08 novembro 2022

007-A cura de Ezequias e a visita dos caldeus - Isaías Lição 07 [Pr Afonso Chaves]08nov2022

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 LIÇÃO 7 

A CURA DE EZEQUIAS E A VISITA DOS CALDEUS 

TEXTO ÁUREO: “Ah! Senhor, lembra-te, peço-te, de que andei diante de ti em verdade e com coração perfeito e fiz o que era reto aos teus olhos” (Isaías 38.3) 

LEITURA BÍBLICA: ISAÍAS 38.9-20 

INTRODUÇÃO Na lição de hoje vamos considerar os capítulos 38 e 39, que relatam dois episódios relacionados, nos quais temos tanto um segundo testemunho da confiança e perseverança do rei Ezequias em Deus, como também, lamentavelmente, um momento de fraqueza, revelando que este homem, embora piedoso e sincero, não foi perfeito, e ensinando-nos que em momento algum podemos baixar as armas da nossa luta contra o pecado e as inclinações do nosso coração. 

I – EZEQUIAS ADOECE E BUSCA AO SENHOR (38.1-3) Não é difícil calcular o tempo aproximado em que se deu o episódio narrado no capítulo 38, podendo ser situado pouco antes ou depois do livramento de Jerusalém dos assírios, narrado nos dois capítulos anteriores. Ora, Senaqueribe, rei da Assíria, subiu contra Judá e tomou suas cidades fortes, para logo após enviar seu mensageiro até Jerusalém e blasfemar contra o Senhor, no décimo quarto ano do reinado de Ezequias (cf. Is 36.1); veremos que, em conseqüência da cura que o piedoso rei alcançou de Deus, seu tempo de vida e reinado foi prolongado em quinze anos; e sabemos que Ezequias reinou por um período de vinte e nove anos (cf. 2 Rs 18.2). Logo, subtraindo os anos que lhe foram acrescentados através do milagre, voltamos para o décimo quarto ano do seu reinado. Pois bem, a sucessão muito próxima de ambas as dificuldades – uma de caráter geral, envolvendo toda a nação; e a outra, de âmbito mais pessoal e íntimo – revelam por quantas tribulações este homem de Deus passou, para que através delas conhecesse melhor tanto o poder e a misericórdia do Deus a quem servia, como a si mesmo. Nesta ocasião, o piedoso rei de Judá havia sido acometido de uma enfermidade mortal – isto é, com pouca ou nenhuma expectativa de cura por parte dos homens. Através do profeta, Deus orienta Ezequias a por em ordem sua casa, isto é, dar suas últimas ordens aos seus serviçais e orientações aos familiares, porque a enfermidade era para morte, e o tempo de vida que lhe restava era pouco. Não há dúvida de que a palavra de Deus causou grande comoção no rei; mas consideremos que ele não expressa indignação nem murmura contra sua sorte, mas se volta para o mesmo Senhor – aquele que, bem sabia o rei, é o que tira e dá a vida, faz descer à sepultura e subir dela (cf. 1 Sm 2.6); e, mesmo neste caso, não recorre a Deus para argumentar ou questionar o porquê de sua atual aflição, nem para alegar o mérito de suas boas obras, pelas quais não mereceria passar por aquilo. De fato, sua oração é mais uma súplica para que o Senhor não o abandonasse naquele momento de prova, pois, se devia morrer, que não fosse por estar debaixo da ira de Deus. Ezequias procura tranquilizar sua própria consciência quanto a esse temor, pedindo ao Senhor para que se lembrasse, primeiro, da sua sinceridade em seus caminhos (“andei diante de ti em verdade e com coração perfeito”); e, depois da sua devoção ou dedicação em servir a Deus, cumprindo a Sua vontade, obedecendo à Sua lei (“fiz o que era reto aos teus olhos”). 

