23 abril 2025

004-Voz do que clama no deserto - Lição 04[Pr Afonso Chaves]22abr2025

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LIÇÃO 4 

VOZ DO QUE CLAMA NO DESERTO 

TEXTO ÁUREO: “E, naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judeia e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus” (Mateus 3.1-2) 

LEITURA BÍBLICA: JOÃO 1.19-28 

INTRODUÇÃO Após considerarmos os grandes acontecimentos dos primeiros dias da vida de Jesus, encerrando este período com a observação de que o Menino crescia em graça diante de Deus e dos homens; somos levados, num salto de alguns anos, para o tempo em que Jesus, já adulto, inicia o Seu ministério ou vida pública. No entanto, era necessário que o Salvador se apresentasse ao mundo em conexão com o testemunho do precursor, João, que vinha sendo preparado por Deus para esse momento que, embora rápido, seria indispensável para que aquela primeira multidão que presenciaria a manifestação de Cristo pudesse crer n’Ele. 

I – O MINISTÉRIO DE JOÃO: SUA PREGAÇÃO E TESTEMUNHO Após contar como foi o nascimento de João, e que, na ocasião, seu pai, Zacarias, recuperou miraculosamente a fala e anunciou, pelo Espírito de Deus, que seu filho seria profeta do Altíssimo, enviado diante do Senhor para preparar o Seu caminho – numa clara alusão ao cumprimento da profecia messiânica – Lucas encerra seu relato sobre os primeiros dias de João, observando que o menino se fortalecia no espírito e era impelido para o deserto, local onde cumpriria o seu ministério (Lc 1.76-80). Notemos, contudo, que, mesmo já tendo o testemunho de seus pais, João só começou a pregar quando a palavra de Deus veio expressamente a ele: “veio no deserto a palavra de Deus a João”. Assim, iniciando seu ministério pouco antes de Jesus manifestar-se a Israel, o precursor podia estabelecer a base da sua pregação sobre o fato de que o reino de Deus havia chegado, principiando assim a pregação do Evangelho (Mc 1.1-3). Reconhecidamente João não operou nenhum milagre, mas o impacto da sua pregação foi tão grande que não passou despercebido nos evangelhos: uma multidão concorria ao deserto para ouvir um homem que se trajava e se alimentava rusticamente, à maneira do profeta Elias, e que exortava o povo ao arrependimento com autoridade tal que todos os que o ouviam se batizavam, confessando publicamente os seus pecados, e indagando-lhe o que deviam fazer para se salvarem da ira futura (Mt 3.1-6; Lc 3.10-14; cf. Is 40.3-11; Ml 3.1; 4.1- 6). Seu ministério inclusive despertou grande expectativa na multidão, e receio por parte dos líderes religiosos de Israel, que chegaram a enviar uma comissão até o deserto para indagar e ouvir de João quem realmente ele era; ao que o Batista respondeu que sua missão era apenas a de preparar o caminho para alguém maior e mais digno que ele – alguém que traria, de fato, a salvação, e que logo eles conheceriam, pois já se encontrava entre eles (Jo 1.19-27). 

II – JOÃO BATIZA JESUS E DÁ TESTEMUNHO D’ELE Não sabemos exatamente por quantos dias, ou meses, João pregou até que o próprio Jesus viesse ter com ele junto ao rio Jordão para ser batizado. O que sabemos é que ele inicialmente resistiu à idéia de batizar Jesus, reconhecendo que ali estava aquele que era maior e mais digno do que ele: “eu careço de ser batizado por ti”; mas resignou-se a fazer conforme o Salvador lhe pedira, ao receber a resposta de que era necessário que assim se procedesse, para que toda a justiça fosse cumprida. Pois, embora fosse realmente maior que João, convinha que Jesus se submetesse ao conselho de Deus, que naquele momento demandava a submissão ao batismo de João, para que assim demonstrasse Sua total obediência ao Pai. Este passo foi tão importante na vida de Jesus que os quatro evangelistas relatam que, saindo Ele da água, após ser batizado, recebeu notável testemunho do próprio Deus: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.16-17; cf. Is 42.1). Este sinal foi de especial importância para João, pois, testificando Deus que ali estava aquele que tanto o profeta como a multidão por ele batizada esperavam, agora ele mesmo passou a apontar Jesus, todas as vezes que O avistava, como o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo, ou como o Filho de Deus, no intuito de direcionar seus ouvintes para Ele. E, lembrando alguns dos seus discípulos, enciumados ao verem a multidão abandonando seu mestre para seguir a Jesus, que ele (João) não era o Cristo, mas veio para dar testemunho e apontar para todos o Cristo, quando este chegasse, e que Ele havia chegado, o Batista os preparou para testemunharem o fim do seu próprio ministério (Jo 1.29-34, 35-37; 3.26-30). 

