30 outubro 2025

005-A Genealogia dos Filhos de Deus - Gênesis Lição 05[Pr Denilson Lemes]29out2025

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LIÇÃO 5 

A GENEALOGIA DOS FILHOS DE DEUS

TEXTO ÁUREO: “E a Sete mesmo também nasceu um filho; e chamou o seu nome Enos; então, se começou a invocar o nome do Senhor.” (Gn 4.26) 

LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 5.1-24 

INTRODUÇÃO Como ressaltamos na lição anterior, tendo nascido como uma compensação em lugar de Abel, que havia sido morto por seu irmão Caim, Sete encabeçou uma nova linhagem de descendentes de Adão que, muito diferentemente da prole de Caim, se destacariam pelo entendimento de que esta existência havia sido prejudicada pela entrada do pecado no mundo, e de que deveriam se voltar para Deus como o único que poderia livrá-los de uma morte que, de outro modo, seria inescapável. O capítulo 5 de Gênesis apresenta-nos essa linhagem e, por trás de uma narrativa aparentemente repetitiva, encerra importantes lições sobre o testemunho de fé e piedade deixado por aquelas primeiras gerações dos filhos de Deus. 

I – O PROPÓSITO DA GENEALOGIA DE SETE (5.1-20) No contexto mais amplo da história da salvação, podemos dizer que a genealogia dos filhos de Sete, assim como depois a dos filhos de Noé, tem o propósito de contar-nos como a inimizade entre os filhos dos homens e a serpente se perpetuou, na medida em que, deixada a promessa de redenção através da semente da mulher, nem todos os descendentes de Adão seguiram o caminho de Caim, mas uma linhagem perseverou em aguardar o seu cumprimento, e nessa esperança resistiu ao mal, e procurou agradar ao Senhor. Em outras palavras, a genealogia de Sete nos mostra que, embora o mundo tivesse sido dominado pelo pecado, Deus nunca ficou sem um testemunho entre os homens, mas sempre teve aqueles que, segundo a eleição da graça, invocaram o Seu nome e transmitiram a Sua promessa às gerações seguintes, até que se formasse o povo eleito pelo qual Deus abençoaria todas as famílias da terra – Israel (Rm 9.22-23; At 14.15-17; Gl 3.8). É importante observar que, ao alistar os nomes desta genealogia – assim como de outras – a Escritura considera apenas os homens e, no presente caso, cita por nome apenas um dentre outros filhos e filhas nascidos a cada geração. Assim, de Adão a Noé, são citados apenas dez nomes, cujo período de vida, somado, abrange toda a chamada era antediluviana – ou seja, da criação do homem até o dilúvio. Quanto aos demais filhos e filhas gerados a cada patriarca, não temos detalhes sobre quando nasceram, nem por quanto tempo viveram. Podemos entender, então, que aqueles citados por nome são os primogênitos dos seus pais, se não segundo a carne, com certeza segundo a eleição divina – cada um formando como que um elo na corrente da semente de piedosos que Deus desejou ter para Si ao formar toda a geração dos filhos dos homens a partir de um só casal, e entre os quais se cumpriria a promessa quanto à semente prometida (Ml 2.15; cf. Lc 3.23-38). Os números referentes ao ano do nascimento de cada um desses patriarcas, bem como ao ano em que tiveram seus “herdeiros” espirituais, e depois ao ano em que morreram, se considerados em seu valor literal (como de fato o devem ser), fazem todo o sentido, definindo o período cronológico de toda a era antediluviana, coincidindo o ano do dilúvio exatamente com o da morte de Metusalém, o último patriarca anterior a Noé (cf. Gn 5.25-27; 7.6). Podemos também vislumbrar, na longevidade daqueles primeiros homens, inclusive de Adão, um sinal da benevolência divina para com os fiéis em suas gerações, ao mesmo tempo em que percebemos que, quanto mais os filhos dos homens resistiram à longanimidade de Deus e ao Seu testemunho através dos Seus, ocorre uma redução cada vez maior dos anos de vida, inclusive dos patriarcas – embora, muito tempo depois, entre os fiéis é que ainda se acharão os homens de idade mais avançada (Gn 47.8-9; Sl 90.10). Notemos também que todos esses patriarcas foram contemporâneos uns dos outros, com exceção de Noé, que, embora tenha nascido depois da morte de Adão e Sete, poderia muito bem ter ouvido aquilo que seu pai, Lameque, teria ouvido diretamente daqueles primeiros patriarcas da humanidade – inclusive o relato da Criação, da Queda e dos outros acontecimentos que mais tarde seriam registrados no Texto Sagrado.  

