24 agosto 2021

009-A Restauração é anunciada- Ezequiel Lição 09[Pr Afonso Chaves]24ago2021



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LIÇÃO 9 
A RESTAURAÇÃO É ANUNCIADA 

TEXTO ÁUREO: “E dirão: Esta terra assolada ficou como jardim do Éden; e as cidades solitárias, e assoladas, e destruídas estão fortalecidas e habitadas. Então, saberão as nações que ficarem de resto em redor de vós que eu, o Senhor, tenho reedificado as cidades destruídas e plantado o que estava devastado; eu, o Senhor, o disse e o farei.” (Ez 36.35-36) 

LEITURA BÍBLICA: EZEQUIEL 33.1-11 

INTRODUÇÃO O juízo havia sido anunciado tanto para Judá, que havia se rebelado gravemente contra o Senhor Jeová, como para as nações vizinhas, que haviam se regozijado na queda do povo eleito ou de alguma forma contribuído para aumentar ainda mais sua dor. O cenário que o profeta agora tem diante de si é o da assolação e ruína a que o castigo divino em breve reduziria todos os povos. Mas, ainda antes que tudo estivesse consumado, Ezequiel passa a animar os corações dos cativos, deprimidos e sem esperança quanto à sua futura condição. Eles precisavam saber que, tão certo quanto a sua rebelião havia resultado em todos os seus sofrimentos, o caminho que Deus estabelecia diante deles e os convidava a seguir os levaria sem erro à sua restauração. 

I – DEUS NÃO DESEJA A DESTRUIÇÃO DO SEU POVO (CAPÍTULO 33) A primeira parte deste capítulo parece combinar duas passagens diferentes que já estudamos (Ez 3.17-21; capítulo 18). Mas aqui, ao reafirmar o dever do profeta de alertar o ímpio sobre as consequências do seu pecado assim como o atalaia deve tocar a trombeta para avisar o povo sobre a espada do inimigo que apanha os desavisados, o Senhor o faz em resposta à indagação desesperada do povo: “Visto que as nossas prevaricações e os nossos pecados estão sobre nós, e nós desfalecemos neles, como viveremos então?” (v. 10). Os israelitas não conseguiam vislumbrar outra coisa senão o seu fim, esmagados pelo castigo dos seus próprios pecados; mas o Senhor repete que não precisava ser assim – Seu desejo era que eles se convertessem de suas maldades, e vivessem. Como sinal já predito de que havia chegado o tempo oportuno para conclamar os cativos ao arrependimento, pois que logo dariam crédito ao profeta, pouco tempo após a destruição da cidade, chega a notícia do ocorrido primeiramente a Ezequiel: “veio a mim um que tinha escapado de Jerusalém, dizendo: Ferida está a cidade” (v. 21, 22; cf. 24.25-27). O fato de que agora o profeta abriria a sua boca e não ficaria mais calado permite-nos afirmar que este segundo momento do seu ministério seria mais abundante e prolixo no anúncio da restauração do que havia sido o anterior, quando o tema da sua mensagem era o juízo. O que o Senhor diz aqui a respeito dos que haviam restado em Jerusalém mostra a cegueira espiritual e arrogância dos rebeldes, presumindo estar na mesma posição diante de Deus em que o seu patriarca se encontrava: “Abraão era um só e possuiu esta terra; mas nós somos muitos; esta terra nos foi dada em possessão” (v. 24). Seria necessário demonstrar, pela completa assolação da terra e dispersão dos judeus sobreviventes, que estes não tinham nenhum direito hereditário, tampouco o favor de Deus para se estabelecer naquela terra. 

