12 agosto 2020

007-Fidelidade no ministério em tempos de aflição - Cartas Pastorais Lição 07[Pr Afonso Chaves]11ago2020

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LIÇÃO 7 

FIDELIDADE NO MINISTÉRIO EM TEMPOS DE AFLIÇÃO 

TEXTO ÁUREO: “Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.” (2 Tm 1.7) 

LEITURA BÍBLICA: 2 TIMÓTEO 1.1-18 

INTRODUÇÃO Na lição de hoje iniciaremos o estudo da segunda epístola de Paulo a Timóteo. Esta é uma carta que se distingue da primeira tanto pelas circunstâncias em que foi escrita – aqui, Paulo está preso em Roma, antevendo sua breve partida deste mundo – como, por isso mesmo, pelas considerações finais do apóstolo sobre o seu próprio ministério e suas últimas palavras ao seu amado filho Timóteo. É um texto cheio de exortações quanto aos desafios que encontraremos em nossa jornada neste mundo e, ao mesmo tempo, cheio de esperança quanto à gloriosa recompensa para aqueles que forem fiéis até o fim. 

I – A LEMBRANÇA DE UM OBREIRO FIEL (VV. 1-5) Enquanto a primeira epístola a Timóteo foi escrita de um lugar incerto, provavelmente durante a terceira viagem missionária de Paulo; a segunda, podemos dizer com plena segurança que foi escrita em Roma, local onde o apóstolo havia permanecido durante dois anos em “prisão domiciliar”. Lembremos que, enquanto estava preso na Judéia, para evitar um julgamento injusto diante de um governador influenciado pelos judeus, o próprio apóstolo havia feito uso do seu direito de cidadão romano de ser ouvido e julgado pelo imperador (cf. At 25.7-12; 28.30-31). Como nesta epístola ele fala de uma “primeira defesa” (2 Tm 4.16-17), muitos acreditam que Paulo teria sido preso duas vezes, sendo a segunda em circunstâncias mais sombrias envolvendo a crescente animosidade da população romana contra os cristãos. Seja como for, aqui temos o apóstolo mais uma vez aguardando para ser ouvido por César – se em casa ou na prisão comum, não sabemos – na companhia apenas de Lucas (4.11) e desejando ansiosamente ver seu amado filho na fé, Timóteo, antes da sua partida deste mundo, que ele sabia estava bem próxima (4.6). Após a saudação, o apóstolo passa a expressar seus sentimentos de saudade da alegria que lhe trazia o jovem Timóteo, pela fé verdadeira que este manifestava através de suas lágrimas, que podem estar relacionadas a várias circunstâncias que despertavam um cuidado sincero no coração daquele jovem obreiro – como os interesses da igreja de Deus (cf. Fp 2.19-22) ou mesmo seu apego com o próprio apóstolo. Paulo também o compara, de certa forma, consigo mesmo, pois, assim como o apóstolo havia servido a Deus com uma consciência pura desde os seus antepassados, isto é, sendo zeloso pelas tradições de seus pais, inclusive excedendo em judaísmo a muitos da sua idade (Gl 1.14), até que o Senhor Jesus lhe apareceu, confirmando a promessa que ele aguardava (At 26.4-7); do mesmo modo, Timóteo havia sido criado na fé judaica desde a sua meninice e, com a chegada do evangelho, a fé em Cristo Jesus havia habitado primeiramente em sua avó e sua mãe, para então se manifestar nele, com bom testemunho de toda a igreja (At 16.1-2; 1 Tm 6.12).