II – ENOQUE E O SEU TESTEMUNHO (5.21-24) Apesar de a realidade da morte ser sido confirmada pelo assassinato de Abel – e mais tarde daqueles mortos por Lameque, descendente de Caim – é na genealogia de Sete que encontramos pela primeira vez a menção à morte natural – isto é, à morte após o homem ter cumprido sua sina sobre a terra: “No suor do teu rosto comerás o seu pão, até que te tornes à terra”. Neste sentido, não sabemos se algum dentre os filhos dos homens já a teria experimentado, mas o fato de a Escritura registrar a primeira morte como sendo a de Adão lembra-nos a inevitabilidade da morte após a entrada do pecado no mundo: “no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. Este evento bem pode ter causado grande choque entre os seus descendentes, removendo toda falsa segurança que a longevidade dos patriarcas poderia ter lhes sugerido, e enchido seus corações de ansiedade sobre quando eventualmente chegaria a vez de cada um deles, por mais extensos que fossem seus anos sobre a terra (cf. Ec 8.8; 9.4-5). Contudo, seguindo-se a cronologia dos eventos que a genealogia de Sete nos permite elaborar, eis que, poucas décadas após a morte de Adão, sobrevém a experiência de Enoque, o qual, tendo andado com Deus – isto é, vivendo pela fé e em comunhão com o Criador – foi tomado, ou arrebatado para não ver a morte. Evidência da sua piedade encontramos na citação de que o patriarca profetizou contra a impiedade que já grassava na terra em seus dias, anunciando a proximidade do juízo divino (Jd 14-15). Não resta dúvida, portanto, de que o seu traslado serviu de lição para aqueles que, pouco tempo antes, haviam presenciado a morte do primeiro homem, dando Deus testemunho de que havia se agradado de Enoque e recompensado sua fé livrando-o da própria morte (Hb 11.5). É verdade que nenhum outro depois dele – com exceção de Elias – foi do mesmo modo arrebatado para não ver a morte; mas fica a lição de que o Senhor Deus poderia, como ainda pode, salvar o homem dela; e, se não por um arrebatamento neste tempo, certamente pelo arrebatamento de todos os que n’Ele esperam, quer estejam vivos ou mortos, naquele grande e último dia (1 Co 15.51-54). 

III – NOÉ E A ESPERANÇA DE UM DESCANSO (5.25-32) O restante do capítulo enumera as gerações que se sucederam de Enoque até Noé, e sobre este a Escritura destaca a profecia que lhe valeu o nome, anunciada por seu pai: “Este nos consolará acerca de nossas obras e do trabalho de nossas mãos, por causa da terra que o Senhor amaldiçoou” (Noé significa alívio, conforto). Ao invés de entregar-se às alegrias passageiras desta vida, nas quais se refugiavam os demais filhos dos homens contra as agruras e ansiedades desta vida, Lameque desejava alcançar um repouso que somente Deus poderia lhe dar. E, assim como Enoque já havia anunciado que esse dia estava próximo, agora, com o nascimento de Noé, o patriarca discerniu que ali estava aquele por quem o Senhor realizaria o juízo contra aquela geração de pecadores, assim justificando aqueles que morreram na esperança desse dia, ao salvar apenas os seus descendentes fiéis – em prefiguração à destruição vindoura deste mundo dos ímpios, e da redenção final do povo de Deus (Mt 24.37-39; 2 Pe 3.3-7). Finalmente, consideremos ainda como, ao contrário do “formato” de toda a genealogia, três filhos de Noé são citados pelo nome, e não apenas aquele que seria o seu herdeiro espiritual, do qual Deus suscitaria o povo eleito, e a semente prometida. Tanto Cão como Jafé também serão importantes para a formação das nações que se espalharão e povoarão a terra após o dilúvio, e somente depois disso é que Sem será revelado como aquele em cujas tendas o Senhor havia escolhido habitar. 

CONCLUSÃO A linhagem dos filhos de Deus foi se definindo através das experiências espirituais, evidenciadas desde o princípio pela invocação do nome do Senhor e coroadas com o traslado de Enoque. Vendo neste sinal a misericórdia e boa vontade de Deus para com os fiéis, essa linhagem perseverou na esperança de uma redenção, cuja primeira representação estava prestes a se cumprir, por intermédio do último descendente dessa linhagem – Noé.

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25 outubro 2025

004-Os filhos de Adão - Gênesis Lição 04[Pr Denilson Lemes]24out2025

 

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LIÇÃO 4 

OS FILHOS DE ADÃO

TEXTO ÁUREO: “Não como Caim, que era do maligno e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas.” (1 Jo 3.12) 

LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 4.1-12 

INTRODUÇÃO Após a transgressão do primeiro casal ter se consumado e a sua queda daquele estado original no paraíso ter sido selada com a sua expulsão para fora do Éden, veremos como os primeiros descendentes de Adão lidaram com a dura realidade de um mundo dominado pela morte, corrupção e pecado. Ao passo que alguns seguiriam o curso natural das suas paixões e vaidades, outros se voltariam para o Criador, na esperança de que somente d’Ele viria a redenção. 

