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LIÇÃO 12
JESUS É O CRISTO
TEXTO ÁUREO: “E Paulo, como tinha por costume, foi ter com eles e, por três sábados, disputou com eles sobre as Escrituras, expondo e demonstrando que convinha que o Cristo padecesse e ressuscitasse dos mortos. E este Jesus, que vos anuncio, dizia ele, é o Cristo.” (At 17.2-3)
LEITURA BÍBLICA: MATEUS 16.13-17
INTRODUÇÃO Ao longo deste trimestre, falamos sobre a pessoa e obra de Cristo sem sermos incisivos o suficiente sobre o fato de que JESUS é o Cristo, ou sobre como tudo o que estava escrito na Lei e nos profetas acerca do Cristo cumpriu-se inequivocamente na pessoa de Jesus, o Nazareno. Portanto, nesta lição desejamos considerar a importância crucial deste fato para a veracidade e eficácia da mensagem do Evangelho, bem como as provas principais de que este Jesus que é pregado há dois mil anos é o Cristo, o Filho de Deus.
I – A EXISTÊNCIA DE JESUS Já estudamos em lição anterior a humanidade de Cristo, no intuito de determinar que Ele realmente se fez homem, e não apenas assumiu uma aparência humana, como alguns entendem erroneamente. Mas agora precisamos considerar também que os evangelhos, ao relatarem a vida e obra de Jesus com o objetivo de provar que Ele é o Cristo, necessariamente partem da premissa de que esse Jesus realmente existiu. Pode parecer desnecessário ou redundante dizer isto, mas o fato é que, assim como todos os aspectos da doutrina cristológica, a existência ou historicidade de Jesus também é questionada, negada ou distorcida pelos incrédulos de hoje, como o foi ao longo desses últimos dois mil anos. E, providencialmente, os evangelistas se preocuparam também com isto, pois, se pudesse ser demonstrado que Jesus nunca existiu, mas que Ele é apenas um personagem fictício, um mito religioso (como os deuses gregos, por exemplo), todo o Evangelho cairia por terra. Assim, podemos dizer que o propósito inicial dos evangelistas é estabelecer a historicidade de Jesus – isto é, que realmente existiu um homem cuja vida e obra provam que Ele é o Cristo. Dado o público original e o contexto particular de cada um deles, naturalmente alguns evangelistas são mais incisivos nesse ponto; mas todos têm o cuidado de apresentar fatos, de contar a história real de Jesus, e de certificar-se da veracidade do que relatam, seja consultando fontes primárias – a saber, o testemunho daqueles que viram e ouviram essas coisas, especialmente os discípulos e apóstolos; seja baseando-se na memória das coisas que eles mesmos testemunharam (Lc 1.1-4; At 1.21-25; Jo 21.24; 2 Pe 1.16-18). E as diferenças de narrativa entre um evangelista e outro quanto a um mesmo acontecimento, ao invés de prejudicarem, apenas corroboram o seu intuito de contar exatamente aquilo que um grande número de testemunhas viu e ouviu, cada uma tendo uma diferente apreensão das circunstâncias, mas todas concordando quanto à essência do fato. Acrescente-se a isso o fato de que os evangelistas também se preocuparam em contextualizar seu relato de acordo com datas, lugares, personalidades e eventos de conhecimento geral dos seus leitores (Lc 1.5; 2.1-2; 3.1-2; Mt 2.1). Os apóstolos e os evangelistas não poderiam relatar um acontecimento inverídico dentro desse contexto, relativamente imediato àquela geração, sem serem facilmente desmentidos pelos seus adversários. E, se os grandes acontecimentos dos primeiros dias da vinda de Cristo a este mundo passaram despercebidos pela multidão – como já observamos em lição anterior – os últimos da Sua manifestação pública repercutiram de tal forma por toda Judeia, Samaria e Galileia que somente um estrangeiro poderia ignorá-los por completo, e nem os judeus incrédulos podiam negar o impacto que haviam causado sobre a nação (Lc 24.18- 19; At 10.37-38; 26.26; cf. Jo 11.47-48).
