09 abril 2020

002-A integridade resoluta de Daniel - Lição 02 [Pr Afonso Chaves]07abr2020

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LIÇÃO 2 
A INTEGRIDADE RESOLUTA DE DANIEL 

TEXTO ÁUREO: 
“E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia” (Dn 1.8). 

LEITURA BÍBLICA: DANIEL 1.8-21 

INTRODUÇÃO 
Na lição de hoje entenderemos melhor um dos aspectos excelentes do caráter de Daniel: sua integridade moral e espiritual, a qual demonstrou com grande resolução e confiança em Deus. Também consideraremos a importância de momentos críticos de prova da integridade como este pelo qual passou Daniel e seus companheiros, e como nossa firmeza e prudência em tais momentos agradam a Deus. 

I – A CORTE DO REI DE BABILÔNIA (VV. 3-7) 
Por ocasião do princípio do cativeiro dos judeus em Babilônia, antes mesmo da queda de Jerusalém, aquela cidade já era o centro econômico e político do mundo oriental antigo; a palavra de Deus falada através de Jeremias havia se cumprido e os últimos redutos de resistência àquele que havia sido constituído soberano sobre as nações estavam sendo esmagados pelo seu exército. 
Despojos de guerra, tesouros de templos e palácios saqueados, artistas, sábios e artesãos de todos os ofícios estavam sendo levados (como cativos ou voluntariamente) para a grande capital do império, aumentando sua opulência e tornando-a tal como Deus a mostraria depois a Daniel – a cabeça de ouro da estátua. 
Daniel e seus companheiros encontravam-se em Babilônia como cativos, não como convidados; talvez até não estivessem em cadeias como o rei Joaquim, mas sua situação não era muito melhor, pois faziam parte da nobreza real e podiam ser vistos pelos caldeus como potenciais causadores de motim e revolta entre os milhares de judeus que já estavam no cativeiro (v. 3; cf. 2 Rs 25.27). Contudo, de repente estão entre os escolhidos para serem trazidos à corte de Nabucodonosor. 
Esse procedimento, em si, era normal nas cortes reais antigas; membros da nobreza ou da família real de um reino vassalo eram “adotados” para se tornarem cortesãos, pelos mais diversos motivos, como: aumentar o prestígio do rei, pela diversidade de povos representados entre os que o assistiam; servir de penhor da benevolência ou do pacto entre os dois reinos; ampliar o número de indivíduos capazes de servirem às necessidades da administração real. Além disso, ensinar esses cortesãos a viverem de acordo com os costumes da corte era uma forma de perpetuar e ampliar a cultura “dominante” – uma espécie de “universalismo”, como aquele praticado depois por Alexandre, o Grande. 
Mas, em relação ao nosso profeta e seus companheiros, sua escolha para que se lhes ensinassem “as letras e a língua dos caldeus” (v. 4) representa algo de mais importante e dramático. 
Daniel e seus companheiros estão diante de um verdadeiro processo de “aculturação”, onde eles deveriam abandonar, se esquecer de tudo aquilo que pudesse impedi-los de serem iguais aos caldeus, não apenas no conhecimento, mas também na prática e nos costumes. E isto incluía suas crenças, que entre os povos antigos era um fator determinante para todos os demais aspectos da cultura. 
Por isso seus nomes, que celebravam o poder e a majestade de Deus, foram trocados por outros que citavam os ídolos babilônicos (v. 6-7). 
Ademais, as iguarias e o vinho do rei que são determinados como a porção desses jovens não representam apenas comida e bebida da melhor qualidade, mas é outro elemento de aculturação e paganização, pois os banquetes reais envolviam sacrifícios, libações e louvores aos deuses (v. 5; cf. Dn 5.1-4). 
Em poucas palavras, as Escrituras insinuam que esses jovens não deveriam apenas conhecer intelectualmente a cultura e a religião babilônica, mas também viver de acordo com ela, celebrando seus deuses todos os dias em seus nomes, em suas refeições. 

