07 novembro 2025

006-Anuncia-se o juízo do mundo de então - Gênisis Lição 06[Pr Denilson Lemes]06nov2025

 

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LIÇÃO 6 

ANUNCIA-SE O JUÍZO DO MUNDO DE ENTÃO

TEXTO ÁUREO: “Então, disse Deus a Noé: O fim de toda carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra.” (Gn 6.13) 

LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 6.1-8 

INTRODUÇÃO 

Prosseguindo na narrativa de Gênesis, veremos hoje que, com o passar das gerações, o pecado havia prevalecido de tal modo entre os filhos dos homens que até mesmo aquela linhagem entre a qual Deus vinha suscitando uma semente de piedosos se deixou vencer pela corrupção moral, transigindo com a conduta dos homens ímpios. E, com a multiplicação da iniquidade e a rejeição ao testemunho de Deus, que falava através de seus filhos àquelas gerações, vai se aproximando o tempo de por termo à contenda dos pecadores contra o Espírito de Deus, em um juízo que extinguiria toda a vida da face da terra, exceto a de um justo e sua família. 

I – A MULTIPLICAÇÃO DA INIQUIDADE (6.1-6) 

Para entender os primeiros versos deste capítulo, devemos levar em consideração que duas linhagens haviam se originado do primeiro homem, Adão, e se multiplicado sobre a terra, povoando-a ao longo de várias gerações. A primeira, através de Caim, distinguia-se por seus feitos de violência e pecado, enquanto a outra, através de Sete, destacou-se pelo seu testemunho de retidão e fé, constituindo uma verdadeira semente de piedosos. Portanto, os filhos de Deus aqui citados são esses patriarcas que alcançaram testemunho de que agradaram a Deus mediante a fé e que viveram em Espírito, assim como seus filhos e filhas que seguiram as suas pisadas (cf. Rm 8.14; Gl 3.7). Com a multiplicação de ambas as linhagens, os filhos dos homens, isto é, os descendentes de Caim, a princípio estabelecidos na terra para onde seu patriarca havia sido banido, em algum momento entraram em contato com os descendentes de Sete. Isto, por um lado, permitiu que os filhos de Caim recebessem o testemunho dos filhos de Deus, aprendendo a invocar o nome do Senhor; mas, por outro lado, a proximidade e convivência e, eventualmente, a união em casamento com pecadores impenitentes e aparentemente impunes poderia se tornar um perigoso tropeço, acirrando o conflito entre os interesses da carne e os do Espírito no coração dos fiéis (cf. Mt 26.41; Ef 5.11-12; 2 Co 6.14-17; Hc 1.3-4; Sl 73.12-14). A Escritura relaciona quase que diretamente a união entre os filhos de Deus e as filhas dos homens com a multiplicação da iniquidade sobre a face da terra (cf. 1 Rs 11.1-3). Seguindo o mau exemplo de Lameque– não o piedoso pai de Noé, mas o homicida descendente de Caim – os descendentes de Sete “tomaram para si mulheres de todas as que escolheram” – isto é, tomaram mais de uma mulher como esposa, em bigamia (casamento com duas mulheres), ou poligamia (com três ou mais mulheres). O fato de terem feito da beleza das filhas de Caim o critério para preferi-las em casamento, negligenciando a falta de piedade dessas mulheres, é um indício não apenas de que muitos filhos de Deus buscavam satisfazer mais sua carne do que o propósito divino para o casamento, ainda que para isto fosse necessário perverter o princípio da união de dois em uma só carne (cf. Ml 2.14-16; Mt 5.27-32). A perda do senso do propósito divino para o casamento e a família naturalmente levaram ao esfriamento do amor para com Deus e o próximo, da misericórdia e da bondade, e assim estava aberta a porta para a multiplicação da iniquidade, a tal ponto de se serem celebrados aqueles que se destacavam por sua violência e valentia segundo a carne (cf. Mt 24.12-13). Notemos que o caminho dos filhos dos homens sobre a terra estava tão desvirtuado do propósito divino que a Escritura afirma que o próprio Deus se arrependeu de tê-los criado – não como se arrependem os homens, pois, neste sentido, Deus não pode se arrepender (Nm 23.19). Mas aqui a expressão se refere mais à consternação do Criador em relação ao estado a que a criatura havia decaído, por ter escolhido o caminho do erro, perdendo sua finalidade de existir, e diante dessa situação Ele não poderia fazer nada mais com o homem além daquilo que o oleiro faz com o vaso que se quebra em suas mãos – desfazer totalmente a sua obra e recomeçá-la (cf. Jr 18.1-10). 

