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LIÇÃO 2
A INTEGRIDADE RESOLUTA DE DANIEL
TEXTO ÁUREO:
“E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do
rei, nem com o vinho que ele bebia” (Dn 1.8).
LEITURA BÍBLICA: DANIEL 1.8-21
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje entenderemos melhor um dos aspectos excelentes do caráter de Daniel: sua
integridade moral e espiritual, a qual demonstrou com grande resolução e confiança em Deus. Também
consideraremos a importância de momentos críticos de prova da integridade como este pelo qual passou
Daniel e seus companheiros, e como nossa firmeza e prudência em tais momentos agradam a Deus.
I – A CORTE DO REI DE BABILÔNIA (VV. 3-7)
Por ocasião do princípio do cativeiro dos judeus em Babilônia, antes mesmo da queda de
Jerusalém, aquela cidade já era o centro econômico e político do mundo oriental antigo; a palavra de
Deus falada através de Jeremias havia se cumprido e os últimos redutos de resistência àquele que havia
sido constituído soberano sobre as nações estavam sendo esmagados pelo seu exército.
Despojos de
guerra, tesouros de templos e palácios saqueados, artistas, sábios e artesãos de todos os ofícios estavam
sendo levados (como cativos ou voluntariamente) para a grande capital do império, aumentando sua
opulência e tornando-a tal como Deus a mostraria depois a Daniel – a cabeça de ouro da estátua.
Daniel e seus companheiros encontravam-se em Babilônia como cativos, não como convidados;
talvez até não estivessem em cadeias como o rei Joaquim, mas sua situação não era muito melhor, pois
faziam parte da nobreza real e podiam ser vistos pelos caldeus como potenciais causadores de motim e
revolta entre os milhares de judeus que já estavam no cativeiro (v. 3; cf. 2 Rs 25.27). Contudo, de
repente estão entre os escolhidos para serem trazidos à corte de Nabucodonosor.
Esse procedimento, em
si, era normal nas cortes reais antigas; membros da nobreza ou da família real de um reino vassalo eram
“adotados” para se tornarem cortesãos, pelos mais diversos motivos, como: aumentar o prestígio do rei,
pela diversidade de povos representados entre os que o assistiam; servir de penhor da benevolência ou
do pacto entre os dois reinos; ampliar o número de indivíduos capazes de servirem às necessidades da
administração real. Além disso, ensinar esses cortesãos a viverem de acordo com os costumes da corte
era uma forma de perpetuar e ampliar a cultura “dominante” – uma espécie de “universalismo”, como
aquele praticado depois por Alexandre, o Grande.
Mas, em relação ao nosso profeta e seus
companheiros, sua escolha para que se lhes ensinassem “as letras e a língua dos caldeus” (v. 4) representa
algo de mais importante e dramático.
Daniel e seus companheiros estão diante de um verdadeiro processo de “aculturação”, onde eles
deveriam abandonar, se esquecer de tudo aquilo que pudesse impedi-los de serem iguais aos caldeus,
não apenas no conhecimento, mas também na prática e nos costumes. E isto incluía suas crenças, que
entre os povos antigos era um fator determinante para todos os demais aspectos da cultura.
Por isso seus
nomes, que celebravam o poder e a majestade de Deus, foram trocados por outros que citavam os ídolos
babilônicos (v. 6-7).
Ademais, as iguarias e o vinho do rei que são determinados como a porção desses
jovens não representam apenas comida e bebida da melhor qualidade, mas é outro elemento de
aculturação e paganização, pois os banquetes reais envolviam sacrifícios, libações e louvores aos deuses
(v. 5; cf. Dn 5.1-4).
Em poucas palavras, as Escrituras insinuam que esses jovens não deveriam apenas
conhecer intelectualmente a cultura e a religião babilônica, mas também viver de acordo com ela,
celebrando seus deuses todos os dias em seus nomes, em suas refeições.
