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LIÇÃO 1
O VERBO SE FEZ CARNE
TEXTO ÁUREO: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1.14).
TEXTO ÁUREO: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1.14).
LEITURA BÍBLICA: JOÃO 1.1-14
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje iniciamos o estudo do Evangelho segundo João. Vamos nos voltar para os ricos
ensinamentos desse evangelho a respeito da pessoa divina e gloriosa do Filho de Deus e da abundante
graça e verdade que Ele trouxe ao mundo. Vamos começar analisando o prólogo (ou introdução) do
quarto evangelho, onde encontramos ensinamentos básicos para compreendermos o propósito geral
desta escritura e a linguagem peculiar do apóstolo que a redigiu.
I – A DIVINDADE DO VERBO (VV. 1-5)
A diferença entre o quarto evangelho e os evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) não
está apenas no relato exclusivo de certos episódios da vida de Cristo, ou no seu conteúdo mais
explicativo. O apóstolo e evangelista João procura o tempo todo apresentar a pessoa do Salvador de um
ponto de vista único, enfatizando a Sua divindade. Por isso ele começa o seu relato, não nos primeiros
dias do ministério de Cristo na terra, nem no anúncio da Sua concepção no ventre de Maria; ele começa
na eternidade passada, antes da criação do mundo. É aí que vamos encontrar pela primeira vez a Cristo,
existindo e estando com Deus “no princípio”.
Quando criou os céus e a terra, Deus não estava “só”, por assim dizer. Ele desfrutava da
companhia exclusiva, suficiente e aprazível de Seu Filho, em perfeita e gloriosa comunhão (Jo 17.5; Pv
8.22-31). Neste prólogo, João identifica o Filho como o Verbo (a Palavra), para que entendamos que
Deus não pode ser concebido sem o Filho, pois é através da Palavra que a Mente divina Se revela e
realiza a Sua vontade; por isso também é dito que o Verbo era Deus. Esta é uma das afirmações mais
categóricas das Escrituras sobre a divindade de Jesus Cristo. E aqui encontramos também o verdadeiro
princípio do Evangelho: aqu’Ele que veio para salvar o mundo é, antes de tudo, o próprio Criador e
legítimo Senhor de todas as coisas (Cl 1.14-20).
Como Criador de todas as coisas, o Verbo é aqu’Ele que comunica a vida de Deus. Sem Ele,
nada pode subsistir. Ele é “a Palavra da Vida” que estava junto do Pai. Mas aos homens Ele comunica
essa vida num grau superior ao da mera existência natural – a vida é para eles como luz. Esta é uma
palavra muito importante em João, pois dá uma conotação espiritual à vida que Jesus veio trazer ao
mundo – Ele veio trazer a verdadeira vida, a vida eterna (1 Jo 1.1-2). Essa vida é comparada à luz porque
consiste no entendimento da verdade, comunicado pelo Espírito ao coração, em oposição à ignorância
do pecado presente no homem natural – cujas obras são comparadas às trevas (Jo 3.19-21; 17.3).
II – O TESTEMUNHO ACERCA DO VERBO (VV. 6-13)
Oportuna é a consideração que o apóstolo faz sobre o seu homônimo – João Batista. Como as
trevas em que os homens se encontram os impedem de compreender e apreciar a luz que resplandece em
Cristo, aprouve a Deus enviar um dentre eles mesmos, para que pelo seu testemunho os homens
pudessem crer. A palavra testemunho também é de grande valor neste evangelho, pois denota a convicção
que muitos alcançaram de que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus. E o propósito de João é apresentar alguns desses testemunhos e o seu próprio – o do “discípulo a quem Jesus amava” – a fim de corroborar
os seus leitores na fé em Jesus e assim torná-los inteiramente seguros de que n’Ele possuem a vida eterna
(Jo 20.30-31).