III – PRISÃO E MORTE DE JOÃO, E O TESTEMUNHO DE JESUS Apesar de os quatro evangelhos mencionarem o fato, é Marcos quem mais apresenta detalhes sobre as circunstâncias que levaram à prisão e execução de João Batista. Dentre todas as repreensões que as perversidades de Herodes (filho do governante de mesmo nome que fora rei da Judéia no tempo do nascimento de Jesus) haviam recebido por parte de João, a que levou o tetrarca a aprisionar o profeta foi a denúncia contra sua união ilícita com Herodias, mulher de seu irmão Filipe. Ao que tudo indica, o governante agiu por incitação da mulher ofendida, pois, no que lhe dizia respeito, apesar das suas maldades, Herodes temia o profeta e o tratava com deferência. Contudo, o tempo passou e, por ocasião de sua festa de aniversário, deixando-se enganar pelos encantos da filha de Herodias, o tetrarca fez um juramento precipitado, e em conseqüência disso viu-se constrangido a entregar o que lhe fora pedido pelas duas mulheres: a cabeça de João Batista (Lc 3.19-20; Mc 6.17-29). Embora encerrado dramaticamente, o ministério de João recebeu testemunho de Cristo, que a seu respeito disse que ele não era apenas um profeta como os que já haviam falado antes dele, mas o próprio anjo do Senhor, cuja vinda prenunciava a chegada do reino de Deus e a do anjo do concerto – o próprio Cristo, conforme a profecia. Com estas palavras, Jesus repreendeu a multidão, que nutria dúvidas com respeito à Sua pessoa, esquecendo a grande alegria, expectativa e anseio pelo reino de Deus que a pregação de João havia produzido nos corações, como de uma candeia em lugar escuro; ou a contradição daqueles que não receberam nem João, nem recebiam Jesus, pelos motivos mais contraditórios (Jo 5.33-35; Mt 11.7-15, 16-19). 

CONCLUSÃO O ministério de João está intimamente ligado à vida de Jesus, pois ele resumiu toda a Lei e os profetas, no seu poderoso testemunho de que as promessas de Deus haviam se cumprido, e inequivocamente apresentou Jesus como aquele cuja expectativa da manifestação havia alimentado nos corações dos seus ouvintes – aquele para quem deveriam dirigir todos os seus anseios e esforços, se realmente desejassem ter parte no reino dos céus que havia chegado.

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18 abril 2025

003-Dia de grandes acontecimentos -Lição 03 Parte 2 [Pr Afonso Chaves]16abr2025


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LIÇÃO 3 

DIAS DE GRANDES ACONTECIMENTOS (PARTE II) 

TEXTO ÁUREO: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós e vimos a sua glória, do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (João 1.14) 

LEITURA BÍBLICA: LUCAS 2.1-20 

INTRODUÇÃO Na lição anterior consideramos os anúncios do nascimento de João e de Jesus conforme relatado principalmente por Lucas. Como o nosso enfoque é sobre a vida de Jesus, passaremos a considerar os fatos relacionados ao nascimento do Salvador, e dos sinais que acompanharam este grande acontecimento. Veremos ainda como, embora os Evangelhos apresentem poucos episódios relacionados aos primeiros dias ou anos de vida de Jesus, os testemunhos que chegaram a nós através das páginas sagradas são suficientes para vislumbrarmos neles uma clara indicação do caráter do Seu ministério e obra. 

