nem terei piedade; ainda que me gritem aos ouvidos com grande voz, eu não os ouvirei” (Ez 8.17-18) 

LEITURA BÍBLICA: EZEQUIEL 9.1-11 

INTRODUÇÃO Embora habitasse entre os cativos em Babilônia, o profeta Ezequiel estava bem a par do que acontecia em Jerusalém, uma vez que o Senhor Deus lhe revelava não apenas o que acontecia na cidade, mas até mesmo o que seus habitantes diziam e faziam nos recessos de seus lares. Nos capítulos 8 a 11, temos uma amostra disso. O profeta é levado em visão até a cidade amada e, ali, contempla os pecados que o povo, a começar com os seus próprios líderes, estavam cometendo no próprio templo, e como a glória de Deus, em consequência dessa profanação, estava abandonando a cidade e assim abrindo caminho para a terrível destruição que se seguiria, e da qual ninguém escaparia. 

I – AS ABOMINAÇÕES COMETIDAS NO TEMPLO (CAPÍTULO 8) Ezequiel ainda estava no começo do seu ministério quando da presente visão. Até agora, ele havia apontado alguns pecados mais graves que haviam sido cometidos pelo povo e que trariam a ira divina sobre a terra de Israel, mas, ao que parece, isso não havia sido específico o suficiente para despertar entre os deportados a gravidade da situação. Então, o Senhor leva o profeta em espírito, num arrebatamento dos sentidos – “em visões de Deus”, como diz o texto – até Jerusalém, até o templo, para mostrar que a causa da desgraça de Israel começa exatamente onde deveria ser ministrada a graça de Deus, de onde deveriam proceder as bênçãos sobre todo o povo. Não era apenas o povo que havia pecado, mas antes os próprios líderes – anciãos, príncipes, sacerdotes – haviam usado de sua condição privilegiada para perverter a lei e o culto e assim servir de tropeço e escândalo para toda a nação. O templo havia sido profanado. Praticamente não havia um canto que não tivesse sido redesignado para servir a um propósito ofensivo ao Deus de Israel. À porta norte que dava acesso ao pátio, haviam erguido um ídolo, a imagem de um falso deus – aparentemente o mesmo pelo qual também as filhas de Israel se reuniam no local para chorar. Ainda na porta do pátio – pelo que se depreende, nas paredes internas da passagem de acesso ao pátio – uma sala secreta, longe da vista do povo, havia sido reservada para adoração particular a toda forma de criaturas imagináveis representadas em pinturas nas paredes. E, como se isso não bastasse, dentro do próprio pátio do templo, “entre o pórtico e o altar”, os homens tinham o costume de dar as costas ao templo e virar para o oriente em adoração ao sol. Nesta primeira parte da visão, o Senhor revela que Israel havia pecado tão gravemente que merecia o terrível castigo da destruição. E, se queimar incenso nos altos parecia ser pouca coisa (porque a corrupção humana tende a aliviar a gravidade de pecados que se tornam comuns pela prática prolongada), a profanação que estava em curso no templo deveria parecer abominável a qualquer israelita com algum senso do concerto divino e do quanto havia sido expressamente proibido sobre o uso de imagens de escultura ou qualquer representação visível do Deus de Israel; não apenas porque tais práticas comparavam o Deus incorruptível e todo-poderoso a criaturas corruptíveis e fracas, mas porque, na verdade, acabavam por substituir o único Deus verdadeiro por falsos deuses, produtos da imaginação humana (cf. Dt 4.15-19; Rm 1.23). Bem pode ser que o santuário ainda estivesse inviolado, e o culto ali fosse executado perfeitamente de acordo com a instituição divina; mas isto apenas evidencia a sutileza do erro de fomentar fidelidade a falsos deuses sem excluir totalmente o Deus verdadeiro – uma sutileza para a qual o próprio Deus havia alertado (cf. Ex 20.3, 23).  