II – O POVO SERÁ GUIADO POR UM PASTOR FIEL (CAPÍTULO 34) Por mais que as graves acusações imputadas aos falsos pastores de Israel possam fazer este capítulo parecer tratar de juízo, na verdade o propósito é apenas contrastar o fracasso do líderes do povo de Deus com a obra perfeita do próprio Senhor que, a partir de agora, seria o único e suficiente pastor de Israel. Pastores aqui são os líderes ou reis que tiveram a responsabilidade de governar, conduzir e proteger o povo de Deus, mas na maioria das vezes abusaram da sua autoridade, buscando seus próprios interesses às custas do bem estar do povo (cf. 1 Cr 17.7; 1 Rs 22.17). Lembremos também que os reis sempre estavam à frente do povo na idolatria (cf. 1 Rs 12.26-29). O rebanho de Deus corre grave perigo quando está sob a condução de falsos pastores (cf. Jo 10.10-13), e as que mais sofrem são as “fracas” – os humildes, simples e sinceros que confiam naqueles que Deus indicou para conduzi-los. Eis a situação de Israel: seus reis presos em Babilônia, o povo disperso pelas montanhas como ovelhas sem pastor; mas o Senhor promete livrar suas ovelhas de futuras depredações e buscá-las onde quer que se encontrassem. “Como o pastor busca o seu rebanho, no dia em que está no meio das suas ovelhas dispersas, assim buscarei as minhas ovelhas; e as farei voltar de todos os lugares por onde andam espalhadas no dia de nuvens e de escuridão” (v. 12). Seriam retiradas dentre todos os povos onde se encontrassem dispersas, e reunidas nos montes de Israel – não aqueles montes assolados pela guerra e contaminados pelo pecado, mas em “bons pastos”, “pastos gordos” elas repousarão. De fato, a figura do bom pastor pode ser vislumbrada já em homens como Zorobabel e Neemias, os quais lideraram fielmente o povo de Deus na sua restauração tanto material como espiritual; mas esta é uma promessa que se cumpre plenamente apenas na pessoa e obra de nosso Senhor Jesus Cristo, o bom pastor, que deu Sua vida pelas ovelhas, para que elas fossem reunidas num só aprisco e tivessem vida com abundância (Jo 10.14-16). Outro aspecto da promessa é que o rebanho de Deus haveria de ser apascentado de tal forma que não haveria mais lugar para as injustiças daqueles que, à semelhança de seus pastores iníquos, se portavam com falsidade ou hipocrisia, usando da simplicidade do próximo em proveito próprio – na figura, são aqueles que o Senhor chama de gado gordo. Deus é o pastor que conhece as Suas ovelhas e delas é conhecido, e para Ele não há acepção de pessoas (cf. Cl 3.25; Rm 14.10). 

III – OS MONTES DE ISRAEL TORNARÃO A SER HABITADOS (CAPÍTULOS 35-36) Edom é citado neste momento não apenas para reforçar o juízo de Deus contra este povo, mas para sublinhar o ódio e o desejo de vingança fomentado pelos descendentes de Esaú contra seus próprios irmãos, os israelitas, e portanto a constante ameaça que representaram à permanência de Israel na terra da sua herança. Deste modo, o propósito desta profecia é assegurar que os antigos inimigos já não mais existirão para impedir que o povo eleito se estabeleça definitivamente em seu lugar, sem temores ou receios. Daí passamos ao capítulo 36, onde o Senhor considera a presunção expressa pelos povos vizinhos: “Ah! Ah! Até as eternas alturas serão nossa herança” (v. 2). Mais uma vez, a mensagem que, na verdade, é dirigida ao povo no cativeiro, apela aos montes de Israel – os mesmos montes que, outrora, presenciaram a iniquidade, ouviram o anúncio do juízo que assolaria os seus altares, e agora se encontravam abatidos e debaixo do opróbrio dos inimigos. Chegaria o tempo de florescer e frutificar, e isto porque o povo voltaria a habitar e fazer bom uso dos montes (cf. vv. 8-12). Consideremos ainda dois aspectos dessa restauração aqui destacados: muito embora o povo de Israel só tenha profanado o nome do Senhor entre as nações, seja por terem pecado, seja pelo castigo sofrido; eles seriam restaurados como um sinal da misericórdia e poder de Deus, a fim de assegurar a glória e a honra do Seu santo nome. E, segundo, para isto seria necessário que eles mesmos fossem restaurados – regenerados – de sua natureza corrompida e decaída que, desde o princípio, só produziu rebeldia e impenitência. Aqui já se fala na obra da graça, sem a qual ninguém é capaz de produzir frutos de justiça, ou a obediência que agrada a Deus – obra essa que se cumpre na igreja, hoje, e se manifestará gloriosa na eternidade de uma comunhão plena e inabalável de Deus com o Seu povo (Ap 21.3, 7). 

CONCLUSÃO Após um castigo que durou um pouco de tempo, o povo de Deus aprendeu uma importante lição quanto ao privilégio e a gravidade de servir ao Senhor Jeová. Os frutos desse aprendizado seriam produzidos ao longo das gerações seguintes daqueles que a graça de Deus purificaria, tem purificado e até ao fim dos tempos purificará, preparando-os para habitar os verdadeiros e eternos montes de Israel. 

PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira

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