I – O NASCIMENTO DE JESUS (LC 2.1-20) Acompanhando o relato de Lucas, lemos que Maria, tendo ido visitar sua prima Isabel após receber a notícia do anjo, permaneceu ali praticamente até o nascimento de João (1.56). Depois, voltou para Nazaré, onde vivia com José – pois este a havia recebido como mulher, embora não a tivesse conhecido antes do nascimento de Jesus, seu filho primogênito (Mt 1.24- 25). Ocorre, então, que de repente o casal se viu obrigado a deixar Nazaré em razão de um alistamento (ou recenseamento) decretado pelo imperador romano César Augusto, segundo o qual todos deveriam se declarar ante os encarregados do censo em suas respectivas cidades de origem. Sendo da casa e família de Davi, José precisou então viajar até Belém de Judá, levando consigo sua esposa, e nisso chegou o tempo de Maria dar à luz; assim Deus articulou as circunstâncias necessárias para que a profecia se cumprisse (Mq 5.2). Consideremos como os pais daquele que é o Rei dos reis e Senhor dos senhores, não encontrando lugar na estalagem, tiveram de se abrigar com os animais (talvez as montarias dos viajantes hospedados na estalagem), onde também Jesus veio a nascer, servindo-lhe de berço a manjedoura (ou cocho onde os animais comiam). Notemos ainda que os primeiros a serem informados do nascimento do Salvador não foram os sacerdotes nem governantes da época, mas um simples grupo de pastores, que cuidavam desavisadamente de seu rebanho no campo, quando foram surpreendidos pela visão do anjo do Senhor, que lhes anunciou o acontecimento, e lhes mostrou com que grande alegria, júbilo e louvor a Deus as hostes celestiais celebravam o nascimento daquele que haveria de salvar o Seu povo (cf. Is 9.6-7). Enquanto se maravilharam os pastores e aqueles que ouviram as novas proclamadas por eles, Maria guardava consigo estas coisas, e podemos dizer que é principalmente (e talvez unicamente) graças a esse cuidado da mãe de Jesus que mais tarde os evangelistas poderão relatar os episódios da infância do Salvador. 

II – PRIMEIROS DIAS DO MENINO JESUS (LC 2.21-38) Tendo nascido debaixo da Lei, tanto para cumpri-la como para remir os que estavam debaixo dela, Jesus foi submetido ao rito da circuncisão, ao oitavo dia do Seu nascimento, e, cumpridos mais trinta e três dias para a purificação após o parto, conforme determinado na Lei, o casal subiu a Jerusalém para que ela pudesse apresentar a oferta de expiação do pecado, e levaram Jesus para que fosse apresentado ao Senhor, por ser o primogênito (cf. Lv 12.1-8; Ex 13.1-2). Nesta ocasião, relata-nos Lucas o testemunho de Simeão e Ana, dois israelitas que, como muitos outros dos seus contemporâneos, serviam ao Senhor com sinceridade e aguardavam a manifestação do Redentor de Israel e que, assim como, pouco tempo antes, Zacarias, descobririam que o tempo da salvação havia chegado através da revelação do próprio Espírito Santo (cf. Lc 1.67-75). Notemos como Simeão, em contraste com o tom alvissareiro das revelações anteriores a respeito de Cristo e da Sua obra de salvação, prenuncia também o aspecto de juízo do Seu ministério, isto é, como o Messias traria a justiça de Deus, pela qual os humildes seriam elevados e os soberbos, abatidos; e como seria, por isso, rejeitado por muitos do Seu próprio povo, Israel. 

