24 dezembro 2020

013-Judas. Um chamado a batalhar pela fé - Judas Lição 13 [Pr Afonso Chaves]22dez2020

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LIÇÃO 13 

JUDAS, UM CHAMADO A BATALHAR PELA FÉ 

TEXTO ÁUREO: “Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da comum salvação, tive por necessidade escrever-vos e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos.” (Jd 3). 

LEITURA BÍBLICA: JUDAS 1-7 

INTRODUÇÃO Na lição anterior, estudamos o último capítulo de Levítico, e assim encerramos o estudo deste livro com uma consciência mais esclarecida quanto à santidade de Deus e o seu alcance e implicação sobre todos os aspectos da nossa relação com Ele, ilustradas na precisão, solenidade e riqueza de significado do culto levítico. Na lição de hoje, estudaremos a Epístola de Judas – um texto breve que, embora distante no tempo daquela escritura mosaica, trata de um assunto muito pertinente à aplicação do que aprendemos sobre a santidade divina: como combater contra tudo o que possa nos levar ao abandono da fé e como preservar essa fé em um coração puro e incontaminado. 

I – A BATALHA DA FÉ (VV. 1-7) O escritor começa por apresentar-se como Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, o que nos permite identificá-lo, primeiro, como um apóstolo (cf. Tg 1.1; 2 Pe 1.1). Assim como Pedro e Tiago, que também eram oriundos do judaísmo, Judas dirige sua exortação primariamente a comunidades cristãs onde prevalecia o elemento judaico, haja vista que pressupõe de seus leitores o conhecimento prévio das passagens que cita do Antigo Testamento para fundamentar sua exortação, e até de alguns detalhes provavelmente conhecidos apenas por tradição. É provável que sua epístola esteja entre os escritos mais tardios daquela geração, pois cita os apóstolos como homens que já haviam passado por eles e cuja palavra acerca de futuros tempos difíceis começava a se cumprir (vv. 17-18). Não é por isso, contudo, que sua palavra escrita deixaria de ter igual autoridade e inspiração – assim como os apóstolos, ele também se via incumbido da responsabilidade de preservar e inculcar a doutrina da salvação comum nas igrejas sob os seus cuidados; e, se a necessidade do momento era de batalhar pela fé, era com igual autoridade que os exortaria a entrar nesse combate. A expressão “batalhar pela fé” denota um aspecto do viver cristão já conhecido em outros escritores sagrados (cf. 2 Tm 2.1-5) – o de que, embora a graça e o conhecimento de Cristo Jesus pelo Evangelho sejam um dom concedido e conservado em nossa posse por virtude do amor e misericórdia de Deus, a certeza de que temos verdadeiramente recebido esse dom se consolida na nossa consciência não sem um grande embate de forças onde o Espírito deve prevalecer, vencer a carne constantemente (cf. Gl 5.16-17; Rm 8.9-16). A fé é um bom e precioso depósito que não podemos conservar intacto e seguro simplesmente deixando-a estar por si mesma, mas é necessário diligência para não deixá-la ser “dilapidada”, por assim dizer, pelos seus inimigos; e, se despojados dela, estaremos derrotados e privados de toda esperança da vida eterna (1 Tm 1.18-19; 2 Tm 1.14; Ap 3.11). O apóstolo então se adianta, a propósito do assunto, destacando que é sobre um tipo de inimigos da fé que ele irá tratar – os falsos profetas que vinham se introduzindo no meio da igreja (v. 4). São citados três exemplos como testemunho de que a graça de Deus não deve ser tratada levianamente, mas pode ser corrompida e perdida pelo mau uso e negligência, até tal situação converterse em motivo de ruína para os que outrora haviam sido favorecidos pela misericórdia divina: os israelitas que foram resgatados do Egito e pereceram pela incredulidade; os anjos que receberam um principado e foram entregues a cadeias eternas e de escuridão por abandoná-lo; Sodoma e Gomorra que habitavam nas verdes e abundantes planícies do Jordão, mas foram destruídas pelo fogo por terem se entregado à imoralidade. 