II – A FIRME RESOLUÇÃO DE DANIEL (VV. 8-14) 
Além de Daniel e seus três companheiros, outros jovens hebreus foram escolhidos para serem preparados como cortesãos de Nabucodonosor. 
E, aparentemente, nenhum deles objetou ao novo estilo de vida determinado pelo rei; afinal, como mencionamos na lição passada, esses jovens haviam sido privados dos confortos de uma vida abastada e se tornaram cativos em terra estranha; agora, naturalmente veriam esta situação como a chance de uma reviravolta, de aliviar a dor das perdas que haviam sofrido, ou, quem sabe, um sinal de que o tempo do cativeiro seria breve. 
Considerando, porém, que a situação exigia que ele se contaminasse – ou seja, quebrasse sua fidelidade para com Deus – Daniel viu aqui uma oportunidade de afirmar sua lealdade ao Senhor, mesmo que tal afirmação envolvesse um grave risco para sua vida. 
“Daniel propôs em seu coração não se contaminar” sugere que ele se achava diante de um dilema; o rei determinou, e ele não podia simplesmente escolher não se contaminar. 
Mas também ele não podia – e não queria – abrir mão do que tinha de mais precioso, e que nem a privação dos bens deste mundo lhe havia tirado – sua integridade para com Deus. 
Mas Deus, na Sua grande benevolência e misericórdia, atentou para o propósito de Daniel e providenciou uma saída para que nem o rei fosse contrariado, nem a pureza deste jovem fosse contaminada. 
Diante de um homem poderoso como Aspenaz, chefe dos eunucos, ele achou “graça e misericórdia”, e com simplicidade e sabedoria conseguiu perduadi-lo a experimentá-lo a ele e seus três companheiros durante dez dias, apenas com legumes e água, ao invés dos manjares e do vinho do rei (vv. 12-14). 
Aqui notamos que a fé de Daniel não era presunçosa, mas segura para saber que um breve período seria suficiente para provar o seu ponto, e não esgotar a paciência do eunuco; e humilde para entender que o caminho de Deus passava pela submissão aos limites que lhe haviam sido impostos. 

III – O VALOR DA INTEGRIDADE (VV. 15-21) 
Não fosse o cuidado e a providência de Deus para com aqueles que o temem, tal pedido seria negado, pois como aqueles que participam de uma refeição frugal poderiam parecer melhores ao rei do que aqueles que se banqueteiam com carne e vinho? 
Mas os dez dias se passaram e os jovens foram achados em condições de prosseguir com a sua abstinência, pois o que o mordomo mais temia – que o rei os achasse tristes ou desnutridos – não aconteceu (v. 15-16). 
Seus nomes continuariam sendo pagãos, seu aprendizado continuaria sendo nas letras e ciência dos caldeus, sua aparência sem dúvida seria “babilônica”; contudo, sua integridade pessoal estava guardada e aprovada, ainda que para aquele momento, pois outras provas viriam. 
Mas certamente o cuidado de Daniel para se manter incontaminado diante de Deus foi recompensada naquela ocasião; pois, diante do escrutínio do rei, “não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; portanto ficaram assistindo diante do rei”. 
Particularmente a Daniel, o Senhor havia concedido um dom excelente, que se mostraria útil em mais de uma ocasião, não apenas para a honra do Seu servo diante dos maiorais da terra, mas também para salvar as vidas de muitos (v. 17). 

CONCLUSÃO 
A integridade do nosso coração para com Deus é a coisa mais preciosa que temos; é o bom tesouro que devemos guardar a todo custo, mesmo quando envolve coisas, em outras circunstâncias, poderíamos apreciar ou desejar. 
Todas essas coisas um dia poderão faltar, mas nossa integridade é para aqu’Ele que jamais faltará, e é através dela que alcançamos de Deus a paz e a segurança de que precisamos para chegarmos até o fim da nossa peregrinação neste mundo.

PARA USO DO PROFESSOR


AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO
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