30 abril 2020

005-A soberba do rei Nabucodonosor é abatida - Lição 05 [Pr Afonso Chaves]28abr2020

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LIÇÃO 5 
A SOBERBA DO REI NABUCODONOSOR É ABATIDA 

TEXTO ÁUREO:
“Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, e exalço, e glorifico ao Rei dos céus; porque todas as suas obras são verdades; e os seus caminhos, juízo, e pode humilhar aos que andam na soberba” (Dn 4.37).

LEITURA BÍBLICA: DANIEL 4.4-17 

INTRODUÇÃO 
O presente capítulo do livro de Daniel apresenta-nos uma preciosa lição sobre o poder de Deus e a misericórdia de Deus para com o homem, mesmo quando este se encontra cegado pela soberba e não consegue reconhecer que tudo o que ele é e possui provém do Todo-poderoso.
E o que torna esta lição ainda mais impressionante é que aqui ela é transmitida pelo próprio rei Nabucodonosor, depois de tê-la finalmente aprendido de uma forma que certamente jamais esqueceria.

I – UM RELATO DO REI NABUCODONOSOR (VV. 1-18) 
O texto que ora estudamos não foi escrito por Daniel, nem por qualquer outro profeta hebreu.
Trata-se do relato feito pelo próprio rei Nabucodonosor acerca de uma experiência com Deus que, sem dúvida, foi a mais marcante de todas as outras narradas neste livro.
Esse documento poderia ser uma carta que a princípio circulou por todo o império e, eventualmente, veio a ser incluída pelo próprio Daniel em seu livro.
Mais uma vez, não temos nenhuma referência cronológica, mas os acontecimentos aqui narrados naturalmente se encaixam na sequência dos capítulos anteriores e servem de conclusão para tudo o que até aqui se disse sobre as experiências de Nabucodonosor com o Deus dos hebreus.
Nabucodonosor começa identificando-se e cumprimentando os povos sob o seu domínio, e em seguida explica o propósito da sua carta e engrandece o Deus Altíssimo. Podemos dizer que a confissão: “O seu reino é um reino sempiterno, e o seu domínio de geração em geração” resume o motivo deste relato constar no cânon sagrado, pois é a verdade que o rei aprendeu, embora somente depois de dura, mas necessária lição.
Não que, depois disso, Nabucodonosor tenha abandonado os deuses de seus pais para servir unicamente ao Deus verdadeiro, pois ele ainda os menciona como seus deuses (v. 8).
O propósito divino era que este homem – o mais poderoso da terra naquela ocasião – reconhecesse que há um Deus dos deuses e Senhor dos reis, a quem ele devia a sua glória e reinado; e que isto ficasse registrado para instrução do povo de Deus.
Nabucodonosor é chamado de servo de Deus, sim; mas isto mais enquanto agente da vontade divina (cf. Jr 25.9) do que como um indivíduo piedoso e temente a Deus.
Voltando, porém, à narrativa, Nabucodonosor conta como teve um sonho que, embora pudesse lembrar para contá-lo aos seus sábios e adivinhos, ninguém foi capaz de interpretá-lo, exceto Daniel, introduzido por último na presença do rei.
Evidência de que o evento aqui narrado é posterior ao primeiro sonho (capítulo 2) é que Daniel é chamado de “príncipe dos magos” (Dn 4.9) e reconhecido como um homem de sabedoria divina.
O rei então conta o sonho enigmático ao jovem profeta e aguarda a sua interpretação, que certamente ele daria, como já havia feito em outra ocasião.

