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LIÇÃO 11
A PROMESSA DO CONSOLADOR
A PROMESSA DO CONSOLADOR
TEXTO ÁUREO:
“Se me amais, guardai os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará
outro Consolador, para que fique convosco para sempre” (Jo 14.15-16)
LEITURA BÍBLICA: JOÃO 14.1-11
INTRODUÇÃO
Prosseguindo no estudo das últimas palavras de Jesus dirigidas aos Seus discípulos, antes de ser
entregue aos Seus algozes, consideraremos a explicação que o Senhor lhes faz a respeito da necessidade
da Sua partida, para que a promessa acerca do Espírito Santo, o Consolador, pudesse se cumprir e a
alegria dos discípulos fosse ainda maior.
Veremos também que estas palavras servem de grande
conforto, segurança e orientação para os fiéis em todos os tempos, pois falam de coisas que começariam
a se cumprir naquela geração, mas se estenderiam até o fim dos tempos.
I – JESUS CONSOLA OS DISCÍPULOS SOBRE A SUA PARTIDA (VV. 1-11)
Percebendo a tristeza que havia tomado conta dos corações dos Seus discípulos por terem
ouvido falar sobre a Sua partida, Jesus passa a confortá-los, no sentido de esclarecê-los que Ele não iria
para algum lugar estranho ou desconhecido, onde eles jamais O pudessem acompanhar, mas voltaria
para o Seu próprio lar, de onde havia saído – para junto de Seu Pai.
E isto deveria ser motivo de alegria,
não de tristeza, uma vez que a casa do Pai (a glória celestial) era um lugar onde certamente eles
poderiam ir e assim estariam mais uma vez com o seu Mestre. E o próprio Jesus asseguraria que, no
momento oportuno, eles estivessem novamente com Ele: “E, se eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e
vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também” (cf. 1 Ts 4.16-17).
O caminho para aceder à casa do Pai eles já conheciam, pois haviam estado com Jesus e
contemplado a Sua glória, recebendo essa revelação da graça e da verdade pela fé e confessando Jesus
como o Cristo, o Filho Unigênito de Deus. E em Cristo Jesus o homem tem tudo de que precisa para
conhecer a Deus nesta vida, pois Ele é “o caminho, e a verdade, e a vida”, como também para ter a certeza
de que, um dia, o mesmo Jesus o levará ao encontro do Pai em Seu lar celestial.
Esta é, portanto, uma
palavra de segurança tanto para esta vida como para a vida futura.
Talvez compreendendo que a partida de Jesus implicaria em voltar para junto do Pai, e que um
dia eles também seguiriam o mesmo caminho, os discípulos pedem, como que por antecipação, o favor
ou graça de contemplar o Pai naquele momento: “Mostra-nos o Pai, o que nos basta”.
Cristo responde
então que esse privilégio já lhes havia sido dado, pois tudo quanto o Senhor falava ou operava, como
Ele mesmo já havia explicado em várias ocasiões, não era ninguém menos que o próprio Pai falando e
operando por meio de Seu Filho: “As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está
em mim, é quem faz as obras”.
Esse é o verdadeiro e único conhecimento possível acerca de Deus, na
expressão viva do Seu caráter e atributos, que aprouve ao Pai manifestar plenamente em Cristo Jesus.
II – A NECESSIDADE DA PARTIDA DE JESUS (VV. 12-21)
Contudo, o Senhor chama a atenção dos discípulos para o presente momento, em que eles ainda
não estavam prontos para seguir ao seu Mestre na Sua partida, mas ficariam neste mundo, sem a Sua
presença física.
Ele queria que os discípulos descansassem na certeza de que não ficariam sozinhos nem
desamparados por Deus, por isso lhes diz que as obras do Pai continuariam a ser realizadas, mas desta vez por eles mesmos, no Seu nome, e em uma medida ou grandeza ainda maior, pois, embora fosse o
mesmo Jesus quem as realizaria, desta vez seria a partir da Sua posição exaltada junto ao Pai, como
aqu’Ele a quem foram entregues todas as coisas.
Tão somente deveriam se lembrar de tudo o que Ele
lhes havia mandado, permanecendo no Seu amor e sendo obedientes, como haviam sido até então: “se
me amais, guardai os meus mandamentos”.
Para maior certeza de que não seriam abandonados, o Salvador agora explica que a Sua partida
seria ocasião para que o Pai demonstrasse um cuidado ainda maior para com os Seus: “E eu rogarei ao
Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre”.
Jesus havia sido o consolador dos
discípulos até aquele momento, amparando-os em suas fraquezas e provendo tudo de que precisavam
para que cumprissem o seu chamado. Mas, como não poderia permanecer fisicamente com os Seus, Ele
providenciaria para que, através do Espírito enviado pelo Pai em Seu nome, o mesmo Jesus pudesse
voltar para os Seus; por isso diz: “Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós”.
Quando esta promessa se
cumprisse, com o derramamento do Espírito, os cristãos teriam não apenas a certeza de que o mesmo
Jesus havia voltado e estava junto deles todos os dias, por toda a demonstração de graça, verdade e
consolação no meio da igreja e no coração de cada fiel; mas também saberiam que, tendo Ele sido
exaltado até a destra de Deus e sendo ouvido naquilo que prometeu rogar em nosso favor, agora a sua
comunhão era com o Pai e o Filho (1 Jo 1.3; At 2.33).
III – JESUS VOLTARÁ PARA OS QUE O AMAM (VV. 22-29)
Estas últimas palavras deveriam reanimar os discípulos, pois certamente o Senhor Jesus voltaria
para eles e poderiam continuar desfrutando da Sua presença tão satisfatória, em uma medida ainda mais
abundante. Mas, desta vez, com uma diferença em relação ao mundo: “Ainda um pouco, e o mundo não me
verá mais, mas vós me vereis”.
Sua presença entre os discípulos não seria mais física, mas espiritual, nem
mais apenas junto deles, mas dentro deles: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará,
e viremos para ele e faremos nele morada”.
Por isso também Ele os advertirá, nessa ocasião, acerca da
rejeição que sofreriam pelo mundo, assim como Ele fora rejeitado.
Notemos mais uma vez que a promessa do Espírito é feita apenas aos discípulos de Cristo,
àqueles que, mesmo na ausência física do Mestre, permaneceriam no Seu amor, guardando os Seus
mandamentos.
Assim como era através da obediência que poderiam provar serem verdadeiros
discípulos e experimentar a virtude libertadora da palavra de Cristo (Jo 8.31-32), do mesmo modo
agora, na Sua ausência, seria através da obediência aos Seus mandamentos que poderiam provar que O
amavam e, amando-O, seriam amados por Ele e pelo Pai e receberiam o dom supremo desse amor – a
presença e morada de Deus no coração, em Espírito (At 5.32).
CONCLUSÃO
Se os discípulos naquela ocasião precisavam de consolação e amparo para suas almas, em razão
da iminente partida do amado Mestre, quanto mais nós que, depois deles, também passamos por um
período de tempo como que ausentes do Senhor no corpo.
Contudo, resta para nós, assim como para
eles, a preciosa graça e presença do Espírito Santo, não mais como uma promessa cujo cumprimento
deva ser aguardado, mas como um dom já concedido e abundantemente derramado em nossos corações
através da fé que nos foi dada em Cristo Jesus.
PARA USO DO PROFESSOR
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AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO
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