10 dezembro 2020

011-O Preço da Desobediência - Levítico Lição 11[Pr Afonso Chaves]08dez2020

 

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LIÇÃO 11 

O PREÇO DA DESOBEDIÊNCIA 

TEXTO ÁUREO: “Se, então, o seu coração incircunciso se humilhar, e tomarem por bem o castigo da sua iniquidade, também eu me lembrarei do meu concerto com Jacó, e também do meu concerto com Isaque, e também do meu concerto com Abraão me lembrarei, e da terra me lembrarei.” (Lv 26.41-42).

LEITURA BÍBLICA: LEVÍTICO 26.3-17 

INTRODUÇÃO Bem sabemos que a lei de Deus é boa, santa e justa; ninguém jamais se oporia a esta definição e a reconhecer o privilégio do povo escolhido para receber e preservar a sua revelação. Contudo, bem sabemos também qual é a inclinação da natureza humana, sua avidez por encontrar formas de burlar as imposições divinas ou, quando não as encontra, sua falta de limites para até mesmo rejeitá-las e desobedecê-las abertamente. Deus reservou o melhor para aqueles que O obedecem, mas, na Sua misericórdia para com o Seu povo, tudo fará para que até mesmo os desobedientes possam desfrutá-lo, ainda que tenha de trazê-los à obediência por um caminho doloroso que poderia ser evitado.

I – A OBEDIÊNCIA E SUA RECOMPENSA (VV. 1-13) Muitos são os estatutos, juízos e mandamentos que compunham a lei divina. Certamente nenhum israelita jamais cumpriria perfeitamente a lei, uma vez que não era esta a sua função e sim, antes, revelar o pecado e sua proliferação, demonstrando a indignidade e distanciamento de todos em relação à santidade e justiça de Deus; e, especialmente nos seus aspectos litúrgicos e civis, eram tantos os pormenores que facilmente alguém poderia descumpri-los por descuido ou negligência. Para tudo isto havia reparação diante de Deus, e oportunidade para o transgressor se arrepender; o que caracterizaria a desobediência, porém, seria o pecado não confessado, continuado – e isso o Senhor não toleraria (cf. Na 1.3a). Portanto, a obediência se caracteriza mais por uma vida que sincera e constantemente deseja e se aplica a obedecer à vontade de Deus com todas as suas forças, reconhecendo e confessando os seus desvios e pecados; do que uma vida perfeitamente justa – que, em nossa presente condição, só pode ser admitida por aqueles se justificam a si mesmos (cf. Lc 18.10-14). Por esta razão, os dois mandamentos destacados aqui são justamente aqueles cujo propósito era o de guardar o coração do israelita no amor e temor devidos exclusivamente a Deus. No primeiro mandamento, temos a proibição à idolatria, de substituir Deus por qualquer outro ser ou objeto, limitando o valor de todas as coisas desta criação; no outro mandamento, temos a ordenação ao culto e à devoção ao Criador, pelas quais o israelita aprenderia a valorizar a Deus e as coisas de Deus mais do que qualquer outra coisa. E notemos que foi precisamente quando tropeçaram nestes dois mandamentos, entregando-se à idolatria e abandonando o culto divino, que os israelitas se precipitaram em todos os demais pecados que levaram à sua destruição (cf. 2 Rs 17.35-39; Ez 22.8). Seguem-se então as bênçãos consequentes da obediência – bênçãos altamente atrativas para os israelitas que acabavam de sair de uma vida de servidão e entrariam na posse de sua própria terra, onde poderiam viver como livres. São bênçãos tanto de ordem material: alimento, proteção contra os inimigos e vitórias nas guerras, multiplicação da descendência, etc.; como também de ordem espiritual: confirmação do concerto com Deus e garantia da presença divina entre eles perpetuamente. Não se trata de uma troca, pois a obediência é devida a Deus como o resgatador do povo – Ele merece a obediência tanto por gratidão como por direito de compra (v. 13). Mas, mesmo assim, o Senhor propõe tais bênçãos em termos de incentivos à obediência ou frutos a serem colhidos dela, para que entendamos que este é o bom caminho que Ele quer que trilhemos (cf. Dt 30.15-16).