I – ABEL E O TESTEMUNHO DA FÉ (4.1-7) Dentre as muitas lições importantes que podemos extrair daquele momento de juízo que Adão e sua mulher tiveram de encarar antes de serem expulsos do jardim, uma delas é a de que, embora destituídos da glória de que desfrutavam no princípio, eles não haviam sido abandonados pelo Criador. Adão e seus descendentes teriam de provar completamente o amargo fruto daquela primeira transgressão, mas, em uma demonstração de que todas as adversidades pelas quais passariam contribuiriam para a realização de um propósito maior, redundando em seu benefício, o Senhor Deus deixa ao primeiro casal uma esperança e promessa de redenção. Como já observamos na lição anterior, primeiro anuncia que a semente da mulher esmagaria a cabeça da serpente; depois, faz a Adão e Eva túnicas de peles, para que pudessem cobrir a sua nudez. E somente depois disso é que o Criador os expulsa do jardim, a fim de que não tomassem da árvore da vida. Partindo desta lição, consideremos os fatos narrados no capítulo 4. A Escritura menciona o nascimento de dois filhos ao primeiro casal, Caim e Abel, cujos nomes significam, respectivamente, aquisição – porque a concepção e geração de filhos era um dom de Deus concedido ao casal antes da queda, e o nascimento deste primeiro filho era um sinal de que o Criador não havia retirado sua misericórdia de sobre a mulher (cf. 1 Tm 2.14-15) – e vaidade – porque este outro filho seria o primeiro a provar a incerteza e efemeridade da vida, sobrevindo-lhe a morte súbita e inesperadamente, e não ao cabo de longos dias de cansaço e envelhecimento (cf. Sl 90.10). Nenhum outro detalhe a Escritura apresenta a respeito da vida de Caim e Abel, exceto que o primeiro foi lavrador da terra e o segundo, pastor de ovelhas. O conhecido episódio envolvendo ambos os irmãos sugere várias coisas importantes, que gostaríamos de considerar. Notemos, primeiramente, que o fato de se apresentarem perante o Senhor com uma oferta claramente era um testemunho de que tinham consciência de culpa, e desejavam fazer reparação pelo seu pecado, propiciando o Criador para que os aceitasse novamente na sua comunhão. Quanto à natureza das ofertas, podemos imaginar que ambos teriam oferecido o melhor daquilo que a mão de cada um deles alcançava. Contudo, ao ignorar a importante lição deixada aos pais na figura das túnicas de peles – de que a justiça divina demandava o sangue de uma vítima inocente para reparação da pecado – e, mesmo instado pelo Criador, recusar-se a fazer o bem – apresentando a oferta apropriada – Caim revelou ser movido por intenções malignas, e não pela fé, como seu irmão Abel – fé pela qual este pode tanto vislumbrar uma melhor oferta, como oferecê-la e alcançar testemunho de que agradara a Deus (1 Jo 3.12; Hb 11.4). 

II – CAIM E O PREDOMÍNIO DO PECADO (4.8-24) O desfecho desse episódio, em que Caim, cegado pela ira e inveja, assassinará seu irmão e não se comoverá por isso enquanto não for questionado pelo próprio Deus, revela como o pecado, tendo entrado no mundo, tornou-se um princípio poderoso e sorrateiro, jazendo à porta do coração de todos os homens, pronto para se apoderar de suas vontades e dominá-los – o único escape possível estando na graça de Deus, que se manifesta na obediência (Rm 3.13-18; cf. Hb 4.16; Tg 4.7-10). Este foi o primeiro caso de homicídio, e pode ser propriamente atribuído a Satanás, visto se tratar de uma primeira manifestação daquela inimizade que separaria até o fim a sua semente da semente da mulher (Jo 8.44). Notemos o tom ofensivo da resposta de Caim quando questionado pelo Criador, como se Deus não soubesse o que realmente havia acontecido com Abel. Contudo, mesmo depois de morto, Abel ainda era ouvido pelo Senhor, porque, depois de ter alcançado testemunho pelos seus dons, oferecera ainda o seu próprio sangue, por assim dizer, já que havia sido morto pela verdade e justiça do seu testemunho. E assim Deus recebia aquela vida como a primeira de muitas que, após Abel, também morreriam pelo seu testemunho, e cujo sangue o Juiz de toda a terra haveria de demandar daqueles que o derramaram (cf. Ap 6.9-11; Mt 23.34-35). Notemos que, condenado a experimentar uma dificuldade ainda maior em sua existência sobre a terra, obrigando-o a viver como fugitivo (pela culpa do assassinato de seu irmão) e vagabundo (andando errante, sem destino, pela terra), Caim confessa seu desespero tanto em relação a Deus como aos homens, pelos quais esperava ser morto quando o encontrassem – ao que o Senhor lhe concede um sinal de que sua vida seria poupada. Partindo então para o oriente, ele se estabelece na terra de Node, onde forma sua própria família, que eventualmente cresce a ponto de se tornar uma grande população, formando uma cidade. Dentre os descendentes de Caim, a Escritura chama a atenção para Lameque, cujos filhos tornaram-se pioneiros em diversos ramos das atividades humanas, mas que fez ele próprio a sua fama seguindo os passos de seu antepassado, Caim, de modo que seu crime se tornaria proverbial e contribuiria para aumentar e perpetuar a corrupção moral daquela humanidade antediluviana. 

III – SETE E A INVOCAÇÃO DO NOME DO SENHOR (4.25-28) O capítulo que estamos estudando se encerra, porém, com um raio de luz. Embora não fosse a semente da mulher prometida, a morte do justo Abel deve ser considerada um tipo da morte de Cristo, pela qual a cabeça da serpente seria esmagada; e o testemunho do seu sangue um tipo do sangue derramado na cruz, que não apenas clama por vingança contra o mundo que crucificou o Salvador, mas por perdão e misericórdia para aqueles por quem Ele morreu (cf. Hb 12.24). Mas, considerando que agora Abel estava morto, e que Caim e seus descendentes se revelavam como semente da serpente, Eva, ao dar à luz outro filho, sabiamente o chama de Sete, pois vê nele uma compensação pela perda de ambos os filhos nos quais havia depositado sua esperança. Este Sete se tornará então o patriarca de uma linhagem que, conforme o testemunho do capítulo seguinte, escolherá seguir o caminho da reflexão sobre a brevidade da vida e a necessidade de se buscar o Senhor enquanto se pode achar – o que é expresso, resumidamente, no fato de o patriarca ter dado a seu filho o nome de Enos (que significa ser fraco, mortal), como também no testemunho da Escritura de que, a partir de então, “se começou a invocar o nome do Senhor”. 