III – A VISITA DOS MAGOS DO ORIENTE E A FUGA DO MENINO JESUS PARA O EGITO (MT 2.1-18) A estes primeiros “dias” também pertence o relato de Mateus acerca dos magos (sábios) do Oriente que, segundo suas próprias palavras, haviam visto em sua terra natal a estrela indicando o nascimento do Rei dos judeus e, mediante este sinal, viajaram por meses desde a Pérsia (como se supõe) até a Judéia, onde esperavam encontrá-lo e adorá-lo (cf. Is 9.6-7; Ap 12.1-2, 5). Consideremos com que cuidado Deus conduziu estes homens, indicando-lhes precisamente o local onde estava o menino Jesus, e orientando-os a não voltarem para Herodes, que, embora fosse rei por nomeação dos romanos, não o era por direito divino (pois não pertencia à casa de Davi e, segundo consta, sequer era judeu) e, por isso, temeu ante a notícia de que a esperança de Israel havia se manifestado. Urdindo um plano para assegurar sua coroa, Herodes revelou sua malícia quando, frustrado em sua primeira manobra, apelou para um expediente ainda mais sórdido e nada sutil, na tentativa de destruir o Messias (cf. Ap 12.3- 4). Cumpriu-se então, na matança das crianças de Belém e seus arredores, a profecia sobre os filhos de Raquel, mas não sem que antes José, avisado por Deus em sonhos, conseguisse fugir para o Egito, levando consigo o Menino e sua mãe, e lá permanecendo até a morte do monarca assassino (cf. Jr 31.15-17). Voltando do Egito, José e Maria resolvem retornar a Nazaré, na Galiléia, onde Jesus, não obstante sempre manifestando graça excepcional em tudo o que fazia (como o relato de Lucas acerca do Menino no meio dos doutores ilustra muito bem), crescerá praticamente no anonimato de uma região desprezada pelos judeus – desprezo esse de que Nazaré parece ter se tornado um símbolo, a ponto de não apenas o Mestre, mas os próprios discípulos depois serem chamados de nazarenos em tono depreciativo (Lc 2.52; cf. Jo 1.46). 

CONCLUSÃO A grandiosidade desses dias, que envolvem principalmente o anúncio e o nascimento do Salvador, passou despercebida pela maioria das nações, e mesmo pelos grandes, sábios e poderosos da nação de Israel; mas sem dúvida os céus estavam atentos ao desenrolar dos acontecimentos, e em breve todo o mundo seria abalado com o testemunho de que esse Jesus Nazareno foi constituído por Deus Senhor e Cristo.

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10 abril 2025

002-Dia de grandes acontecimentos -Lição 02 Parte 1[ Pr Afonso Chaves]09abr2025

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LIÇÃO 2 

DIAS DE GRANDES ACONTECIMENTOS (PARTE I) 

TEXTO ÁUREO: “E, respondendo o anjo, disse-lhe: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas alegres novas.” (Lucas 1.19) 

LEITURA BÍBLICA: LUCAS 1.5-25 

INTRODUÇÃO Iniciaremos o estudo da vida de Jesus com os primeiros eventos relatados nos Evangelhos: os anúncios do nascimento (ou, mais propriamente, da concepção) do precursor, João, e de Jesus. Principalmente à luz de Lucas, veremos como, pelo tempo e modo desses anúncios, Deus sinalizou, tanto a Zacarias e Isabel como a Maria e José, que seus respectivos filhos teriam um papel de incalculável importância na realização dos desígnios de Deus. Havia chegado o tempo, tão aguardado por Israel, de cumprir as promessas feitas aos pais, e aqueles seriam dias de grandes acontecimentos, pelos quais Deus estaria “colocando em marcha” seu grandioso propósito de salvação. 

