09 maio 2024

006-Conflitos no casamento - Família Lição 06[Pr Afonso Chaves]08mai2024

 

MP3 PARA DOWNLOADS

LIÇÃO 6 

CONFLITOS NO CASAMENTO 

TEXTO ÁUREO: “Igualmente vós, maridos, coabitai com ela com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus coerdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações.” (1 Pe 3.7) 

LEITURA BÍBLICA: 1 PEDRO 3.1-7 

INTRODUÇÃO Nesta e na próxima lição trataremos de uma situação que em si não é agradável, mas não apenas é possível, como também frequente de ocorrer e geralmente minimizada em seus efeitos negativos, e que diz respeito aos conflitos ou desentendimentos em família. E, começando com situações envolvendo particularmente os cônjuges, veremos que entender a vontade de Deus e saber como lidar com conflitos que começam aparentemente pequenos pode evitar que estes se tornem em verdadeira ruína para toda a família. 

I – LIDANDO COM AS CAUSAS DOS DESENTENDIMENTOS CONJUGAIS Vários são os fatores que podem levar a desentendimentos entre o casal, desde aqueles relacionados ao comportamento de cada cônjuge, envolvendo diferenças de temperamento, falta de comunicação ou atenção; passando por problemas de ordem material, como dificuldades financeiras, enfermidades, etc.; até os problemas de natureza espiritual. Considerando-se que ambos sejam cristãos, podemos começar dizendo que conflitos resultantes desses fatores podem ser evitados a partir do conhecimento da palavra de Deus, pois nela encontramos princípios e orientações suficientes para que os cônjuges (assim como qualquer pessoa) possam identificar e encontrar a melhor solução para esses problemas, antes que a integridade do relacionamento seja prejudicada. O relacionamento conjugal, mais do que qualquer outra forma de relacionamento humano, deve ser pautado pelo mandamento: “amarás o teu próximo como a ti mesmo”, tanto mais porque os dois formam um só corpo, de maneira que o cônjuge que não busca a paz e harmonia com o outro não quer, na verdade, a sua própria paz; e não apenas não deve esperar receber o bem que não presta ao outro, mas certamente colherá o mal contra si mesmo (Ef 5.28; Mt 7.12; Gl 6.7-8). Muitos conflitos surgem a partir da intolerância de um cônjuge em relação ao comportamento ou à forma de ser do outro, e uma atitude de julgamento em relação àquilo que, na verdade, nada tem de errado ou pecaminoso, mas é apenas uma diferença de personalidade. Se devemos receber uns aos outros como aceitos por Deus independentemente dessas diferenças, quanto mais aqueles cujo amor foi selado pelo vínculo do casamento (Rm 14.10-12, 19; 1 Co 13.4-7). É verdade que o namoro é o tempo ideal para ambos se conhecerem neste aspecto das diferenças e confirmarem se o amor de um pelo outro é verdadeiro ou apenas baseado em aparências; mas um nunca será exatamente igual ao outro, e de qualquer modo muitos conflitos serão evitados se o casal estiver disposto a mortificar o orgulho – as mulheres sendo sujeitas aos seus maridos, e estes não se irritando contra elas (Cl 3.18-19). A estas considerações, acrescentamos também que o perdão é extremamente importante para lidar com situações que podem se tornar conflitos de graves conseqüências para o casal. Como o Senhor Jesus suficientemente nos ensinou, aquele que ama o próximo não apenas perdoa quando é buscado pelo que o ofendeu, mas ativamente busca o ofensor para reconciliação (Mt 5.23-26; 18.15, 21-22; cf. Rm 12.20-21). Quanto mais ambos os cônjuges, no caso de uma palavra ou atitude notadamente ofensiva, deveriam buscar um a outro imediatamente para reconciliação, evitando que qualquer mal entendido lançasse raízes de amargura no coração do outro (Ef 4.26; Hb 12.15; cf. 1 Pe 3.7)? 

II – LIDANDO COM CÔNJUGES INCRÉDULOS A situação de um casal constituído de um fiel e um incrédulo – isto é, alguém que não crê ou segue ao Senhor Jesus – apresenta particularidades que podem ser fatores de desentendimentos entre ambos, mas, mesmo assim, precisamos considerar esta situação com cuidado. A união desse casal é tão válida e indissolúvel quanto a de um casal de crentes, ou mesmo de incrédulos; e, considerando que muitos, apesar da incredulidade, possuem amor sincero por seus cônjuges e não desejam abandoná-los, mesmo quando estes professam sua fé em Cristo, o apóstolo orienta ao casado cujo cônjuge não é crente a não o abandonar. Entende-se que o incrédulo que consente em permanecer com o crente não se opõe explicitamente ao evangelho, e por isso é santificado pelo convívio com este, podendo ser influenciado a ponto de, eventualmente, converter-se ao Senhor; de outro modo, teria abandonado o cônjuge crente e, neste caso, o apóstolo apenas orienta a não se insistir em que o incrédulo permaneça, pois isto resultaria em tribulação e servidão para o crente (1 Co 7.12-16; cf. 1 Pe 3.1-2). De qualquer modo, a situação de um casal formado por um crente e um incrédulo implica sim em potenciais conflitos e desentendimentos, e esta é uma das razões pelas quais o conselho de Deus para os solteiros é não buscarem esse tipo de união (2 Co 6.14-18; cf. 1 Co 7.39), pois o conflito de propósitos espirituais entre ambos bem pode resultar no crente sendo esmagado e vencido pelo erro e apostasia, tendo-se exposto a essa tentação por deliberada escolha. Embora não seja um exemplo de justiça e devoção ao Senhor, consideremos, a título de exemplo, como os pecados do rei Acabe se tornaram ainda piores após casar-se com Jezabel (cf. Dt 7.1-4; 1 Rs 16.30-33). Na situação daquele que se converte ao Senhor depois de casado, se o incrédulo consente em permanecer, deve o crente estar preparado caso aprouver a Deus testar sua fé, suscitando oposição da parte do incrédulo por causa do Evangelho e do nome de Cristo, sabendo que agradará a Deus se, neste caso, for maltratado mesmo sendo fiel (1 Pe 2.18-19). 

III – LIDANDO COM A INFIDELIDADE CONJUGAL Não resta dúvida que a infidelidade é a pior coisa que poderia ocorrer a um dos cônjuges, sendo conseqüência de uma situação que nem sempre começa na concupiscência, mas em conflitos e desentendimentos menores não resolvidos, os quais com o tempo minam o amor conjugal e, conseqüentemente, produzem indiferença ou mesmo recusa em se relacionarem intimamente um com o outro. É nessa defraudação que Satanás se insinua, tentando um ou ambos os cônjuges a serem desleais e buscarem, agora a mera satisfação carnal, em uma pessoa estranha ao relacionamento (1 Co 7.3-5). Ora, o relacionamento íntimo do casal é chamado de “amor” nas Escrituras, pois é a expressão suprema e consumadora do amor conjugal (Ct 4.10), do qual somente pode desfrutar aquele que preserva esse amor e o fortalece ao longo do relacionamento – o que implica em lidar com as causas de conflitos e desentendimentos já mencionados, quando se manifestam (Pv 5.18-19; Ec 9.9). Mesmo assim, a infidelidade não constitui uma situação irremediável e final para o casamento; por esta causa, o apóstolo orienta aqueles que foram abandonados por seu cônjuge a permanecerem sós ou se reconciliarem – o que implica na possibilidade de arrependimento para aquele que pecou, e no dever de perdoar daquele que foi ofendido, a exemplo do próprio Deus, que não rejeitou o Seu povo desobediente e rebelde, mas instou para que Israel voltasse (1 Co 7.10-11; cf. Os 2.2, 13-16, 19; Jr 3.1). 

