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LIÇÃO 7
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO
TEXTO ÁUREO: “Como também está escrito no Salmo segundo: Meu filho és tu; hoje te gerei. E que o ressuscitaria dos mortos, para nunca mais tornar à corrupção, disse-o assim: As santas e fiéis bênçãos de Davi vos darei. Pelo que também em outro Salmo diz: Não permitirás que o teu Santo veja corrupção.” (Atos 13.33-35)
LEITURA BÍBLICA: 1 CORÍNTIOS 15.1-8
INTRODUÇÃO Após termos estudado a morte de Cristo Jesus à luz do ensino bíblico, e considerarmos a previsão, as circunstâncias e consequências deste evento, faremos o mesmo em relação à Sua ressurreição. E isto não apenas porque ambos os eventos estão histórica e cronologicamente relacionados, mas porque a ressurreição de Cristo é a prova inconteste da Sua divindade, isto é, de que Ele é o Filho de Deus. E, representando Sua vitória sobre a morte, a ressurreição de Cristo é a garantia de que o Seu sacrifício permanecerá para sempre como uma oferta eficaz e suficiente para assegurar a nossa propiciação diante de Deus e, eventualmente, nossa própria ressurreição.
I – A PREVISÃO DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO As previsões e prefigurações da ressurreição de Cristo podem ser encontradas em tantas passagens das Escrituras quantas são aquelas que apontam para a Sua morte. Isto porque, sendo a obra de Cristo salvar os homens não apenas dos seus pecados, mas da própria morte que sobre eles reinava, era necessário que tanto Ele morresse para expiar os pecados, como ressuscitasse para aniquilar a morte. Assim, na promessa de que o descendente da mulher esmagaria a cabeça da serpente podemos apontar a previsão implícita da vitória de Cristo sobre o diabo, tanto ao morrer na cruz, como também ao ressuscitar, pois aí demonstrou que a morte – e, portanto, o diabo – não tinha poder sobre ele (Sl 16.8-10; At 2.24-27, 30-31). Do mesmo modo o profeta Isaías, depois de anunciar os sofrimentos que sobreviriam ao Servo do Senhor, pelos quais derramaria a Sua alma na morte e assim seria cortado da terra dos viventes; acrescenta uma previsão da Sua ressurreição gloriosa, pela qual Ele contemplaria e se alegraria sobre as nações da terra cujos pecadores, perdoados e justificados, ser-lhe-iam entregues qual grande despojo a um rei triunfante em batalha (Is 53.10-12; Sl 2.6-8; cf. At 13.32-34). Consideremos ainda que, sob o aspecto da Sua glorificação como rei das nações, ou rei dos reis, seria através da ressurreição que o Cristo, tendo sido rejeitado pelo mundo e pelo Seu próprio povo, e entregue para ser morto, seria sumamente engrandecido e glorificado, sentando-se à destra de Deus, de onde contemplaria aqueles que O rejeitaram serem completamente destruídos (Sl 118.22-23; At 4.10-12). Já estudamos também que os sacrifícios que se ofereciam segundo a lei prefiguravam a morte de Cristo; agora, podemos completar a análise da representação profética e simbólica do culto levítico apontando como o sacerdócio prefigurava a Sua ressurreição. Ora, a ineficácia do sacerdócio araônico não se devia apenas à natureza e repetição dos sacrifícios de animais, mas também ao fato de os sacerdotes constituídos pela lei serem impedidos de permanecer para sempre por serem também pecadores, sujeitos à morte. Convinha-nos, portanto, além de um sacrifício perfeito e suficiente, um sacerdote que, pela virtude de uma vida incorruptível, permanecesse para sempre diante de Deus intercedendo em nosso favor. Somente Cristo poderia ser um sacerdote dessa ordem, tanto em razão da Sua natureza divina, excelsa, pura e perfeita, como em razão da promessa: “Tu és sacerdote eternamente” – o que só poderia se cumprir se, depois de oferecer Sua vida em sacrifício, Ele ressuscitasse dos mortos (Sl 110.1-10; Hb 7.23-28).
