16 abril 2020

003-Daniel e a revelação do sonho do rei - Lição 03 [Pr Afonso Chaves]14abr2020

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LIÇÃO 3
DANIEL E A REVELAÇÃO DO SONHO DO REI 

TEXTO ÁUREO:
“O segredo que o rei requer, nem sábios, nem astrólogos, nem magos, nem adivinhos o podem descobrir ao rei; mas há um Deus no céu, o qual revela os segredos” (Dn 2.27-28). 
LEITURA BÍBLICA: DANIEL 2.13-24 

INTRODUÇÃO 
O capítulo 2 do livro de Daniel apresenta conteúdo de grande importância para a compreensão do tempo escatológico; e nesse sentido realizamos, em um trimestre anterior, o estudo da parte final deste capítulo, em conexão com outras passagens escatológicas das Escrituras.
O escopo do presente estudo não ignora a revelação profética feita em sonho a Nabucodonosor e interpretada por Daniel; mas procuraremos destacar outros elementos do contexto – particularmente aqueles que lançam luz sobre o caráter do jovem profeta e as circunstâncias do fato aqui narrado. 

I – O SONHO DE NABUCODONOSOR (VV. 1-12) 
O episódio narrado neste capítulo parece ser uma primeira amostra do que havia sido dito sobre Daniel ter recebido de Deus “entendimento em toda a visão e sonhos” (Dn 1.17). Na verdade, ele e seus companheiros já haviam surpreendido o rei e a corte quando examinados ao término daqueles anos de estudo.
Mas agora, eis que surge a oportunidade de revelar que essa excelência não provinha deles mesmos, mas do Deus de Israel, cujo conhecimento não tem limites, e alcança aquilo que os sábios e adivinhos não podem alcançar, descobrindo o que está oculto no coração e declarando coisas futuras que os homens sequer são capazes de imaginar.
A narrativa mostra como uma coisa tão comum e até mesmo desprezada em nossos dias – um sonho – tornou-se motivo de convulsão em toda a Babilônia. A preocupação do soberano caldeu poderia parecer um simples capricho, mas, considerando os costumes dos povos e das épocas, acreditava-se que os deuses comunicavam com os homens através de sonhos, bem como de agouros e de várias formas de adivinhação; os reis, em particular, esperavam receber avisos, orientação ou aprovação divina para suas empreitadas (Ez 21.21-22).
Não era por acaso que ele tinha à sua disposição muitos magos, encantadores, astrólogos e caldeus – além e devido ao seu conhecimento e sabedoria mundana, estes homens eram considerados também os intérpretes da fala enigmática dos deuses (v. 2; comparemos com Gn 41).
Assim, o que pode ter levado Nabucodonosor a requerer dos seus intérpretes oficiais não apenas o sentido, mas a declaração do próprio sonho, era o forte senso de que se tratava de algo importante, divino, e por isso ele precisava saber.
A resposta desses homens revela a nós (como revelou ao próprio rei) o logro da sabedoria e religião pagã, e é uma confissão de que nada tinha de divino: “Porque o assunto que o rei requer é difícil; e ninguém há que o possa declarar diante do rei, senão os deuses, cuja morada não é com a carne” (v. 11). É também uma tácita reprovação à superstição popular que até os dias de hoje recorre a várias formas de adivinhação (cf. Dt 18.9-14; Is 8.19-22; Jr 10.2).
Nabucodonosor se sentiu ludibriado, pois esta era uma questão divina, e os que deviam cuidar de tais assuntos mostravam-se incapazes e ainda tentavam usar de evasivas. Começa então a se formar o cenário ameaçador da grande matança, onde finalmente entrarão Daniel e seus companheiros. 