CONCLUSÃO Aquele que é casado deve lutar contra o seu próprio eu – isto é, contra o orgulho e o egoísmo – para que possa sempre ouvir, compreender, perdoar e, acima de tudo, amar seu cônjuge como a si mesmo e assim ambos poderem vencer as dificuldades que surgirem na sua caminhada.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/


INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

OUÇA A RÁDIO NET GRATA NOVA


02 maio 2024

005-A honra devida aos pais - Família Lição 05[Pr Afonso Chaves]30abr2024

 

MP3 PARA DOWNLOADS

LIÇÃO 5 

A HONRA DEVIDA AOS PAIS 

TEXTO ÁUREO: “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá” (Êxodo 20.12) 

LEITURA BÍBLICA: EFÉSIOS 6.1-3; COLOSSENSES 3.20 

INTRODUÇÃO Após refletirmos, na lição passada, sobre a importância dos filhos na família e sobre a responsabilidade dos pais na disciplina dos filhos alcançados do Senhor; desta vez falaremos sobre os deveres dos filhos em relação a seus pais. Nem todos serão pais, é verdade; mas todos nós temos ou já tivemos pai e mãe, aos quais devemos nossa existência e preservação neste mundo, e que por direito merecem de seus filhos tanto o amor e a gratidão natural, como a devida retribuição em honra, na forma como o Senhor prescreve em Sua palavra. 

I – HONRAR OS PAIS É HONRAR A DEUS O fundamento do dever dos filhos em relação aos pais foi estabelecido pelo próprio Senhor Deus, na forma de uma das “dez palavras” ou “dez mandamentos”: “Honra a teu pai e a tua mãe” (Ex 20.12). É, portanto, fundamental na definição dos nossos deveres para com o próximo, assim como na relação com o próprio Deus. O povo de Israel, ali aos pés do monte Sinai, estava diante da manifestação visível não de um deus estranho ou novo, que havia aparecido pela primeira vez a Moisés, mas do Deus de seus pais Abraão, Isaque e Jacó. Era o Deus que aprenderam a temer e cujas promessas aprenderam a esperar, geração após geração, e que agora se manifestava para abençoá-los graças ao concerto feito primeiramente com os pais (Gn 17.7-8; 18.19; Ex 3.6, 13-16). Consideremos também como, mesmo não sendo os gentios descendentes dos patriarcas segundo a carne, o Senhor nos recebe como Seus ao nos conceder o Espírito pelo qual O invocamos como Pai, e pelo qual somos também contados como filhos e herdeiros da mesma promessa, assim nos tornando filhos de Abraão, Isaque e Jacó, cuja fé imitamos (Gn 12.1-3; 17.5; Gl 3.7-9, 29; 4.6-7). Logo, podemos nos referir ao Senhor como o Deus de nossos pais com tanta propriedade como fez no passado a nação israelita, e refletir sobre a importância da fidelidade de nossos pais para que as bênçãos e o conhecimento do Deus vivo nos alcançassem ou chegassem até nós. Assim, os pais merecem honra em razão do seu papel ideal de mediarem as primeiras experiências espirituais dos filhos, tanto na apresentação do conhecimento de Deus em uma vida de piedade, como na representação da autoridade divina através da doutrina e disciplina do Senhor (Ef 6.4; cf. 2 Tm 1.3-5; 3.14-15). Assim, honrar os pais equivale a honrar a Deus, primeiro, porque se trata de um mandamento; e, segundo, porque, neste contexto, aquele que honra pai e mãe reconhece a misericórdia e bondade de Deus manifestada a ele através dos pais: primeiro, ao ser gerado e cuidado até que atingisse maturidade e capacidade para cuidar de si mesmo; depois, ao ter nos pais uma expressão visível da autoridade divina e, ao mesmo tempo, a sua primeira forma de convívio com o próximo, que o prepararam tanto para aproximar-se, por si mesmo, de Deus, como para relacionar-se com a sociedade. Por isso, este “quinto mandamento” é como que a ponte entre aqueles que regem nosso relacionamento com Deus e os que dizem respeito ao relacionamento com o próximo. 

II – HONRAR OS PAIS SIGNIFICA OBEDECÊ-LOS Assim como honramos a Deus quando guardamos a Sua palavra em nosso coração e a colocamos em prática, e não apenas quando O louvamos com a nossa boca; do mesmo modo honrar pai e mãe significa não apenas nutrir por eles a mais sincera afeição, mas também obedecê-los em razão da dignidade e autoridade que Deus lhes conferiu. De fato, a obediência é o sentido imediato que se deduz a partir do mandamento, pois, conforme a explicação do apóstolo Paulo, isso é justo e agradável ao Senhor (Ef 6.1-3; Cl 3.20), e a promessa associada ao mandamento está intimamente ligada a esse sentido da honra devida aos pais, na mesma medida em que o povo de Israel prolongaria seus dias na terra de Canaã se permanecesse na obediência aos mandamentos do Senhor Deus (Dt 32.46-47; cf. Pv 30.17). Notemos que este mandamento não é mais aplicável na infância do que na adolescência e na maturidade; é um princípio moral básico, e não apenas uma lição para crianças. Existe, de fato, no período inicial de nossas vidas, um aspecto mais “arbitrário” dessa obediência, na medida em que os pais dispõem de maior poder sobre os filhos e a estes muitas vezes não resta outra opção senão cumprir a vontade daqueles, sob pena de castigo. Naturalmente, esse aspecto vai desaparecendo na medida em que os filhos amadurecem e tornam-se capazes de tomar suas próprias decisões, mas a disciplina recebida na infância deve ser retida para toda a vida, quer os pais tenham já envelhecido ou mesmo já não estejam conosco (cf. Hb 12.7, 9-11; Pv 6.20-23). A este respeito, podemos citar o exemplo de Jesus que, mesmo consciente da Sua missão divina e que tudo o que fazia era em obediência à vontade de Seu Pai celestial, nem por isso deixou de ser submisso à autoridade de seus pais terrenos (Lc 2.49-51). Consideremos, por exemplo, como o livro de Provérbios exorta com freqüência os jovens e adultos a não abandonarem a disciplina, a instrução, os conselhos de seus pais, e como agir de outra forma é o mesmo que os envergonhar e desonrar, trazendo-lhes vergonha e tristeza (Pv 1.8-9; 10.1, 5; 15.5; 29.3). Neste sentido, lembremo-nos que as Escrituras mencionam mais de um exemplo de filhos já em idade madura que desprezaram a vontade ou os conselhos de seus pais, e não apenas trouxeram desonra para seus genitores, mas eles mesmos experimentaram a reprovação divina (cf. Gn 26.34-35; 27.46). 

III – HONRAR OS PAIS SIGNIFICA NÃO OS ABANDONAR NA VELHICE Outro aspecto da honra devida aos pais que precisa ser ainda mais enfatizado na medida em que os filhos amadurecem é o da atenção e cuidado que os pais merecem, especialmente na velhice. É verdade que, para unir-se à sua mulher e formar a sua própria família, o homem precisa deixar pai e mãe. Isto, porém, não significa abandoná-los nem os esquecer; significa apenas que, ao se casar, o homem assume a responsabilidade de ser chefe de uma nova família. Se antes os pais trabalharam entesourando para os filhos, agora é a vez de os filhos retribuírem assistindo-os nas suas necessidades que, devido às limitações financeiras ou físicas em razão da idade, os pais já não podem suprir sozinhos. Tão importante é este aspecto do dever filial que o apóstolo Paulo associa a negligência dos filhos em assistir os pais necessitados à apostasia da fé (1 Tm 5.4, 8), e Jesus repreendeu severamente os fariseus por usarem de interpretações capciosas da lei para se evadir a esse dever (Mt 15.3-6). Notemos mais uma vez, a esse propósito, o exemplo do próprio Jesus no cuidado com Sua mãe até no Seu último momento de vida (Jo 19.25-27). 