I – MEDIANTE UM GRANDE SINAL DE DEUS, ANUNCIA-SE O NASCIMENTO DO PRECURSOR (LC 1.5-25) Propondo colocar em ordem os acontecimentos mais importantes relacionados à vida de Jesus, Lucas começa relatando como tudo começou nos dias de Herodes, rei da Judeia, quando um sacerdote chamado Zacarias foi visitado por um anjo de Deus enquanto ministrava no templo, em Jerusalém. Tomado de espanto e temor pela visão, o sacerdote é tranquilizado pelo anjo, que se identifica como Gabriel, que assiste diante do Senhor, e que lhe dá a alegre notícia de que sua mulher, Isabel, conceberia, e daria à luz um filho. Em si, já se tratava de um grande milagre, pois Isabel era estéril e tanto ela como seu marido, Zacarias, eram de idade avançada, naturalmente não podendo ter filhos. Mas, além desta nova, que seria uma alegria para o casal, o anjo ainda revela que o menino, que deveria se chamar João (que significa graça), seria consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe para exercer um ministério de grande autoridade, a fim de converter a muitos do seu povo e prepará-los para a salvação de Deus, que haveria de se manifestar em breve (Ml 3.1; 4.5-6). A reação de Zacarias às palavras do anjo foi de incredulidade:“Como saberei isso? Pois eu já sou velho, e minha mulher, avançada em idade”, mesmo sendo ele um sacerdote do Todopoderoso, o Deus que no passado já havia operado mais de uma vez esse tipo de milagre; e talvez por isso mesmo Zacarias é imediatamente repreendido, e permaneceu mudo até que aquelas palavras se cumprissem. Enquanto isso, o povo do lado de fora do templo, surpreendido com a demora do sacerdote e depois com a sua mudez, entendeu isto como sinal de que ele havia recebido alguma visão da parte de Deus. De qualquer modo, após completar o período que correspondia à sua turma servir no templo, Zacarias volta para casa, nas montanhas de Judá, e então sua mulher, Isabel, concebe. Ao mesmo tempo em que se oculta durante os primeiros cinco meses da sua gravidez, Isabel reconhece a benção de Deus, e se alegra por ter removido o opróbrio da sua esterilidade (cf. Gn 30.23).

II – OS SINAIS CONTINUAM NO ANÚNCIO DO NASCIMENTO DO MESSIAS (LC 1.26- 38) No sexto mês da gravidez de Isabel, Gabriel é enviado por Deus a anunciar outra boa nova, desta vez a uma virgem de Nazaré, na Galileia, chamada Maria, a qual se achava desposada com um homem da casa de Davi – portanto, ainda não haviam se unido pelo vínculo do matrimônio. O anjo saúda esta humilde israelita por ter achado graça aos olhos de Deus para receber tão grandiosa e singular benção, de conceber em seu ventre um menino que seria ninguém menos que o Filho de Deus, o qual se assentaria sobre o trono de Davi perpetuamente. Embora espantada e inicialmente sem entender como aquelas palavras se cumpririam, Maria não se mostrou incrédula, mas antes recebeu com prontidão o que entendeu ser a vontade do Senhor para sua vida. Embora a concepção de Isabel tenha sido apresentada pelo anjo como sinal de que as palavras ditas a Maria certamente se cumpririam – pois para Deus nada é impossível – consideremos como a gravidez da virgem seria algo de ainda mais surpreendente, pelo fato de que a concepção de Jesus não teria participação alguma do homem, mas seria obra exclusiva do Espírito Santo – por isso, diferente de todos os homens, Jesus seria Filho de Deus – o que denota Sua divindade – como também Filho de Davi – o que denota Sua divindade. E, embora tudo isto estivesse previsto nos profetas, não fosse por uma intervenção divina, José poderia ter abandonado Maria, por não compreender a natureza do que havia acontecido com sua mulher (Mt 1.18-20, 21-25; cf. Gn 3.15; Is 7.14; At 2.30). 

III – UM ENCONTRO ENTRE DUAS GESTANTES (LC 1.39-56) Depois destas coisas, Maria parte até as montanhas de Judá a fim de visitar sua prima Isabel, e confirmar o sinal que o anjo Gabriel lhe havia dado. Ao ouvir a voz da saudação da virgem, a criança no ventre de Isabel saltou de alegria, e esta foi cheia do Espírito Santo, entendendo, por revelação divina, que ali estava, diante de si, uma mulher que trazia em seu ventre o próprio Senhor; e notemos também outro aspecto da revelação, pois, não tendo ainda sido informada dos fatos ocorridos em Nazaré, Isabel declara sua prima bem-aventurada por ter crido nas palavras que o anjo havia dito apenas à virgem. Diante de tão poderoso testemunho, a reação de Maria foi magnificar, ou engrandecer a Deus por tamanha graça, pela qual ela seria lembrada por todas as gerações como bemaventurada, por ter sido mãe do Salvador; como também porque, ao enviar Seu Filho ao mundo, para nascer de uma mulher, Deus estava cumprindo Sua promessa de misericórdia feita aos pais, pela qual remiria Seu povo dos seus pecados – e, de fato, não apenas os que estavam debaixo da lei, mas todas as famílias da terra (cf. Gl 3.16; 4.3-7). 

