17 setembro 2020

012-A Pureza da doutrina de Cristo - Cartas Pastorais Lição 12[Pr Afonso Chaves]15set2020

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 LIÇÃO 12 

A PUREZA DA DOUTRINA DE CRISTO 

TEXTO ÁUREO: “Em tudo, te dá por exemplo de boas obras; na doutrina, mostra incorrupção, gravidade, sinceridade, linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós” (Tt 2.7-8). 

LEITURA BÍBLICA: TITO 2.1-15 

INTRODUÇÃO Prosseguindo neste breve estudo da epístola a Tito, analisaremos algumas orientações e conselhos do apóstolo ao seu discípulo e cooperador no desempenho da sua missão de “por em boa ordem” as coisas que ainda restavam nas igrejas de Creta. E como essa obra consistia na promoção da boa e pura palavra de Deus e na sua aplicação a todos os aspectos da vida em comunidade e individual dos fiéis, Tito precisava saber não apenas como orientar os irmãos, de acordo com suas diferentes necessidades, a se conformarem à pureza da sã doutrina, mas também demonstrar pelo exemplo que essa conformidade é a própria essência da vida cristã. 

I – A DOUTRINA É PARA OS IDOSOS (VV. 1-5) Nossa divisão do texto nos dois primeiros tópicos será mais para fins de acomodação ao formato da lição, pois, ao longo destes dez versículos, o apóstolo orienta sobre como alguns grupos em particular deveriam pautar sua conduta de acordo com a doutrina e, oportunamente, insere exortações dirigidas especialmente a Tito, antes de finalmente englobar todos os fiéis nas considerações dos últimos cinco versos deste capítulo. Com isto notamos, mais uma vez, que a doutrina do evangelho não é matéria de interesse apenas para alguns indivíduos na igreja, como os obreiros – estes devem, sim, reter firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, a fim de poderem instruir a todos. Mas é na sã doutrina, e somente nela, que todos os crentes devem, com anseio, buscar orientação para se conduzirem de tal forma que tanto Deus se agrade dos seus caminhos como eles mesmos possam alcançar a realização plena e verdadeira dos seus próprios interesses (cf. Sl 37.4-5; Pv 3.5-6). Assim, tendo alertado sobre o perigo da falsa santidade dos judaizantes – baseada em abstinências da carne que, na realidade, encobriam o coração malicioso desses falsos mestres e seus seguidores – o apóstolo exorta Tito a falar o que convém à sã doutrina. Somente a doutrina de Cristo promove a verdadeira santidade – aquela que começa no coração, constrangendo o homem no seu mais íntimo a cumprir a vontade de Deus, em quebrantamento e gratidão pelo perdão dos seus pecados graças à misericórdia de Deus manifestada em Cristo Jesus (2 Co 5.14-15; Hb 8.10-12). Ele começa então a descrever qual deve ser o aspecto marcante na conduta que convém aos idosos: confirmando os próprios ditames da natureza, o evangelho destaca que, nessa fase da vida, o homem deve fazer jus às suas cãs vivendo de acordo com a experiência adquirida, especialmente à luz da justiça de Deus (Pv 16.31). Os muitos e longos anos que o Senhor lhe deu nesta terra deveriam ter lhe demonstrado que a pressa e temeridade característica aos mais novos, inseguros quanto ao futuro e que confiam em si mesmos não muda o fato de que “o tempo e a sorte pertencem a todos” (Ec 9.11). Já as mulheres idosas, além da característica comum à idade já destacada, que deveria ser suficiente para frear impulsos ou tentações a falas ociosas e levianas, também têm o dever de ensinar “às mulheres mais novas”, principalmente pelo exemplo, a como se conduzirem de acordo com a vontade de Deus no trato com seus maridos, a fim de alcançarem a felicidade de um relacionamento sólido de amor e respeito mútuo. 

II– A DOUTRINA É PARA JOVENS E SERVOS (VV. 6-10) Aos jovens, o apóstolo recomenda a moderação, como um resumo de tudo o que a sã doutrina recomenda àqueles que nessa idade desejam agradar a Deus em seus caminhos. Nesta oportunidade, ele se volta para Tito e o lembra de que não deveria apenas ensinar estas coisas, mas ser ele mesmo exemplo de boas obras – o que mais uma vez, recordando os assuntos tratados em Timóteo, confirma que o evangelho não é uma ideologia ou um exercício mental sem implicações práticas; mas uma doutrina, que deve conformar todo o nosso ser e influenciar diretamente o nosso comportamento. E também que ouvir e não praticar é a atitude mais insensata e perigosa que poderíamos adotar em relação ao evangelho (Mt 7.26-27). Ainda na linha destas exortações particulares, Paulo agora se dirige aos servos, ou escravos, recomendando a sujeição e lealdade para com os seus senhores. As razões particulares desta orientação também já foram estudadas, mas queremos destacar aqui esta que Paulo acrescenta: “para que, em tudo, sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador”. O apóstolo mais de uma vez expressa sua preocupação de que qualquer desvio de um comportamento santo e honesto diante de Deus e dos homens não sem razão poderá causar escândalo à doutrina (cf. vv. 5 e 8). 

III – A DOUTRINA É PARA TODOS (VV. 11-15) Enfim, o apóstolo apresenta, na forma de argumento para todo este capítulo, uma explicação resumida, mas abrangente, do papel central da santificação pessoal na obra da salvação. Ele começa se referindo à manifestação de Cristo Jesus neste mundo e à consumação da Sua obra na cruz do Calvário, pela qual a abundante e maravilhosa graça de Deus se tornou conhecida e, pela pregação do evangelho, a salvação foi anunciada a todos os homens (cf. Jo 1.9, 14). Ora, esta salvação está intrinsecamente ligada à santificação porque, conforme o apóstolo expõe, primeiro: ela nos ensina a renúncia à impiedade e às concupiscências mundanas – o verdadeiro arrependimento do pecado, que consiste não apenas em reconhecê-lo como tal, mas em abandoná-lo, e isto não apenas uma vez, mas enquanto estivermos neste mundo (Mt 3.1-10; 26.41); segundo, essa mesma salvação também ensina o aspecto positivo da santificação, que consiste em viver neste presente século sóbria, justa e piamente – cumprir a vontade de Deus, andando em Espírito para não cedermos à vontade da carne (Rm 8.5-13; Gl 5.16-18). Em terceiro lugar, o evangelho nos dá uma esperança, uma bem-aventurada esperança de que o Senhor Jesus há de voltar para buscar um povo pelo qual Ele morreu justamente para santificar para Si, remindo de toda iniquidade e purificando um povo especial, zeloso de boas obras – o que deve despertar em todos os que O esperam o desejo em conformar-se à pureza que convém ao seu Senhor (cf. 1 Jo 3.1-3). Chegando ao final deste capítulo, percebemos que Paulo conclui seu argumento. Tito, como representante do apóstolo em Creta, devia fazer aquilo que ele mesmo faria se pudesse estar ali: pregar o evangelho, o verdadeiro evangelho, que promove a santificação dos ouvintes, e a única fonte de autoridade e legitimidade para o ministério de qualquer obreiro, sem a qual ele não pode orientar, exortar, tampouco repreender, quando necessário, na igreja. 

CONCLUSÃO A essência da doutrina cristã é a santificação, pois ela promove no coração dos pecadores arrependimento e conversão, e fortalece os fiéis com a esperança de um dia se encontrarem com Cristo, em Sua santidade gloriosa no céu, e de com Ele viverem por toda a eternidade, devendo aqui santificar seus corações e suas obras segundo a graça que nos dá diariamente.


PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira



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