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LIÇÃO 8
OS QUATROS ANIMAIS E O TRIUNFO DOS CÉUS
TEXTO ÁUREO:
“E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão” (Dn 7.27).
LEITURA BÍBLICA: DANIEL 7.1-14
INTRODUÇÃO A partir do presente capítulo de Daniel, começaremos a estudar as visões escatológicas recebidas pelo profeta.
Embora o sonho de Nabucodonosor, apresentado no capítulo 2, também seja uma revelação divina sobre os tempos futuros, a partir de agora é que o livro muda o seu estilo de história para profecia.
Como esta passagem já tem sido estudada em diferentes ocasiões e num contexto escatológico mais amplo, aqui propomos fazer uma análise mais limitada ao texto de Daniel.
I – A VISÃO PROPRIAMENTE (VV. 1-16)
Daniel usa as palavras “sonho” e “visões da cabeça” para descrever o que ele viu.
Não há nenhuma dificuldade aqui, se entendermos que uma revelação divina dada enquanto dormimos é uma visão de olhos fechados.
Ao contrário do sonho de Nabucodonosor, não sabemos se esta visão é uma resposta do céu a alguma indagação do profeta, mas é certo que ele logo entendeu tratar-se de uma revelação e, assim que despertou, procurou registrá-las para que não se esquecesse de nada.
E, como no sonho do rei, esta visão também apresenta vários elementos enigmáticos, que o próprio Daniel não compreendeu, até que um ser celestial, presente no mesmo sonho, lhe explicou todas essas coisas.
Em seu sonho, o profeta começa contemplando os ventos vindos de toda a parte (“os quatro ventos do céu”) e soprando sobre o mar grande (o Mediterrâneo?), num sinal de agitação e turbulência.
Então, ele vê subir do mar quatro animais grandes, “diferentes uns dos outros”, não ao mesmo tempo, mas numa ordem definida (“o primeiro... o segundo...”), tanto que esses animais são referidos por sua ordem até o final do capítulo.
Notemos, contudo, que esses animais têm apenas a semelhança de animais conhecidos, apresentando elementos estranhos à natureza em que foram criados, mas necessários ao simbolismo da visão: “o primeiro era como o leão, e tinha asas de águia”, “e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha quatro asas de ave”, etc.
O quarto, em particular, é completamente “diferente de todos os animais que apareceram antes dele”, de aparência e comportamento assustador, e a visão continua se desenrolando em torno de elementos e eventos associados a este animal.
O próprio Daniel expressa seu interesse em compreender o seu significado e, especialmente, o dos “dez chifres” e do “chifre pequeno” que surgem a partir desse quarto animal.
E acrescenta, na sua descrição do sonho, o detalhe intrigante de que, diante do chifre pequeno caíram três dos primeiros chifres, e que esse chifre pequeno apresentava “olhos, como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas” – que são sinais indicativos de poder e visão humana, bem como de arrogância e violência (“grandes coisas” equivale a palavras arrogantes e blasfêmias).
Assim como no sonho de Nabucodonosor, esta visão de Daniel apresenta uma segunda parte que introduz um elemento completamente distinto, mas que intervém e prevalece sobre os elementos da primeira parte.
Não resta dúvida (e inclusive não há necessidade de explicação posterior) de que o profeta contempla agora a corte celestial, vendo o próprio Deus (“um ancião de dias”) ocupando o Seu trono juntamente com “milhares de milhares, e milhões de milhões” que O servem na Sua presença.
Mas não é apenas uma descrição genérica do trono de Deus; é uma caracterização do Seu tribunal se estabelecendo para julgamento: “assentou-se o juízo, e abriram-se os livros”.
O que se segue, então, é a sentença sendo proferida e executada contra os réus: o quarto animal “é morto, e o seu corpo desfeito, e entregue para ser queimado pelo fogo”.
Quanto aos demais, “foi-lhes tirado o domínio”. E, por último, um outro elemento, “um como o filho do homem”, que também comparece ante o supremo juiz, não para ser julgado, mas para ser justificado e recompensado com o que lhe pertence por direito: “E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído”.
II – OS QUATRO ANIMAIS, OS DEZ CHIFRES E O CHIFRE PEQUENO (VV. 17-25)
O restante do capítulo se desenvolve em torno da interpretação dos elementos principais do sonho, e o acréscimo de mais alguns detalhes acerca do que Daniel pode ver.
Como as partes da estátua no sonho do rei, o sentido dos quatros animais é o mesmo: “estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis, que se levantarão da terra”.
E do mesmo modo podemos dizer que se tratam dos reis, ou melhor, reinos (compare com o v. 24) que se sucederam a partir do babilônico, quais sejam: o medo-persa, o grego e o romano.
Mas, antes mesmo de acrescentar maiores detalhes, o anjo contrapõe a esses reinos transitórios o fato mais importante apresentado na segunda parte da visão, de que “os santos do Altíssimo receberão o reino, e o possuirão para todo o sempre, e de eternidade em eternidade”.
