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LIÇÃO 11
A VINDA GLORIOSA DE CRISTO
TEXTO ÁUREO: “Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação.” (Hb 9.28)
LEITURA BÍBLICA: MATEUS 24.29-39, 42
INTRODUÇÃO Quando o assunto é a vinda de Cristo, geralmente começamos por nos perguntar se é da primeira ou segunda vinda que se fala. Esta forma de se referir à vinda de Cristo não é incorreta, mas geralmente destacamos com tanta distinção a primeira da segunda vinda que podemos cometer o erro de tratá-las como eventos sem qualquer relação entre si. Mas veremos que, à luz das Escrituras, a vinda de Cristo, mais do que um ou dois eventos pontuais na história, é um período que começou com a Sua manifestação física na terra e se encerrará com a Sua manifestação gloriosa nas nuvens do céu.
I – A VINDA DE CRISTO NA PROFECIA Conforme estudamos ao longo deste trimestre, muitos são os testemunhos das Escrituras a respeito da vinda de Cristo, os quais despertaram e nutriram no povo de Deus, desde o princípio, a esperança de que, quando Cristo chegasse, todas as coisas seriam restauradas a uma justa ordem onde os ímpios seriam castigados e os justos, livres dos seus inimigos e dos efeitos perniciosos do pecado, desfrutariam de uma vida plena de paz e alegria diante de Deus. Não é necessário aqui repetirmos as profecias que estudamos em lições anteriores, exceto aquelas onde se nota como os profetas contemplavam essa vinda de Cristo em toda a sua amplitude escatológica, na medida em que todas as coisas se cumpririam com a Sua chegada, e o mundo atual com suas injustiças encontraria seu termo, dando lugar a novos céus e nova terra – uma nova ordem apropriada à justiça eterna do reino messiânico (Jl 2.30-32; Is 65.17-19; Ag 2.6-7). Portanto, os profetas não esperavam (e, portanto, não falaram em seus escritos sobre) duas, mas apenas uma vinda de Cristo, na qual entendiam que se cumpririam não apenas os acontecimentos relacionados à Sua manifestação física neste mundo, mas também aqueles que ainda esperamos se cumprirem na Sua “segunda” vinda em glória, designando esse tempo como o “dia do Senhor”, ou um “grande e terrível dia”, no qual o Messias executaria tanto o juízo contra os pecadores como o livramento dos fiéis (Ml 3.1-3; 4.1-5; cf. At 2.20-21). Notemos que esta também era a percepção de João Batista, ao pregar a chegada do reino dos céus (e do Messias) e, consequentemente, a iminência da manifestação do juízo e da salvação de Deus; e os discípulos, convencidos de que Jesus era o Cristo, esperavam que brevemente Ele se manifestaria em glória perante o mundo e restauraria todas as coisas, somente mais tarde entendendo que convinha que essa manifestação se cumprisse num tempo futuro que não lhes cabia determinar (Mt 3.1-3, 10-12; At 1.6-7; cf. At 3.19-21). Dito isto, devemos considerar também que não escapava à visão dos profetas o fato de que a vinda de Cristo não seria um evento pontual na história, mas sim um período que, embora breve em comparação com as eras passadas durante as quais havia sido prenunciado, permitiria o cumprimento dos propósitos de Deus de forma gradual e progressiva (Dn 2.44; 7.26; 9.26-27).
II – A PRIMEIRA VINDA DE CRISTO Quando nos referimos então à “primeira vinda” de Cristo, estamos falando do tempo em que Ele se manifestou neste mundo em carne – o tempo do Seu nascimento, ministério, morte e ressurreição. E, embora tudo isso tenha ocorrido há mais de dois mil anos, tudo o que estava escrito na Lei e nos Profetas concernente a Cristo cumpriu-se já nesse tempo, de tal modo que a Sua primeira vinda é justamente reconhecida como o tempo da plenitude – isto é, o tempo de se cumprirem todos os desígnios de Deus, anunciados anteriormente pelos profetas (Gl 4.4; Hb 1.1; 1 Pe 1.20). Por isso, tudo o que resta acontecer no que diz respeito aos desígnios divinos quanto a Cristo, entre a Sua ascensão e o fim do mundo, é que a obra perfeita que Ele consumou nos dias de Sua carne produza o seu máximo efeito para maior satisfação do próprio Salvador, completando-se o número daqueles, dentre todas as nações, que hão de ser chamados à vida eterna (Lc 24.46-47; Mt 24.14; 2 Pe 3.9; cf. Ap 7.1-3). O fato de Cristo ter voltado para o Pai, de onde há de vir novamente, em nada diminui o caráter escatológico deste tempo inaugurado em Sua primeira vinda, pois, poucos dias após encerrar Sua jornada neste mundo, Ele voltou para os Seus em espírito, ao enviar o Consolador, que permanece com eles para sempre (Jo 14.16-18; 16.16-22). E, como vimos em lição anterior, o derramamento do Espírito é um sinal claro de que estamos no fim dos tempos, tendo se cumprido primeiramente no dia de Pentecostes, e depois nas gerações seguintes, até os nossos dias (At 2.37- 40; 15.13-18).
III – A SEGUNDA VINDA DE CRISTO Embora a vinda de Cristo tenha se iniciado com a Sua primeira manifestação em carne, e desde então estejamos vivendo os últimos dias, Ele mesmo revelou que o fim somente chegaria quando novamente se manifestasse, não mais na aparência humilde de servo, mas na glória divina de Senhor e Rei. De fato, aos discípulos o Mestre acautelou que estivessem atentos e não se enganassem quanto a diversas coisas que deveriam suceder antes do fim, ao passo que o sinal da Sua vinda gloriosa seria inequívoco, pois à Sua manifestação nas nuvens do céu se seguiria o fim do presente século, do qual os fiéis seriam salvos e arrebatados para novos céus e nova terra, e OS ímpios banidos para o castigo do fogo eterno (Mt 24.1-8, 23-25, 29-31; 25.31-32, 34, 41; cf. 2 Ts 1.6-10; 2 Pe 3.7, 10-12; Jd 14-15). O Senhor alertou também Seus discípulos para que se preparassem para Sua segunda vinda, pois, ao passo que na primeira Ele havia inaugurado o tempo da salvação, conclamando os pecadores ao arrependimento e provendo a expiação pelos seus pecados; na segunda encerraria este tempo de forma abrupta e inesperada, e então restaria apenas a cada um prestar contas do que fizera com a oportunidade que lhe fora dada. E, assim como muitos não deram crédito à vinda de Cristo como servo, para salvar os pecadores, muitos serão apanhados despercebidos e despreparados, quando Ele vier em Sua glória, para julgar os vivos e os mortos (Mt 24.36-44; 1 Ts 5.4-6; Lc 18.8; 1 Pe 4.3-7).
CONCLUSÃO A vinda de Cristo representa o ápice da esperança do povo de Deus em todos os tempos, e o fato de que Ele já veio uma vez para cumprir todas as coisas a fim de assegurar nossa eterna salvação fortalece ainda mais nossa certeza de que Ele virá novamente, muito em breve, para completar em nós a obra já iniciada.
PARA USO DO PROFESSOR
ESTUDOS BÍBLICOS NOS SEGUINTES HORÁRIOS DE SEGUNDA A SEGUNDA: 00h, 09h, 13h, 20h.
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