CONCLUSÃO Vimos que, após a Queda, dois princípios espirituais opostos e conflitantes começam a se evidenciar na conduta humana: o da natureza corrupta do homem e o da graça de Deus operando através da fé e da obediência. E vimos como, começando no coração de cada indivíduo, esse conflito necessariamente se exteriorizou na relação de cada um com o seu próximo, eventualmente separando e opondo linhagens inteiras dos filhos dos homens.

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18 outubro 2025

003-A queda do homem - Gênesis Lição 03 [Pr Denilson Lemes]16out2025

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 LIÇÃO 3

A QUEDA DO HOMEM

TEXTO ÁUREO: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.” (Rm 5.12) 

LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 3.1-11 

INTRODUÇÃO Após descrever como Deus criou todas as coisas, e como o homem foi formado e estabelecido no Éden sob condições paradisíacas para que, junto de sua mulher, desfrutasse do melhor da terra e exercesse sua mordomia sobre toda a criação; sem demora a Escritura passa a relatar como esse quadro maravilhoso de bênção e comunhão com Deus foi manchado pela desobediência do primeiro casal. Veremos nesta lição como o pecado foi sutilmente insinuado no coração de nossos primeiros pais, e como essa transgressão resultou tanto em dolorosas consequências como em importantes lições sobre a misericórdia e graça de Deus. 

I – A SUTILEZA DA SERPENTE (3.1-3) Tão logo chama a atenção para a simplicidade moral de Adão e sua mulher, que naquele primeiro momento não sentiam vergonha de estarem nus; a Escritura declara – praticamente fazendo uma contraposição – que a serpente era a mais astuta de todas as criaturas. Embora muitos se percam em discussões sobre a natureza desta serpente, o fato é que estamos diante da primeira menção das Escrituras a um ser criado por Deus excepcionalmente inteligente e sábio, mas que resolveu fazer-se enganador, caluniador e adversário do Criador e da Sua obra. Trata-se daquele que posteriormente será também chamado de Satanás (“adversário”) e Diabo (“caluniador”), mas que, neste primeiro momento, se apresenta tal como uma serpente, aproximando-se sutilmente da sua vítima que, na sua simplicidade, é incapaz de atinar com a intenção maliciosa do inimigo (Ap 12.9; cf. 2 Co 11.3; Mt 10.16). Notemos que o diálogo é travado apenas entre a serpente e a mulher. O homem entra na narrativa apenas para cometer o ato de desobediência junto com sua companheira. O apóstolo Paulo recorda esse fato, não para culpar exclusivamente a mulher, mas para frisar uma importante lição – de que não devemos procurar saber mais do que convém, mas servir conforme nossa vocação e sermos sujeitos àqueles que Deus constitui sobre nós. No caso, a mulher foi enganada porque deu ouvidos à serpente, ao passo que ela deveria ter consultado e dado ouvidos antes às palavras de seu marido (1 Tm 2.13-15; cf. 1 Co 11.7-12; 14.34-35). A pergunta da serpente é capciosa, sugerindo que o Criador teria imposto uma pesada restrição sobre o primeiro casal: “É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?” A resposta da mulher, por sua vez, revela tanto um descuido com a palavra de Deus, como também uma falta de entendimento quanto à natureza da proibição: “Do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais”. Primeiro, porque no meio do jardim estava a árvore da vida e, segundo, porque a árvore do conhecimento do bem e do mal devia ser evitada, não em razão de algum mal inerente ao seu fruto, mas pela proibição divina. Tratava-se, portanto, de uma prova de obediência, cujo resultado ensinaria ao homem a diferença entre o bem de se obedecer a Deus e viver, ou o mal de desobedecê-l’O e morrer (cf. Pv 9.10-12; Dt 30.19-20). 

II – A PRIMEIRA TRANSGRESSÃO (3.4-6) Aproveitando-se da falta de entendimento da mulher quanto ao motivo da proibição divina, a serpente lança dúvida sobre o caráter do Criador, insinuando que tudo o que Deus desejava com essa restrição era impedi-los de se tornarem iguais a Ele: “Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal”. Assim, sugerindo que, desobedecendo a Deus, eles alcançariam um bem maior, Satanás queria induzir o primeiro casal a cometer o mesmo ato que ele próprio havia cometido antes e descoberto, para sua perdição, que nenhum bem pode vir da desobediência ao Criador (Is 14.13-15; Jd 6). Notemos que, até aqui, tanto o homem como a mulher eram puros de coração e não podiam ser tentados a partir de uma concupiscência ou desejo por cometer o mal – somente depois de terem pecado é que essa inclinação se apoderará do coração deles e de todos os seus descendentes (Tg 1.13-15; Mt 15.18-20; cf. 1 Jo 2.15-17). Por isso, a primeira tentação precisava vir desde fora, instigada por um agente exterior, o qual só logrou o seu objetivo em razão da falta de entendimento de nossos primeiros pais, a qual foi a verdadeira causa da sua queda (cf. Sl 49.20; Pv 1.7, 22-23; 2.6-9; 3.5-7). O homem, por sua vez, ainda que não diretamente enganado pela serpente, ao comer do fruto com a mulher, como um só corpo que formava com ela, consumou definitivamente o ato de desobediência – razão pela qual, mais tarde, o apóstolo Paulo dirá que “por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte” (Rm 5.12). 

