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LIÇÃO 4
O DOM DE DEUS
O DOM DE DEUS
TEXTO ÁUREO:
“Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber; tu lhe
pedirias, e ele te daria água viva” (Jo 4.10).
LEITURA BÍBLICA: JOÃO 4.1-15
INTRODUÇÃO
O texto proposto para esta lição é o segundo grande discurso de Jesus registrado no quarto
evangelho, que começa com um diálogo envolvendo uma mulher samaritana e depois inclui os
discípulos e outros samaritanos.
Estudaremos três assuntos importantes desta passagem, onde a
revelação acerca do novo nascimento e da obra do Espírito, apresentada no capítulo anterior, ganha
novos contornos e implicações para a compreensão da grandeza do dom que Deus deu ao mundo na
pessoa de Seu Filho Unigênito.
I – JESUS E A ÁGUA VIVA (VV. 1-15)
Deixando a Judeia, o evangelista nos põe a caminho da Galileia, chamando a atenção para um
momento importante da vida de Cristo que ocorreu no meio do trajeto, na região de Samaria.
João não
escolhe este episódio por acaso, sabendo que os judeus nutriam grande aversão pelos samaritanos: “os
judeus não se comunicam com os samaritanos”.
Sem dúvida, aqui temos uma demonstração clara do que
fora revelado no discurso anterior: Deus amou o mundo e por isso concede o dom da vida eterna a todos os
que creem, sem acepção de pessoas.
Mas este ainda era apenas um primeiro sinal daquela manifestação
de Cristo a todos os gentios, que se seguiria à Sua exaltação (Jo 12.20-23; At 1.8).
As circunstâncias do encontro aqui narrado são sabiamente usadas pelo Senhor para Se revelar
progressivamente àquela mulher. Ao ser questionado por ter pedido a ela água do poço, Jesus se
apresenta como aqu’Ele a quem ela deveria pedir água viva.
Mesmo surpresa com o que ouve e sem
entender bem o que Ele queria dizer, a samaritana mostra algum senso de que aqu’Ele homem estava
falando de coisas divinas, pois ela questiona a Sua autoridade: “És tu maior do que o nosso pai Jacó?”
Em
resposta, Jesus revela a superioridade do Seu dom sobre o do patriarca com as palavras: “Qualquer que
beber desta água tornará a ter sede; mas, aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede”. Mesmo
entendendo isto em termos literais, aquela mulher crê e já não é mais Cristo, mas sim ela pedindo água.
O sentido deste primeiro momento do diálogo não é difícil de compreender. Em João, o uso da
água para se referir ao dom de Deus em Cristo remonta à promessa do Espírito, o qual seria derramado
abundantemente sobre os homens para saciar sua sede de Deus, de vida eterna e purificação do pecado
(cf. Is 44.2-4; Ez 36.25).
Esta promessa foi confirmada por João ao proclamar que, em contraste com o
seu batismo em água, o Messias batizaria com o Espírito Santo (Jo 1.33), e o seu cumprimento se dá na
regeneração e santificação pela palavra de Cristo (Jo 3.5; 15.3), particularmente após a Sua glorificação (Jo
7.37-39).
II – JESUS E A VERDADEIRA ADORAÇÃO (VV. 16-26)
Graças a um particular censurável na vida da mulher samaritana mencionado por Cristo, o
diálogo não se encerra aqui, mas agora se volta para uma questão cuja solução seria o sinal evidente
para ela de que aquele homem era o Cristo, pois, como ela diz: “Eu sei que o Messias vem; quando ele vier,
nos anunciará tudo”.
Ora, naquele tempo, samaritanos e judeus estavam divididos na adoração ao mesmo
Deus; enquanto os judeus cultuavam em Jerusalém, no templo, os samaritanos haviam definido, não sabemos exatamente quando nem como, o seu próprio lugar de adoração próximo à cidade de Sicar –
mais exatamente, no monte Gerizim.
Esse era um ponto gravíssimo de discordância entre os dois povos
e parece que os samaritanos esperavam que o Messias colocaria um fim nesse problema.
Em primeiro lugar, o Senhor ensina que os judeus estavam em vantagem, pois sabiam o que
adoravam, enquanto os samaritanos estavam como que às apalpadelas, sem plena revelação divina.
Mas, por outro lado, a verdade que Jesus agora traz à luz é muito mais ampla e põe os judeus
praticamente na mesma situação dos samaritanos, pois até mesmo o templo em Jerusalém e todo o culto
judaico empalidece diante da glória da verdadeira adoração.
Em consonância com o propósito de todos os sinais apresentados neste Evangelho, Jesus aqui
anuncia a chegada de um novo tempo, uma nova ordem de coisas, em que as figuras e sombras terrenas
baseadas na lei de Moisés se tornam obsoletas e não servem mais ao propósito de Deus, e “os verdadeiros
adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade”.
A adoração pela qual o Pai agora se interessa é aquela
que Ele sempre teve em vista, porque “Deus é espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em
verdade”.
Essa verdade já havia sido deslumbrada por alguns, como Davi (Sl 51.15-17); mas é somente
em Cristo Jesus que a verdadeira adoração se torna possível aos homens – primeiro, porque o sacrifício
do Filho é um culto perfeito e totalmente satisfatório a Deus (Hb 10.5-10); segundo, porque sendo
aqueles por quem Cristo morreu, nós mesmos somos aceitos juntamente com Ele como um sacrifício
vivo, santo e agradável a Deus (Rm 12.1-2).
Assim, só podem adorar o Pai em espírito e em verdade
aqueles por quem Cristo morreu e que, em consequência, foram gerados para uma vida espiritual.
III – JESUS E A VONTADE DO PAI (VV.27-42)
Com a chegada dos discípulos, surge nova oportunidade para o Mestre tratar acerca de coisas
espirituais a partir das circunstâncias naturais daquele momento.
Surpresos com a cena que
presenciavam do Mestre conversando com uma mulher – e uma mulher samaritana! – os discípulos
parecem esperar uma explicação e recebem-na de forma enigmática, mas que revela como tudo aquilo
com que eles se preocupavam era apenas circunstancial, secundário, em relação ao verdadeiro interesse
do Senhor Jesus. “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra”.
Não foi para
descansar e se abastecer de comida que eles haviam parado naquele lugar; era para que Jesus se
revelasse antecipadamente aos samaritanos como o Cristo e eles se alegrassem na Sua luz. Notemos que
o próprio Jesus proibiu que os discípulos pregassem aos samaritanos, como também aos gentios,
durante o tempo do Seu ministério terreno (Mt 10.5).
Mas, nesta ocasião, Ele os adverte que ainda
seriam enviados a colher onde outros haviam semeado e, poucos anos depois, os discípulos voltariam ali
para realizar uma abundante colheita (At 8.5-8).
CONCLUSÃO
Mais uma vez nos surpreendemos com a simplicidade e profundidade da graça e verdade de
Deus revelada em Seu Filho Jesus, em uma circunstância aparentemente tão casual, mas que havia sido
planejada por Deus para aí manifestar a Sua vontade soberana – a Sua vontade de dar a vida eterna ao
homem, no conhecimento de Cristo Jesus – e na qual vontade claramente o Filho teve grande satisfação
e alegria por poder cumpri-la.
PARA USO DOS PROFESSORES
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO
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