07 janeiro 2016

002-As cartas às sete igrejas - Apocalipse Lição 02 [Pastor Afonso Chaves]05jan2016


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       LIÇÃO 2:
       AS CARTAS ÀS SETE IGREJAS

       Leitura Bíblica: Apocalipse 3.14-22
           
           Introdução
         Já vimos que o Livro de Apocalipse foi originalmente escrito às sete igrejas da província romana da Ásia, a saber: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia (Ap 1.4, 11).
Na sua primeira visão, João viu o Senhor Jesus tanto estando entre os sete castiçais de ouro (Ap 1.12,13) - que são as igrejas - como tendo na sua destra as sete estrelas (Ap 1.16), que são os anjos das igrejas (Ap 1.20). Isto quer dizer que Ele está presente no meio das igrejas, e também tem o controle e o domínio total sobre aqueles que Ele  mesmo constitui como mensageiros das Suas igrejas.
Na sequência dos capítulos 2 e 3, veremos que, antes de desvendar os desígnios gerais de Deus, o Senhor Jesus dirige, através de João, uma mensagem particular a cada igreja, seus membros e líderes.

           I - A Estrutura comum das Cartas
          A mensagem das cartas é primeiramente direcionada aos anjos, isto é, aos mensageiros das igrejas ("Escreve ao anjo da igreja..."), que perante Deus são os primeiros responsáveis pela situação espiritual em que suas respectivas igrejas se encontram (Mt 24.45-51; 1Pe 5.1-4; Hb 13.17).
Mas como estas sete igrejas representam a totalidade das igrejas, ou ainda, a Igreja de Deus em todos os tempos, até a volta de Cristo (Ap 22.16), assim cada uma destas cartas, e todas elas ao mesmo tempo, servem para a instrução de todos nós ("Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas").
Apesar das características particulares de cada carta, todas elas apresentam uma estrutura comum, na qual podemos destacar basicamente quatro elementos: 1) o Senhor Jesus se identifica, por uma descrição simbólica, como o autor da carta; 2) apreenta a situação da igreja, apontando o que é aprovado por Ele, e ou o que Ele reprova; 3) exorta ou corrige a igreja, de acordo com a necessidade do caso; e 4) anuncia uma promessa de recompensa aos que vencerem.
Como esta seção de Apocalipse já foi objeto de um estudo mais minucioso em ocasião anterior e recente, nesta oportunidade faremos apenas alguns destaques importantes em cada uma das sete Cartas.

            II - Alguns destaques nas Cartas a Éfeso, Esmirna, Pérgamo e Tiatira (2.1-29)
               À igreja de Éfeso (AP 2.1-7), o Senhor chama a atenção para o esfriamento do amor para com Deus (Mt 24.12). Por outro lado, estavam em harmonia com Cristo aborrecendo as obras dos nicolaítas ("as quais eu também aborreço") - estes identificados pelo nome de algum homem, e não de Cristo Jesus (Mt 15.8,9; At 20.29,30; 1Tm 1.3,4; 2Tm 4.3,4).
              À igreja de Esmirna (Ap 2.8-17), o Senhor não fa nenhuma correção em particular, mas lembra-os de que não deixariam de passar por tribulação (At 14.22; 2Tm 3.10-12), a qual poderia se estender por tempo indeterminado ("dez dias" aqui simbolizando multiplicidade - muitos dias), e que poderia inclusive levar à morte de alguns ("Sê fiel até a morte"). Mas a promessa deixada é a de vitória total sobre a morte ("dar-te-ei a coroa da vida" e "não receberá o dano da segunda morte", a morte eterna - Cf. Ap 20.14,15;21.8).
               À igreja de Pérgamo (Ap 2.12-17), o Senhor recomenda a sua perseverança e fidelidade, mesmo estando num mundo onde Satanás domina ("o trono de Satanás", Cf. Jo 16.11; 2Co 4.4; 1Jo 5.19). Cita o caso particular de Antipas, uma testemunha que, como muitas outras, foi fiel até a morte (Mt 24.9; At 7.55-60; 21.13).
         À igreja de Tiatira (Ap 2.18-29), o Senhor reprova a tolerância para com certa Jezabel que, à semelhança de sua homônima na história bíblica (1Rs 16.31-33; 18,17-18), desviava o povo da adoração a Jeová para se prostitui com Baal. Os filhos espirituais gerados a partir do falso ensinamento desta mulher não são reconhecidos por Deus e, por isso, morreriam.

         III - Alguns destaques nas cartas a Sardes, Filadélfia e Laodicéia (3.1-22)
           À igreja de Sardes (Ap 3.1-6), o Senhor apenas chama a atenção para o seu grave estado espiritual ("estás morto"), exortando ao arrependimento e à vigilância (Rm 13.11-14; Ef 5.14-17; 1Ts 5.4-8). Contudo, ainda havia alguns fiéis, e a esses o Senhor conhecia, e os preservaria para a vida eterna ("comigo andarão de branco").
            À igreja de Filadélfia (Ap 3.7-13), o Senhor não faz nenhuma repreensão; é provado no mundo, inclusive por aqueles que se diziam ser povo de Deus ("os que se dizem judeus e não são, mas mentem", Cf. Jo 8.42-44, 16.2,3; Ap 2.9), tendo grande paciência e perseverança ("guardaste a minha palavra" e não negaste o meu nome"); e a promessa correspondente é a de uma posição inabalável ("coluna no templo do meu Deus") e de reconhecimento diante de Deus (Mt 10.32,33).
              À igreja de Laodicéia (Ap 3.14-22), o Senhor reprova o seu amor pelo mundo que a divide na lealdade para com Deus ("não és frio ou quente"), mas ainda assim é amada por Cristo e exortada ao arrependimento (Cf Hb 12.6-8; Tg 4.4-10).

               Conclusão
               O Senhor nos repreende porque nos ama, e nos trata de acordo com nossas verdadeiras necessidades espirituais, ora nos exortando à perseverança, ora nos corrigindo para o arrependimento, ora nos incentivando e consolando por meio de Suas gloriosas promessas.

PARA USO DOS PROFESSORES

AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira



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