II – A DESOBEDIÊNCIA E O SEU PREÇO (VV. 14-38) Notemos que a obediência, ao mesmo tempo em que é uma atitude simples para com Deus, de obedecer à Sua voz e não buscar subterfúgios, sempre reconhecendo os próprios erros e voltando-se para o caminho reto, ela também produz um fruto simples, suficiente para trazer contentamento à vida do fiel. Daí a brevidade com que o assunto é tratado tanto aqui como em outra passagem conhecida (Dt 28). Por outro lado, a desobediência é um caminho progressivamente complexo, pois emaranha o coração numa pecaminosidade contínua que vicia e deixa o impenitente à mercê de desejos cada vez mais insaciáveis e poderosos, gerando consequências cada vez mais abrangentes e destruidoras, até a eventual morte (cf. Tg 1.14-15). O caminho da desobediência é triste e árduo, mas Deus tem os meios apropriados para tratá-lo naqueles que ainda encontram misericórdia diante da Sua face; meios dolorosos, sem dúvida, mas eficazes para restaurar o pecador à vida plena de bênçãos das quais somente os arrependidos e perdoados podem desfrutar. Não precisamos nos deter em explicar cada adversidade que o Senhor traria sobre o povo quando este pecasse e não se arrependesse; mas precisamos notar que a gravidade desses males torna-se maior na medida em que, repreendidos, os israelitas não reconhecessem o seu pecado e persistissem no erro (cf. vv. 14, 18, 21, 23, 27). E isto é sinal da misericórdia de Deus, pois Ele repreende e castiga aqueles que ama, não como um juiz ao malfeitor, dando-lhe a justa recompensa dos seus crimes, mas como um pai ao filho, que contém a medida do castigo na esperança de que a criança aprenderá a lição e não tornará a fazer o mal (Pv 3.12; cf. Sl 130.3-4). Consideremos ainda que, ao escolher trilhar esse caminho, Israel seguiu por gerações a fio sofrendo as consequências da desobediência, de forma lenta mas progressiva, em poucas ocasiões recobrando a consciência dos seus pecados para se voltar para Deus em busca de perdão. E que, finalmente, depois de muito corrigi-los e conter a Sua mão, e procurando, através dos profetas, abrir os olhos do povo para o seu caminho tortuoso, finalmente chegou o tempo de fazê-los experimentar as últimas consequências da sua desobediência (cf. 2 Rs 17.13-14, 23). 

III – DA DESOBEDIÊNCIA À OBEDIÊNCIA (VV. 39-46) Israel é um exemplo da eleição divina a ser profundamente estudado. No nosso contexto, queremos sublinhar apenas o aspecto de que Deus havia prometido e depois firmado um pacto para santificar e salvar esse povo, e Ele não revogaria a Sua palavra. E, ainda que a nação de um modo geral não cumprisse a Sua parte com a obediência, trazendo sobre si mesmos as consequências dos seus pecados, o Senhor havia estabelecido um meio de preservar um remanescente, um número de israelitas que, ao experimentar a amargura do castigo, finalmente se arrependeriam e alcançariam misericórdia para serem restaurados à sua posição diante de Deus (Rm 9.27). Embora seja verdadeiro que Deus ainda possa se valer de circunstâncias materiais ou físicas como meios de repreender Seus filhos por pecados não confessados (cf. Jo 5.14; Tg 5.14-15; Ap 2.21- 22), é certo que na dispensação do evangelho a palavra de Deus exerce poder de repreensão suficiente para convencer o homem do pecado e convertê-lo à obediência de Cristo, tendo em vista a expectativa, não de um castigo físico ou corporal, mas eterno e que encontra-se às portas de cada um (cf. Mt 3.2, 7- 10; At 2.38-40). 

CONCLUSÃO Ser levado da desobediência para a obediência sem dúvida é um caminho de Deus para salvar os Seus, mas certamente não deveríamos preferir este ao caminho de uma obediência sincera e constante, desviando-nos continuamente do mal e, com humildade, confessando nossas faltas ao nosso Deus, que é misericordioso e pronto para perdoar. Não esperemos a repreensão de Deus, mas o quanto antes ouçamos a Sua voz nos orientando a fazer a escolha da vida pela obediência, para que vivamos.

PARA USO DO PROFESSOR

 AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira



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