MP3 PARA DOWNLOADS
LIÇÃO 6:
ORIENTAÇÕES SOBRE A VIDA CONJUGAL
TEXTO ÁUREO:
“Irmãos, cada um fique diante de Deus no estado em que foi chamado” (1 Co
6.24).
LEITURA BÍBLICA: 1 CORÍNTIOS 7.24-33
INTRODUÇÃO
Após repreender os coríntios pelo seu desregramento moral, e por sua indiferença em relação ao
pecado da fornicação, o apóstolo passa a apresentar o conselho de Deus para uma vida conjugal
santificada, de acordo com a Sua vontade. Por vida conjugal, nos referimos tanto à relação entre marido
e mulher, como também ao modo de viver que convém aos não casados, quer solteiros ou viúvos.
I – ORIENTAÇÕES GERAIS (VV. 1-9)
No assunto que apresenta neste capítulo, o apóstolo afirma estar respondendo a questões que os
próprios coríntios haviam lhe proposto. Parece que tinham dúvidas sobre qual seria o melhor estado
para o homem servir a Deus, ou se havia alguma orientação do Senhor sobre se deveriam se casar ou
permanecer solteiros.
À luz da própria circunstância caótica da depravação moral do seu tempo (que não
era muito diferente dos nossos dias), Paulo propõe o casamento como o remédio para a fornicação, a
incontinência ou o “abrasar-se” (vv. 2, 9).
Contudo, mesmo os irmãos coríntios, para os quais o casamento era a saída inevitável para se
livrarem dos muitos problemas que tinham com a imoralidade, deviam saber que não eram obrigados a
se casar.
Esta não era uma condição indispensável para servir ao Senhor, mas antes uma permissão (v.
6). É perfeitamente possível agradar a Deus estando sozinho, e o apóstolo diz que é bom estar assim, até
mesmo recomendando aos solteiros e viúvos que permaneçam assim (vv. 1, 7, 8).
Mas aqui ele também
pondera o fato de que o ser solteiro, ou casado, é um dom de Deus, e cada um o recebe de uma maneira.
Sobre isto ele ainda tratará mais adiante.
Uma vez que a solução para a imoralidade é o casamento, Paulo chama a atenção, tanto do
marido como da mulher, para os princípios a serem observados no seu relacionamento conjugal, a fim
de que esse remédio divino seja eficaz para promover a santificação de ambos.
Um deve prestar ao outro
a devida “benevolência” do relacionamento íntimo, uma vez que, pelo casamento, ambos formaram um
só corpo, de modo a pertencer um ao outro (v. 4). E privar-se do relacionamento conjugal seria expor-se
às tentações do diabo (v. 5).
II – ORIENTAÇÕES PARTICULARES AOS CASADOS (VV. 10-24)
Em contraste com a permissão e recomendação apostólica dos versos anteriores, Paulo apresenta
agora aquilo que o próprio Senhor havia determinado quanto ao casamento: “que a mulher não se aparte
do marido” (v. 10).
À luz do que encontramos em outras passagens das Escrituras (cf. Ml 2.16; Mt 19.4-
6), o divórcio é um ato inadmissível por parte do crente, a menos que o cônjuge, incrédulo ou infiel à
vontade do Senhor, se aparte.
Neste caso, o fiel não está livre para se casar novamente, mas deve ou
buscar a reconciliação, ou permanecer só (v. 11).
Paulo, contudo, recomenda aos irmãos considerem que,
quando o cônjuge incrédulo permanece, o fiel beneficia o infiel pela santificação de seu relacionamento,
e mesmo os filhos são alcançados pela influência da graça de Deus na vida do cristão (v. 14).
Mas, considerando também que haverá casos em que o incrédulo não desejará permanecer unido
ao crente, o apóstolo recomenda ao fiel que se resigne à vontade divina, pois a salvação pertence à
eleição e soberania de Deus (v. 16).
Por outro lado, isto também manifesta o chamado de Deus para o
estado em que o crente deve andar: se deve permanecer só, que considere isto um chamado para a paz
(v. 15).
Aproveitando o caso daqueles que são abandonados por seus cônjuges, Paulo introduz a questão
do chamado de Deus de uma forma mais ampla e geral. Ninguém é obrigado a deixar sua condição ou
estado em que está quando é alcançado pelo evangelho, podendo permanecer solteiro, servo, incircunciso, e servir perfeitamente ao Senhor assim.
Se é possível ao servo se ver livre da sua servidão,
que aproveite a ocasião (v. 21). Mas o importante é não se colocar sob um jugo para o qual Deus não o
chamou (v. 23).
III – ORIENTAÇÕES PARTICULARES AOS SOLTEIROS E VIÚVOS (VV. 25-40)
Paulo passa a orientar aqueles que, como ele, viviam sozinhos e, à luz do seu próprio exemplo, e
na condição de um apóstolo de Cristo, sábio e cheio do Espírito Santo (vv. 25, 40), apresenta alguns
conselhos.
Por “virgens”, ele se refere tanto a mulheres como homens solteiros que mantêm a pureza de
uma vida casta, e que vencem a incontinência, o “abrasar-se” e, naturalmente, a fornicação. Quanto aos
que não podiam vencer a imoralidade, ele já havia recomendado que se casassem.
Àqueles, porém, o
apóstolo recomenda que permaneçam no seu chamado, ficando solteiros (cf. Mt 19.12). Caso insistissem
em se casar, não pecariam, mas, uma vez que não sofriam com as tentações da incontinência, ele
considera que estes não tinham necessidade de se casar.
O casamento apenas traria tribulações na carne
(v. 28).
O que o apóstolo tem em vista ao fazer estas recomendações é a circunstância do tempo em que
nos encontramos. O tempo se abrevia (v. 29), e convém que nos apliquemos em servir ao Senhor sem
impedimentos, embaraços ou coisas que desviem nossa atenção do reino de Deus (v. 35).
Tanto o
solteiro como o casado podem e devem servir a Deus de tal forma, mas o solteiro, naturalmente, por não
estar comprometido a mulher e filhos pelos laços do matrimônio, tem melhores condições de aplicar-se
sem reservas ao Senhor (vv. 32-34).
Finalizando suas orientações neste assunto, Paulo alivia as consciências daqueles que, de alguma
forma, ou por algum motivo, considerassem necessário casar-se (v. 36), e louvando a atitude do que,
tendo domínio sobre sua vontade, e não havendo qualquer necessidade de casar-se, resolveu permanecer
sozinho (v. 37). Não se esquecendo das viúvas, ele aplica os mesmos princípios, lembrando, em primeiro
lugar, que a lei do casamento mantém os cônjuges unidos até a morte (v. 39); e depois, que a condição
da viúva é como da virgem, ficando livre para se casar, “contanto que seja no Senhor”.
CONCLUSÃO
Ser solteiro ou casado não faz o cristão melhor para Deus. Tanto de um como de outro o Senhor
requer a santificação em todos os seus relacionamentos, na condição em que foi chamado.
Se é absolutamente necessário casar, que o crente considere isto como um meio de glorificar a Deus. Se não é
necessário casar, que o solteiro aproveite o seu chamado para glorificar ainda mais a Deus, servindo-O
sem impedimentos.
PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA
PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Nenhum comentário:
Postar um comentário