II – A FIRME RESOLUÇÃO DE DANIEL (VV. 8-14)
Além de Daniel e seus três companheiros, outros jovens hebreus foram escolhidos para serem
preparados como cortesãos de Nabucodonosor.
E, aparentemente, nenhum deles objetou ao novo estilo
de vida determinado pelo rei; afinal, como mencionamos na lição passada, esses jovens haviam sido
privados dos confortos de uma vida abastada e se tornaram cativos em terra estranha; agora,
naturalmente veriam esta situação como a chance de uma reviravolta, de aliviar a dor das perdas que
haviam sofrido, ou, quem sabe, um sinal de que o tempo do cativeiro seria breve.
Considerando, porém,
que a situação exigia que ele se contaminasse – ou seja, quebrasse sua fidelidade para com Deus – Daniel
viu aqui uma oportunidade de afirmar sua lealdade ao Senhor, mesmo que tal afirmação envolvesse um
grave risco para sua vida.
“Daniel propôs em seu coração não se contaminar” sugere que ele se achava diante
de um dilema; o rei determinou, e ele não podia simplesmente escolher não se contaminar.
Mas também
ele não podia – e não queria – abrir mão do que tinha de mais precioso, e que nem a privação dos bens
deste mundo lhe havia tirado – sua integridade para com Deus.
Mas Deus, na Sua grande benevolência e misericórdia, atentou para o propósito de Daniel e
providenciou uma saída para que nem o rei fosse contrariado, nem a pureza deste jovem fosse
contaminada.
Diante de um homem poderoso como Aspenaz, chefe dos eunucos, ele achou “graça e
misericórdia”, e com simplicidade e sabedoria conseguiu perduadi-lo a experimentá-lo a ele e seus três
companheiros durante dez dias, apenas com legumes e água, ao invés dos manjares e do vinho do rei
(vv. 12-14).
Aqui notamos que a fé de Daniel não era presunçosa, mas segura para saber que um breve
período seria suficiente para provar o seu ponto, e não esgotar a paciência do eunuco; e humilde para
entender que o caminho de Deus passava pela submissão aos limites que lhe haviam sido impostos.
III – O VALOR DA INTEGRIDADE (VV. 15-21)
Não fosse o cuidado e a providência de Deus para com aqueles que o temem, tal pedido seria
negado, pois como aqueles que participam de uma refeição frugal poderiam parecer melhores ao rei do
que aqueles que se banqueteiam com carne e vinho?
Mas os dez dias se passaram e os jovens foram
achados em condições de prosseguir com a sua abstinência, pois o que o mordomo mais temia – que o
rei os achasse tristes ou desnutridos – não aconteceu (v. 15-16).
Seus nomes continuariam sendo pagãos,
seu aprendizado continuaria sendo nas letras e ciência dos caldeus, sua aparência sem dúvida seria
“babilônica”; contudo, sua integridade pessoal estava guardada e aprovada, ainda que para aquele
momento, pois outras provas viriam.
Mas certamente o cuidado de Daniel para se manter incontaminado diante de Deus foi
recompensada naquela ocasião; pois, diante do escrutínio do rei, “não foram achados outros tais como
Daniel, Hananias, Misael e Azarias; portanto ficaram assistindo diante do rei”.
Particularmente a Daniel, o
Senhor havia concedido um dom excelente, que se mostraria útil em mais de uma ocasião, não apenas
para a honra do Seu servo diante dos maiorais da terra, mas também para salvar as vidas de muitos (v.
17).
CONCLUSÃO
A integridade do nosso coração para com Deus é a coisa mais preciosa que temos; é o bom
tesouro que devemos guardar a todo custo, mesmo quando envolve coisas, em outras circunstâncias,
poderíamos apreciar ou desejar.
Todas essas coisas um dia poderão faltar, mas nossa integridade é para
aqu’Ele que jamais faltará, e é através dela que alcançamos de Deus a paz e a segurança de que
precisamos para chegarmos até o fim da nossa peregrinação neste mundo.
PARA USO DO PROFESSOR
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AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
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