II – DEUS ADVERTE O REI EM SONHO (VV. 19-27)
Daniel compreende, pela mesma graça que já havia operado nele antes, o significado do sonho do rei..
Em primeiro lugar, notemos que mais uma vez é Nabucodonosor, e não o seu reino com os seus sucessores, que é pessoalmente representado como a árvore grande e frondosa, que abriga todos os animais – assim como a cabeça de ouro da estátua (“Tu és a cabeça de ouro”, Dn 2.38).
Embora o império tenha se prolongado após a sua morte, é particularmente a ele que Deus havia incumbido de levar avante a execução dos propósitos divinos neste mundo e por isso recompensado com equivalente glória e majestade por tê-los cumpridos fielmente; de modo que seus descendentes apenas desfrutaram da grandeza já estabelecida.
Por sua vez, o abrigo e a proteção oferecidos pela árvore lembra que, mesmo estando debaixo de um governo duro que não poupava rebeldes, os povos que se submetessem voluntariamente ao jugo babilônico estariam assegurados e continuariam subsistindo (cf. Jr 27.8, 11-12).
Contudo, a menção das glórias que Deus havia concedido a Nabucodonosor não é apenas uma repetição do que já havia sido revelado no sonho anterior; é uma preparação para a advertência seguinte, onde o rei é achado em falta pela sua soberba e pertinácia (considerando que ele já havia recebido dois fortes testemunhos – o sonho da estátua e o livramento dos três jovens hebreus da fornalha ardente).
Como muitos outros reis do passado, Nabucodonosor havia se enchido de soberba, confiado em seu próprio poder, e havia chegado o tempo de Deus lidar com esse seu pecado.
Com grande espanto, Daniel explica o sentido da segunda parte do sonho: não somente o domínio e a glória real, mas até aquilo que o menor dos seus servos possuía – a humanidade – ser-lhe-iam tirados.
Notamos, porém, neste juízo de Deus, vários sinais da Sua misericórdia para com este homem: primeiro, em avisá-lo de antemão (o sonho se cumpriria em um ano, v. 29); em adverti-lo, através de Daniel, quanto aos seus pecados, pelos quais deveria buscar expiação (v. 27); e em definir um tempo para o castigo, ao cabo do qual Nabucodonosor receberia de volta o entendimento e a glória do seu reino, e se levantaria como um novo homem, confessando que “o céu reina”.

III – CUMPRE-SE O SONHO (VV. 28-37) 
O rei passa então a narrar como todas estas coisas se cumpriram, e que isto se deu por ocasião de um “extravasar” da sua soberba:“Não é esta a grande babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder, e para glória da minha magnificência?”
Talvez tivesse dito isso diante de sua corte, de seus generais, de emissários de algum outro reino; não sabemos.
Mas tal expressão trouxe à tona o que havia em seu coração e foi a “gota d’água” que faltava para fazer o seu cálice transbordar diante de Deus.
O rei literalmente tornou-se uma criatura sub-humana, incapaz de continuar no palácio ou mesmo no convívio com seres humanos.
É interessante notar que, mesmo privado de suas faculdades mentais e, portanto, podendo ser facilmente tirado do trono por um golpe de Estado (o que era comum naqueles tempos), seus conselheiros e generais o mantiveram sob proteção até que, quando voltou ao normal, mandaram buscá-lo novamente.
Passado o tempo determinado por Deus, como relata o rei babilônico, “levantei os meus olhos ao céu, e tornou-me a vir o entendimento”, não apenas de um homem, mas de um homem que sabe quem é o Deus Altíssimo, e que o Seu poder é absoluto e soberano.
A impressão que temos das últimas palavras de Nabucodonosor registradas neste livro é de que estamos diante de um homem humilde, sensato e que teme ao Deus que pode chamar a juízo a todos, grandes e pequenos, quando Ele quiser – que é aquilo que realmente diferencia o homem dos outros animais (cf. Dn 7.4; Ec 12.13-14).

CONCLUSÃO
A soberba é um pecado que surge pela falta de compreensão acerca do que somos e de que toda grandeza e poder provêm de Deus, não de nós mesmos.
Aprendamos a mesma lição que Nabucodonosor aprendeu, atentando para o seu caso, e lembrando que Deus “pode humilhar aos que andam na soberba”.

PARA USO DOS PROFESSORES


AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO
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