CONCLUSÃO Vimos que o mandamento “honrará a teu pai e tua mãe” encerra diversos aspectos do nosso dever filial, bem como define a importância de respeitarmos, amarmos e cuidarmos de nossos pais enquanto os temos conosco, e mesmo depois que partirem, mantendo-nos em nossa terna memória e não abandonando os seus preciosos ensinamentos para nossa vida. 

PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/


INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

OUÇA A RÁDIO NET GRATA NOVA


23 abril 2024

004-Filhos - Galardão do Senhor - Família Lição 04 [Pr Afonso Chaves]23abr2024

MP3 PARA DOWNLOADS

LIÇÃO 4 

FILHOS – GALARDÃO DO SENHOR 

TEXTO ÁUREO: “Coroa dos velhos são os filhos dos filhos; e a glória dos filhos são seus pais” (Provérbios 17.6) 

LEITURA BÍBLICA: SALMO 127.1-5 

INTRODUÇÃO Uma das características mais indicativas da origem divina da família, sendo fruto do casamento, é que, como toda dádiva perfeita do Pai das luzes, reflete a seu modo a multiforme sabedoria de Deus, na variedade de relacionamentos que permite desenvolver entre os seus membros pela prática do amor, relacionamentos esses indispensáveis ao amadurecimento do indivíduo tanto no seu comportamento em relação ao próximo – isto é, em sociedade – como em relação a Deus. Tendo já discorrido a respeito do relacionamento conjugal e dos deveres mútuos entre marido e mulher, falaremos nesta lição sobre a importância dos filhos e, inicialmente, sobre o dever que se impõe ao casal de buscar e zelar por esta preciosa herança do Senhor. 

I – TER FILHOS É UM DOM DE DEUS Conforme estudamos em lições anteriores, o propósito do casamento é dar ao homem condições de cumprir o mandato de Deus de crescer, multiplicar-se, encher a terra e sujeitá-la. Ou seja, o casamento foi instituído com vistas à constituição de famílias e, como sabemos, uma família tem início na união do homem à sua mulher, mas não se limita a ambos; antes, se estende e se completa nos filhos e filhas que resultam dessa união. Quando o casal alcança filhos, está assegurando que a família não perecerá com a morte de ambos, pois os filhos a seu tempo deixarão pai e mãe para se unirem aos seus respectivos cônjuges, formando novas famílias que serão, de fato, um prolongamento da mesma família, perpetuando assim a linhagem e memória de seus pais. Além disso, os filhos são aqueles que se beneficiam do trabalho de seus pais, e o continuam, assim assegurando que o patrimônio do casal não passará nem será dilapidado por estranhos. Por esta razão, o Senhor Deus, tendo legado a terra de Canaã a cada tribo e família dos filhos de Israel, instituiu a lei do levirato, tanto para que nenhuma linhagem do povo eleito fosse extinta com a morte de um israelita sem filhos, como também para que nenhuma família jamais ficasse desprovida de descendentes que herdassem e preservassem intacto seu patrimônio (Lc 20.34-36; Gn 38.8; Dt 25.5-6). Assim, ter filhos é uma grande bênção e dádiva de Deus, um prêmio desejado e buscado por todo aquele que anseia pela vida em família e discerne sua vocação para o casamento. Com que orgulho celebrou Eva, mãe de todos os viventes, ao conceber seu filho Caim (cujo nome significa “aquisição”), pois percebeu nisto um sinal do favor e misericórdia de Deus, que não havia abandonado a humanidade após a Queda, mas cumpriria a promessa acerca da semente, do descendente que esmagaria a cabeça da serpente (Gn 3.15; 4.1, 25; cf. 1 Tm 2.13-15). E como o salmista, na leitura bíblica, os compara às flechas que garantem a vitória ao herói contra os seus muitos inimigos - tal a variedade de provisão que Deus faz ao homem ao conceder-lhe não apenas um, mas muitos filhos (cf. Sl 128.3-4). Por outro lado, vemos também no ter filhos um aspecto da disposição soberana de Deus semelhante ao que encontramos na busca do homem por uma companheira (ou da mulher por um companheiro) - se é que de fato possui de Deus este dom. Pois, embora os filhos sejam um fruto natural do casamento, vemos, em exemplos tanto apresentados pelas Escrituras como presenciados no nosso dia a dia, que nem todos os casais têm filhos num momento imediato ao casamento; outros só os têm muitos anos depois; e outros ainda jamais os têm. Não falamos aqui de casais que não desejam ter filhos, mas de casais que, não obstante o tempo decorrido desde sua união, e não obstante até circunstâncias humanamente impossíveis de serem superadas (como a esterilidade), entendem acertadamente que este impedimento vem de Deus, não sem um propósito, e por isso buscam zelosamente aqu’Ele que é o autor da vida até alcançarem suas petições, como exemplificam os casos de Ana (1 Sm 1.9-11, 20) e de Isaque (Gn 25.21). E, mesmo quando já “conformados” à perspectiva de morrerem sem filhos, recebem com não menos alegria do que surpresa a notícia de que o Senhor lhes concederá um filho, mesmo na sua velhice (Gn 15.4-6; 17.17-19; Lc 1.13-14, 24-25). 

II – EDUCAR OS FILHOS É UM DEVER Como herança, galardão do Senhor para o casal, os filhos são um tesouro a ser buscado com anseio e, uma vez alcançado, cuidado com grande zelo e temor. Trata-se de almas que pertencem a Deus e que, ao atingirem a maioridade e independência em relação aos pais, responderão por seus atos diante da sociedade e diante do Criador. Mas, antes disso, estarão sob os cuidados dos pais, cujo dever é o de não apenas suprir as necessidades físicas e materiais que temporariamente são incapazes de atender por conta própria, mas principalmente o de prepará-los para suas responsabilidades terrenas e espirituais, visando o seu sucesso, alegria e realização plena. E, com efeito, as Escrituras destacam a importância e a influência, muitas vezes decisiva, da criação ou educação provida pelos pais sobre o comportamento dos filhos nas decisões que tomarão até mesmo ao atingir a maioridade - daí a maldição declarada contra os filhos daqueles que aborrecem ao Senhor, bem como da benção sobre as gerações daqueles que o amam, pois, através da instrução dos pais aos filhos, mais de uma linhagem na história bíblica foi destruída, ou preservada (Pv 22.6; Ex 20.5-6; Dt 6.1-2, 6-7; cf. Gn 18.17-19). 