III – AS CONSEQUÊNCIAS DA TRANSGRESSÃO (3.7-24) Consumada a transgressão, imediatamente os olhos de Adão e sua mulher se abriram, como a serpente lhes havia dito, mas para descobrirem que haviam procedido mal, e agora teriam de lidar com os aguilhões de uma consciência culpada. Aquela nudez que não lhes causava vergonha em razão da sua inocência agora se tornava uma característica visível do seu estado decaído e pecaminoso, da qual inutilmente tentaram se livrar, mas não conseguiram, pois, embora tivessem se contentado com os aventais de folhas que haviam costurado para si, a primeira reação do casal ao ouvirem a voz de Deus se aproximando foi de se esconderem completamente da Sua santa presença. Questionado pelo Criador, Adão responde ter comido do fruto por intermédio da mulher, como que justificando seu ato de ter aceitado o fruto das mãos daquela que Deus lhe dera por companheira; ou, talvez, imputando parte da culpa à mulher. Esta, por sua vez, alega ter sido enganada pela serpente, a qual, como os outros animais do campo, era uma criatura de Deus. Mas como, dentre esses três, a única plenamente consciente do que havia acontecido era a serpente, ao invés de indagar seus motivos, o Criador profere contra ela uma palavra de juízo. Notemos, mais uma vez, que não é do animal que a Escritura está tratando, mas daquele que, tendo sido outrora um ser de grande glória, inteligência e beleza, a partir de agora teria uma existência mais amaldiçoada que a de qualquer outra criatura, e viveria em constante luta com a humanidade, até que um descendente da mulher lhe aplicaria um golpe mortal, selando sua derrota e pondo fim ao seu domínio de medo, pecado e morte sobre os filhos dos homens (cf. Hb 2.14; Cl 2.13-15; Ap 12.10-11). Por outro lado, Adão e sua mulher, bem como seus descendentes, deveriam lidar, até que se cumprisse essa promessa, com as consequências do pecado, como Deus havia dito: “No dia em que dela comeres, certamente morrerás”. Agora, nada mais impediria que aquela vida concedida a Adão, sendo terrena e podendo se corromper e degenerar (e, portanto, morrer), seguisse o seu caminho natural – o pó voltando à terra de onde fora tomado, e o espírito voltando a Deus, que o dera (Ec 12.1-7). E não apenas o homem, mas toda a criação ficou submetida às dores, cansaços, aflições e à morte, em razão da sua subserviência ao propósito de Deus para o homem – para que, quando este alcançasse a vida incorruptível e imortal, reservada ao novo homem, criado segundo a imagem de Cristo, não mais terreno, mas celestial, toda a criação pudesse também participar da sua redenção (Rm 8.18-23; 1 Co 15.45-47). Portanto, ao expulsar Adão e Eva do jardim e guardar o caminho da árvore da vida para que não tivessem acesso ao seu fruto, o Senhor Deus estava indicando que eles só poderiam desfrutar da vida eterna quando satisfizessem a Sua justiça – no que, embora tivessem falhado, ao receberem túnicas de peles como cobertura para sua nudez, certamente puderam vislumbrar de que maneira tornariam Deus novamente propício a eles (cf. Hb 11.4; 9.22). 

CONCLUSÃO A queda do homem representa um passo importante na realização dos desígnios de Deus, pois, através das suas consequências dolorosas, teríamos oportunidade para descobrir as grandezas da Sua misericórdia e a eficácia da Sua graça para não apenas remediar os males desta existência terrena, mas para nos preparar para as riquezas e glórias de um novo paraíso, não desta criação, mas eterno e de felicidade incomparavelmente maior que aquela perdida pelo primeiro casal.

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10 outubro 2025

002-A Condição do Homem no Éden - Gênesis Lição 02[Pr Denilson Lemes]09out2025

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LIÇÃO 2 

A CONDIÇÃO DO HOMEM NO ÉDEN 

TEXTO ÁUREO: “E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar” (Gn 2.15) 

LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 2.1-17

INTRODUÇÃO Após concluir a narrativa da criação com as palavras: “Assim, os céus, e a terra, e todo o seu exército foram acabados”, o escritor inspirado é levado pelo espírito de revelação a descrever em maiores detalhes as condições do mundo recém criado, e como Deus apresentou ao homem uma criação boa e adequada para que, por meio dela, este pudesse cumprir o seu propósito. Veremos com que generosidade o Criador pôs ao alcance de nossos primeiros pais as riquezas e belezas da criação, demandando deles nada mais do que gratidão e devoção sincera, expressas na obediência a um único mandamento. 

