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LIÇÃO 7
DEUS SALVA DANIEL NA COVA DOS LEÕES
TEXTO ÁUREO:
“O meu Deus enviou o seu anjo, e fechou a boca dos leões, para que não me
fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; e também contra ti, ó rei, não tenho cometido
delito algum” (Dn 6.22).
LEITURA BÍBLICA: DANIEL 6.1-10
INTRODUÇÃO
O capítulo que estudaremos hoje apresenta outra grande lição de integridade moral e confiança
em Deus a partir do exemplo do profeta Daniel.
Como um episódio ocorrido já na velhice do profeta,
veremos que a firmeza e retidão de caráter deste homem permaneceu a mesma desde a sua juventude, e
que ele nunca se deixou seduzir por grandezas e louvores, nem se abalou diante de ameaças e perigos.
E, mais uma vez, veremos que Deus preserva os fiéis na tribulação e reserva o castigo para aqueles que
os oprimem sem causa.
I – A INTEGRIDADE DE DANIEL NA CORTE DE DARIO (VV. 1-10)
Estamos agora no princípio de um novo império; um novo povo está no poder. O último rei dos
babilônios, Belssazar, foi abatido pelo justo juízo de Deus e os medos tomaram a célebre capital do
grande império caldeu.
Dario, o medo, ocupa o trono e um dos seus feitos, conforme registrado nestes
versos, é dividir o imenso território legado pelos babilônios em cento e vinte satrapias (ou províncias) e
constituir seus respectivos governantes.
Além disso, ele estabelece três “presidentes” – na verdade, uma
espécie de fiscais e representantes do rei para com esses governantes, entre os quais estava Daniel.
Notamos então que o nosso profeta, embora aparentemente ausente ou distante dos negócios da corte
no tempo de Belssazar, ainda retinha sua notoriedade como homem sábio e de espírito excelente, além
dos serviços anteriormente prestados aos governantes babilônicos.
E essa notoriedade teria chegado aos
ouvidos de Dario, o medo.
Uma diferença entre o episódio que ora estudamos e aquele narrado no capítulo 3, envolvendo
os jovens companheiros de Daniel, é que a motivação do decreto que levará este servo de Deus a ser
punido injustamente não é devida a alguma excentricidade do rei, mas à inveja e malícia daqueles que
conviviam com o profeta e desejavam a sua queda.
Não podendo encontrar nenhum dolo nas suas ações
e no seu serviço ao rei medo, aqueles homens resolveram se valer do fato de que Daniel era um
estrangeiro naquela terra, e servia a um Deus estranho tanto aos conquistados babilônios como aos
próprios persas.
O fato é que seu temor e piedade para com o Altíssimo em nada o impedia de servir
bem àqueles que haviam sido constituídos como seus superiores (cf. Rm 13.1-7; 1 Pe 2.13-16); só
quando “César”, ou aqueles que o assistem, procuram se imiscuir nas coisas que pertencem a Deus e
exigir aquilo que não lhes é devido, é que o povo de Deus se vê confrontado e obrigado a responder:
“Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.29).
É difícil entender como Dario assinou tão facilmente o decreto proposto pelos seus
subordinados, mas sem dúvida houve má fé por parte destes, e o rei não considerou todas as
consequências do seu ato.
Mas é mais interessante observar como Daniel, ao invés de protestar de
antemão por sua conduta ilibada, ou valer-se da sua posição para alertar o rei da malícia dos seus
conservos e da armadilha que aquele decreto representava para o próprio rei, certamente considerando
que aquele era mais um momento de prova e uma oportunidade de testemunhar sua fé no Altíssimo, resignou-se e manteve sua atitude diária de devoção – que era a única coisa que realmente estava em
jogo naquele momento.
II – O DECRETO REAL É EXECUTADO CONTRA DANIEL (VV. 11-18)
Tão logo Daniel cumpre seu dever para com Deus, seus inimigos o descobrem e se dirigem ao
rei Dario, praticamente exigindo dele e o obrigando a cumprir a punição do decreto contra o seu servo,
que ele mesmo tanto estimava.
“Ouvindo então o rei essas palavras, ficou muito penalizado” (v. 14), pois nem
sempre o abuso da autoridade por aqueles que a detêm se dá por malícia, engano ou propósito iníquo,
mas por ignorância, irreflexão ou, no caso em pauta, por indução de maus conselheiros; por isso
devemos orar pelos nossos governantes, para que sejam bem assistidos em suas decisões e, em
consequência, possamos desfrutar de maior paz e tranquilidade em nossos dias neste mundo (cf. Jr 29.7;
1 Tm 2.1-2).
Compelido pela natureza das coisas na tradição dos medos e persas, o rei devia se curvar à sua
própria autoridade e fazer cumprir o decreto contra Daniel.
Com muito pesar, ele faz com que um
inocente seja lançado na cova dos leões e ali mantido. Pelas palavras do rei, podemos ver que não
apenas a sua retidão nos negócios reais, mas a piedade de Daniel era notória: “O teu Deus, a quem tu
continuamente serves, ele te livrará”.
E, angustiado pela dúvida e incerteza do homem natural, ele volta
para seus aposentos, ansiando pelo dia seguinte.
III – DEUS APROVA A FIDELIDADE DE DANIEL (VV. 19-28)
No dia seguinte, o rei, sem esperança de que seu servo pudesse ter sido salvo da fome e
ferocidade dos leões, volta à cova e pergunta por Daniel.
E, para sua surpresa e grande alegria, o profeta
lhe responde e dá testemunho do poder de Deus e da sua justiça em todo o seu serviço para com o rei.
A
expressão de Daniel: “e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum” prova que Deus não
considera como desobediência a recusa dos Seus servos em não se sujeitar a decretos injustos e
usurpadores daquilo que pertence exclusivamente a Deus.
E o próprio rei parece ter entendido isto, pois
agora ele manda que aqueles que haviam urdido esse plano tão vil, usando a sua autoridade e poder,
sejam punidos por isso.
O capítulo se encerra de um modo já conhecido e característico de Daniel – com uma carta
aberta do soberano medo a todos os povos sob o seu domínio. Nesse escrito, Dario reconhece com
serenidade que o Altíssimo é “o Deus vivo e que permanece para sempre, e o seu reino não se pode destruir, e o
seu domínio durará até o fim.
Ele salva, livra e opera sinais e maravilhas no céu e na terra; ele salvou e livrou Daniel
do poder dos leões”. E aqui temos um rei poderoso curvando-se voluntariamente (sem precisar de lições
mais duras que as de Nabucodonosor) à majestade e soberania de Deus, com consequências benéficas
para o resto da vida do já idoso profeta hebreu: “Este Daniel, pois, prosperou no reinado de Dario, e no reinado
de Ciro, o persa”.
CONCLUSÃO
Deus se agrada tanto da retidão nos compromissos para com o próximo e os superiores, como
na fidelidade para com Ele.
Procuremos ter uma consciência íntegra nestas duas coisas e o Senhor
nunca nos abandonará nos momentos de prova, mas de alguma forma provará nossa integridade e será
glorificado em nós.
PARA USO DO PROFESSOR:
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira
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