15 fevereiro 2022

008-As águas do dilúvio secaram - Gênesis Lição 08[Pr Afonso Chaves]15fev2022

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LIÇÃO 8 

AS ÁGUAS DO DILÚVIO SECARAM – NOÉ SAI DA ARCA 

TEXTO ÁUREO: “Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem, porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice; nem tornarei mais a ferir todo vivente, como fiz. Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite não cessarão.” (Gn 8.21-22) 

LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 8.1-14 

INTRODUÇÃO Na lição anterior vimos como o mundo antigo foi destruído pelas águas do dilúvio e como Noé e sua família, assim como os animais que com ele entraram na arca, foram salvos da ira de Deus. Nada mais restava daquela geração ímpia e pecadora, e, num primeiro momento, a visão que se descortinava aos olhos de Noé era a de um mundo completamente vazio, coberto por um abismo de águas que se estendia de todos os lados até o horizonte. Mas veremos como, a partir da devastação em que se encontrava, aquele remanescente presenciou o despontar de um novo mundo para habitar sob as bênçãos e promessas de Deus. 

I – AS ÁGUAS DO DILÚVIO COMEÇAM A BAIXAR (8.1-5) Cessada a turbulência das inundações e da chuva de quarenta dias e quarenta noites que causaram o dilúvio, vimos no capítulo anterior que as águas prevaleceram sobre a terra durante mais cento e cinquenta dias. Nesse período, a arca vagou à deriva, e aqueles que se encontravam dentro dela permaneceram fechados sem saber o que se passava do lado de fora. Ao mesmo tempo, esse período corresponde ao princípio do escoamento das águas, pois, de acordo com o texto que ora estudamos, “as águas tornaram de sobre a terra continuamente e, ao cabo de cento e cinquenta dias, as águas minguaram”, isto é, começaram a diminuir. Notemos que a torrente de águas vindas do céu e das fontes subterrâneas poderiam ter continuado a alimentar a inundação, não fosse o fato de que Deus se lembrou de Noé e de todos os que estavam com ele dentro da arca. Na ira, Deus lembrou-se da misericórdia, e assim, satisfeita a justiça divina contra aquela geração que havia corrompido o seu caminho sobre a terra, o Senhor lembrou-se do concerto de salvação feito com o seu servo, e fez passar um vento sobre a terra, e aquietaram-se as águas (cf. Hc 3.2; Lm 3.22; Sl 34.22). Os versos seguintes descrevem o progresso da “estiagem”, ou do escoamento das águas, na medida em que a arca, tendo vagado livremente por regiões desconhecidas, no sétimo mês (isto é, cinco meses após o início do dilúvio), como que ancora nos montes de Ararate, uma cadeia montanhosa atualmente localizada no norte da Mesopotâmia, e de onde posteriormente veremos que as primeiras gerações dos filhos de Noé desceram para habitar o restante do mundo. No décimo mês, diz o texto que apareceram os cumes dos montes, o que é compreensível de um ponto de vista humano, pois, mesmo que o Ararate não seja a maior cadeia de montanhas do mundo, ela se destaca em relação às demais montanhas do Oriente Próximo. 

II – NOÉ ENTENDE QUE AS ÁGUAS DO DILÚVIO SECARAM (8.6-14) Não tendo recebido nenhuma revelação quanto ao tempo de duração do dilúvio, Noé deveria passar por aquele momento de turbação com paciência e esperança na promessa de livramento feita por Deus. Chegaria o momento em que o mesmo Senhor que lhe havia ordenado entrar na arca diria novamente: “Sai da arca”, mas, até lá, o piedoso patriarca aguardaria no interior da embarcação. Desejando compreender a situação e o momento em que se encontrava – ou, em outras palavras, discernir os tempos (cf. Lc 12.56) – Noé procurou sondar o mundo ao seu redor sem abandonar o interior da arca – o que seria necessário, caso desejasse ele mesmo visualizar a situação do lado de fora através da única janela no teto da embarcação. Por isso ele se serve das aves para fazer a averiguação: primeiro um corvo, e depois uma pomba – duas aves que, desde tempos imemoriais, são conhecidas por manterem uma convivência próxima ao homem, não temendo aproximar-se dele. Diz o texto que o corvo ia e voltava continuamente para a arca, durante todo o período em que as águas minguaram até a terra ficar seca; isto quer dizer que, como uma ave carniceira, o corvo certamente encontrava os corpos dos homens e animais mortos durante o dilúvio, e que ainda estavam boiando nas águas, oferecendo à ave um banquete do qual ela poderia se servir livremente, mas sem ter lugar firme para descansar. Isto, porém, não oferecia informação suficiente para Noé, nem permitia visualizar alguma progressão do recesso das águas, pelo que o patriarca envia uma pomba. Primeiro, esta volta para Noé indicando não ter encontrado repouso para os seus pés, como diz o próprio texto. Num segundo voo, ela volta trazendo um ramo de oliveira no bico – o que dá a entender que a vegetação começava a ficar visível; e, na terceira vez em que é enviada para fora da arca, a pomba não volta mais para Noé – indicando que já era possível encontrar terra firme. Compreendendo que o juízo de Deus havia sido executado e que a terra ficaria cada vez mais seca das águas do dilúvio, Noé se permite ele mesmo vislumbrar o horizonte daquele novo mundo removendo a cobertura da arca. Mas notemos a paciência do patriarca e ao mesmo tempo o temor que a devastação do dilúvio teria causado sobre o seu coração, de tal modo que ele ainda aguardou alguns dias até que Deus expressamente o mandasse sair da embarcação (cf. Sl 119.119-120). 

III – DEUS MANDA NOÉ SAIR DA ARCA (8.15-22) Ordenado e ao mesmo tempo encorajado pela palavra de Deus, Noé sai da segurança oferecida pela arca para aquele mundo completamente vazio e desolado, levando consigo apenas sua família e os animais que haviam sido preservados com eles. O mandato divino para os animais se procriarem e encherem a terra é novamente expresso, como no princípio: “povoem abundantemente a terra, e frutifiquem, e se multipliquem sobre a terra”. Noé, por sua vez oferece o primeiro culto solene a Deus naquele novo mundo, sacrificando dos animais limpos e oferecendo-os em holocaustos, numa demonstração de gratidão pelo livramento e sujeição ao propósito do Criador e Senhor dos céus e da terra (Sl 116.12-14, 17). Assim como descansou no sétimo dia em sinal de contentamento pela criação original, agora, ao se agradar do cheiro dos holocaustos, Deus demonstra Sua boa vontade para com o homem e a criação, por assim dizer, renovada. O dilúvio foi um testemunho do juízo inescapável de Deus contra os pecadores, que a seu tempo alcançará a todos, geração após geração, até a eventual consumação do mundo – que certamente ocorrerá. Compreendendo, porém, a fraqueza humana, irrecuperável até a restauração de todas as coisas pelo evangelho, em Cristo Jesus, o Senhor também será paciente, dando amplo testemunho aos homens acerca da Sua bondade e poder, inclusive beneficiando-os com estações e colheitas (cf. At 14.16-17; Sl 104.14-15). 

CONCLUSÃO O dilúvio traz preciosas lições sobre a justiça e a ira de Deus contra o pecado, mas também sobre a Sua misericórdia para com os fiéis. Enquanto andarmos com Deus neste mundo, assim como Noé, podemos descansar na certeza de que, quando o juízo se manifestar, seremos guardados do mal e conservados para finalmente presenciar a Sua misericórdia.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
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