CONCLUSÃO Os acontecimentos que ora estudamos são de grande importância para a compreensão do Evangelho e, consequentemente, da vida de Jesus, pois assinalam que Sua vida neste mundo foi excepcional desde a Sua concepção. O mundo, e mesmo a nação israelita, podem não ter se apercebido destes acontecimentos em seu tempo, mas Deus falou e operou e, em breve, estas novas de grande alegria se espalhariam por toda a Judéia, Samaria e até os confins da terra.

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05 abril 2025

001-A importância de conhecermos a vida de Jesus - Lição 01[Pr Afonso Chaves]05abr2025

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LIÇÃO 1 

A IMPORTÂNCIA DE CONHECERMOS A VIDA DE JESUS 

TEXTO ÁUREO: “Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.” (João 20.31) 

LEITURA BÍBLICA: JOÃO 20.19-31 

INTRODUÇÃO Neste trimestre, estudaremos a vida de Jesus Cristo, o Filho de Deus, nosso Salvador e Senhor, tendo em vista os seguintes propósitos: compreender o significado dos mais importantes acontecimentos da vida de Jesus, fortalecer nossa fé n’Ele e aprimorar o nosso testemunho acerca do Seu Evangelho. Embora toda a Bíblia revele a pessoa e obra de Jesus Cristo em diferentes aspectos, nosso estudo se deterá nos quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), pois é neles que encontramos propriamente o relato da vida de nosso Salvador – o que Ele fez e ensinou enquanto esteve neste mundo. 

I – A AUTENTICIDADE DOS RELATOS EVANGÉLICOS (2 PE 1.16-18) Lembremos que Evangelho significa “boas e alegres novas” no grego, e que estas novas dizem respeito à chegada do reino de Deus, na pessoa do Seu próprio Rei, Jesus Cristo, que veio a este mundo para cumprir todas as promessas de Deus e trazer ao Seu povo a libertação, justiça e paz do Seu reinado eterno; e que os quatro primeiros livros do Novo Testamento, por relatarem a vida do Salvador, recebem também o nome de evangelhos (Mc 1.1, 14-15). Por esta razão, os inimigos da cruz de Cristo procuram solapar a legitimidade da fé cristã rejeitando a autenticidade dos Evangelhos. Contudo, nós, os que cremos, segundo o testemunho do Espírito Santo que nos foi dado, temos plena convicção de que esses escritos, longe de serem fruto da imaginação humana, apresentam a vida de Jesus de acordo com os mais fidedignos testemunhos, no intuito de provar que Ele é o Cristo, o Filho de Deus. Nossa convicção sobre a autenticidade dos relatos evangélicos está alicerçada em quatro testemunhos bastante consistentes: a) o testemunho da Lei; b) o testemunho dos profetas; c) o testemunho dos apóstolos; d) o testemunho do Espírito Santo. Sabemos que toda Lei, seja por suas demandas ou por suas figuras, aponta para a vinda de Jesus Cristo. Os profetas do Senhor, centenas de anos antes da encarnação de Cristo, profetizaram sobre a Sua vinda ao mundo para libertar e salvar o povo de Deus dos seus pecados, prenunciando diversos aspectos da Sua vida pelos quais poderíamos saber que, naquele em quem se cumprissem todas estas coisas, este sem dúvida seria o Messias (Lc 24.44-45). A convicção dos apóstolos sobre aquilo que haviam visto e ouvido, e sua disposição em sofrer e até morrer por causa de Cristo, constitui outro sólido argumento da autenticidade dos evangelhos, que se baseiam no relato destes homens (Lc 1.1-4). E, por último, mas não menos importante, temos o testemunho do Espírito Santo, que confirma o relato dos evangelhos no coração daquele que, embora não tenha visto, creu que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus (Jo 20.29; 1 Jo 4.13-15). 