II – O PERIGO DOS FALSOS PROFETAS (VV. 8-19) Tendo declarado que o perigo de perder a graça de Deus por negligência e abandono da “militância” pela fé que nos foi dada, o apóstolo se volta para um dos muitos perigos que se afiguram entre as hostes da maldade que procuram nos despojar: os falsos mestres. Que haveria falsos cristãos nas igrejas, e que desses alguns seriam falsos mestres, todos estavam e estão cientes – é um sinal do fim dos tempos e um meio pelo qual Deus prova os que são fiéis (2 Pe 2.1-3; 1 Jo 2.18-21). Mas aqui, Judas quer sublinhar o caráter perverso e terrível desses homens, e o quanto a sua influência pode ser perniciosa para a igreja. Em primeiro lugar, são indivíduos libertinos, que fazem da graça pretexto para o pecado, perdendo todo o senso da santidade da fé, pois contaminam a sua carne e, naquilo que naturalmente conhecem, como animais irracionais, se corrompem (vv. 4, 8, 10). Abandonar a santidade é rejeitar a autoridade divina, que nos recomenda: “Sede santos, porque eu sou santo”, e a consequência disso é a indisposição em se submeter a qualquer outra forma de autoridade, mesmo quando justa e razoável; o contraste com a atitude do arcanjo Miguel ressalta ainda mais a tolice de tais homens – pois nem mesmo ele, com toda a sua autoridade nos escalões espirituais, não deixou de reconhecer que acima de todos está Deus, o qual somente Ele pode julgar com justiça os atos daqueles que fazem mal uso do poder que lhes foi confiado (cf. Rm 13.1-5). Lembrando que falsos profetas são, antes de tudo, falsos cristãos, o apóstolo ainda descreve, através de fortes comparações, a condição desses homens em meio à comunidade cristã: toda a semelhança e coincidência de atitude ou palavras com os irmãos não passa de mera aparência, aparência que mal pode disfarçar o seu verdadeiro caráter aos olhos dos fiéis. Mas essa aparência será finalmente removida e o seu fim tenebroso será público diante de todos. Cabe então lembrar que a existência de tais homens no meio do povo de Deus é um sinal do fim dos tempos – sinal esse predito desde os tempos mais remotos da raça humana, tais como os dias de Enoque; e, para maior confirmação, lembrar a palavra mais recente dos apóstolos, que disseram que “no último tempo, haveria escarnecedores que andariam segundo as suas ímpias concupiscências”. 

III – AS ARMAS DA NOSSA BATALHA (VV. 20-25) O escritor sagrado conclui sua breve missiva exortando os fiéis a uma aplicação cuidadosa e constante no sentido de preservar a graça de Deus – atitude essa expressa nas palavras “edificando-vos”, “orando, “conservai-vos”, “esperando”. Trata-se de um combate, de uma batalha pela fé, como logo de início foi declarado; para combater, são necessárias armas – armas espirituais, para resistir e debelar as forças da maldade (cf. Fp 1.29-30; Ef 6.10-18; 2 Co 10.4-5). E, enquanto o comportamento dissoluto dos falsos cristãos representa perigo para os demais, manchando e contaminando suas festas de caridade; a atitude do cristão espiritualmente combativo sempre se reflete em benefício para o próximo, particularmente os que foram privados de forças em razão da dúvida (Hb 12.12-13). Faz parte da caridade cristã dispensar a estes os cuidados espirituais para que possam se levantar e voltar ao combate, mas nunca ignorando que o poder para levantar os caídos vem do mesmo Deus que sustenta os que ainda estão de pé, portanto, não há lugar para presunção e confiança em si mesmo ante os perigos que se afiguram à fé (cf. Gl 6.1-2; Tg 5.19-20; 1 Co 10.12). 

CONCLUSÃO Bem descreveu o apóstolo: a fé é santíssima. Para nós que não vivemos mais no tempo das sombras, mas que neste trimestre aprendemos tanta coisa sobre o cuidado dispensado às coisas santíssimas a Deus, que possamos nos propor uma atitude de maior zelo, devoção e interesse por tudo o que esteja relacionado a essa fé depositada em nossos corações e nos considerar consagrados por Deus para viver às portas desse verdadeiro santuário, prontos para atender a todos os serviços necessários para conservá-la sempre como o nosso mais puro e precioso tesouro.

PARA USO DO PROFESSOR


AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira



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