28 junho 2022

001- Jesus e a Salvação - Ensinos de Jesus Lição 01 [Pr Nilson Vital]28jun2022

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LIÇÃO 1 

JESUS E A SALVAÇÃO 

TEXTO ÁUREO: “Porque o Filho do Homem veio salvar o que se tinha perdido” (Mt 18.11) 

LEITURA BÍBLICA: LUCAS 19.1-10 

INTRODUÇÃO Durante este trimestre, vamos nos voltar para os evangelhos e aprender diretamente com nosso Mestre Jesus. Seu ministério de ensino foi tão notório e abrangente quanto foram os Seus milagres, por isso há muito mais para aprendermos sobre o reino de Deus e seus mistérios, além do que já estudamos, em outras oportunidades, no Sermão do Monte e nas Parábolas. E, nesta primeira lição, propomos examinar particularmente três passagens onde o Senhor elucida importantes verdades acerca da salvação. 

I – A CONVERSÃO DE ZAQUEU (LC 19.1-10) Zaqueu era um chefe dos publicanos, isto é, daqueles que coletavam impostos dos seus concidadãos para Roma. Também era rico. Mas a passagem narra como este homem de baixa estatura, desejando tão avidamente ver a Jesus, mas impedido pela multidão, fez algo inusitado – ao menos para alguém do seu status. E o que conseguiu foi não apenas ver a Jesus, mas ser notado por Ele, chamado pelo nome e instado a preparar pousada para o Mestre em sua casa. Ao obedecer prontamente à voz de Cristo, e recebê-l’O com grande alegria, Zaqueu estava não apenas oferecendo hospedagem para Jesus, mas atendendo ao chamado para a salvação. Assim, podemos dizer que esse encontro ilustra o chamado eficaz do evangelho, pois todo aquele que vem a Cristo não será lançado fora, e aquele que ouve a Sua e é dos Seus, prontamente a reconhece e o Segue (cf. Mt 9.11; Jo 6.37; 10.27-28). Não compreendendo a graça de Deus manifestada para com aquele homem, os judeus murmuravam porque Zaqueu, sendo publicano, era considerado um grande pecador, indigno da salvação. Se era prática comum dos publicanos cobrar além do que era devido aos seus compatriotas (cf. Lc 3.12-13), as palavras deste homem revelam que ele havia se convertido de uma vida de avareza, e agora se propunha voluntariamente a reparar o dano causado a outros, restituindo aqueles que tivessem sido defraudados por ele com a devida compensação; bem como dar aos pobres metade do que de fato era seu. Não há verdadeira salvação sem arrependimento, isto é, sem que haja admissão de culpa por parte do pecador, e disposição em abandonar o mal e praticar o bem, produzindo frutos dignos de arrependimento (cf. Mt 3.8-10). O testemunho de Jesus confirma a veracidade da conversão e das intenções de Zaqueu, mas ao mesmo tempo indica que toda essa demonstração de arrependimento havia sido produzida por obra da graça de Deus, da salvação que havia alcançado o coração daquele homem. Do mesmo modo que Abraão, Zaqueu primeiro fora perdoado e justificado pela fé naquele que o havia chamado, e essa fé agora se manifestação no seu testemunho e firme propósito de praticar boas obras (cf. Ef 2.8-10; Tg 2.14, 17, 21-24). Consideremos ainda a contradição dos judeus, inflados em sua justiça própria, ao desprezar a salvação em Cristo Jesus e ao mesmo tempo murmurar contra aqueles que a aceitavam, por serem estes injustos. Mas para isto o Filho de Deus veio ao mundo, pois o desejo de Deus é antes salvar, e não destruir os pecadores (Mt 18.11-12; Jo 3.17; Ez 18.23). 