III – CORRIGINDO OS FILHOS COM AMOR Não é o caso de tentarmos estabelecer aqui os fundamentos de uma educação cristã, mas é necessário também acrescentar ao que já foi dito sobre os deveres dos pais educarem seus filhos que, diferentemente da educação formal recebida em escolas ou na igreja, a instrução dos pais é uma disciplina indispensável à formação do caráter, pois envolve a aplicação prática da autoridade paterna e materna, em amor, sobre a conduta dos filhos, no propósito de orientá-los corretamente e principalmente corrigi-los de suas tendências naturais ao erro e ao pecado (Hb 12.5-8; cf. Pv 22.15; 23.13-14). E negligenciar este aspecto da educação implica em graves consequências para a criança, além do que atrai a ira de Deus contra os pais, que deu a estes poder para exercerem, como numa função sacerdotal, o papel de mediar e propiciar o acesso da criança a Deus e a sua condução pelos caminhos da justiça (Pv 13.24; cf. Jó 1.5). Consideremos, a título de exemplo, como o Senhor repreendeu Eli pelo seu fracasso em exercer sua autoridade paterna para corrigir os filhos, estando já estes maduros e em pleno exercício do sacerdócio, e isto porque, ao “amá-los” e honrá-los mais do que ao Senhor, na verdade estava plantando a sua própria ruína (1 Sm 2.12-17, 22-25 e 29). A disciplina paterna deve ser exercida por amor aos filhos, e isto significa que muitas vezes são necessárias imposições, restrições e castigos dolorosos, difíceis de aceitar e mesmo incompreendidos pelos que são submetidos à disciplina. Isto, porém, não autoriza os pais a usarem de arbitrariedade, ou, a pretexto de corrigir uma desobediência, darem vazão à fúria; o exemplo de criação paternal vem do próprio Deus, que nos exorta e admoesta com paciência, de tal forma a evidenciar o Seu cuidado e amor para conosco e nos ganhar pelo constrangimento desse amor, e nos afastar do caminho da desobediência (Ef 6.4; Cl 3.21; cf. Pv 19.18). 

CONCLUSÃO Ser pai ou mãe é um grande privilégio e dádiva de Deus, que enche o coração com um senso de alegria e glória, na perspectiva de poder educar não somente para esta vida, para a vida eterna.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/


INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

OUÇA A RÁDIO NET GRATA NOVA


16 abril 2024

003-As bases do casamento - Família Lição 03 [Pr Afonso Chaves]16abr2024

MP3 PARA DOWNLOADS

LIÇÃO 3 

AS BASES DO CASAMENTO 

TEXTO ÁUREO: “Como a mulher provém do varão, assim também o varão provém da mulher, mas tudo vem de Deus” (1 Co 11.12) 

LEITURA BÍBLICA: EFÉSIOS 5.22-28 

INTRODUÇÃO Conforme estudamos na lição anterior, o casamento é uma dádiva divina e, como tal, aqueles que desejam recebê-la precisam saber que Deus possui especial interesse em concedê-la, e espera que a busquem com atenção à Sua vontade. Mas encontrar a companhia ideal e unir-se a ela não é o fim, e sim o começo do casamento; um novo aspecto da vida se apresenta aos cônjuges, e estes precisam saber que agora participam de um relacionamento mútuo que implica em responsabilidades e deveres, mas, como o relacionamento com Deus e com o próximo em geral, deve ser conduzido em amor. 

I – OS CÔNJUGES E SEUS DEVERES MÚTUOS Ao selarem o pacto do casamento, homem e a mulher se unem, de modo que agora um faz parte do corpo do outro e, portanto, um pertence ao outro, e não mais a si mesmo. Este pertencimento é reconhecido pelo apóstolo Paulo, que vê aí a razão de afirmar que os cônjuges devem, obrigação de usar de benevolência um para com o outro – isto é, desejar o bem e fazer tudo o que estiver ao seu alcance para proporcionar ao cônjuge esse bem. É direito do homem receber o bem de sua mulher, e vice-versa; sonegar esta benevolência é defraudar, isto é, privar aquilo que é de direito do outro – a menos que por consentimento mútuo (1 Co 7.3-5). Deve estar claro que o apóstolo, nesta passagem, chama de benevolência especialmente as relações íntimas do casal; no casamento, expressam de forma santa, pura e honrada o amor e benevolência de um pelo outro; fora do casamento, a união entre duas pessoas é prostituição e expressa apenas o desejo egoísta de satisfazer a carne, gerando, ao invés de benevolência, opressão, engano e desonra (cf. 1 Ts 4.3-7; 1 Co 3.18; 6.16-18). Uma vez que, pelo concerto do casamento, homem e mulher se unem para formar uma só carne e pertencerem um ao outro; é dever de ambos não se separarem por nenhum motivo. Partindo do fato de que é mandamento de Deus, que uniu homem e mulher para que fossem uma só carne – portanto, não admitindo a hipótese de separação – o apóstolo instrui os coríntios no sentido não de aconselhar, mas de determinar que os cônjuges crentes não se apartem um do outro; e, caso se apartem, que permaneçam só ou se reconciliem (1 Co 7.10-11). O casamento sendo um pacto onde homem e mulher devem desenvolver um relacionamento de amor e benevolência mútua, a separação (repúdio, divórcio) constitui não apenas uma quebra desse pacto, mas uma negação de tudo o que representa e do próprio evangelho, que nos ensina a perdoar e buscarmos a reconciliação com o próximo ofendido, e não afastarmos, como que negando-lhe implicitamente o perdão (Ml 2.13-16; cf. Mt 5.23-25; 18.15, 21-22). 

II – OS CÔNJUGES E SUAS VOCAÇÕES PARTICULARES Ora, o mesmo apóstolo Paulo, depois de pontuar que, pelo casamento, os cônjuges passam a formar um mesmo corpo e a pertencer um ao outro; ele ainda acrescenta que essa união também comporta uma distinção de papéis ou funções que se complementam, concretizando verdadeiramente uma união em amor entre o homem e a mulher. Tanto que o apóstolo se vale de uma comparação com o relacionamento entre Cristo e a Igreja, que se dá em termos semelhantes, embora num plano espiritual, e de que o casamento serve apenas de analogia humana ou terrena. Assim, ele orienta as mulheres a sujeição aos seus respectivos maridos, porque “o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja”; e, assim como a igreja está sujeita a Cristo, “assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos”. Esta sujeição não significa desonra, mas obediência, cooperação e harmonia com o propósito estabelecido por Deus para o casal, do que ao homem incumbe assumir a liderança; ou seja, não é apenas para o benefício do marido que a mulher deve se sujeitar a ele, mas para o benefício de ambos, confiando que o homem, por sua vez, exercerá fielmente a responsabilidade que lhe foi confiada, para o benefício do casal e da família (Ef 5.22-24; 1 Co 11.8-12; cf. Gn 2.18; 1 Tm 2.11-14). E notemos que, mesmo se tratando de um casamento onde apenas a mulher seja crente e tenha o cuidado de cumprir o seu papel no casamento, o propósito de Deus não deixa de se realizar, na santificação do marido descrente e até mesmo na sua conversão (1 Pe 3.1-6). Como cabeça no relacionamento conjugal, o marido é aquele que exerce autoridade, não no sentido de um governo tirânico ou arbitrário, como fazem os príncipes deste mundo, e isto de modo algum admite abuso, quer por palavras ou por ações; mas, à luz do princípio de superioridade segundo o reino dos céus, é uma autoridade exercida com entendimento e amor pela mulher, no interesse de proteger a mulher como vaso mais fraco, e defende-la das ameaças físicas e espirituais, à semelhança de Cristo, que tudo fez, e entregou-se a Si mesmo, para salvar a Igreja (Ef 5.25-28; 1 Pe 3.7; Cl 3.19). 