II – CORAGEM PARA PADECER PELO EVANGELHO (VV. 6-12) A certeza quanto à fé sincera de Timóteo enseja a primeira exortação desta carta. Paulo tinha pouco tempo e talvez esta fosse a última vez que poderia escrever ao seu filho na fé, antes de vê-lo mais uma vez. Então, o melhor uso que poderia fazer da oportunidade era exortando-o, pois dificuldades o jovem Timóteo certamente continuava encontrando em seu ministério. Notamos que não é a primeira vez que o apóstolo o instrui a exercer seu ministério sem reservas ou receios (cf. 1 Tm 4.12-14), pois, conforme se deduz dos versos seguintes, Timóteo poderia se intimidar diante das aflições e do vitupério que o evangelho de Cristo começava a atrair para os fiéis. Contudo, Paulo o lembra não apenas de que ele havia sido verdadeiramente chamado por Deus, mas também que o espírito do evangelho não tinha nada que ver com timidez, vergonha ou medo: “Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação”. Fortaleza aqui é o mesmo que coragem para confessar a Cristo Jesus diante das maiores adversidades e oposições (cf. Mt 10.28-33; Ap 21.8). Por outro lado, notemos também que essa coragem não é fanatismo exacerbado, mas é equilibrada pelo amor e pela moderação. O apóstolo podia estar tendo em vista o agravamento das perseguições contra os cristãos no momento em que escrevia estas palavras, inclusive com a perspectiva de martírios, pois este é um assunto de que não havia tratado na primeira epístola, e agora como que “convida” Timóteo a participar das aflições do evangelho e a não se envergonhar do testemunho de Cristo. Assim como o próprio Paulo, o evangelho que seu amado filho vinha pregando e defendendo contra as distorções dos hereges também seria aquele pelo qual deveria estar disposto a padecer, pois nele mesmo encontraria a força – o poder de Deus – de que precisaria para vencer toda adversidade. Destacamos, nas palavras do apóstolo, três aspectos do poder que a esperança da fé evangélica representa para os fiéis: primeiro, o chamado do evangelho é superior a qualquer outro propósito desta vida – é uma santa vocação, especial e preciosa para Deus – e, portanto, justifica qualquer adversidade que possamos enfrentar por sua causa; segundo, na obra da nossa salvação, Deus teve em vista não os nossos sucessos ou fracassos, sejam passados ou futuros, mas um desígnio eterno traçado por Ele mesmo e que, por isso, não pode falhar: “segundo o seu propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos dos séculos”; e terceiro, a prova clara e cabal disso é que aqu’Ele em quem esse propósito foi traçado já se manifestou e nos deu a certeza de que nenhuma adversidade, nem mesmo a morte, impedirá o seu cumprimento, pois Ele “aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção, pelo evangelho”. Assim, juntamente com o apóstolo, Timóteo podia dizer: “eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia”. 

III – EXORTAÇÕES E CONSIDERAÇÕES DIVERSAS (VV. 13-18) Como já havia feito na primeira epístola, Paulo volta a exortar Timóteo a conservar a sã doutrina em um coração sincero – em outras palavras, em uma consciência pura diante de Deus pela obediência sincera à palavra divina. A expressão seguinte parece ser uma forma figurada de dizer a mesma coisa, pois o bom depósito que nos foi confiado é, precisamente, o evangelho, a palavra de Cristo e a esperança da vida eterna, cujo verdadeiro guardião é o Espírito Santo, que opera em nós a graça de Deus necessária para que possamos obedecer à Sua palavra em sinceridade (cf. Rm 8.9, 14; Gl 5.16- 22, 25; 1 Jo 2.27). Ainda tendo em vista a exortação à coragem ante as aflições sofridas pelo nome de Cristo Jesus e o testemunho pessoal das prisões, Paulo apresenta dois casos opostos para nossa consideração: aqueles que haviam se afastado dele, pela vergonha de se identificar com a causa pela qual estava preso: “os que estão na Ásia, todos se apartaram de mim; entre os quais foram Fígelo e Hermógenes”. E, por outro lado, aqueles que haviam se aproximado ainda mais do apóstolo, considerando suas cadeias como um claro testemunho da sua fidelidade para com Deus: “O Senhor conceda misericórdia à casa de Onesíforo, porque muitas vezes me recreou e não se envergonhou das minhas cadeias”. 

CONCLUSÃO Estejamos atentos às heresias e distorções do evangelho que se introduzem no meio da igreja para levar os incautos à apostasia; mas também não nos esqueçamos da oposição e incompreensão do mundo, e estejamos atentos para que não nos acovardemos nem deixemos de confessar todo o evangelho, ainda que sob as mais severas ameaças e adversidades.

PARA USO DO PROFESSOR

 

AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira



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