II – O TESTEMUNHO DE NOÉ (6.7-12) 

Noé fazia parte de uma geração cujos antepassados diretos foram todos homens de fé, alguns dos quais receberam testemunho explícito de sua fé no capítulo 5, como vimos na lição anterior; além disso, o penúltimo dessa linhagem, Metusalém, morreu exatamente no ano em que veio o dilúvio sobre o mundo. Podemos considerar então que, até muito próximo do fim, o mundo antigo sempre foi habitado por justos, e esta é a razão da sua preservação por tanto tempo antes do dilúvio. Quando, porém, Noé entrou na arca, à semelhança do que depois aconteceria com Ló, o patriarca era o único justo daquela geração, e assim aprouve a Deus, ao invés de continuar preservando o mundo, salvar o justo e sua família da destruição e preservá-los para um novo mundo livre da iniquidade (cf. 2 Pe 3.9; Gn 18.23-26). Lemos que Noé achou graça aos olhos do Senhor, ou seja, favor e boa vontade da parte de Deus. De fato, ele havia sido escolhido não apenas para ser salvo da destruição que estava para se abater sobre o mundo, mas para salvar também a outros – missão que o seu próprio nome antecipava. Além disso, era justo e reto em suas gerações, o que significa que muitas gerações antes do dilúvio foram testemunhas da piedade deste homem, sem dúvida sendo admoestadas pelo seu exemplo e pela sua denúncia contra a iniquidade daqueles homens – daí ser o patriarca também chamado de pregoeiro da justiça. E, assim como seu antepassado, Enoque, ele também tem o testemunho de que andava com Deus, e por isso também foi, de modo semelhante, arrebatado para a segurança no interior da arca a fim de não ver a destruição do mundo de então. 

III – O JUÍZO DO MUNDO ANUNCIADO (6.13-22) 

Não sabemos exatamente quando o Senhor revelou a Noé o Seu propósito de destruir o mundo e lhe deu a ordem para construir a arca, mas, independentemente dos esforços e do tempo necessários para completar esta obra, e daqueles com os quais poderia ter contado, e da oposição e das zombarias que poderia ter sofrido até o fim, o importante é observarmos que Noé creu, e por isso realizou com sucesso a missão divina que lhe fora confiada (Hb 11.7). Eis que o mundo, isto é, toda forma de vida que havia sobre a terra, seria destruída por um dilúvio de águas – uma inundação avassaladora e invencível de águas jamais vista que levaria a todos os que não se achassem dentro da arca, de modo tão repentino e violento que seriam apanhados enquanto envolvidos em seus afazeres e cuidados cotidianos, praticamente sem se darem conta do que os atingiu, e sem tempo para arrependimento (Mt 24.37-39; 2 Pe 3.5-6). Por fim, consideremos que a salvação de Noé e de seus familiares, e dos animais que entrariam com eles na arca, é estabelecida com base em um concerto. Esta é, de fato, a primeira vez que a Escritura menciona um concerto entre Deus e o homem, mas, conforme ainda veremos, os termos desse pacto já haviam sido uma vez expressos a Adão e sua mulher. Agora, são apresentados mais uma vez a Noé porque o patriarca seria o cabeça de uma nova humanidade, salva por ele da destruição, em uma verdadeira tipologia da obra salvífica de Cristo, a semente da mulher, que agora salva pela fé na Sua justiça – do que as águas do batismo são também uma verdadeira figura (1 Pe 3.20-22). 

CONCLUSÃO 

O mundo antigo havia se corrompido tal como o mundo de hoje, e o fato de a humanidade estar nos seus princípios não impediu que Deus a considerasse digna de um juízo de destruição. Que possamos estar guardados na mesma fé de Noé para que, quando chegar a vez de os céus e da terra que agora existem serem destruídos pelo fogo, podermos ser igualmente preservados na arca da salvação em Cristo Jesus para um novo mundo, em que habita a justiça.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 

Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
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