04 setembro 2019

010-Um novo Mandamento - Evangelho do Apóstolo João - Lição 10[Pr Afonso Chaves]03set2019


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LIÇÃO 10
UM NOVO MANDAMENTO

TEXTO ÁUREO: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis” (Jo 13.34).

LEITURA BÍBLICA: JOÃO 13.1-17 

INTRODUÇÃO
A partir do presente capítulo do Evangelho segundo João, entramos no relato da paixão de nosso Senhor Jesus Cristo.
E, conhecendo o estilo característico desse evangelista, não devemos esperar encontrar aqui muitas diferenças na narração dos eventos, mas sim nos discursos que nosso Salvador teve com os Seus discípulos naqueles últimos momentos.
E, abrindo esta série de últimas e preciosas lições, a primeira coisa de que o Senhor trata é também a mais importante de todas as que Ele ensinou ao longo do Seu ministério – o amor que Deus tem por nós e que nós devemos ter uns pelos outros.

I – UMA LIÇÃO PRÁTICA DO AMOR DE DEUS (VV. 1-17) 
Esta seção se inicia com a solene declaração de que Jesus, “como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim”, e que é uma explicação clara e simples sobre tudo o mais que Ele dirá e fará até o final do quarto evangelho.
Quer dizer que Ele se manteve firme no Seu amor por aqueles que lhe haviam sido confiados pelo Pai, mesmo sabendo que esse amor deveria ser demonstrado, em breve, da forma mais angustiante e terrível.
Mas também sabia que, em consequência da Sua inabalável determinação em cumprir a vontade de Deus, Ele voltaria para junto daqu’Ele que o tinha enviado, à glória que tinha em comunhão com o Pai antes que o mundo existisse.
Assim, enquanto ainda estavam reunidos por ocasião daquela última ceia, Jesus se levanta para dar uma lição prática do amor com que havia amado os Seus.
O ato de lavar os pés estava relacionado à cultura daquele tempo como uma das formas em que o senhor de uma casa demonstrava hospitalidade aos seus visitantes ou convidados (Lc 7.44).
De imediato, isso traz à mente dos discípulos a ideia de uma submissão e serviço do seu Mestre que eles não admitiam, o que explica o assombro de Pedro: “Senhor, tu lavas-me os pés a mim?”
Ao que o Senhor explica que ele ainda não podia entender o significado daquela atitude, mas o importante era saber que aceitar aquele serviço do Mestre em seu favor era necessário se o discípulo quisesse realmente ter parte com Ele.
De fato, este episódio possui uma mensagem profunda, com várias implicações.
Podemos dizer, em primeiro lugar, que o ato de lavar os pés aos discípulos, como uma expressão de submissão e serviço, fala da natureza da própria obra de Cristo, que culminaria com o Seu sacrifício na cruz: “Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10.45).
Esse ato também significava que, embora a Sua obra ainda não estivesse consumada, a eficácia da salvação e vida eterna resultantes da morte sacrificial de Cristo era um fato – aqueles por quem Cristo morreria já estavam assegurados e disto precisavam apenas ser lembrados pelo lavar dos pés: “Ora, vós estais limpos”.
Mas o aspecto mais importante desta lição se encontra no exemplo que o Salvador deixou aos discípulos: “Vós deveis também lavar os pés uns dos outros ... Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu fiz, façais vós também”.
E este lavar os pés uns aos outros consiste na prática do amor, amor que nos leve a servir e nos sacrificarmos pelo nosso irmão (Jo 15.12-14; 1 Jo 4.10-12, 19-21).

II – UMA DEMONSTRAÇÃO DE QUE O AMOR NÃO É DE TODOS (VV. 18-30)
Na sequência destas palavras, Jesus chama a atenção para o fato de que a lição transmitida no lavar os pés aos discípulos não dizia respeito a todos, pois um deles não estava limpo no demais, para que a lavagem dos pés pudesse significar alguma coisa.
Judas, aquele que trairia o Mestre, estava com o coração irremediavelmente contaminado pelo mal e destinado a demonstrar a mais cruel perversidade, correspondendo ao amor de Cristo com traição. Contudo, para que os discípulos não se escandalizassem, Jesus os previne de que isto fazia parte daquilo que havia sido determinado nos conselhos de Deus: “O que come o pão comigo, levantou contra mim o seu calcanhar”, e os assegura de que tamanho escândalo não diminuiria a autoridade e a importância da obra dos verdadeiros discípulos: “Se alguém receber o que eu enviar, me recebe a mim, e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou”.
Observemos ainda que é com pesar que Jesus anuncia a traição de um dos Seus discípulos, embora já tivesse advertido os demais de que isto certamente aconteceria (Jo 6.70, 71).
E, mesmo assim, ao responder à pergunta feita por João em nome dos demais, não o faz de forma direta, mas com tanta discrição que nenhum deles se dá conta de que o momento da traição estava próximo.
Vendo a resolução e impenitência de Judas, agora insuflada pelo próprio diabo, Jesus simplesmente o despede para que fizesse o que tinha que fazer, já que nada mais poderia demovê-lo do seu plano: “O que fazes, faze-o depressa”.

III – UM NOVO MANDAMENTO AOS QUE SÃO AMADOS POR DEUS (VV. 31-38) 
A saída de Judas do aposento abre a oportunidade para que o Senhor Jesus possa se dirigir mais diretamente aos Seus discípulos eleitos e queridos, encorajando-os com muitas promessas e palavras de consolação.
O momento vai se tornando cada vez mais tenso, com os discípulos percebendo que algo estava para acontecer com o seu amado Mestre.
Chegava o tempo de Jesus ser glorificado, mas esta glorificação, para espanto deles, implicaria em uma dolorosa separação: “Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco.
Vós me buscareis, mas, como tenho dito aos judeus: Para onde eu vou não podeis vós ir; eu vo-lo digo também agora”.
Ainda sem entender como isto se daria, parece que imaginam diversas coisas, inclusive cogitando acompanhar o Senhor, como diz Pedro: “Por que não posso seguir-te agora?” Cristo sabe a dificuldade dos Seus discípulos amados compreenderem os conselhos de Deus, mas tal situação era necessária para que eles mesmos pudessem conhecer a graça de Deus demonstrada para com eles, mesmo após suas reações de confusão, fraqueza e desespero.
A partir de agora, o que realmente importa é compreender a lição transmitida a princípio e para a qual Jesus chama a atenção com as palavras: “Um novo mandamento vos dou”.
Esta é uma declaração solene, como um testamento ou vontade final deixada por Cristo aos seus herdeiros.
O que estava para acontecer naquelas próximas horas (e, na verdade, até o fim dos tempos) escaparia completamente do controle deles; por isso, o que devia preocupa-los é que, na ausência física do Mestre, só poderiam preservar seu vínculo com Ele e sua identidade como discípulos de Cristo se fossem Seus imitadores no mundo: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”.
E, para incitá-los ainda mais à prática desse amor, Ele ainda falaria sobre o Espírito que os capacitaria a cumprir esse mandamento, provando Seu amor por Cristo, e o impacto desse testemunho sobre o mundo.

CONCLUSÃO 
Sobre tudo o que temos aprendido, não há dúvida de que o amor é a coisa mais importante; tudo o que Jesus fez e o que Ele nos manda fazer encontra sua explicação essencial no amor com que Cristo nos amou e que, se amamos a Ele, devemos também ter amor, uns pelos outros.

PARA USO DO PROFESSOR




AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


APOIO
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