MP3 PARA DOWNLOADS
LIÇÃO 11:
O JUÍZO TEMERÁRIO E O DISCERNIMENTO ESPIRITUAL
TEXTO ÁUREO:
“Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós”. (Mt 7.2)
“Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós”. (Mt 7.2)
LEITURA BÍBLICA: MATEUS 7.1-6
INTRODUÇÃO
Entrando na seção final do Sermão do Monte, nesta lição o Senhor Jesus passa a fazer diversas considerações acerca da excelência e severidade do reino dos céus, chamando nossa atenção para a imparcialidade de Deus, já revelada no elevado padrão de justiça exigida de Seus súditos, e a ser manifestada no último dia, quando cada uma de nossas obras, desde a sua motivação mais íntima, será provada e pesada na balança do Juiz de toda a terra. Considerando, então, a gravidade do nosso chamado para sermos cidadãos dos céus, e do quanto se exigirá de cada um de nós, o Senhor nos ensina, em primeiro lugar, que não devemos estar prontos para condenar as faltas de nossos companheiros de caminhada, mas antes olhar para nossa própria fragilidade, e assim aprender a ser misericordiosos com o próximo, ajudando-o a levar suas cargas.
Entrando na seção final do Sermão do Monte, nesta lição o Senhor Jesus passa a fazer diversas considerações acerca da excelência e severidade do reino dos céus, chamando nossa atenção para a imparcialidade de Deus, já revelada no elevado padrão de justiça exigida de Seus súditos, e a ser manifestada no último dia, quando cada uma de nossas obras, desde a sua motivação mais íntima, será provada e pesada na balança do Juiz de toda a terra. Considerando, então, a gravidade do nosso chamado para sermos cidadãos dos céus, e do quanto se exigirá de cada um de nós, o Senhor nos ensina, em primeiro lugar, que não devemos estar prontos para condenar as faltas de nossos companheiros de caminhada, mas antes olhar para nossa própria fragilidade, e assim aprender a ser misericordiosos com o próximo, ajudando-o a levar suas cargas.
I – O DISCÍPULO DE CRISTO E O JUÍZO TEMERÁRIO (MT 7.1-2)
A passagem que ora estudamos se inicia com uma proibição de nosso Senhor que, embora
categórica, não deve ser entendida de forma absoluta. A palavra julgar é usada em vários sentidos nas
Escrituras (1 Co 11.13; Lc 7.43; At 16.15, etc.), mas aqui se refere a condenar, dar sentença de reprovação
contra alguém. Jesus não está proibindo o uso da razão iluminada pela verdade para discernir o bem e o
mal (Hb 5.14) e condenar as más obras (Ef 5.11), e mesmo ter uma atitude de reprovação para com
aqueles que as praticam (Rm 16.17; 1 Co 5.11; 2 Ts 3.6), pois à igreja foi dada tal autoridade, para
exercício da disciplina (1 Co 5.4-5; Mt 18.15-18); assim como, no que diz respeito a questões seculares, o
próprio Deus estabeleceu magistrados para julgar e condenar os homens pelos seus crimes (cf. Dt 16.18-
20; Rm 13.3, 4). Cristo está tratando aqui do juízo temerário, isto é, da tendência natural do ser humano
de intrometer-se na esfera da individualidade do próximo com Deus, presumindo entender suas
motivações e pensamentos, sem maiores investigações ou confirmação de simples suspeitas, e acabando
por condená-lo injustamente pela aparência (Lc 12.57; Jo 7.24; cf. Pv 18.13).
Para nos dissuadir desse tipo de julgamento precipitado e injusto contra o nosso próximo, o
Senhor nos alerta que tal ato nos expõe, não ao juízo dos homens, mas ao do próprio Deus, perante um
servo que condena temerariamente a outro servo não será justificado, mas condenado por presumir um
poder que pertence exclusivamente a Deus (cf. Mt 12.37; Rm 14.4, 10-12; Tg 4.11-12) – e essa presunção é
diabólica (cf. Jó 1.8-11; Ap 12.10). Esta palavra também revela a realidade do juízo final, do qual ninguém
escapará, mas todos teremos de prestar contas de nossos atos diante de Deus (2 Co 5.10; Cl 3.23-25),
inclusive dos nossos mais ocultos pensamentos e motivações (1 Co 4.5).
