25 junho 2020

013-Revelações sobre o tempo do fim - Daniel Lição 13[Pr Afonso Chaves]23jun2020

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LIÇÃO 13 
REVELAÇÕES SOBRE O TEMPO DO FIM 

TEXTO ÁUREO: 
“Vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até ao tempo do fim. Muitos serão purificados, e embranquecidos, e provados; mas os ímpios procederão impiamente, e nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão” (Dn 12.9-10). 

LEITURA BÍBLICA: DANIEL 12.1-13 

INTRODUÇÃO 
Chegamos ao último capítulo do livro de Daniel, e aqui consideraremos importantes revelações acerca do tempo do fim – um tempo que representa o ápice das assolações que seriam derramadas neste mundo e das tribulações do povo de Deus; mas que também seria marcado pelo testemunho e livramento dos fiéis, antes que todas as coisas sejam consumadas e eles possam receber sua eterna sorte no reino dos céus. 

I – EVENTOS DETERMINADOS PARA O TEMPO DO FIM (VV. 1-4) 
Embora estejamos no começo de um novo capítulo, devemos observar que esta divisão não está implícita no texto. Aqui ainda temos o mesmo anjo que, no capítulo anterior, havia revelado a Daniel detalhes acerca de uma guerra prolongada: como ela se iniciaria, seu desenvolvimento e como se encerraria em um confronto final entre as forças arregimentadas pelo “rei do norte” e o povo de Deus, onde esse rei, ainda que poderoso e ameaçador, seria irremediavelmente destruído. 
Agora, como um desfecho a toda essa revelação, o anjo revela ao profeta um quadro mais detalhado acerca do momento decisivo desta grande batalha – aqui referido como “aquele tempo”. É, de fato, o tempo do fim, quando as forças inimigas do povo de Deus se posicionariam para um último assalto contra a “terra gloriosa”, conforme estudamos no final do capítulo anterior. 
Em primeiro lugar, a revelação enfatiza que esse tempo seria de extrema dificuldade para o povo de Deus, uma vez ser necessário que Miguel, o grande príncipe, se levante para combater pelos santos; e porque seria “um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo”.
Certamente, trata-se das assolações que se seguiriam à morte sacrificial de Jesus e a destruição do templo em Jerusalém (Daniel 9; Mt 24.6-8), como resultado da batalha nos céus onde Miguel, liderando os anjos de Deus, derrotaria Satanás e o precipitaria na terra (Ap 12.7-12, 13). 
Mas o caráter probatório das tribulações desse tempo fica evidente pelo fato de que, não todos, mas “todo aquele que se achar escrito no livro”, o povo santo, seria livrado pelos meios que o Altíssimo proveria para preservá-lo na fé e paciência até o fim (Ap 2.10). 
Em segundo lugar, esse tempo torna-se ainda mais importante no cenário escatológico pelo fato de que nele se dará também, como consequência desse último confronto entre as forças contrárias a Deus e o povo santo, o juízo final – será o tempo em que grandes multidões, gerações e mais gerações, seja dos que se submeteram aos poderes deste mundo, seja dos que creram e se curvaram ao governo santo e soberano do Senhor dos exércitos, serão chamadas do seu longo sono no pó da terra para receberem de Deus a vida eterna ou a vergonha e o desprezo eterno. 
Note-se ainda que, por mais que neste mundo a palavra de Deus seja desprezada ou aqueles que atentam para ela não sejam reconhecidos ou com a morte caiam no esquecimento, naquele dia se verá o valor e apreço de Deus por todos quantos se fazem sábios, procurando entender, obedecer e ensinar a palavra de Deus a outros. 
A revelação iniciada no capítulo anterior parece chegar ao fim neste ponto, e então é dito a Daniel que fechasse essas palavras e selasse esse livro, até ao fim do tempo – ou seja, o tempo em que essas coisas se cumpririam. 
Não que Daniel devesse literalmente esconder essas palavras; mas, como as revelações haviam sido entregues em linguagem simbólica, que o próprio Daniel mal compreendia, assim deveriam permanecer até que chegasse o tempo em que Deus daria entendimento aos Seus servos, seja iluminando-os ou orientando-os através de nova revelação (cf. Ap 22.10). 

II – ATÉ QUANDO DURARÁ O TEMPO DO FIM (VV. 5-7) 
Assim como a revelação ora estudada foi introduzida por uma visão do homem vestido de linho, do mesmo modo ela se encerra com nova visão onde, às duas margens do rio Hidéquel, o profeta vê outros dois e, sobre o rio, possivelmente o mesmo homem vestido de linho que vira a princípio – a saber, Miguel. 
É esse anjo de posição superior na hierarquia celestial quem informa o tempo em que durariam os eventos relacionados ao fim (cf. Ap 10.1-7). Sob juramento, aquele que é um dos primeiros príncipes revela que “depois de um tempo, de tempos e metade de um tempo, e quando tiverem acabado de destruir o poder do povo santo, todas essas coisas serão cumpridas”. 
Aqui temos uma indicação bastante precisa para aqueles que já conhecem a profecia bíblica no seu escopo mais amplo. A expressão tempo, tempos e metade de um tempo ocorre pela primeira vez na visão dos quatro animais e, como já estudamos, refere-se ao período em que o poder político representado pelo chifre pequeno está operando – no caso, o poder das nações confederadas no propósito de abater aquelas que se lhes opõem e de combater o povo santo (Dn 7.25). 
Corresponde também à segunda metade da última das setenta semanas determinadas, inaugurada com a destruição do templo e a vinda do assolador (Dn 9.26-27). 
A partir disto concluímos que o tempo do fim inclui todo o período da dispensação do evangelho e se findará quando o povo de Deus estiver aparentemente sob grande desvantagem ante o avanço das forças do mal. 

III – PALAVRAS FINAIS (VV. 8-13) 
Naturalmente, o profeta se mostra interessado em compreender o sentido dessas palavras, mas é mais uma vez lembrado de que a profecia devia permanecer selada, seu sentido oculto até o tempo do fim. Sobre o que não resta dúvida é que esse tempo seria de provação para o povo de Deus, aumento da iniquidade, mas, por outro lado, haveria direção e entendimento para os fiéis: “os sábios entenderão”.
O que é realmente importante é perseverar, permanecer na fé e esperança em Deus, pois o tempo será longo – aqui figurado na expressão “haverá mil duzentos e noventa dias” – mas aquele que for fiel durante o seu breve tempo de vida dentro desse período de tribulação, alcançará muito além – a eternidade, aqui representada pela bem-aventurança de se esperar e chegar até “mil trezentos e trinta e cinco dias” (Mt 24.12- 13). 
O livro termina com palavras dirigidas ao profeta, no sentido de exortá-lo à perseverança, mesmo estando distante desse tempo de que a visão fala e eventualmente entrando no repouso da sepultura, pois no fim dos tempos ele entraria na sua eterna sorte, juntamente com todos os que no futuro haveriam de vencer esse tempo de assolação. 

CONCLUSÃO 
Daniel é um profeta que nos ensina tanto o valor da piedade e sinceridade para com Deus mesmo quando a nossa volta só vemos impiedade, assim como também nos mostra o Seu zelo para conosco, em nos socorrer nas nossas tribulações e nos avisar de antemão acerca das coisas que ainda hão de acontecer, e pelas quais só poderemos atravessar e sair vitoriosos se crermos na Sua palavra e esperarmos na Sua fidelidade

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira



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