07 julho 2021

002-O Juízo é anunciado - Ezequiel Lição 02[Pr Afonso Chaves]06jul2021

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 LIÇÃO 2 

O JUÍZO É ANUNCIADO 

TEXTO ÁUREO: “Vem o fim, o fim vem sobre os quatro cantos da terra!” (Ez 7.2) 

LEITURA BÍBLICA: EZEQUIEL 6.1-10 

INTRODUÇÃO Durante os primeiros anos do seu ministério, Ezequiel profetizou principalmente acerca do juízo de Deus que se derramaria sobre os judeus que haviam ficado em Jerusalém. Durante esse período, a mensagem do profeta enfoca o terror do cerco, da destruição da cidade e do templo, e do fim do reino de Judá; bem como a gravidade dos pecados cometidos pelo povo e a justiça de um castigo tão severo. Na lição de hoje, veremos a persistência do profeta (ou melhor, do próprio Deus) em incutir essa mensagem de diferentes maneiras e em diferentes ocasiões na mente do povo, a fim de que ninguém se desse por desavisado quando todas estas coisas se cumprissem. 

I – REPRESENTAÇÕES SIMBÓLICAS DO CERCO (CAPÍTULOS 4 E 5) Parte do mistério atribuído ao livro de Ezequiel se deve não apenas ao rico e complexo simbolismo da sua linguagem, mas também ao fato de o profeta muitas vezes participar ativamente da mensagem de Deus, “encenando” de forma enigmática aquilo que estava para acontecer. Era, na verdade, uma forma de chamar a atenção de um povo endurecido que já havia escutado a muitos profetas com indiferença; e, mesmo no caso de Ezequiel, seu ministério peculiar apenas fez dele um profeta agradável de se ouvir e interessante de se observar entre os exilados (cf. Ez 12.6; 33.32). Temos então uma primeira mensagem no capítulo 4, onde o nosso profeta encena o cerco de Jerusalém e as agruras que os seus moradores passariam durante aqueles dias, confinados dentro das muralhas da cidade e sujeitos à escassez de víveres, às doenças e à morte. Notamos, em primeiro lugar, que, de um modo semelhante ao castigo aplicado aos israelitas que murmuraram e tiveram de peregrinar durante quarenta anos no deserto; assim também Deus prolongaria os dias de sofrimento do povo durante o cerco na proporção dos anos em que tanto Judá como Israel haviam pecado (Ez 4.4-6). O profeta aqui assume o lugar dos seus conterrâneos dentro da cidade cercada – praticamente paralisados, impedidos de realizar qualquer coisa enquanto os exércitos caldeus estivessem à volta dos muros de Jerusalém, e sujeitos a um duro racionamento de água e comida – o que, ao invés de arrependimento e clamor a Deus, só produziria desgoto e espanto naqueles corações endurecidos pelo pecado, na expectativa de que algo pior ainda estava por acontecer (versos 16 a 17). No capítulo seguinte, o Senhor continua falando sobre o terrível juízo determinado, mas agora o profeta deve representar o extermínio da própria população, onde parte morreria em consequência da fome e das doenças que assolariam a cidade durante o cerco; outra parte seria morta na tomada e destruição da cidade; e outra, mesmo que sobrevivesse a esses males, não estaria segura, pois, conforme disse o Senhor: “desembainharei a espada atrás deles” (Ez 5.2). De fato, independente da sorte que alcançassem naqueles dias, ninguém poderia se considerar a salvo (cf. verso 4). É interessante notar que há uma importância no fato de Ezequiel encenar esta terrível mensagem raspando seus cabelos e sua barba, assim se expondo diante do povo com uma aparência constrangedora. Ora, Israel havia sido colocado “no meio das nações” (verso 5) – ou seja, para ser notado e engrandecido no seu testemunho de obediência ao Senhor Deus; contudo, a desobediência do povo virou essa posição em seu desfavor, de modo que agora não apenas seriam castigados pelo seu Deus, mas castigados publicamente, e assim humilhados diante de todas as nações. Se não foram capazes de ensinar aos gentios pelo exemplo da obediência, ao menos o fariam pelo castigo da sua desobediência (versos 14 e 15). 

