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LIÇÃO 9
UMA ÚLTIMA VIAGEM
TEXTO ÁUREO: “E percorria as cidades e as aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém” (Lucas 13.22)
LEITURA BÍBLICA: LUCAS 18.31-34
INTRODUÇÃO O ministério de Jesus caracterizou-se por um deslocamento constante, principalmente entre as regiões da Judeia e Galileia, passando por Samaria; embora se detivesse mais na Galileia, em face das perseguições dos judeus. Mas, depois de pregar, ensinar e operar inúmeros milagres nas vizinhanças do mar da Galileia, Jesus inicia sua última viagem para Jerusalém, passando por Samaria e além do Jordão, deixando um rastro de misericórdia e operação de maravilhas, ao mesmo tempo que anuncia estar chegando a hora de Sua morte e ascensão, e prepara os Seus discípulos para esse momento.
I – JESUS CONFIRMA SUA IDENTIDADE (MT 16.13-19) Tendo em vista a necessidade de Seus discípulos estarem conscientes de que deveriam continuar a obra de pregação do Evangelho do Reino após Sua ascensão, Jesus certificou-se de que eles estivessem plenamente convictos e confiantes em relação a quem Ele era e de como permaneceriam unidos a Ele. Em Tiberíades, ao interrogar os discípulos sobre quem acreditavam ser Ele, Jesus louva a confissão de Pedro, porquanto este havia falado não de si mesmo, nem em apenas em seu próprio nome, mas segundo a revelação do Pai e em nome dos demais discípulos, como também de todos aqueles aos quais agradasse a Deus revelar este mistério. Sobre a confissão: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo, o Senhor Jesus declara que edificaria a Sua igreja, e esta seria inabalável, pois nem as portas do inferno (isto é, da morte e da sepultura) prevaleceriam contra ela. Com estas palavras, o Senhor relaciona Seus discípulos conSigo mesmo, e implica a Sua morte e vitória na ressurreição, pela qual se tornaria o fundamento inabalável da igreja, tal como a pedra da profecia que, rejeitada pelos edificadores quando os principais dos judeus entregaram Jesus à morte, seria estabelecida por Deus como a principal de esquina na Sua ressurreição, para que os que n’Ele cressem não fossem abalados (cf. At 4.10-12; 1 Pe 2.4-8; Is 28.16). Do mesmo modo, ao prometer que entregaria a Pedro as chaves do reino dos céus (como de fato entregou a toda a igreja), o Senhor está antecipando Sua ascensão, bem como afirmando que os discípulos continuariam a Sua obra, pois a igreja permaneceria neste mundo até o fim dos tempos e, através do Espírito Santo que lhe seria dado, receberia tanto a compreensão dos mistérios do reino dos céus (que enquanto esteve com eles o próprio Jesus lhes administrava), como o poder e a autoridade para anunciá-los às nações, abrindo assim as portas do reino, pelo arrependimento e perdão dos pecados que há no nome de Jesus, a todas as nações (Lc 11.52; Mt 21.42-44).
II – JESUS ANUNCIA SUA PAIXÃO (MT 16.20-28) Como parte da preparação dos discípulos para o momento que se aproximava, Jesus começa, a partir dessa revelação, a instrui-los quanto à necessidade da Sua morte, porquanto havia sido determinada pelo próprio Deus, e revelada de antemão nas Escrituras. Em outras palavras, os discípulos precisavam entender que a morte de seu Mestre não seria o resultado de uma conspiração de judeus e romanos, mas que através dela Jesus cumpriria o propósito de Deus de salvar a muitos, e que à Sua morte se seguiria a Sua ressurreição (cf. Lc 13.31-33; Mc 10.32-34, 45). De fato, para os próprios discípulos pareciam muito estranhas essas palavras, pois, em razão das circunstâncias políticas sob as quais os judeus se encontravam naquele contexto, e de uma interpretação equivocada das profecias, segundo a qual esperavam que o Messias fosse um líder militar que viria para libertá-los do jugo dos romanos e subjugar todas as nações a um reino deste mundo estabelecido em Israel. Tal expectativa pode ser percebida em diversos episódios envolvendo os discípulos; e não é de se admirar, portanto, que considerassem ser absolutamente necessário que o Mestre permanecesse vivo para que o reino de Deus pudesse se manifestar na sua glória. Contudo, o Senhor não apenas repreendeu Pedro por sugerir que o Mestre deveria fugir à cruz, mas também exortou Seus discípulos a seguirem o Seu exemplo, pois somente assim se tornariam de fato participantes da glória reservada àqueles que confessam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus (cf. Jo 12.24-26).
III – A ENTRADA TRIUNFAL EM JERUSALÉM Dentre os muitos sinais e maravilhas operados durante esse momento final do Seu ministério público, há que se destacar o milagre da ressurreição de Lázaro, que foi de especial importância para comover os judeus de Jerusalém e das imediações, uma vez que Betânia, onde havia se operado esse milagre, ficava próxima da capital. Em consequência disto, ao chegar em Jerusalém na proximidade da Páscoa, uma multidão de judeus saiu ao encontro de Jesus para recebê-lo com aclamação e júbilo; ao mesmo tempo em que gentios prosélitos, que haviam subido até lá para comemorarem a festa, também O procuravam quando chegou em Jerusalém (Jo 11.17-19, 45; cf. Jo 12.17-19, 21-23). Por sua vez, a recepção calorosa que Jesus recebeu da multidão também provocou desespero no coração dos líderes religiosos da nação. Convencidos estes de que os romanos poderiam destituí-los de suas posições ao verem a multidão aclamando Jesus, decidiram que Ele deveria ser morto, e desde então se espalhou entre os judeus a notícia de que estavam à Sua procura – provavelmente já com a proposta de recompensar qualquer denúncia que levasse, na ocasião propícia, ao aprisionamento de Jesus. E aí temos a oportunidade de que Judas, dando lugar ao diabo, cederia à cobiça para trair o Mestre (cf. Jo 11.46-57; Mt 26.14-16).
CONCLUSÃO Embora, mesmo com todas as exortações que o Mestre fez aos discípulos ao longo do caminho para Jerusalém, estes se desapontassem e entristecessem quando todas estas coisas se cumpriram; a palavra havia sido semeada em seus corações de tal modo que a fé deles não desfaleceria e, quando da ressurreição, seria renovada através da alegria que a compreensão de que tudo havia se cumprido fielmente, tal como o Senhor lhes anunciara de antemão.
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