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LIÇÃO 5
A AUTORIDADE DO FILHO
TEXTO ÁUREO:
“Porque o Pai ama o Filho, e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas, para que vos maravilheis” (Jo 5.20).
LEITURA BÍBLICA: JOÃO 5.1-15
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos o episódio da cura do paralítico que jazia junto ao tanque de Betesda e o discurso de Jesus que se seguiu a esse milagre. Mais uma vez, o propósito desta narrativa não é simplesmente o de mostrar o poder de Cristo em devolver a saúde física a um homem enfermo.
A ocasião do milagre e o conteúdo do discurso revelam que Jesus havia realizado esta obra em estrita
obediência e consonância com a vontade do Pai, tal como somente o Filho poderia ter realizado.
I – JESUS E O PARALÍTICO (VV. 1-9)
Jesus está mais uma vez presente em Jerusalém, por ocasião de uma festa não identificada pelo evangelista que, desta vez, chama nossa atenção para um evento que se deu junto ao tanque de Betesda.
Ali, de tempos em tempos as águas eram movidas por um anjo e aquele que primeiro descesse até elas seria curado de suas enfermidades. Isto atraía grande multidão de “enfermos, cegos, mancos e ressicados, esperando o movimento da água”.
Desnecessário dizer que, dessa grande multidão, apenas um seria curado, enquanto todos os demais permaneceriam doentes até que o evento miraculoso acontecesse novamente.
Este quadro nos mostra a terrível necessidade espiritual do povo judeu, refletida na proliferação de enfermidades físicas; ao mesmo tempo em que os recursos de que dispunham para encontrar alguma forma de alívio para suas aflições eram muito escassos.
Mas é a um dos menos afortunados naquelas condições que nosso Salvador volta Sua atenção.
Aquele homem que há trinta e oito anos se encontrava enfermo e acamado jamais poderia se beneficiar de um milagre tão esporádico e que exigia tanto esforço para ser alcançado. Por isso notemos também que, diferente da maioria das narrativas de milagres dos outros evangelhos, a iniciativa do milagre aqui pertence a Cristo, e não ao que é beneficiado pelo milagre, ou à fé pessoal deste no Salvador (compare Mt 9.20-22). Aquele homem enfermo parecia desesperado da própria cura, ao considerar suas limitações para alcançar as águas do tanque, e também ignorava o poder daqu’Ele que estava falando com ele.
Tudo o que Jesus lhe pergunta é se ele realmente queria ser curado: “Queres ficar são?” e, com uma palavra, o enfermo é completamente restaurado à saúde: “Levanta-te, toma o teu leito, e anda”.
O fato de Jesus ter praticamente restaurado à vida um homem acamado, levantando-o da sua enfermidade crônica, em si já representa um grande sinal, como veremos no tópico III.
Mas, no momento, o que chama a atenção dos judeus é a suposta violação do sábado, seja no homem levando a sua cama, seja no próprio Jesus tendo realizado o milagre.
II – JESUS E O SÁBADO (VV. 10-17)
Sob a autoridade daqu’Ele que o havia curado, o homem toma o seu leito e segue o seu caminho, ao que é lembrado pelos judeus de que aquele dia era sábado e, de acordo com sua excêntrica interpretação da lei, não podiam realizar nenhuma atividade que se assemelhasse a trabalho servil (compare Mt 12.1-2).
Informados de que a ordem para levar o leito fora dada pelo mesmo que havia curado o homem, eles caem na hipocrisia de afirmar que nem o milagre se justificava no dia de sábado negando a própria finalidade para a qual esse dia havia sido consagrado por Deus, para o benefício do homem (Mc 2.27; Lc 13.11-16).
A resposta de Jesus aos seus contestadores: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”, aponta para duas coisas: primeiro, que Deus não precisa descansar e jamais interrompe a Sua obra no
mundo, inclusive no sábado (Is 40.28).
De fato, Ele é o único que pode “violar” o sábado, por assim dizer, pois Ele está acima do sábado. Logo, tudo o que é feito em Seu nome ou sob Sua autoridade nesse dia não constitui transgressão da lei do sábado; e curar um homem enfermo certamente é uma obra de Deus, realizada sob Sua autoridade e pelo Seu poder (Mt 12.5; Jo 7.23).
Em segundo lugar, Jesus se identifica como o Filho Unigênito de Deus e, portanto, como aqu’Ele que tem autoridade para fazer a Sua vontade no dia de sábado, à semelhança de Seu Pai (Mt 12.6-8).
III – JESUS E A OBRA DO PAI (VV. 18-29)
A partir da declaração da autoridade de Cristo sobre o sábado, passamos a uma explicação ainda mais profunda sobre a Sua relação com o Pai. Parece que os judeus entenderam essas palavras como uma declaração de autoridade independente e igual à de Deus, como se Jesus estivesse se fazendo um segundo deus – o que seria uma blasfêmia.
Contudo, o Senhor esclarece que, por ser Filho, a Sua autoridade não vinha de Si mesmo, mas do Pai, a quem Ele se subordinava para cumprir toda a Sua vontade, e não a Sua própria (v. 30). Em outras palavras, tudo o que Cristo fazia era a obra que o próprio Pai havia determinado na eternidade.
Como Ele mesmo já havia dito, esta era a razão da Sua vinda a este mundo: “fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra” (Jo 4.34).
O milagre operado no sábado era apenas uma demonstração de coisas ainda maiores que Jesus, como o Filho Unigênito, haveria de realizar. Cristo havia levantado um homem do leito de enfermidade
– de certa forma, vivificado esse homem.
O sinal contido neste milagre é explicado nas palavras de que o Filho recebeu o poder de “vivificar aqueles que quer” e de exercer todo o juízo. Isto quer dizer que aprouve ao Pai confiar ao Filho toda a Sua obra neste mundo, a ponto de colocar nas mãos de Cristo Jesus o destino eterno de todos os homens e assim cumprir o Seu propósito superior de glorificar a Seu próprio Filho (Jo 17.4-5; Fp 2.9-11).
Jesus prossegue explicando que esse poder de vivificar e exercer o juízo dizia respeito a um tempo que já havia chegado, onde não todos, mas muitos dos que se encontravam espiritualmente mortos seriam vivificados pela palavra de Cristo, ou por ouvirem a Sua voz – assim como havia curado, à Sua discrição, um dentre a multidão de enfermos que jaziam junto ao tanque de Betesda.
Mas, se isto os impressionava, o Senhor também se refere a um tempo futuro em que todos, não mais alguns, ouvirão a Sua voz, e literalmente sairão dos seus sepulcros para receberem a recompensa de suas obras, seja para a vida ou para a condenação.
Esta é a ressurreição do último dia, aguardada pelos próprios judeus (At 24.15) e agora confiada ao Filho.
Ele exercerá o Seu poder de julgar e condenar conforme à rejeição que os homens tiverem feito à Sua graça e verdade (Jo 3.18-19, 36; 12.47-50).
CONCLUSÃO
O milagre narrado neste capítulo aponta para a autoridade de Jesus como o Filho de Deus e, tendo sido realizado no sábado, para a Sua total dependência do Pai.
Deus confiou a Cristo todas as coisas, todas as Suas obras, e a Ele um dia todos hão de se voltar, atendendo ao Seu chamado, seja para entrarem no pleno desfrutar da vida eterna, ou para serem entregues ao desprezo e esquecimento eterno.
PARA USO DOS PROFESSORES
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
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