III – OS CÔNJUGES E A FIDELIDADE CONJUGAL Fidelidade é indispensável ao desempenho dos deveres conjugais. Não é possível manter um casamento em boa ordem sem a mais íntegra e inquestionável lealdade do homem para com a mulher, e vice-versa. A própria natureza do concerto do casamento consiste num juramento de fidelidade, em dedicação exclusiva e inegociável entre os cônjuges, que é violada quando um dos dois abre espaço para qualquer estranho (cf. Ml 2.14). Por mais que a sociedade moderna relativize a fidelidade conjugal, as Escrituras são categóricas e chamam a deslealdade de um cônjuge para com o outro de adultério, condenando com rigor tanto a consumação do ato físico como também reprovando a cobiça alimentada no coração, onde o ato, embora não consumado, é fomentado e nutrido de tal forma que, segundo ensina nosso Senhor Jesus, facilmente faz adoecer toda a alma (Ex 20.14; Lv 20.10; cf. Ex 20.17; Mt 5.27-28, 29-30; 15.18-20). Daí encontramos nas palavras de sabedoria e conselho das Escrituras alertas e exortações à insinuação de estranhos no relacionamento conjugal (Pv 2.16-19; 5.1-5; 23.26-35). 

CONCLUSÃO Como podemos concluir desta lição, a base do casamento cristão é o amor, pois é a virtude que, mais do que todas as outras necessárias, está na essência da benevolência que os cônjuges prestam um ao outro, da paciência e do perdão que os mantêm unidos até a morte, da sujeição da mulher ao seu marido, da autoridade e cuidado do marido pela sua mulher e, finalmente, da fidelidade que de um para com o outro.

PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/


INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

OUÇA A RÁDIO NET GRATA NOVA


11 abril 2024

002-A dádiva do matrimônio - A Família Lição 02[Pr Afonso Chaves]09abr2024

 

MP3 PARA DOWNLOADS

LIÇÃO 2 

A DÁDIVA DO MATRIMÔNIO 

TEXTO ÁUREO: “E da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher e trouxe-a até Adão.” (Gn 2.22) 

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 19.1-12 

INTRODUÇÃO Na lição anterior, ao tratar de uma forma geral a respeito da família, vimos como é impossível falar sobre esta instituição sem fazer menção ao casamento, pois a família começa quando um homem e uma mulher se unem pelos laços do matrimônio. Desta feita, aprofundaremos nossa compreensão sobre o que as Escrituras ensinam sobre o casamento e como convém buscar e receber esta dádiva divina. 

I – CASAMENTO SEGUNDO AS ESCRITURAS É evidente que o relato da criação nos apresenta o homem como um ser criado para o casamento - Deus fez macho e fêmea e apresentou um ao outro para que ambos formassem uma só carne (Mt 19.4-6). A partir desta palavra, o casamento pode ser definido como uma união física entre o homem e a mulher, pela qual ambos se completam, tornando-se uma só carne. As relações conjugais são, portanto, indispensáveis à consumação e manutenção do matrimônio, direito e dever mútuo entre o casal, e são puras e santas, de modo que qualquer relação da mesma natureza fora do casamento constitui uma profanação (isto é, o sexo torna-se algo comum, ordinário, destituído do seu propósito sagrado, e portanto pecado) aos olhos de Deus (1 Co 7.1-5; Ex 20.14; Hb 13.4). Com base na Escritura primeiramente citada, concluímos também que o casamento é uma união indissolúvel, isto é, ao unir-se o homem à sua mulher, ambos formam um corpo, e tentar separá-los é cometer violência contra ambos (e se são os cônjuges que procuram se separar, ambos cometem violência contra si mesmos!); além de contrariar a vontade de Deus, que nenhuma previsão fez para o divórcio, mas antes instituiu o casamento para durar por toda a vida do casal (Ml 2.16; Mt 19.7-9; Mc 10.11-12; cf. Ef 5.28-31). O casamento também pode ser definido biblicamente como uma união indissolúvel entre um homem e uma mulher, porquanto Deus criou macho e fêmea, tendo formado a partir da costela de Adão uma mulher, e não outro homem, e assim previu que deixaria o homem seu pai e sua mãe para unir-se à sua mulher. Logo, aos olhos de Deus não constitui casamento, mas antes a união entre pessoas do mesmo sexo é condenada como qualquer outra forma de fornicação e injustiça (1 Co 6.9-10; Rm 1.24-27; Lv 18.22). Semelhantemente, não foi a união de dois homens e uma mulher, ou de um homem e duas mulheres (bigamia), tampouco de um homem e várias mulheres (poligamia), que "oficializou" o primeiro casamento, mas sim a união do homem à sua respectiva (e única) mulher (monogamia). Tanto a bigamia como a poligamia constituem corrupções da instituição divina do casamento, e suas consequências para a sociedade foram desastrosas (Gn 4.19; 6.1-2; cf. 1 Tm 3.12). 

II – CASAMENTO É UM DOM DE DEUS Embora tenha sido criado para que através do casamento pudesse realizar a plenitude do seu propósito nesta vida, de maneira que a maioria das pessoas se casa, devemos considerar também o fato de que não são todos os que se casam ou mesmo que desejam se casar - há pessoas que simplesmente permanecem a vida toda solteiras, sem prejuízo das suas realizações materiais, sociais, psicológicas e espirituais. E quando esta disposição é natural e voluntária, não imposta contra a própria natureza e vontade de um indivíduo, nem oriunda de algum preconceito ou fruto de uma rejeição ao matrimônio como tal, podemos dizer que essas pessoas receberam de Deus o dom de viver só (Mt 19.10-12; cf. 1 Tm 4.1, 3-5). Com isto, devemos entender que o casamento também é um dom de Deus do qual muitos dos que dele não participam não estão necessariamente em posição desvantajosa em relação aos casados em qualquer aspecto da vida, mas antes têm o seu próprio dom e estão em plenas condições de se realizarem nas coisas dos homens e nas coisas de Deus (1 Co 7.7-9, 17-20). Há, de fato, tanto a vida de casado como a de solteiro possuem suas próprias vantagens, desde que em qualquer caso o indivíduo esteja no Senhor (1 Co 7.25-40; cf. Ec 4.9-12; Pv 21.9). 

III – A BONDADE DE DEUS NA CONDUÇÃO AO CASAMENTO Sendo o casamento uma dádiva de Deus, podemos esperar que, dentre todas as boas coisas que Ele tem em mente para aqueles que O amam, o Senhor também tenha especial interesse na busca e escolha de uma companhia ideal para os Seus (Pv 18.22; Ec 7.26). Consideremos como a providência divina conduziu até Isaque a mulher que lhe trouxe de volta a alegria após a morte de sua mãe; ou como o mesmo Deus se lembrou da fidelidade de Rute, para prover-lhe um marido responsável e amoroso, que lhe deu a honra de se tornar participante da genealogia real e messiânica (Gn 24 e Rt 3.1-4, 8-13; 4.6-8, 9-10, 11-12, 13-17). Embora no passado não houvesse namoro e noivado como atualmente, havia sim uma escolha, sobre a qual as Escrituras nos orienta a dar ouvidos à sabedoria divina, geralmente expressa no parecer e nos arranjos feitos pelos pais (Gn 28.1-2; 41.45; Ex 2.21-22). De qualquer forma, é necessário não perder de vista que a finalidade tanto do namoro como do noivado é a preparação para o casamento, devendo tanto a busca pela companhia ideal como essa preparação ser conduzida no temor a Deus, não sob jugo desigual, mas com alguém que comunga da mesma fé e propósito de santificar o Senhor em sua vida (Dt 7.3-4; 2 Co 6.14-16; 1 Co 6.19-20; 1 Ts 4.6-7). 

CONCLUSÃO O casamento é uma dádiva divina e, portanto, fonte de muitas e grandiosas bênçãos para o casal e toda a família, desde que tanto o homem como a mulher sejam cuidadosos em seguir as orientações do Senhor na busca e escolha da companhia ideal, na preparação em santificação durante o namoro e noivado, e assim o casamento possa ser consumado com honra e alegria, para glória de Deus.