II – O TESTEMUNHO DE JESUS Além de estabelecerem que Jesus realmente existiu, certificando-nos de que as coisas que relatam a Seu respeito estão baseadas principalmente no testemunho daqueles que as viram e ouviram, ou delas participaram; os evangelistas também demonstram que Jesus é o Cristo, principalmente relatando muitos dos sinais que Ele operou e explicando como as profecias messiânicas se cumpriram em cada passo de Sua vida (Jo 20.30-31; Lc 24.44-45). E a estes dois argumentos acrescentam também a confissão que fizeram muitos daqueles que viram e ouviram Jesus de que Ele é o Cristo, o Filho de Deus. De fato, essa confissão é tão importante que é chamada de testemunho, mas é ainda mais importante que a percepção física que muitos tiveram de Jesus, pois aqueles que O confessaram como o Cristo fizeram-no por terem apreendido, pela fé, uma realidade inalcançável pelos sentidos físicos – a realidade divina de Jesus, não sem deixar de admitir, por necessidade, Sua existência física; daí a bem-aventurança daqueles que, mesmo não tendo visto Jesus fisicamente, creram n’Ele (1 Jo 1.1-4; Jo 20.29; cf. 1 Pe 1.8). Mas muitos ainda questionam por que o próprio Jesus não admitiu com mais freqüência ser o Cristo, ou sequer jamais afirmou abertamente ser o Filho de Deus. É porque, ainda que Seu testemunho seria verdadeiro se Ele falasse de Si mesmo, Jesus abriu mão até desta prerrogativa para condescender com a fraqueza dos homens e permitir que outros testificassem em Seu favor, o que tornaria os incrédulos no testemunho do Pai (através dos sinais) e dos profetas ainda mais inescusáveis (Jo 5.31-34, 39-40; 15.22-24). Tanto que, nas poucas ocasiões em que admitiu ser o Cristo, ou o Filho de Deus, perante a multidão, foi terrivelmente hostilizado (Jo 10.30-36; Mt 26.62-65).
III – O NOME DE JESUS Dentre os muitos títulos atribuídos (e com direito) a Cristo, somente um podemos dizer que é o Seu nome e que sintetiza tudo aquilo que Ele é: JESUS (“Salvação”, ou “o Senhor Salva”). Pois foi com este nome que Ele entrou no mundo e foi conhecido na Sua humilhação; como também com este nome Ele voltou para o Pai e foi exaltado soberanamente sobre todo o nome que se nomeia nos céus e na terra, e por este nome será conhecido por toda a eternidade (Mt 1.21; Fp 2.9-11). Portanto, é prova também de que Jesus é o Cristo a eficácia espiritual do Seu nome, pois todo aquele que crê no nome de Jesus é salvo, faz os sinais que Ele fez quando esteve entre nós, subjuga e vence as potestades do mal (os demônios reconhecem que Jesus é o nome do Cristo de Deus), assim como também é perseguido e odiado pelo mundo por causa deste nome (At 4.12; 3.12-16; Lc 10.17; Jo 15.20-21). Com efeito, toda a veracidade e eficácia da fé cristã derivam do poder do nome de Jesus que, se não fosse o nome do Cristo, do Filho de Deus, logo a igreja nascente teria se desfeito, como obra dos homens, e não de Deus (At 5.34-39).
CONCLUSÃO Depois de estudar diversos aspectos da cristologia bíblica ao longo deste trimestre, sem de modo algum termos esgotado as riquezas imensuráveis deste tema, que possamos invocar o nome de Jesus com maior convicção de que na Sua pessoa gloriosa estão contidas todas essas riquezas, para que possamos acessá-las e desfrutar delas com mais e mais abundância, para nossa total satisfação e felicidade eterna.
PARA USO DO PROFESSOR
ESTUDOS BÍBLICOS NOS SEGUINTES HORÁRIOS DE SEGUNDA A SEGUNDA: 00h, 09h, 13h, 20h.