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LIÇÃO 9
ISRAEL SERÁ REMIDO, MAS BABILÔNIA CAIRÁ
TEXTO ÁUREO: “Saí de Babilônia, fugi de entre os caldeus. E anunciai com voz de júbilo; fazei ouvir isso, e levai-o até ao fim da terra; dizei: O Senhor remiu a seu servo Jacó” (Isaías 48.20)
LEITURA BÍBLICA: ISAÍAS 45.1-13
INTRODUÇÃO Desenvolvendo a mensagem de salvação iniciada no capítulo 40, o profeta Isaías é levado pelo Espírito de Deus a desvendar maiores detalhes acerca de como se realizaria esta obra grandiosa – e até mesmo inacreditável para muitos que estariam entre o povo levado cativo. Quem o Senhor levantaria para determinar a volta do povo do cativeiro, como este deixaria Babilônia, e de que modo esta cidade imperiosa nada poderia fazer para impedi-los de voltar à sua terra, e daí a exortação para que o restante de Israel confiasse em Deus, e não se deixasse impressionar com os ídolos daquela grande cidade.
I – A LIBERTAÇÃO E RESTAURAÇÃO DE ISRAEL POR MÃO DE CIRO (C. 45) Conforme vimos na lição anterior, Ciro é mencionado já no capítulo 44 e chamado por Deus de pastor e justo, pois através dele o Senhor executaria o Seu juízo contra as nações, conforme anunciado em um momento anterior do ministério de Isaías; como também salvaria o Seu povo do cativeiro, determinando o seu retorno à terra da promessa, sob o propósito expresso de reconstruírem o templo de Deus (cf. Is 44.26-28). Assim como havia feito a Nabucodonosor, o Senhor entregaria a Ciro o poder sobre as nações, despertando-o para realizar a Sua vontade por motivos que estavam além da sua compreensão, mas que ele saberia tratar-se da vontade do Deus de Israel (vv. 1-3, 13; cf. Ed 1.1-4). Deus revela o nome do libertador do Seu povo quando este sequer ainda havia nascido, e quando os medos e persas não passavam de povos tribais que lutavam uns contra os outros pela supremacia; e isto Ele faz para que Israel tivesse a certeza de que, assim como o seu castigo no cativeiro, sua libertação também fazia parte de um plano divino, e para o qual já haviam sido designados os agentes da vontade de Deus. Com isto eles conheceriam melhor ao Deus a quem serviam, o único que cria todas as coisas, tanto o bem como o mal, de modo que, se o mal que Ele havia determinado se cumpriu, a salvação agora prometida também certamente se cumpriria (vv. 4-8). É necessário então ser paciente no sofrimento, pois não estamos em posição de questionar a obra de Deus, que é infinitamente sábio – ainda que, ao mesmo tempo, Ele deseja que creiamos na bondade do Seu propósito para conosco, a ponto de aqui propor: “Perguntai-me as coisas futuras; demandai-me acerca de meus filhos, e acerca da obra das minhas mãos” (vv. 9-11; cf. Rm 9.20-24). A profecia continua, despertando a esperança na salvação do Senhor – salvação esta que não era uma promessa nova, mas sempre esteve implícita na própria revelação de Deus ao homem, a começar na criação, quando a terra foi formada para ser habitada, e não para que fosse um deserto; e depois a Israel, quando o Senhor mandou que os descendentes de Jacó O buscassem, e lhes revelou a justiça da Lei. De fato, somente Deus anuncia a salvação desde a antiguidade (vv. 18-19, 21); e, mais uma vez, não apenas a Israel, mas a todas as nações, é estendida a promessa de salvação – a qual se cumpriria finalmente na revelação da fé em Cristo Jesus (vv. 22-23; cf. Fp 2.9-11).