II – DANIEL BUSCA A DEUS E RECEBE A REVELAÇÃO (VV. 13-24) 
Os quatro jovens hebreus eram vistos como os demais sábios de Babilônia; embora temessem ao único Deus verdadeiro e certamente não comungassem com as práticas supersticiosas que já haviam  causado tanto sofrimento para o seu povo, a ciência babilônica em que eram instruídos estava permeada de conceitos religiosos – naquele tempo, não havia separação entre “ciência” e “religião”. Por isso, eles parecem estar entre os primeiros a serem buscados pelo capitão constituído para executar o decreto do rei. Mas Daniel, com sua fala prudente e arrazoada (e certamente com a mesma graça e misericórdia de Deus que já o havia assistido), pede tempo para ele e seus amigos.
Tempo era o que parecia não haver, pois os oficiais se apressavam para executar o mandado real (v. 15), mas o jovem profeta pode voltar para casa e reunir-se com seus companheiros para cuidarem daquela questão de vida ou morte. Seguindo o exemplo de José, Daniel e seus companheiros se uniram em clamor àqu’Ele que podia revelar tão grande mistério, e assim salvar tanto as vidas como as reputações de Seus servos da infâmia de embusteiros religiosos que certamente recairia sobre eles se tudo tivesse acabado aqui.
E Deus, cuja morada realmente é mais excelsa que a dos homens, mas olha para o pobre e abatido de espírito e revela o oculto aos que clamam a ele (Is 66.1-2; Jr 33.2-3), atendeu à súplica dos jovens hebreus – o que encheu Daniel de gratidão e de estarrecimento ante a grandeza do sonho e do seu significado (vv. 19-22). 

III – O SONHO E SUA INTERPRETAÇÃO (VV. 25-49) 
Voltando ao palácio, Daniel é rapidamente introduzido à presença do rei, que lhe pergunta sobre sua capacidade própria, mas recebe em resposta um testemunho do poder de um Deus até então desconhecido de Nabucodonosor, mas que, apesar disso, havia lhe revelado algo durante a noite e se importado com os pensamentos do soberano, tão impressionado com suas conquistas e glórias (vv. 29- 30).
O profeta então “reconstitui” detalhadamente o sonho – um sonho altamente simbólico e enigmático. Em resumo, o rei sonhou com uma estátua de aparência assustadora e imponente, cuja cabeça, peito e braços, ventre e coxas, pernas, pés e dedos eram feitos, respectivamente, de ouro, prata, bronze, ferro e ferro misturado com barro.
Na sequência, eis que surgia uma pedra cortada de forma sobrenatural, que feria a estátua nos pés e os estilhaçava – ao que todas as demais partes da estátua também se desfaziam em pó e eram levadas pelo vento.
A pedra então restava sozinha, tornava-se um grande monte e enchia toda a terra. Sendo ainda mais sucintos na interpretação do sonho, podemos dizer que Deus mostrou a Nabucodonosor que a glória do seu reino fora dada por Deus, mas não duraria para sempre, pois haveria de dar lugar a uma sucessão de outros reinos, fortes em algum aspecto, mas inferiores em glória, e todos limitados pelo tempo. Esta é a representação da estátua.
Por outro lado, concomitante a essa sucessão de reinos, o próprio Deus também estabeleceria um reino, o qual teria um começo simples, sem aparência, mas eventualmente se tornaria o mais glorioso, pois venceria os demais, conquistaria o mundo todo e ainda duraria para sempre. Esta é a representação da pedra.
Hoje, milhares de anos depois de Daniel e Nabucodonosor, graças à revelação posterior das Escrituras e a outras fontes de informação, podemos dizer que a visão trata da sucessão dos reinos babilônico, medo-persa, grego, romano e das nações modernas – nesta sequência; e do estabelecimento do reino de Deus, formado por homens de toda a tribo, língua e nação, agregados pela fé em Cristo Jesus, a pedra eleita, o rei dos reis e vencedor dos reinos deste mundo (cf. At 4.11-12; Ap 11.15; 19.11-21).
Assombrado com a grandeza de tudo o que Daniel havia dito, o rei de Babilônia compreende ao menos parte da mensagem e, além de exaltar a Daniel e seus companheiros, glorifica a Deus e reconhece de momento que Ele é o “Senhor dos reis” (v. 48).
Veremos, porém, nos próximos capítulos, que esta lição só seria aprendida por Nabucodonosor a duras penas. 

CONCLUSÃO 
Quando revela coisas ocultas e futuras, Deus mostra o Seu poder e controle sobre tudo e todos, não apenas para que compreendamos o Seu bom e sábio propósito, mas para que os que O temem confiem mais n’Ele e os ímpios se arrependam e não confiem na vaidade das glórias deste mundo.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova



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