É a mesma verdade revelada no sonho de Nabucodonosor, de que “o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre” (Dn 2.44).
Quanto aos dez chifres do quarto animal, encontramos a mesma correspondência nos dedos dos pés da estátua, em parte de ferro e em parte de barro, uma vez que o próprio anjo explica: “quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis”; e, assim como no capítulo 2, entendamos dez como referência a muitos, e o fato de serem muitos reinando ao mesmo tempo como sendo na verdade um único reino, embora dividido (compare com Dn 2.41), e correspondendo ao tempo das nações modernas.
Somente o chifre pequeno representa um elemento novo em relação ao sonho do rei, e aqui Daniel acrescenta o detalhe de que: “eis que este chifre fazia guerra contra os santos, e prevaleceu contra eles”.
Segundo a interpretação dada pelo anjo, este chifre caracteriza um “desenvolvimento” final do governo desse quinto reino dos chifres, um governo que “será diferente dos primeiros, e abaterá três reis” e cujo aspecto mais singular será o de se opor contra Deus e os Seus santos: “E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei”.
III – O JUÍZO ESTABELECIDO E O FILHO DO HOMEM (VV. 26-28)
O governo tirânico e profano representado pelo chifre pequeno é descrito como o último estágio da sucessão dos reinos deste mundo.
Na interpretação, o anjo acrescenta que está determinado um tempo para esse governo prevalecer em seus intentos: “eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo”. Mas, finalmente, chegará a hora do juízo e Deus o entregará para ser destruído, juntamente com os demais reinos que, embora já privados do seu poder, ainda estariam subsistindo sob alguma outra forma.
Cumprir-se-á então o propósito revelado no sonho de Nabucodonosor, onde a pedra torna-se um grande monte que enche toda a terra; no caso, aqui o reino é dado, na pessoa do próprio Senhor Jesus, o Filho do homem, aos santos do Altíssimo e os reinos deste mundo deixam de existir.
CONCLUSÃO
Embora semelhante ao sonho do rei Nabucodonosor, a visão de Daniel acrescenta o detalhe importante de que a sucessão dos reinos neste mundo, em seu momento final, representa um futuro sombrio para o povo de Deus; mas, ao mesmo tempo, que este povo receberá grande livramento, pois seus inimigos serão aniquilados e o reino dos céus nunca lhes poderá ser tirado.
OS QUATROS ANIMAIS E O TRIUNFO DOS CÉUS
TEXTO ÁUREO:
“E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão” (Dn 7.27).
LEITURA BÍBLICA: DANIEL 7.1-14
INTRODUÇÃO A partir do presente capítulo de Daniel, começaremos a estudar as visões escatológicas recebidas pelo profeta.
Embora o sonho de Nabucodonosor, apresentado no capítulo 2, também seja uma revelação divina sobre os tempos futuros, a partir de agora é que o livro muda o seu estilo de história para profecia.
Como esta passagem já tem sido estudada em diferentes ocasiões e num contexto escatológico mais amplo, aqui propomos fazer uma análise mais limitada ao texto de Daniel.
I – A VISÃO PROPRIAMENTE (VV. 1-16)
Daniel usa as palavras “sonho” e “visões da cabeça” para descrever o que ele viu.
Não há nenhuma dificuldade aqui, se entendermos que uma revelação divina dada enquanto dormimos é uma visão de olhos fechados.
Ao contrário do sonho de Nabucodonosor, não sabemos se esta visão é uma resposta do céu a alguma indagação do profeta, mas é certo que ele logo entendeu tratar-se de uma revelação e, assim que despertou, procurou registrá-las para que não se esquecesse de nada.
E, como no sonho do rei, esta visão também apresenta vários elementos enigmáticos, que o próprio Daniel não compreendeu, até que um ser celestial, presente no mesmo sonho, lhe explicou todas essas coisas.
Em seu sonho, o profeta começa contemplando os ventos vindos de toda a parte (“os quatro ventos do céu”) e soprando sobre o mar grande (o Mediterrâneo?), num sinal de agitação e turbulência.
Então, ele vê subir do mar quatro animais grandes, “diferentes uns dos outros”, não ao mesmo tempo, mas numa ordem definida (“o primeiro... o segundo...”), tanto que esses animais são referidos por sua ordem até o final do capítulo.
Notemos, contudo, que esses animais têm apenas a semelhança de animais conhecidos, apresentando elementos estranhos à natureza em que foram criados, mas necessários ao simbolismo da visão: “o primeiro era como o leão, e tinha asas de águia”, “e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha quatro asas de ave”, etc.
O quarto, em particular, é completamente “diferente de todos os animais que apareceram antes dele”, de aparência e comportamento assustador, e a visão continua se desenrolando em torno de elementos e eventos associados a este animal.