PARA USO DO PROFESSOR


AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/


INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

OUÇA A RÁDIO NET GRATA NOVA


02 abril 2024

001-Família, uma instituição divina - Família lição 01[Pr Afonso Chaves]02abr2024

MP3 PARA DOWNLOADS

LIÇÃO 1 

FAMÍLIA, UMA INSTITUIÇÃO DIVINA 

TEXTO ÁUREO: “E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.” (Gn 2.18) 

LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 2.21-24 

INTRODUÇÃO Neste trimestre, estudaremos lições voltadas para o tema "família", com o objetivo de entendê-la tal como instituída e definida por Deus nas Escrituras Sagradas. Como uma instituição de origem divina, e não apenas um arranjo de relacionamentos humanos, a família possui um papel indispensável na realização da felicidade humana neste mundo em preparação para a eternidade. A igreja de Cristo tem o dever de compreender e valorizar essa instituição e defendê-la a todo o custo contra os ataques impiedosos de Satanás que vem sofrendo nos últimos tempos. 

I – O QUE É FAMÍLIA Família pode ser definida como a base de qualquer sociedade ou organização humana, constituindo-se a partir do casamento - em outras palavras, da união de um homem e uma mulher, e dos filhos e descendentes que resultarão dessa união. Ou seja, sem a família, simplesmente não haveria sociedade. Por isso, as origens da família remontam às do próprio ser humano, quando, no princípio do mundo, Deus criou o homem e, vendo que não era bom que ele estivesse só, fez a mulher para que fosse sua companheira. E notamos como o próprio Adão não apenas contemplou na mulher – e, portanto, na família – o caminho de Deus para a sua realização (“esta sim é osso dos meus ossos, e carne da minha carne”, “será chamada varoa”), mas anteviu e prescreveu que todo homem após ele também abraçaria esta dádiva do Criador: “portanto, deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.18-25). Portanto, a definição de família à luz da sua verdadeira instituição por Deus passa pelo propósito para o qual o homem foi criado, pela necessidade de companhia para cumprir esse propósito, e pela forma como Deus supriu essa necessidade. O homem foi criado para, juntamente com a mulher (e, portanto, com a família), sujeitar a terra e dominar a criação, exercendo uma mordomia divina que somente um ser criado à imagem e semelhança de Deus poderia fazê-lo. Embora posto para lavrar o jardim e tendo recebido a ordem de Deus quanto à árvore da ciência do bem e do mal antes mesmo de a mulher ser formada, entende-se que o homem não estava completo, tanto que a mulher foi formada para completá-lo (“serão dois uma só carne”) e assim o mandato e a bênção divina puderam ser finalmente pronunciados sobre o casal (Gn 1.27-28; cf. 1 Co 11.8-11). Não é, portanto, uma família qualquer outra associação de pessoas que não se constitua a partir de um casamento, isto é, da união entre um (e apenas um) homem e uma (e apenas uma) mulher. É verdade que a própria palavra família muitas vezes é empregada nas Escrituras num sentido mais amplo que o de um casal e seus filhos, mas, por mais extensa que seja, família sempre implica numa ancestralidade que remonta até um casal, um homem e uma mulher que se uniram para ter e criar seus filhos, os quais, por sua vez, mesmo após constituírem suas próprias famílias, não perdem os laços de parentesco uns com os outros, mas antes ampliam esses laços, na geração daqueles que serão netos, e bisnetos, dos casais que deram nome e identidade àquelas famílias descendentes. 

II – OBJETIVOS CARACTERÍSTICOS DA FAMÍLIA Instituída para auxiliar o ser humano no cumprimento do seu propósito neste mundo, a família, edificada sobre o fundamento do matrimônio, atende a diferentes objetivos em relação aos seus indivíduos e ao conjunto maior da sociedade. Em primeiro lugar, a família representa a realização da vontade de Deus para com o homem, de que este não deve permanecer só – ou seja, o homem precisa da companhia, primeiramente da sua mulher que com ele forma um só corpo em amor e sujeição, assim o assistindo e participando da sua realização como sendo a sua própria (Ef 5.22-23, 28; 1 Tm 2.14-15). Depois, da companhia dos filhos, que em amor e obediência se sujeitam à autoridade paternal, redundando em honra para aqueles que os geraram (Ex 20.12; Ef 6.1-3). Em segundo lugar, a família representa a realização do mandato divino da procriação: “Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra”. Nenhum artifício da ciência moderna é capaz de assegurar a continuidade da espécie humana de forma independente do casamento e fora do seio familiar – uma sociedade sem a família tradicional rapidamente declinará até sua completa extinção, tal como vemos hoje na queda vertiginosa da população, com graves consequências econômicas, em países onde o conceito de família é atacado ou mesmo relativizado. Não apenas ter filhos é objetivo e função característica da família, mas, ainda mais importante do que tê-los é criá-los, pois a perpetuação da espécie humana depende tanto da procriação física como da preservação dos valores e qualidades morais e espirituais que a preservam de seguir um rumo destrutivo para si mesma. É a família, e não qualquer outra instituição, que incute no homem suas primeiras e mais sólidas noções sobre relacionamento com o próximo e com Deus, que o nortearão pelo resto da vida (Pv 22.6; cf. 2 Tm 3.14- 15; Gn 6.1-5).

 III – O SIGNIFICADO E IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO REINO DE DEUS Queremos considerar, sob este tópico, primeiramente o quanto a família reflete e aponta para realidades espirituais concernentes ao reino dos céus. Consideremos, antes de tudo, como a própria criação humana como macho e fêmea – isto é, feitos para se unirem em casamento e assim constituírem família, reflete um aspecto da relação divina entre Deus e seu Filho unigênito, que, de acordo com a revelação do Evangelho, dá-se em termos de uma relação perfeitamente harmônica de obediência e amor entre Pai e Filho (Jo 1.1; 3.35). E é desta mesma natureza o amor com que Deus amou aqueles por quem enviou Seu Filho ao mundo para morrer pelos pecadores, de modo que todo aquele que crê é feito filho de Deus e pode invocá-lo como Pai, tendo direito à herança como coerdeiro de Cristo Jesus (Jo 1.12; Rm 8.14-17, 29). Consequentemente, a relação entre aqueles que creem é uma relação familiar, devendo todo aquele que é nascido de Deus amar o seu irmão (1 Jo 4.7-11, 21; 5.1-2). A família é, portanto, de inestimada importância no propósito de Deus, não apenas para a realização da felicidade do homem neste mundo, mas também no que diz respeito à sua salvação. Notemos como, desde o princípio, a forma como Deus anuncia e como opera a salvação sempre esteve estreitamente vinculada aos relacionamentos familiares: seja a semente da mulher que esmagará a cabeça da serpente, seja aquele em quem serão benditas todas as famílias da terra, é no contexto familiar que Deus se manifestará, revelando-se e conduzindo os Seus (Gn 3.15; 12.1-3; 18.17-19). Mesmo a salvação sendo individual, o filho não levando os pecados do pai, e vice-versa; e muitas vezes o evangelho causando divisão entre crentes e incrédulos na casa; muitas vezes é no núcleo familiar que a salvação produz os maiores e mais notáveis frutos, assim como, em outras lamentáveis ocasiões, é a partir da corrupção das famílias que a perdição de toda uma sociedade pode ser decidida (Gn 35.2-3; Js 24.15; 1 Sm 1.19; At 10.2; 16.31-34).