II – NINGUÉM ESCAPA AO JUÍZO (CAPÍTULO 9) Em suma, os israelitas haviam irritado ao Senhor, e seus líderes fizeram ainda mais para irritá-lo. Mas agora a visão torna-se menos literal, embora não menos real – o que acontecia em Jerusalém naquele momento passa a ficar em segundo plano diante da realidade espiritual que começa a se desvendar aos olhos do profeta, com implicações para o futuro próximo. Notemos também que a glória do Senhor está presente desde o princípio da visão, mas gradativamente se retirará para Babilônia, onde está o remanescente do povo, depois que o juízo se cumprir no cerco e na destruição da cidade. Em outras palavras, Deus está presente com os cativos em Babilônia e também com os que ficaram em Jerusalém; ali, para despertá-los e depois consolá-los; mas aqui para castigar e julgar os rebeldes. A visão passa a descrever a destruição da cidade em termos de uma execução sumária, que começaria pelo santuário, isto é, pelos líderes do povo. É interessante atentar para o detalhe de que os seis executores com suas armas destruidoras vêm do norte, assim como os príncipes caldeus que lideraram a invasão à cidade quando esta caiu (não por acaso seis também); e que ao sétimo, um escriba, é dado o poder para designar quem deveria ser poupado ou condenado, assim como o foi a Nebuzaradã, capitão da guarda de Nabucodonosor (cf. Jr 39.1-3, 9-10). De qualquer forma, a destruição é absoluta, salvo apenas Ezequiel – um triste sinal de que, se as abominações cometidas no templo podiam arrancar o espanto e a consternação do profeta, nenhum efeito produziram nos moradores da cidade. O Senhor está sempre pronto a perdoar, mas a indiferença e conformidade no pecado fecha as portas à misericórdia (vv. 8-10). 

III – A CIDADE É ENTREGUE À DESTRUIÇÃO (CAPÍTULOS 10 E 11) Executado o juízo contra os moradores de Jerusalém, é a vez da própria cidade e do templo serem destruídos, desfazendo assim qualquer falsa esperança que os cativos pudessem nutrir em relação àquela geração reprovada por Deus e seus símbolos exteriores. A visão do capítulo 1 parece repetir-se, mas agora com o detalhe esclarecedor de que se trata de uma visão de juízo, pois é de entre as rodas e os querubins que é tomado o fogo que destruirá a cidade (v. 2) – o que literalmente se cumpriria sob as ordens de Nebuzaradã (2 Rs 25.8-9). A visão se encerra com uma palavra do Senhor que esclarece as condições psicológicas e espirituais dos líderes do povo ante a iminência do cerco. Notemos que, mesmo convencidos (se não por Ezequiel, talvez por Jeremias ou algum outro profeta) de que seriam castigados pelos seus pecados – mas nem por isso inclinados ao arrependimento – aqueles homens ainda eram capazes de presumir alguma forma de alívio, ou mesmo de se gloriar em sua terrível condição. Parece que acreditavam que a cidade poderia resistir a um longo cerco e que eventualmente morreriam lá dentro; mas não – Deus os tiraria vivos de lá, os levaria até diante do próprio rei de Babilônia e ali sofreriam o fim que mais temiam – seriam mortos ao fio da espada (cf. 2 Rs 25.18-21; Jr 39.6). Só depois disso que os cativos, os quais esses mesmos líderes desprezavam como se tivessem abandonado ao próprio Deus, começariam a perceber a misericórdia que se lhes havia sido reservada, quando então voltariam à terra para reconstruí-la porque, antes de tudo, Deus haveria de restaurar os seus próprios corações. 

CONCLUSÃO O povo de Deus havia pecado além de toda medida, ofendendo não apenas em oculto mas abertamente ao Senhor Deus. O castigo certamente seria terrível e incomparável ao de qualquer outro povo, mas não menos justo e na medida necessária para servir ao propósito de preservar a santidade do nome de Deus e compungir os corações dos cativos ao verdadeiro arrependimento e conversão.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
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