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LIÇÃO 13
A NOVA JERUSALÉM
TEXTO ÁUREO: “E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eís aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.” (Ap 21.3)
LEITURA BÍBLICA: APOCALIPSE 21.9-14, 22-27
INTRODUÇÃO Com a destruição do dragão e de todos aqueles que o seguiram, e a aniquilação do mal em todas as suas formas, chegamos à visão final do livro de Apocalipse, onde se nos revela o estado eterno dos santos com Deus, em novos céus e nova terra, na representação da Nova Jerusalém, a Esposa do Cordeiro. Ao que se seguem oportunas exortações à perseverança na santidade e paciência, sem as quais ninguém jamais poderá participar de tão maravilhosas e indizíveis glórias, as quais o próprio Senhor promete que em breve se manifestarão.
I – NOVOS CÉUS E NOVA TERRA (21.1-8) Com o julgamento e a condenação final dos mortos cujos nomes não se acharam escritos no livro da vida, e com a destruição da própria morte e do inferno (a sepultura), os céus e a terra desta criação terão passado juntamente com a velha ordem corrompida pelo pecado (“já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe”, “as primeiras coisas são passadas”), e uma nova existência, incorruptível e gloriosa, será inaugurada (“um novo céu, e uma nova terra”, “eis que faço novas todas as coisas”, vv. 1-8; cf. 2 Pe 3.7, 10-13). É nesse contexto que é apresentada a João a Igreja – a Nova Jerusalém, a Esposa do Cordeiro – já glorificada (“preparada como uma esposa, adornada para o seu marido”). Ela desce do céu para que o apóstolo possa contemplá-la, mas o céu é o seu lugar, para onde será arrebatada pelo Senhor, quando da Sua vinda, para estar sempre com Ele (“de Deus descia do céu”, cf. Fp 3.20; 1 Ts 4.17). Diante desse quadro da glória celestial reservada àqueles que forem fiéis até o fim, segue-se um convite amplo para todos os que desejarem participar dessas coisas (“quem quer que tiver sede”), uma exortação aos santos, que atenderam já ao convite e lutam para reter a dignidade de participar delas (“quem vencer”), e um alerta aos incrédulos e desobedientes (“quantos aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, etc).
II – A GLÓRIA DA NOVA JERUSALÉM (21.9-22.5) Após uma descrição mais sucinta do estado eterno dos santos, João é convidado a vislumbrar maiores detalhes e qualidades daquela que é “a esposa, a mulher do Cordeiro”. Mais uma vez, ela se apresenta adornada e vestida com os ornamentos que havia recebido do seu marido, o próprio Deus (“tinha a glória de Deus”, cf. Ap 12.1, 2), sendo os detalhes com os quais João a descreve, por uma limitação da linguagem humana para explicar a diferença entre coisas espirituais imensuráveis, apenas comparativos (“sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe”, cf. Ap 4.3). Notemos que, assim como a Igreja mantém a identidade do povo de Deus no passado, sendo a nova Jerusalém, muitos detalhes da sua descrição remontam a características do antigo Israel (“doze portas... nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel”, cf. Ap 7.4-8), aperfeiçoadas pela fé e obediência ao testemunho de Cristo Jesus (“o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro”, cf. Ef 2.19, 20). Outros detalhes ressaltam aspectos ou qualidades espirituais da Igreja, como sua ordem e simetria, qual edifício bem ajustado e edificado sobre a pedra principal, Cristo (“doze portas”, “doze fundamentos”, “a cidade estava situada em quadrado”, “doze mil estádios”, “o seu muro, de cento e quarenta e quatro côvados”, cf. Ef 4.15, 16). João ainda explica que Deus estará presente em tudo e em todos, santificando toda a cidade, e não mais apenas um dos seus edifícios (“o seu templo é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro”, “a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada”, “as nações dos salvos andarão à sua luz”), de maneira que todos, como reis e sacerdotes que são, terão pleno acesso a Deus para adorá-lo, e adorar ao Cordeiro, eternamente (“as suas portas não se fecharão”, “a ela trarão a glória e honra das nações”). Sob outro aspecto, a glória da Igreja é ilustrada pela abundante provisão de vida que terá em Cristo Jesus (“mostrou-me o rio puro da água da vida”, “no meio da sua praça, e de um e de outro lado do rio, estava a árvore da vida”, Ap 22.1-5).
III – EXORTAÇÕES FINAIS (22.6-21) Como palavras de conclusão ao livro, João dá testemunho da verdade de tudo o que viu e ouviu, e das palavras finais do Senhor Jesus, enviadas através do Seu anjo, para exortação do Seu povo. João é particularmente orientado a não deixar de divulgar e publicar estas palavras, pois elas eram para o seu tempo, assim como são para o nosso (“Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo”, vv. 6, 7, 10). Aos santos, o Senhor reforça a exortação à vigilância e à perseverança na santificação (“quem é justo, seja justificado ainda; e quem é santo, seja santificado ainda”, v. 11), pois somente farão parte da nova Jerusalém aqueles que, guardando a palavra de Deus até o fim, forem achados com as vestes limpas até aquele dia (“Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos”, ou “lavam as suas vestes no sangue do Cordeiro”, vv. 12-15). Quanto aos ímpios, se não desejam se arrepender, que continuem na sua impiedade, porque a medida do cálice de Deus está quase completa e Cristo cedo virá para dar a cada um segundo suas obras. Mas, até o fim, o apelo do Espírito de Deus, sustentado pela Igreja enquanto ela estiver neste mundo, permanecerá ecoando: “O Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem” (vv. 17-19). E assim João encerra o livro, expressando Sua esperança e anseio pelo dia glorioso da vinda do Senhor (“Ora vem, Senhor Jesus”, vv. 20, 21).
CONCLUSÃO A glória da Nova Jerusalém é a glória da Igreja, a bendita esperança da glória reservada para nós no céu, na qual o Senhor Jesus nos introduzirá se perseverarmos na obediência à Sua palavra e se vencermos este mundo com os seus males. Amemos e ansiemos por este dia, o dia da Sua vinda, que se aproxima mais e mais e muito em breve presenciaremos, pois todo o olho o verá.
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