 CONCLUSÃO Família é uma instituição divina, cuja honra e defesa depende, antes de qualquer atitude social ou política, ou mesmo da igreja, de cada um de nós, pois todos nós recebemos essa dádiva e nos beneficiamos de tudo o que Deus nos proporciona através de nossas famílias. E isto faremos na medida em que conhecermos o que Deus espera de cada um de nós como pais, mães, filhos ou filhas.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/


INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

OUÇA A RÁDIO NET GRATA NOVA



26 março 2024

013-Sofonias - Lição 01[Pr Afonso Chaves]26mar2024

MP3 PARA DOWNLOADS

LIÇÃO 13 

SOFONIAS 

TEXTO ÁUREO: “Buscai o Senhor, vós todos os mansos da terra, que pondes por obra o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura sereis escondidos no dia da ira do Senhor.” (Sf 2.3) 

LEITURA BÍBLICA: SOFONIAS 1.1-7 

INTRODUÇÃO Sofonias é um profeta do mesmo período tenebroso na história do povo de Deus do qual também profetizaram Miquéias e Jeremias. É uma das muitas vozes pelas quais o Senhor Deus denunciou os pecados do Seu povo e declarou o juízo determinado para corrigi-los e trazê-los de volta ao caminho reto, a fim de que as coisas boas que havia preparado para Judá e Jerusalém pudessem se cumprir. Embora esta profecia apresente os mesmos temas já estudados em Jeremias e Miquéias, sempre é possível perceber particulares que lançam nova luz para uma compreensão mais ampla da situação espiritual do povo de Deus naquele período e nos tempos atuais. 

I – JUÍZO CONTRA JUDÁ E JERUSALÉM (CAPÍTULO 1) Sofonias (cujo nome significa “o Senhor esconde”) era tataraneto do rei Ezequias e profetizou durante o reinado de Josias (1.1). Este foi o último rei piedoso de Judá, e seu governo foi assinalado por uma restauração espiritual da nação, que começou com o banimento da idolatria e o restabelecimento do verdadeiro culto ao Senhor; depois, com a reparação e purificação do templo, havendo sido encontrada uma cópia da Lei (cf. 2 Rs 22.1-10). Mesmo assim, o profeta acusa Jerusalém e Judá de muitos pecados, e retrata a condição espiritual lamentável em que o povo se encontrava, cujo castigo, em razão das reformas e do coração reto e sincero de Josias, apenas havia sido postergado para um momento futuro (cf. 2 Rs 22.15-17). O profeta anuncia aqui o castigo iminente do Senhor contra Judá e Jerusalém, cujo propósito seria purificar o seu povo tanto daquilo em que tropeçavam como daqueles que se haviam entregado irremediavelmente à iniquidade (1.2-6). Não há nada mais o que fazer para adiar este dia, senão calar-se e, estarrecido, contemplar o que o Senhor estava prestes a fazer (1.7). O juízo é anunciado como um banquete, um grande dia de sacrifício – ilustração recorrente na profecia bíblica que indica a matança generalizada, da qual os pecadores não escapariam, nem príncipes nem servos (1.8-9; cf. Ap 19.17-18). Embora o profeta não faça menção direta a Babilônia, nem ao cerco, aqui temos uma referência indireta à aproximação do exército caldeu pelas montanhas e a invasão da cidade anunciada desde a entrada norte (1.10). A profecia contra Judá e Jerusalém se encerra com uma descrição desse dia terrível, quando aqueles que haviam permanecido indiferentes à palavra de Deus seriam encontrados e levados, e não poderiam se regalar naquilo que haviam acumulado para si (1.12-13); até o mais poderoso dos homens clamaria nesse dia (1.14), e todos andariam como cegos, apanhados nos seus pecados e incapazes de se livrar do castigo (1.15-18). 

II – JUÍZO CONTRA VÁRIAS NAÇÕES (CAPÍTULO 2) Assim como outros profetas, Sofonias é incumbido de anunciar o juízo de Deus especialmente contra Judá e Jerusalém, mas não apenas contra o seu próprio povo – seria um juízo de escala mundial, e aqui cinco nações estrangeiras são ameaçadas da visitação divina, a saber: Filístia, Amom, Moabe, Etiópia e Assíria. Assim, o capítulo se inicia com um chamado ao arrependimento, sendo que o castigo sobre as nações que se segue apenas reforça a proximidade e certeza de que o Senhor visitaria o Seu povo, pois o juízo começa pela Sua casa (2.1-3; cf. 1 Pe 4.16-17). Ao mesmo tempo, devemos notar que este anúncio contém o princípio de uma esperança de restauração para o povo de Deus, na medida em que o Senhor visitaria nações que haviam participado da ruína de Judá e Jerusalém, ou zombado da sua destruição e, portanto, deveriam pagar pelos seus próprios pecados servindo de despojo e compensação pela aflição do povo eleito. Assim, os filisteus, depois de muito tempo mantendo perpétua inimizade contra o povo de Judá, seriam finalmente aniquilados, e a costa do mar que antes ocupavam serviria de pastagem para os rebanhos dos cativos de Judá, quando estes voltassem de Babilônia (2.4-7). Quanto a Moabe e Amom, conhecidas são a zombaria e o escárnio com que olharam para Judá e Jerusalém – e para o próprio Deus vivo – por ocasião do cerco e queda da nação; seriam, por isso, assoladas completamente e sua terra passaria a fazer parte da terra onde somente o nome do Senhor seria conhecido e invocado (2.8-11). Segue-se uma única sentença contra os etíopes, que pelo menos em uma ocasião haviam causado grande temor em Judá, durante o reinado de Asa, e que por isso seriam mortos à espada, isto é, por um exército tão grande quanto aquele com que tentaram impressionar e destruir o povo de Deus (2.12; cf. 2 Cr 14.9). E a profecia se conclui com uma palavra de destruição contra Nínive, capital da Assíria, que então se aproximava da sua queda, na mesma proporção em que os caldeus se fortaleciam (2.13-15). 

III – EXORTAÇÃO AO ARREPENDIMENTO E ESPERANÇA (CAPÍTULO 3) O profeta se volta novamente para Jerusalém e Judá, repreendendo-os pela iniquidade e obstinação dos seus líderes e, mesmo o Senhor operando no meio deles, fazendo Sua palavra e Sua justiça serem conhecidas através dos Seus profetas, e através de muitas nações que anteriormente os ameaçaram e foram destruídas; eles preferiram não dar ouvidos, e se apressaram a pecar ainda mais (3.1-7). O juízo que seria derramado sobre as nações resultaria então não apenas em destruição total, mas em purificação – e aqui consideramos um segundo aspecto dessa profecia, que aponta para a restauração do povo de Deus a partir não apenas do retorno dos cativos de Babilônia, mas também do ajuntamento dos gentios, “a filha da minha dispersão”, aos quais o Senhor daria lábios puros para que O invocassem, e aos filhos de Israel um coração humilde para que não se rebelasse mais contra o Seu Deus (3.8-13). As palavras de Deus através deste profeta se encerram com uma viva esperança de restauração que se seguiria ao juízo, quando o povo de Deus voltaria a se alegrar e ter motivos para cantar, pois, de fato, não haveria mais do que castiga-lo, e nenhum inimigo mais restaria que ele precisasse temer (3.14-17; cf. Is 40.1-2). O remanescente, que havia se lamentado sobre as agruras da nação, sentido a desonra que se abatera contra Jerusalém e Judá ao cair diante dos seus adversários, e todos aqueles que haviam sido de alguma forma vexados pelos estranhos, haveriam de ser honrados e lembrados, mesmo na terra dos seus algozes, quando os cativos fossem restaurados e trazidos de volta a Judá (3.18-20). 