I – A CONCLUSÃO DA OBRA DA CRIAÇÃO E O DESCANSO DE DEUS (2.1-3) Apesar da divisão do texto em capítulos sugerir uma ruptura no assunto, é importante observar que os versos que agora estudamos ainda fazem parte da narrativa da criação. Tendo ordenado os atos criativos de Deus numa sequência de tardes e manhãs, a Escritura afirma que a obra da criação foi concluída no sétimo dia e que, por isso, Deus “descansou de toda a sua obra, que tinha feito”. Isto não quer dizer que o Criador precisou restaurar-se fisicamente, nem que Ele cessou toda atividade, como que deixando o mundo funcionar “por conta própria”. Deus é Espírito e jamais se cansa, e depois, todas as coisas criadas subsistem pela palavra do Seu poder, de modo que Deus continua operando para que a criação seja preservada em sua devida ordem e funcionamento (Is 40.28; Jo 5.17; cf. Cl 1.16-17; Hb 1.1-3). A palavra descansar aqui significa então que o Criador cessou a Sua obra, por tê-la acabado (aliás, sábado significa cessação), como que para alegrar-se e satisfazer-se com o que Ele havia feito, pois tudo era muito bom aos Seus olhos (Gn 1.31). Contudo, há outra implicação nesta menção ao descanso de Deus. Fica bastante evidente que o homem, tendo sido criado no sexto dia, não apenas presenciou a chegada do sétimo, mas também o conheceu como um dia de descanso, pois a Escritura diz que Deus abençoou e santificou o sétimo dia. Ora, o sábado foi abençoado e santificado por causa do homem, e por esta causa, ao lembrar o Seu povo acerca do seu dever para com essa instituição divina, o Senhor Deus o expressa na forma do mandamento de guardar e santificar o sábado para que fossem abençoados (Ex 20.8-11; Is 58.13-14; Mc 2.27). Ao cessarem os seus trabalhos cotidianos neste dia, os israelitas não apenas comemoravam o descanso de Deus, mas também participavam da alegria e satisfação divina sobre o término da obra da criação, ainda que por apenas 24 horas, para depois voltarem ao ciclo semanal de trabalho; ao passo que, para Deus, este dia não teve fim (note-se a omissão da frase “e foi a tarde e a manhã” em relação ao sétimo dia). Assim, podemos entender que o objetivo do sábado não era apenas o de proporcionar um descanso físico, mesmo para os homens, que dele precisam; mas também o de lembrá-los de que só é possível alcançar plena satisfação, paz e realização – verdadeiro descanso – em Deus, por meio da obediência. De modo que os incrédulos e desobedientes não entrarão nesse descanso, mas somente aqueles que, com fé e obediência, perseverarem na esperança de redenção e restauração, que agora, pelo evangelho, é revelada estar em Cristo Jesus (Hb 4.1-11; Cl 2.16-17; Mt 11.28-30; cf. Mq 2.10). 

II – A FORMAÇÃO DO JARDIM DO ÉDEN E DO HOMEM (2.4-17) Enquanto no capítulo 1 vimos que o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus, e que lhe foi dado domínio sobre a criação, a partir deste verso a Escritura nos oferece maiores detalhes sobre a sua formação, revelando que ele foi feito a partir da mesma terra que os outros seres viventes; da mesma terra de onde derivaria o seu sustento através do seu trabalho: “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra”. Em seguida, lemos que o Senhor Deus “soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”, o que também o coloca na mesma condição das outras criaturas que, conforme destacamos na lição anterior, derivam sua existência de um espírito que provém de Deus. Embora toda a terra estivesse semeada das mais variadas formas de vegetação, notemos que o Senhor Deus estabelece o homem para lavrar e guardar (ou preservar) uma região específica, um jardim no Éden (Éden significa deleite), onde fizera brotar e frutificar toda sorte de árvores para a satisfação do homem. Assim desfrutando dos deleites propiciados pelo jardim do Éden, ao mesmo tempo em que o lavrava e guardava, o homem aprendia a exercer a sua mordomia sobre a criação, respondendo unicamente ao Criador por todos os seus atos. Deus lhe havia dado grande liberdade de ação: “de toda árvore do jardim comerás livremente”, devendo o homem atentar apenas para uma proibição: “da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás”. Não importa aqui qual era a verdadeira natureza dessa árvore – Deus não explica o motivo da proibição, mas apenas a consequência da desobediência ao Seu mandamento, que deveria ser acatado sem questionamentos e dúvidas, em reconhecimento à soberania daqu’Ele que é o verdadeiro e justo Dominador de toda a criação: “no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (cf. Rm 6.23; Ez 18.4). Concluímos então que este paraíso terreno, onde o homem desfrutava de grandes bênçãos e comunhão com o Criador prefigura também um melhor jardim ou paraíso, não terreno, mas celestial, onde a fidelidade do homem a Deus não será posta novamente a prova, como precisava ser no princípio, mas será recompensada após ter sido provada, com o fruto da árvore da vida: “Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida que está no meio do paraíso de Deus” (Ap 2.7; cf. Ap 22.1-2).