II – O JOVEM RICO (MT 19.16-26) Passamos agora para o episódio onde Jesus é abordado por um jovem de posição social destacada (cf. Lc 18.18) e também rico, assim como Zaqueu. Reverentemente e disposto a aprender com Cristo como um mestre vindo de Deus, o jovem pergunta: “Que bem farei para herdar a vida eterna”, manifestando o entendimento equivocado de que a salvação deveria ser alcançada através de boas obras. E, de fato, o Senhor responde no mesmo sentido: “Guarda os mandamentos”, pois Ele não veio acrescentar nem tirar nada à Lei, na qual Deus já havia prometido a vida eterna ao homem que guardasse todos os mandamentos (Lv 18.5). Contudo, assim como a maioria dos judeus, este jovem media a justiça divina apenas pelo aspecto exterior dos mandamentos; bem como nutria um falso conceito acerca da sua própria impecabilidade: “Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade; que me falta ainda?” O fato que ele parecia ignorar é que o mandamento é amplíssimo, e espiritual, condenando o pecado ainda nos recessos do coração, e a própria Lei testifica que ninguém é capaz de alcançar a justiça pelas obras, todos sendo considerados transgressores (Tg 2.10-11; Gl 3.10-11; Rm 7.7-8). A fim de corrigir o jovem e fazê-lo entender que sua obediência à lei estava longe de ser perfeita, o Senhor traz à luz o seu amor pelas riquezas. Embora a Lei não proíba a posse de riquezas, somos ensinados por Cristo que qualquer que ponha seu coração nelas viola o primeiro mandamento, que diz: “Não terás outros deuses diante de mim” (cf. Mt 7.19-21, 24; Cl 3.5). O jovem percebe, com tristeza, sua transgressão, ao se ver incapaz de abrir mão das riquezas pela vida eterna que tanto almejava, e assim de seguir a Cristo, em testemunho do Seu amor a Deus. Este episódio ilustra, como Jesus explica na sequência aos Seus discípulos, que não apenas aos ricos, mas aos homens em geral, é muito difícil – ou melhor, impossível – serem salvos, posto que a confiança nas riquezas, ou o amor aos vícios, impede-os de amar a Deus de todo o seu coração. A salvação é um milagre de Deus – um milagre de graça e misericórdia (Ef 2.4-7). 

III – SÃO POUCOS OS QUE SE SALVAM? (LC 13.23-27) Nesta passagem, o Senhor Jesus responde a alguém que desejava saber se são poucos os que se salvam; não podemos determinar a intenção desta pergunta, mas, a partir da pregação e do ensino de Cristo – basta apenas considerar os dois casos já estudados – é possível afirmar que o reino dos céus não é de todos. Ao invés de satisfazer a curiosidade por trás da pergunta, o Senhor usa a figura da porta estreita para ressaltar que a salvação é individual, e não depende da escolha, por assim dizer, de outros; mas cada um deve se aplicar a entender, encontrar e trilhar esse caminho, e entrar por essa porta, por si mesmo. A figura também alude ao aspecto, já estudado, de que é difícil aos homens entrar no reino dos céus, porque a salvação requer renúncia. Na ilustração seguinte, do pai de família começando a fechar a porta, e muitos ficando do lado de fora, temos a verdade de que muitos se enganam quanto ao seu nível de comprometimento e renúncia pelo evangelho de Cristo, folgando com sutilezas do pecado que, naquele dia, descobrirão que não são aceitas pelo pai de família. A palavra “porfiar”, nesse caso, implica em perseverança na santificação, em vigilância e oração (cf. Mt 26.41; Lc 21.34). 

CONCLUSÃO Jesus ensinou que a salvação é obra da graça de Deus, que se manifesta livremente no coração dos homens, não por merecimento nem dignidade pessoal, mas apesar e mesmo contra toda expectativa dos pecadores. Nenhuma piedade, nenhum esforço ou feito humano se iguala a essa graça. Aqueles que confiam em si mesmos serão frustrados pelo próprio fracasso em cumprir às demandas da justiça divina, mas os que renunciam a si mesmos e confiam naqu’Ele que os chamou serão surpreendidos pela poderosa e eficaz salvação de Deus.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


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