O próprio Daniel expressa seu interesse em compreender o seu significado e, especialmente, o dos “dez chifres” e do “chifre pequeno” que surgem a partir desse quarto animal.
E acrescenta, na sua descrição do sonho, o detalhe intrigante de que, diante do chifre pequeno caíram três dos primeiros chifres, e que esse chifre pequeno apresentava “olhos, como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas” – que são sinais indicativos de poder e visão humana, bem como de arrogância e violência (“grandes coisas” equivale a palavras arrogantes e blasfêmias).
Assim como no sonho de Nabucodonosor, esta visão de Daniel apresenta uma segunda parte que introduz um elemento completamente distinto, mas que intervém e prevalece sobre os elementos da primeira parte.
Não resta dúvida (e inclusive não há necessidade de explicação posterior) de que o profeta contempla agora a corte celestial, vendo o próprio Deus (“um ancião de dias”) ocupando o Seu trono juntamente com “milhares de milhares, e milhões de milhões” que O servem na Sua presença.
Mas não é apenas uma descrição genérica do trono de Deus; é uma caracterização do Seu tribunal se estabelecendo para julgamento: “assentou-se o juízo, e abriram-se os livros”.
O que se segue, então, é a sentença sendo proferida e executada contra os réus: o quarto animal “é morto, e o seu corpo desfeito, e entregue para ser queimado pelo fogo”.
Quanto aos demais, “foi-lhes tirado o domínio”. E, por último, um outro elemento, “um como o filho do homem”, que também comparece ante o supremo juiz, não para ser julgado, mas para ser justificado e recompensado com o que lhe pertence por direito: “E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído”.
II – OS QUATRO ANIMAIS, OS DEZ CHIFRES E O CHIFRE PEQUENO (VV. 17-25)
O restante do capítulo se desenvolve em torno da interpretação dos elementos principais do sonho, e o acréscimo de mais alguns detalhes acerca do que Daniel pode ver.
Como as partes da estátua no sonho do rei, o sentido dos quatros animais é o mesmo: “estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis, que se levantarão da terra”.
E do mesmo modo podemos dizer que se tratam dos reis, ou melhor, reinos (compare com o v. 24) que se sucederam a partir do babilônico, quais sejam: o medo-persa, o grego e o romano.
Mas, antes mesmo de acrescentar maiores detalhes, o anjo contrapõe a esses reinos transitórios o fato mais importante apresentado na segunda parte da visão, de que “os santos do Altíssimo receberão o reino, e o possuirão para todo o sempre, e de eternidade em eternidade”.
É a mesma verdade revelada no sonho de Nabucodonosor, de que “o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre” (Dn 2.44).
Quanto aos dez chifres do quarto animal, encontramos a mesma correspondência nos dedos dos pés da estátua, em parte de ferro e em parte de barro, uma vez que o próprio anjo explica: “quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis”; e, assim como no capítulo 2, entendamos dez como referência a muitos, e o fato de serem muitos reinando ao mesmo tempo como sendo na verdade um único reino, embora dividido (compare com Dn 2.41), e correspondendo ao tempo das nações modernas.
Somente o chifre pequeno representa um elemento novo em relação ao sonho do rei, e aqui Daniel acrescenta o detalhe de que: “eis que este chifre fazia guerra contra os santos, e prevaleceu contra eles”.
Segundo a interpretação dada pelo anjo, este chifre caracteriza um “desenvolvimento” final do governo desse quinto reino dos chifres, um governo que “será diferente dos primeiros, e abaterá três reis” e cujo aspecto mais singular será o de se opor contra Deus e os Seus santos: “E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei”.
III – O JUÍZO ESTABELECIDO E O FILHO DO HOMEM (VV. 26-28)
O governo tirânico e profano representado pelo chifre pequeno é descrito como o último estágio da sucessão dos reinos deste mundo.
Na interpretação, o anjo acrescenta que está determinado um tempo para esse governo prevalecer em seus intentos: “eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo”. Mas, finalmente, chegará a hora do juízo e Deus o entregará para ser destruído, juntamente com os demais reinos que, embora já privados do seu poder, ainda estariam subsistindo sob alguma outra forma.
Cumprir-se-á então o propósito revelado no sonho de Nabucodonosor, onde a pedra torna-se um grande monte que enche toda a terra; no caso, aqui o reino é dado, na pessoa do próprio Senhor Jesus, o Filho do homem, aos santos do Altíssimo e os reinos deste mundo deixam de existir.
CONCLUSÃO
Embora semelhante ao sonho do rei Nabucodonosor, a visão de Daniel acrescenta o detalhe importante de que a sucessão dos reinos neste mundo, em seu momento final, representa um futuro sombrio para o povo de Deus; mas, ao mesmo tempo, que este povo receberá grande livramento, pois seus inimigos serão aniquilados e o reino dos céus nunca lhes poderá ser tirado.
PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
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APOIO
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Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira
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