Voltando para João Batista, consideremos que tão poderoso foi o seu testemunho que o apóstolo
precisou distingui-lo de Cristo com as palavras: “não era ele a luz”; e logo depois volta a menciona-lo,
procurando destacar como o próprio Batista reconhecia a sua inferioridade em relação àqu’Ele a quem
anunciava (vv. 15, 19-23). Seus ouvintes pareciam não ter entendido bem o seu papel, não concebendo
uma obra maior do que aquela que este santo homem de Deus realizava entre eles. Mas, pelo
testemunho do Espírito, João anunciou alguém que era “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do
mundo” (v. 29), “o que batiza com o Espírito Santo” (v. 33), enfim, o próprio “Filho de Deus” (v. 34).
Contudo, apesar desse e de outros testemunhos, o evangelista lembra seus leitores qual foi a
recepção que a luz encontrou entre os homens: “o mundo não o conheceu”. Mesmo os judeus, que
dentre todos os povos eram uma propriedade peculiar do Senhor, não creram no testemunho e por isso
“não o receberam”. E então introduz um dos pontos críticos do quarto evangelho, onde substitui o ser
judeu segundo a carne pelo ser filho de Deus por obra do Espírito, e este privilégio pertence a “tantos
quantos creram” no nome de Cristo. Aqui João vislumbra os gentios, que em outros passos deste
evangelho também são referidos como objeto do amor de Deus, “outras ovelhas” e “filhos que andavam
dispersos”.
III – A ENCARNAÇÃO DO VERBO (V. 14)
Finalizando essa introdução ao seu evangelho, o apóstolo passa ao fato não menos importante
da encarnação de Cristo. E, tendo considerado a preexistência e divindade do Verbo, agora ele pode
afirmar categoricamente que foi o mesmo Verbo, que estava com Deus no princípio, que se fez carne e
habitou entre nós. Cristo Jesus assumiu verdadeiramente nossa forma, em tudo se fazendo semelhante a
nós; e, em outra ocasião, o mesmo apóstolo expressa grande zelo por esta verdade (1 Jo 4.1-3). Mas não
quer que esqueçamos que Ele jamais deixou de ser o glorioso e eterno Filho unigênito de Deus, em nada
se privando do Seu caráter santo e da Sua comunhão perfeita com o Pai (Cl 2.9). Ao longo deste
evangelho vamos constatar essa harmonia perfeita entre Pai e Filho, que as limitações impostas pela
encarnação de modo algum diminuíram ou obscureceram.
Se muitos não podiam ver beleza exterior para deseja-l’O, outros tantos – entre eles o próprio
apóstolo – viram a Sua glória na expressão do Seu caráter em obras e palavras. Tudo o que Cristo disse
e fez manifestava graça e verdade divinas tão abundantes e perfeitas que Ele não podia ser outro, senão
o próprio Filho de Deus, tocado, visto e ouvido pelos homens. Por isso também, comparado a Moisés, a
vinda de Cristo a este mundo representou algo muito mais excelente e impactante. A Lei é boa e santa,
mas nela encontramos uma revelação parcial do caráter de Deus – necessária, mas insuficiente para
comunicar aos homens a plenitude da verdadeira vida, que consiste em graça e verdade. Cristo vem ao
mundo trazer essa plenitude, na revelação do que antes estava oculto – Deus, o Pai tal como o conhece
o Filho (Mt 11.27).
CONCLUSÃO
Este evangelho revela as grandezas e glórias da pessoa de Cristo Jesus, em um grau
incomparável ao dos outros evangelhos, não por falta de inspiração, mas por serem diferentes os seus
propósitos. Em João encontramos sólida e profunda doutrina para corroborar a fé tanto dos mais
experientes quanto dos que estão no começo do seu discipulado cristão. Mas também serve à
evangelização daqueles que estão de fora que talvez careçam de uma apresentação própria do evangelho
que os leve a ver Jesus Cristo além dos limites terrenos descritos nos sinóticos.
PARA USO DO PROFESSOR
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AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
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