II – EZEQUIAS É CURADO E LOUVA AO SENHOR (38.4-22) Assim, o profeta Isaías é mandado novamente até o rei para declarar que o Senhor havia ouvido sua súplica, e atentado para suas lágrimas, excedendo em muito as expectativas de Ezequias: “eis que acrescentarei aos teus dias quinze anos” – ou seja, não apenas o rei não morreria daquela enfermidade, mas viveria e reinaria sobre Judá e Jerusalém por um período de tempo maior do que aquele em que já havia governado. Isto não implica em “mudança” na palavra de Deus, pois a morte é o destino inevitável de todos os homens e, embora cada um tenha o seu tempo e modo segundo o decreto de Deus, a Escritura nos exorta a considerar em todo o tempo a brevidade de nossa vida, e as mais diversas circunstâncias pelas quais o dia fatídico de nossa morte pode nos sobrevir, e não apenas quando ela “parece” estar próxima (cf. Sl 90.12; Ec 8.8; Jo 7.6). Portanto, o anúncio da morte do rei naquela ocasião tratava-se de uma possibilidade real, que somente Deus sabia não se realizaria porque não era este o Seu propósito, mas sim o de provar e fortalecer a fé do rei Ezequias e dar a este a vida como fruto e recompensa da sua paciência e perseverança com Deus naquele momento de angústia. Segue-se então um cântico de Ezequias, no qual o rei registra um testemunho da angústia e tristeza que se abateu sobre ele ante a perspectiva de ter seus dias abreviados, mas, ao mesmo tempo, sua perseverança em confiar no Senhor e paciência naquele momento de aflição, depositando sua segurança e esperando exclusivamente em Deus a consolação e o conforto quanto aos seus maiores temores: “Fica por meu fiador” (cf. Jó 19.25-27). Notemos ainda que, mencionando como foi livrado da sepultura, Ezequias expressa sua convicção de que não foi por merecimento, mas antes: “lançaste para trás das tuas costas todos os meus pecados” (v. 17). Por fim, o rei declara seu voto de perseverar em servir e louvar ao Senhor, agora fortalecido e cheio de gratidão (cf. Sl 116.12-14). 

III – EZEQUIAS RECEBE A VISITA DOS CALDEUS (C. 39) O milagre operado em Judá ganhou notoriedade inclusive entre as nações, vizinhas e distantes, não só pelo restabelecimento do rei, mas pela magnitude do sinal que confirmou que a cura se realizaria e Ezequias subiria à casa do Senhor novamente: “Assim, recuou o sol dez graus pelos graus que já tinha andado” (cf. 38.8) E um dos primeiros reis do nascente império babilônico se interessa pelo prodígio, a ponto de enviar mensageiros e um presente ao rei de Judá, congratulando-o pela sua cura. Mas não é difícil perceber a astúcia do rei babilônico neste ato diplomático; os assírios ainda mantinham o domínio sobre o Oriente, e era do conhecimento de todos o quanto estes haviam afligido o reino de Judá. Naturalmente, o rei babilônico desejava cooptar o apoio de Ezequias para um futuro assalto contra os vizinhos do norte, tanto mais se tratando de um rei que havia alcançado tamanho favor divino. Ezequias, porém, não apenas recebeu de bom grado as congratulações e acolheu – como era devido – os mensageiros, mas se deixou levar pela vanglória, exibindo seus tesouros, como que procurando obter maior favor dos babilônios – e isto desagradou grandemente ao Senhor. Esta era uma prova mais sutil que as anteriores, mas de consequências e gravidade muito maior, pois através dela se revelou que a integridade de Ezequias não foi perfeita, prevalecendo inclinações secretas do seu coração sobre os seus atos (cf. Jr 17.9). O profeta é enviado para anunciar um severo castigo contra Judá e Jerusalém, selando o destino da nação, que se tornaria cativa e seria despojada pelos mesmos babilônios que o rei havia tentado fascinar (cf. 2 Cr 32.31). 

CONCLUSÃO O testemunho de Ezequias nos ensina que não há por que nos desesperar na tribulação, porque Deus não faltará àquele que n’Ele confia; mas tampouco podemos folgar nos momentos de bênção e misericórdia, porque o Senhor aí também sonda o nosso coração, e prova se a nossa intenção é realmente servi-lo, não obstante as circunstâncias adversas ou favoráveis, e se O amamos mais do que qualquer outra coisa neste mundo.

PARA USO DOS PROFESSORES

AUTORIA 
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APOIO 
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