II – OS MARCOS PRINCIPAIS DA VIDA DO SALVADOR (JO 7.38-41) Embora cada um dos quatro Evangelhos apresente a vida de Jesus Cristo sob uma perspectiva distinta, coincidindo na sua maior parte e se diferenciando na apresentação única de alguns episódios, podemos encontrar em todos eles os marcos principais da vida do Salvador, que são: a) encarnação; b) ministério; c) morte; d) ressurreição; e) ascensão. Cada um destes marcos precisa ser bem compreendido, pois são de importância fundamental para o relato evangélico; não apenas são os episódios mais marcantes da vida do nosso Salvador, mas também servem para fundamentar todo o arcabouço doutrinário da salvação (isto é, expiação, redenção, justificação, santificação e glorificação) conquistada por Ele na cruz. Há uma tendência de se fazer uma leitura superficial dos Evangelhos e considerar os fatos que antecederam a crucificação do Filho de Deus como isolados da consumação do sacrifício no Calvário. No entanto, todos os fatos que antecederam a cruz convergiram na cruz, cada um testificando, a seu modo e tempo, que Ele havia sido enviado para morrer como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (cf. Jo 1.29; 12.27). Assim, na encarnação de Cristo temos a união da divindade e da humanidade, a fim de manifestar ao mundo a glória de Deus, bem como para punir na carne do Salvador os pecados dos homens. Os sinais, prodígios e maravilhas operados por Jesus ao longo do Seu ministério serviram não somente para beneficiar as pessoas que eram oprimidas pelo maligno, mas também para testificar que Ele era o Cristo, o Filho de Deus, em tudo o que fazia. Na Sua morte, temos um episódio predeterminado por Deus, e não uma tragédia, como alguns equivocadamente pensam. Em Sua morte, o Salvador levou sobre Si o castigo dos nossos pecados para que fôssemos livres da condenação. A ressurreição de Jesus Cristo ao terceiro dia é a prova cabal da aceitação do Seu sacrifício vicário (substitutivo) por parte do Pai. E, finalmente, em Sua ascensão, Ele garante enviar o Espírito Santo aos que n’Ele creram e em breve voltar para buscar a Sua igreja. 

III – A VIDA DE JESUS, MODELO DA VIDA CRISTÃ (1 CO 15.19-22) A vida de Jesus Cristo tanto é a causa da nossa eterna salvação como também é o modelo que nós, que somos Seus discípulos, devemos imitar. Pois Ele não viveu uma obediência perfeita apenas vicariamente, isto é, em nosso lugar; mas também para que, justificados onde antes estávamos condenados pela nossa fraqueza na carne, nós possamos, com a consciência purificada de toda culpa, viver para aqu’Ele que por nós morreu (Gl 2.20). Em tudo o Salvador não apenas ensinou, através de Suas palavras cheias de graça e verdade, mas também demonstrou, através de Suas ações, a cada passo de Sua vida, como agradar a Deus em todas as coisas, estabelecendo em Si mesmo um exemplo a ser seguido, pelo qual possamos ser reconhecidos como Seus discípulos: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Jo 13.15, 34-35). Assim, ao estudar a vida de Jesus, não fazemos isto com um simples interesse histórico, mas para compreender a vontade de Deus para conosco e imitar a Cristo em todas as coisas, no amor, na humildade, na paciência, inclusive sofrendo as afrontas e desprezando as veleidades deste mundo, porque é certo que, se com ele sofrermos e morrermos, com Ele seremos glorificados (1 Pe 2.21; 2 Tm 2.11-13). 

CONCLUSÃO A vida de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, tal como relatada nos Evangelhos, é um fundamento sólido da fé cristã, pois nela temos o caminho de Deus revelado para a vida eterna – caminho este que é o próprio Jesus, para todo aquele que n’Ele crê e que, crendo, obedece às Suas palavras e segue o Seu exemplo.

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