III – A FORMAÇÃO DA MULHER E A CONDIÇÃO DO PRIMEIRO CASAL (2.18-25) Tendo inicialmente relatado que Deus criou no sexto dia tanto o homem como a mulher, agora a Escritura nos oferece maiores detalhes sobre o propósito divino para o homem, revelado na formação da mulher. Deus havia trazido os animais até o solitário Adão para que este os nomeasse e assim determinasse a natureza de cada um. Sabiamente, ele não reconhecera em nenhum deles algum semelhante a si mesmo, e não pareceu bom aos olhos de Deus que ele permanecesse só. Ora, se o homem haveria de ser o mordomo da criação, ele deveria se reproduzir, ter descendentes que enchessem a terra e a subjugassem. Evidentemente, para isto ele precisaria de uma companheira que fosse da sua espécie, e por isso Deus criou a mulher, formando-a a partir do próprio homem: “Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada”. Assim, Deus criou a mulher não apenas para ser a auxiliadora sem a qual o homem não poderia cumprir o seu propósito de perpetuar-se e dominar a terra, mas também para, ao formar com ele um corpo e ser objeto do seu amor sacrificial, prefigurar o mistério da união entre Cristo e a Igreja (Mt 19.4-6; 1 Co 11.8-9; cf. Ef 5.28-32). O capítulo se encerra descrevendo a condição moral do primeiro casal, ao revelar que ambos estavam nus e não se envergonhavam disto. Significa que não possuíam qualquer senso de culpa, nem malícia, pois, de fato, ainda não haviam pecado e, enquanto guardassem o mandamento de Deus, não haveria razão para se envergonharem. Somente a consciência de pecado traria à tona a percepção de que a nudez representa uma deficiência, e que o homem precisa cobrir-se para estar diante de Deus (cf. Ap 3.17-18). 

CONCLUSÃO Embora o homem tivesse sido criado e estabelecido em condições paradisíacas, este não haveria de ser – nem poderia ser – o seu estado final, mas apenas uma antevisão de um estado ainda mais glorioso e perpétuo, no qual ele só entraria após compreender e reconhecer a bondade do seu Criador.

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01 outubro 2025

001-A Criação dos Céus e da Terra- Gênesis Lição 01[Pr Denilson Lemes]05out2025

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LIÇÃO 1 

A CRIAÇÃO DOS CÉUS E DA TERRA 

TEXTO ÁUREO: “Assim, os céus, e a terra, e todo o seu exército foram acabados” (Gênesis 2.1) 

LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 1.1-31 

INTRODUÇÃO Os capítulos 1 a 11 de Gênesis constituem reconhecidamente uma seção distinta do restante deste primeiro livro da Bíblia, pois nela encontramos as origens dos céus e da terra, do homem, do pecado, da promessa de redenção, do culto divino, das nações e, finalmente, de um povo eleito por Deus para ser testemunha da Sua glória. Consequentemente, nestes primeiros capítulos encontramos também os elementos das doutrinas mais importantes da Bíblia, de modo que, se não compreendermos aquilo que o relato das origens nos ensina, jamais entenderemos o escopo e o progresso da revelação divina no seu todo. 

I – O PRINCÍPIO DA CRIAÇÃO (1.1-5) Embora, de um ponto de vista teológico, poderíamos falar sobre a existência de Deus e os Seus atos e decretos na eternidade, antes da criação do mundo; como nosso tema é Gênesis, devemos começar onde a narrativa bíblica começa, a saber, no princípio. Aprouve a Deus revelar aos homens, num primeiro momento, a verdade sobre aquilo que eles podem ver e ouvir, para depois, gradualmente, desvendar aquilo que está além dos seus sentidos. Assim, o que importa saber antes de tudo é que Deus criou todas as coisas e, a partir da criação, podemos determinar Sua existência, natureza e caráter, bem como Seu propósito para nós (Hb 11.3, 6; Rm 1.19-20; At 17.24-25). Naturalmente, princípio aqui não diz respeito a Deus, mas sim ao que foi criado. Deus é eterno, não tem começo nem fim e, portanto, não está sujeito ao tempo, que é uma característica das coisas criadas; de modo que, antes do tempo, Deus já existia com o seu Verbo (Sl 90.2; Jo 1.1-3; Cl 1.17). Por outro lado, isto significa que a matéria não é eterna e, portanto, Deus criou a partir do nada – embora não necessariamente todas as coisas, mas aquilo que, num primeiro momento, era apenas uma massa bruta, como nos informa a Escritura: “A terra era sem forma e vazia, e havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”. De fato, estava tudo ali – a terra, o espaço, as águas – mas de tal modo indefinido e inadequado ao propósito de Deus que era necessário dar forma àquela matéria original – como o oleiro dá forma ao barro – até que tudo estivesse do agrado do Criador (Gn 1.31; 2.1; cf. Is 45.18). Além disso, embora pudesse ter criado todas as coisas do nada e de imediato, o Senhor Deus trabalhou como um artista, ou artesão, executando a criação dos céus e da terra, e de tudo o que neles há, por etapas, até completar esta obra prima que testemunharia a Sua glória e sabedoria (Sl 19.1; Pv 3.19). Assim, após ter criado do nada a matéria primordial, o primeiro ato de Deus foi trazer à existência, ou fazer aparecer a luz em meio à escuridão, separando uma da outra. Sendo uma característica da matéria ainda não aperfeiçoada, a escuridão não atendia ao propósito de Deus para as Suas criaturas – especialmente o homem – pois ela encobre as coisas, engana e faz errar; ao passo que a luz é boa porque revela as coisas tais como são, permitindo compreendê-las e julgá-las de acordo com a verdade. Daí podemos entender por que Deus é comparado à luz e por que ser alcançado pela Sua graça, ou viver de acordo com ela, é como ter ou estar na luz (Jo 1.5; 8.12; 1 Jo 1.5-7; 2.9-10; cf. 2 Co 4.6). 