II – AS ABOMINAÇÕES COMETIDAS NOS MONTES DE ISRAEL (CAPÍTULO 6) Israel havia pecado gravemente, em muitas coisas e mais até do que as nações ao seu redor (Ez 5.7); e agora o Senhor destaca uma espécie de pecado particularmente escandaloso, que na verdade acompanhou o povo desde que saíram do Egito e nunca os abandonou – qual seja, o culto público aos falsos deuses (cf. Am 5.25-26). Esse tipo de idolatria arraigou-se de tal forma em Israel que somente um ou outro rei de Judá conseguiu removê-la temporariamente; mas, no final, a prática de sacrificar e queimar incenso nos lugares altos prevaleceu por toda a terra e tornou-se a causa do juízo de que o Senhor fala neste capítulo. A palavra é dirigida aos montes de Israel, aos seus outeiros, ribeiros e vales, porque o povo não era mais capaz de ouvir e atender ao apelo divino – mas a terra ainda poderia servir de testemunha (cf. Dt 4.26). A idolatria de que Deus fala aqui não acontecia secretamente, no recesso dos lares, mas nos lugares mais visíveis da terra, aos olhos de todos. O cerco e toda a matança e destruição que se seguiriam seriam o meio justo e ideal para expor em público a inutilidade dos ídolos – que nada fariam para salvar os judeus quando caíssem ali mesmo, aos pés dos altos e dos bosques, mortos e traspassados pela espada dos caldeus – e ao mesmo tempo para por um fim à prática abominável. Deste modo, se os israelitas não derribaram seus altos enquanto puderam fazê-lo em vida, ao menos, com sua morte, seus ossos profanariam aqueles “santuários”, indiretamente proclamando a indignidade dos falsos deuses que ali habitavam, e assim justificando o Deus de Israel (Ez 6.5-7). 

III – O FIM DA NAÇÃO SE APROXIMA (CAPÍTULO 7) Neste ponto, a mensagem de juízo ganha um tom de urgência e inevitabilidade. Resta pouco tempo para se cumprirem os dias do cerco, está tudo pronto – ou melhor, o mal já está a caminho. E Deus não voltará atrás, como fez em outras ocasiões; tampouco se apiedará enquanto o juízo estiver sendo executado no meio do Seu povo. Como as mensagens de juízo eram recebidas por eles com indiferença, ou, no máximo, como algo a se cumprir num futuro distante, que talvez aquela geração nem sequer presenciaria (cf. Ez 12.27-28); o Senhor está prevenindo aqui contra essa atitude, e aqueles que haviam escapado do cativeiro, os “moradores da terra”, não deviam se gloriar ou derivar qualquer senso de segurança a partir disso. A vida rotineira do israelita que, em outras circunstâncias, ele podia enxergar como aquela felicidade a ser desfrutada debaixo do sol, havia se tornado vazia, e o povo não conseguiria se alegrar com mais nada – seja comprar, vender, trabalhar, casar – uma vez que as calamidades que se abateriam sobre a nação interromperiam todas as atividades ordinárias, pondo um fim à tranquilidade e paz dos israelitas. E, mesmo que estivessem dispostos a lutar por aquilo que amavam, eles não conseguiriam extrair da desobediência a coragem necessária para enfrentar a terrível realidade do exército inimigo: “Todas as mãos se enfraquecerão, e todos os joelhos destilarão águas” (verso 17). Mais assustador ainda é perceber que, naquela hora, nem mesmo a lembrança de Deus serviria para aliviar o sofrimento dos judeus desobedientes, pois o templo, que eles mesmos já haviam profanado com seus ídolos, logo veriam ser profanado pelas mãos de estranhos – sinal até para os mais ímpios dentre o povo de que o Senhor os havia abandonado. E, acerca dessas contaminações do templo, o Senhor também forneceria a Ezequiel uma revelação ainda mais contundente. 

CONCLUSÃO O ministério de Ezequiel começa com a dura mensagem de um castigo terrível e inexorável, onde tudo o que era mais precioso para os israelitas seria retirado e, por muito pouco, alguns escapariam com suas próprias vidas. Israel havia pecado gravemente e não se arrependera; somente através do sofrimento do cerco e do cativeiro é que descobririam a vaidade dos seus caminhos e que o Senhor é o único Deus, incomparável a qualquer outro ser e mui digno de nossa total e sincera obediência.

PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
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