II – PARA SALVAR ISRAEL, DEUS ABATERÁ BABILÔNIA (CC. 46-47) Embora já tenhamos estudado em capítulos anteriores o que Isaías anuncia quanto ao juízo das nações, convém aqui considerar qual é o propósito particular destes dois capítulos ao mencionarem novamente o fim de Babilônia e de seus ídolos. Para um povo que havia padecido por muitas gerações sob o jugo da idolatria, e que agora era castigado por esse mesmo pecado, poderia ser difícil não se impressionar ainda com o poderio das nações e com seus falsos deuses. Crer em uma restauração enquanto a nação que os havia assolado ainda estivesse de pé poderia ser ainda mais difícil, na visão de muitos israelitas desanimados pelo sofrimento do cativeiro. Não que não pudesse restaurar o Seu povo até pela mesma mão que havia usado para castigá-los, mas aprouve a Deus primeiramente abater Babilônia para que Israel pudesse voltar, sem receio, à terra da sua herança. Consideremos então como o Senhor se dirige a Israel com respeito à queda de Babilônia e dos seus deuses, que nada poderiam fazer para livrá-la; e como o remanescente é lembrado do cuidado e amor imutável de Deus pelo Seu povo, nunca o abandonando, ainda que tenha sido injustamente comparado aos ídolos inúteis das nações, quando Israel se voltou para eles: “Lembrai-vos disto, e tende ânimo; reconduzi-o ao coração, ó prevaricadores” (vv. 3-5, 8). O capítulo seguinte apresenta como que uma lamentação sobre Babilônia, onde Israel afirma sua confiança na redenção de Deus (v. 4), ao mesmo tempo em que são lembrados os pecados com que Babilônia havia ofendido ao Senhor – a saber, excedendo-se na aflição do povo de Deus, e vangloriando-se na sua luxúria, presumindo ser imbatível de sua posição (vv. 6-8), confiando em seus ídolos, adivinhos e naqueles que contribuíam para o seu enriquecimento (vv. 12-15). Não podemos deixar de perceber aqui uma alusão figurada àquela que, no âmbito da escatologia, é também chamada de Babilônia – a saber, a humanidade alienada do Criador, o mundo que se volta para os ídolos e para a vaidade, no meio do qual o remanescente fiel, os salvos em Cristo Jesus, peregrinam como em terra estranha, aguardando sua libertação (cf. Ap 17.3-5, 6; 19.1-2).
III – ISRAEL É EXORTADO A ABANDONAR A IDOLATRIA (C. 48) Tendo declarado o fim daquela que havia confiado e esperado nos ídolos, o Senhor agora se volta para o Seu povo, para lembrá-los de que, embora já tivessem recebido amplo testemunho da bondade de Deus no passado, a libertação de Babilônia só era anunciada agora, pouco antes do castigo se abater sobre Judá e Jerusalém, porque, se o tivesse feito antes, eles teriam se entregado à perfídia e a uma falsa segurança quanto aos seus pecados (vv. 3-8). É por isso também que o Senhor lembra que, por causa do Seu nome, Israel não seria completamente destruído, mas antes purificado, provado, através da aflição imposta pelo cativeiro (vv. 9-10). Consideremos, finalmente, um aspecto já mencionado na lição anterior, e aqui retomado, de que Israel poderia ter desfrutado do melhor de Deus, mas escolheram não obedecer à Sua voz – tomaram um caminho cujas terríveis conseqüências já haviam sido reveladas por Deus (v. 18-19; cf. Dt 30.19; 32.29). Mas agora, com a perspectiva da restauração de Israel e da queda de Babilônia anunciadas pelo Senhor, sendo Ele, e somente Ele, quem salvaria o remanescente; o povo é convidado – ou antes, convocado – a abandonar Babilônia, como sede da idolatria cuja prática lhes havia custado tão caro, não se apegando à sua aparência nem aos seus deuses, pois não poderiam salvá-la da destruição, e quem se achasse nela certamente também cairia (v. 20). Mais uma vez destacamos aqui o caráter atual desta exortação, ao ser empregada pelo Apóstolo quando este nos lembra da incompatibilidade entre Cristo e os ídolos deste mundo (cf. 2 Co 6.16-18), ou, quando somos exortados a fugir deste mundo para que não incorramos em seus pecados (cf. Ap 18.4-5).
CONCLUSÃO Guardemos a exortação destes capítulos como uma mensagem atual, pois, assim como os israelitas no passado, vivemos hoje em um mundo sujeito à corrupção do pecado que, assim como Babilônia, está fadado à destruição sob o juízo de Deus. Embora estejamos neste mundo, vivamos para aqu’Ele que nos salvou e prometeu um dia nos resgatar deste mundo, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
PARA USO DO PROFESSOR
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