Jesus apresenta ainda uma razão para que estejamos em alerta contra o juízo temerário, que é a
regra áurea do nosso relacionamento com o próximo, como tivemos oportunidade de estudar em lições
anteriores: seremos tratados pelo mesmo critério de que nos servimos para tratar os outros. Se nosso
julgamento é rigoroso, severo em condenar a partir do entendimento que temos sobre a verdade, não
devemos esperar ser julgados por Deus em um nível inferior (cf. Mc 4.24, 25; Lc 12.47, 48). Certamente
esta é uma exortação à misericórdia, quando consideramos as faltas alheias, pois é pela misericórdia que
nós mesmos seremos livrados da severidade do juízo de Deus (Lc 6.37-38; Tg 2.13; cf. Mt 5.7).
II – O DISCÍPULO DE CRISTO E O JUÍZO PRÓPRIO (MT 7.3-5)
Longe de proibir toda forma de discriminação quanto ao que é certo e errado, e de censura ou
disciplina sobre aqueles que laboram em erro, vimos que nesta passagem o Senhor Jesus está
condenando tão somente o juízo temerário, que procede de uma presunção de superioridade em relação
ao próximo, e que se baseia em um rigor que exclui toda misericórdia. Cristo aponta agora outro aspecto
do espírito maligno que leva a esse tipo de julgamento: a hipocrisia. É uma tendência natural do homem
decaído investigar a vida do próximo em busca de faltas, quando ele mesmo anda em erro,
particularmente em erros piores do que aqueles que julga no outro, e dos quais ele mesmo tem
consciência (Rm 2.1-3). Essa era a atitude dos fariseus (Mt 12.1-2, 7-8; 23.34), que buscavam em coisas
indiferentes razões para condenar os outros. Através de uma comparação, Jesus mostra a parcialidade e
desproporção com que age o hipócrita ao julgar o seu próximo, pois um cisco tanto é difícil de ser
percebido – precisa ser cuidadosamente procurado – como pouco atrapalha a sua visão; ao passo que a
trave é facilmente percebida e bloqueia quase que totalmente a visão.
22
Pela recomendação feita por nosso Senhor, fica evidente que não é errado corrigir a um irmão
faltoso, em pecado, desde que primeiro tratemos dos nossos próprios pecados. Não quer dizer que
sempre estaremos em maior falta que o próximo, ou que, quando percebemos a falha em outrem,
certamente é porque incorremos em falha maior. Interessar-se pelo bem do próximo é um dever já
prescrito na Lei (Lv 19.17). Mas pelo exercício da sinceridade para com Deus, em permitirmos que Ele
nos sonde com a Sua verdade e em confessarmos os nossos pecados a Ele (Sl 51.3, 12-13), e da humildade
para com o próximo, considerando-nos sujeitos às mesmas fraquezas (1 Co 10.12), aprendemos a tratar o
irmão que tenha pecado com amor, misericórdia e temor (Gl 6.1; Jd 22, 23; Tg 5.19, 20); e não com o
espírito de hipocrisia que em si é pior do que o pecado que pretendemos condenar, pois caracteriza uma
obstinação em relação ao nosso próprio pecado (cf. Rm 2.1, 3, 5-6).
III – O DISCÍPULO DE CRISTO E O DISCERNIMENTO ESPIRITUAL (MT 7.6)
A comparação feita por Cristo no presente verso está em nítida relação com o ensinamento
anterior, e através dela nosso Senhor contrapõe, à proibição de julgar temerariamente, a necessidade de
um discernimento quanto às coisas pertinentes ao reino dos céus, separando o precioso do vil (Jr 15.19;
cf. Lv 10.10), e cuidando para que não sejam tratadas com desprezo por aqueles que não reconhecem o
seu valor e excelência. Jesus ensinou, antes, que os hipócritas se preocupam com as faltas de seu
próximo, ignorando ou rejeitando tratar dos seus próprios pecados. Aqui vemos que há pessoas, em tais
condições, que recusarão qualquer forma de cuidado demonstrado para com a sua própria condição,
desprezando a verdade e até mesmo usando de violência para com aqueles que demonstrarem interesse
pelo seu próprio bem (Pv 9.8).