II – CIRCUNSTÂNCIAS DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO Assim como a morte de Cristo foi acompanhada por diversos sinais, do mesmo modo Sua ressurreição ocorreu em circunstâncias testemunhadas por centenas de pessoas e que provam, de forma inequívoca, que o mesmo Jesus que havia padecido na cruz e sido sepultado verdadeiramente havia ressuscitado dentre os mortos. Consideremos as evidências da ressurreição testemunhadas no próprio local em que o Senhor havia sido sepultado: ali, os soldados romanos foram os primeiros a testemunhar a intervenção poderosa dos anjos que removeram a pedra da entrada do sepulcro de modo tão inequívoco que, assombrados, voltaram aos líderes dos judeus e relataram o que haviam visto, e só puderam ser calados por meio do suborno. Por sua vez, às mulheres que foram ao sepulcro pela manhã os mesmos anjos testificaram da ressurreição de Jesus, indicando o local, agora vazio, onde jazia o Seu corpo (Mt 28.1-8, 11-15; Lc 24.1-8). A este testemunho acrescenta-se o de Pedro e João que, informados pelas mulheres, correram até o sepulcro e também constataram que estava vazio (Lc 24.12; Jo 20.1-8). Ao que indicam os evangelhos, as mulheres também foram as primeiras a verem o Senhor Jesus ressuscitado e, em particular, Ele se apresentou a Maria Madalena (Mt 28.9-10; Jo 20.11-18); depois, aos discípulos no caminho de Emaús e, em seguida ou talvez um pouco antes, a Pedro; finalmente, apresentou-se também aos onze, cuja incredulidade diante dos relatos anteriores manteve-se mesmo quando O viram com os seus próprios olhos. Assim, foi necessário primeiro demonstrar, com muitas e infalíveis provas, que Jesus havia de fato ressuscitado, para poder então, no período de quarenta dias que se seguiu, tratar das coisas pertencentes ao reino dos céus (Mc 16.14; Lc 24.36-43). Depois disso, Ele ainda apareceu a muitos outros, não apenas dentre os apóstolos, mas dentre a multidão dos primeiros discípulos, seja antes de subir ao céu, seja depois – como no caso de Paulo (At 9.1-5).
III – CONSEQÜÊNCIAS DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO Com a ressurreição, cumpre-se tudo aquilo que as Escrituras haviam predito a respeito de Cristo, no sentido de que aos Seus sofrimentos se seguiria Sua glorificação. A ressurreição era o princípio da Sua entrada na glória celestial, que se completou ao cabo de quarenta dias, quando o Senhor Jesus ascendeu aos céus perante os olhos dos discípulos e, pouco depois, como sinal de que havia assumido Seu lugar à destra do Pai, derramou o Espírito Santo, como havia prometido (Lc 24.44-49; Mc 16.19; At 1.4-8; 2.33-36). Estêvão O viu em pé na Sua glória (At 7.55-56) e todo o olho ainda O verá, quando na mesma glória vier, na consumação dos séculos, para julgar as nações (Mt 25.31, 34; Ap 1.7). A ressurreição de Cristo, portanto, é o fundamento para a pregação do evangelho a todas as nações, pois através dela Deus anunciou a toda a criação que constituiu seu Filho como Rei, entregando-Lhe todo o poder e domínio nos céus e na terra, e que todos devem a Ele se submeter, ou do contrário terão de sofrer a Sua ira, pois certamente todos os Seus inimigos serão colocados debaixo de Seus pés, inclusive a morte (Mt 28.16-20; At 3.19-23; cf. Sl 2.9-10; 1 Co 15.24-26).
CONCLUSÃO Assim como a ressurreição de Cristo é prova de que Ele não foi vencido pela morte, mas antes a venceu na cruz; do mesmo modo podemos ter a certeza de que a morte também não terá domínio sobre nós, e que do mesmo modo ressuscitaremos, desde que morramos com Ele e como Ele todos os dias, enquanto vivermos esta vida.
PARA USO DO PROFESSOR