II – A SEPARAÇÃO DOS CÉUS, DA TERRA E DO MAR (1.6-10) A expressão “e foi a tarde e a manhã”, empregada ao término de cada etapa ou dia da criação, assinala não apenas o transcurso do tempo pela sucessão de noite e dia, mas também o aprimoramento constante de tudo aquilo que ia sendo criado, na medida em que tarde corresponde à escuridão (imperfeição) e manhã, à luz (perfeição). Percebemos ainda que, enquanto os três primeiros dias da criação são dedicados à separação da luz e das trevas, dos céus e da terra, da terra seca e dos mares; nos quatro dias finais, o Criador como que adorna e povoa esses ambientes com os seus exércitos. É como se Deus tivesse primeiro formado os cômodos de uma grande casa para depois mobiliá-los e enchê-los de moradores. Assim, no segundo dia, Deus separou os céus da terra, formando uma expansão entre águas e águas. Lembremos que a terra ainda era uma massa indistinta das águas que a cobriam; Deus ordenou então que se fizesse um espaço nessa massa líquida, de modo que parte dela ficasse dispersa além da terra, até os confins do universo. Observemos que aqui se trata dos céus da criação visível, isto é, tanto o sideral como o atmosférico; e não o mundo espiritual, a habitação de Deus e dos anjos que, por estar muito além desta criação, é chamado também, figuradamente, de céus, céus dos céus, ou terceiro céu (Sl 113.4-6; 2 Co 12.1-4). Segue-se o terceiro dia, quando então Deus se voltou para aquela massa líquida de que consistia o planeta e ordenou às águas que ficaram debaixo da expansão que se acumulassem, a fim de que aparecesse a porção seca. Com isto, o Criador estabeleceu uma habitação firme e segura para o homem, impondo limites às águas para que não cobrissem a superfície da terra (2 Pe 3.5-6; Jr 5.22; Jó 38.4-11). 

III – A FORMAÇÃO DOS ASTROS, DOS VEGETAIS E DOS SERES VIVENTES (1.11-31) Tendo definido os limites dos céus, da terra e dos mares, o Todo-poderoso passa a prepará-los para comportarem e servirem às formas de vida com que os povoaria. Ainda no terceiro dia, após fazer emergir a porção seca da terra, Deus como que a semeou com diferentes espécies de vegetação, as quais, embora ainda não tivessem brotado e florescido, seriam capazes de se reproduzir e multiplicar-se sobre a terra, servindo de alimento aos seres viventes (cf. Gn 1.29-30; 2.5). No quarto dia, Deus formou os luminares, a saber, o sol, a lua e as estrelas, na expansão dos céus, a fim de que, através da sua luz, servissem como demarcadores naturais da passagem do tempo, assim como simbolizassem realidades espirituais (cf. Dn 12.3; Ml 4.2). No quinto dia, Deus criou os primeiros seres de alma vivente – isto é, criaturas cuja existência não depende apenas de circunstâncias físicas, como água, luz solar e nutrientes (como a vida vegetal); mas também de um espírito, ou sopro vital, que não lhes é inerente, mas que provém de Deus, e que volta para Deus (cf. Sl 104.29; Jó 14.7-10). No sexto dia, após ter povoado as águas e a face dos céus, é a vez da terra seca, da qual o Criador então formou numerosas espécies de animais que estariam mais próximos ao homem – gado, répteis e feras. E, finalmente, ainda neste dia, o Senhor arremata Sua obra com a formação do primeiro casal humano. “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança” é uma expressão que indica o conselho de Deus com o seu Verbo de honrar o homem sobre as demais criaturas, pois, embora todas as coisas sejam obra das Suas mãos, somente o homem foi feito à imagem de Deus (Cl 1.15-17; cf. Gn 9.5-6). Significa então que o homem foi criado para ser como Deus, e representar o Criador na sua relação com os outros seres, exercendo um domínio (ou mordomia) caracterizado por qualidades divinas tais como santidade, justiça, bondade e verdade, para a glória de Deus (Ef 4.22-24; Cl 3.9-10; cf. Sl 8.3-8). Assim, o sexto dia se encerra com a nota de que tudo era muito bom aos olhos de Deus, pois nada do que fora criado O desagradava e, nesta condição, tudo estava completo e perfeito para que todos os seres cumprissem o propósito para o qual foram criados (Gn 1.31-2.1; cf. Ec 7.29). 

CONCLUSÃO Considerando que a narrativa da criação resume em poucos versos uma quantidade inumerável e incompreensível para nós de processos envolvendo a criação de todas as coisas, a Escritura é muito clara e objetiva em estabelecer que tudo foi criado por Deus de acordo com uma ordem, propósito e sabedoria maravilhosa, a fim de que reconheçamos a Sua bondade para conosco, porque pela Sua vontade existimos, e fomos criados.

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