Em primeiro lugar, aprendemos qual é a natureza do reino dos céus e de tudo aquilo que nos foi
dado pela graça de Deus: são coisas santas e preciosas (pérolas). Depois, entendemos que essa riqueza
não pertence apenas a nós, mas somos incumbidos de compartilhá-las com outros – pois, se Ele proíbe
de dá-las a alguns, é porque é possível e necessário dá-las a outros, em tempo oportuno (cf. Mt 13.52;
28.20). Por último, somos ensinados acerca da natureza de certos homens que, mediante a oferta de um
bem tão grandioso e glorioso, se sentirão ofendidos em sua miséria e desprezo, e incitados à atitude
insana de rejeitar a verdade e se levantar contra os que a pregam. Tanto o cão como o porco são animais
impuros segundo a Lei e, no contexto do mundo antigo, caracterizados por hábitos impuros (cf. 2 Pe
2.22); particularmente o cão era considerado um animal indigno, desprezível (cf. 1 Sm 17.43; 2 Rs 8.13).
Por um lado, é verdade que todos nós éramos inimigos de Deus (Cl 1.21), não sendo melhores do
que outros na recepção do Evangelho, pois fomos reconciliados pela Sua graça estando ainda neste
estado de rebeldia (Rm 5.8-10) – logo, não éramos melhores do que os cães e porcos de que Jesus trata
aqui. Por isso também o Evangelho deve ser pregado a toda a criatura (Mc 16.15). Mas é justamente
porque alguns crêem e outros não que devemos discernir a operação da graça de Deus no coração
daqueles que ouvem, bem como perceber os sinais que caracterizam uma rejeição obstinada à palavra
pregada (Mt 10.11-15). Observamos que o próprio Jesus falava em parábolas com a multidão, mas aos
Seus discípulos, que dEle se aproximavam em busca de entendimento, tudo falava claramente (Mt 13.10-
13; Mc 4.34); aos que fechavam seu coração e rejeitavam o testemunho de Suas obras e palavras, Ele
recusava multiplicar os sinais, quando não os abandonava (Mt 12.38-39; 13.58; 15.14); e as maiores
demonstrações de Seu poder e glória foram feitas em presença dos Seus discípulos amados (Mt 17.1-2; Jo
14.19 – cf. 1 Co 15.5-8), não da multidão.
CONCLUSÃO
O reino dos céus nos introduz em uma realidade espiritual, onde somos agraciados com muitos privilégios, mas também incumbidos de grandes responsabilidades que apontam para um dia de juízo em que seremos individualmente julgados por Deus e receberemos de acordo com o teor das nossas obras e do nosso coração. Por isso devemos considerar uns aos outros como cooperadores na caminhada em direção ao mesmo alvo, compadecendo-nos e prontos para ajudarmos nas fraquezas alheias, bem como sermos ajudados em nossas próprias fraquezas (cf. Tg 5.16).
CONCLUSÃO
O reino dos céus nos introduz em uma realidade espiritual, onde somos agraciados com muitos privilégios, mas também incumbidos de grandes responsabilidades que apontam para um dia de juízo em que seremos individualmente julgados por Deus e receberemos de acordo com o teor das nossas obras e do nosso coração. Por isso devemos considerar uns aos outros como cooperadores na caminhada em direção ao mesmo alvo, compadecendo-nos e prontos para ajudarmos nas fraquezas alheias, bem como sermos ajudados em nossas próprias fraquezas (cf. Tg 5.16).
QUESTIONÁRIO
1. Que tipo de julgamento o Senhor Jesus está proibindo nesta passagem?
2. O que significa ser julgados com a mesma medida que julgarmos?
3. Quando poderei realmente me preocupar com o pecado de meu irmão?
4. Como devo tratar meu irmão, quando este pecar?
5. Que tipo de discernimento devemos ter ao apresentar as riquezas do Evangelho aos homens?
PARA USO DO PROFESSOR
INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS
PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira
Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/
INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS
Nenhum comentário:
Postar um comentário