CONCLUSÃO Assim como Jeremias e Miquéias, Sofonias é claro e incisivo no chamado ao arrependimento e a reconhecer a justiça de Deus no castigo. Também não é menos claro no anúncio de uma firme esperança, a qual nem mesmo o fracasso da nação em obedecer à vontade de Deus impediria que os fiéis alcançassem a salvação.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/


INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

OUÇA A RÁDIO NET GRATA NOVA



19 março 2024

012-Miquéias - [Pr Afonso Chaves]19mar2024

MP3 PARA DOWNLOADS

LIÇÃO 12 

MIQUÉIAS 

TEXTO ÁUREO: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com o teu Deus?” (MIQUÉIAS 6.8)

LEITURA BÍBLICA: MIQUEIAS 6.2-8 

INTRODUÇÃO Aproveitaremos as lições que nos restam para completar este trimestre para, após termos estudado os livros da profecia e das lamentações de Jeremias, conhecermos mais alguns dos profetas bíblicos. Na lição de hoje, faremos uma análise, ainda que concisa, sobre a profecia de Miqueias, e notaremos muitas semelhanças com o profeta que já estudamos durante este trimestre. De fato, a mensagem de Deus para o Seu povo foi anunciada diversas vezes e de diversas maneiras pelos profetas, mas, essencialmente, era a mesma: mostrar ao povo os seus pecados e as consequências inevitáveis do juízo sobre aqueles que não se arrependessem, e ao mesmo tempo alimentar a esperança dos contritos e humilhados sob a mão de Deus num tempo de restauração, glória e paz no reino dos céus. 

I – OS PECADOS DE JACÓ (CAPÍTULOS 1 E 2) Miqueias profetizou durante os reinados de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, sendo conhecido como moratista em alusão à sua cidade de origem, Moresete-Gate (1.1, 14). Embora não mencione por nome nenhum rei de Israel – isto é, do reino do norte – a mensagem de Miquéias diz respeito tanto à casa de Israel como de Judá; em outras palavras, mencionando diversas vezes os pecados e castigos que sobreviriam a Samaria e Jerusalém (1.5, 9, 12). Que o ministério deste profeta, embora resumido em apenas 7 breves capítulos, causou grande impacto sobre o povo de Deus, podemos deduzir a partir do fato de, muito tempo depois, durante o reinado de Zedequias, sua profecia ainda ser lembrada pelo povo de Jerusalém (cf. Jr 26.18). Neste primeiro capítulo, Miquéias proclama a idolatria que ambas as casas de Jacó foram contaminadas pela idolatria, o pecado de Samaria estendendo-se até Jerusalém, o Senhor sendo testemunha de todo este mal e estando prestes a descer dos céus para exercer a Sua vingança contra os pecadores. Miquéias expressa sua dor e pesar pelo fato de o mal de Samaria ser incurável, sendo motivo de grande vergonha para o povo de Deus, e anuncia o juízo que sobreviria sobre as dez tribos, resultando na destruição e cativeiro das dez tribos, e que chegaria até as portas de Jerusalém como uma afronta –provável referência à invasão de Senaqueribe (1.10-16). A idolatria foi o princípio de uma degeneração moral generalizada, que o profeta denuncia no capítulo seguinte: malícia, opressão, cobiça; nem viajantes, nem mulheres, nem crianças, escapavam à injustiça e corrupção dos israelitas (2.1-2, 8-9). O Senhor anuncia então que a alegria daquele povo será trocada por tristeza, e que lamentar-se sobre isto não mudaria o que Deus havia decretado quanto à sua sorte; porque não era de agora que o Senhor vinha anunciando a Israel, através dos Seus profetas, qual caminho deveria ser seguido, o que eles deveriam fazer para receber o bem, e não o mal que agora se prenunciava: “E não é assim que fazem bem as minhas palavras ao que anda retamente?” (2.3-6, 7). Mas, como não quiseram praticar a justiça, o cativeiro os removeria da terra na qual o Senhor poderia ter lhes dado descanso (2.10; cf. Hb 4.6-8). O capítulo anterior se encerra de fato com um breve vislumbre de uma restauração, quando Jacó seria novamente reunido e, como ovelhas, seriam conduzidos por um rei, sob a direção do próprio Deus, para entrarem e saírem do aprisco pela porta (2.12-13); mas isto aqui é afirmado como uma esperança ante a rapina e injustiça com que governavam os líderes e “profetas” de Israel, os quais espoliavam o povo e o faziam errar através de falsas esperanças (3.1-5). Quando chegasse o tempo da visitação, esses falsos profetas não encontrariam palavras para desorientar e nem eles mesmos entenderiam a situação, pois seriam tomados pela confusão e vergonha (3.6-7); ao que Miquéias declara a força e o ânimo que o Espírito de Deus lhe concedia para anunciar a mensagem de juízo da parte de Deus e apontar ao povo o seu pecado (3.8). 

II – SIÃO SERÁ ESTABELECIDA EM GLÓRIA PELO MESSIAS (CAPÍTULOS 4 E 5) Podemos considerar os capítulos 4 e 5 como uma segunda seção do livro de Miquéias, onde o profeta nos apresenta um quadro da restauração futura do povo de Deus sob o governo glorioso do Messias. Em vista da desolação a que seria reduzida Sião e Jerusalém, por causa dos seus pecados, conforme destacado no final do capítulo anterior (3.11), o profeta nos apresenta agora a imagem contrastante dos últimos dias, quando “o monte da Casa do Senhor será estabelecido no cume dos montes e se elevará sobre os outeiros” (4.1). Depois de servir de escândalo e zombaria para as outras nações pelos seus pecados e terrível castigo, Sião tornaria a ser edificada e o Senhor provaria que a ama, de modo que os que restassem das nações, depois de também terem sido destruídas pelas suas injustiças contra o povo de Deus, desejariam ir até a casa de Deus para ali aprender Sua lei e, obedecendo-a, provarem o bem (4.2-3). O profeta também consola de antemão os que estavam prestes a ir para o cativeiro em Babilônia, para que não se esquecessem de que o Senhor reinava sobre eles mesmo em terra estranha e que ainda seriam livrados de lá (4.9-10); além de revelar o propósito de exaltar os quebrantados de Sião sobre as nações que se reuniram com o fim de destruí-los (4.11-13). Chegamos agora ao ponto central da promessa de restauração anunciada por Deus através do profeta, quando é revelado aquele que apascentaria o povo de Deus, aquele que seria Senhor em Israel e a a sua paz, isto é, o Messias (5.2-5; cf. Is 9.6). Notemos que, nesta profecia, é indicado não apenas o local do Seu nascimento – Belém – mas o fato de que Ele nasceria como um homem, isto é, de uma mulher (cf. Mt 2.6; 1.22-23). E que a restauração de Jacó, se por um lado significa o retorno do remanescente a Sião, por outro lado implica também na dispersão da igreja de Deus entre as nações, a fim de que a palavra de Deus seja propagada por todos os povos; mas desta vez não com temor ou sob o quebrantamento do castigo, mas com a coragem e perseverança de uma missão e autoridade confiada à igreja pelo próprio Senhor (5.7-8; cf. At 1.8; Rm 10.14-15). 

III – CONTENDA COM ISRAEL (CAPÍTULOS 6 E 7) Nestes dois últimos capítulos de Miqueias, o Senhor aponta mais uma vez os pecados da nação, mas com o propósito de demonstrar a posição indesculpável dos israelitas diante de Deus, e despertar em seus corações um senso de culpa que os leve ao arrependimento. O argumento começa com o Senhor lembrando a benignidade e bondade com que os tratou durante a peregrinação no deserto – como os libertou da terra do Egito, como lhes deu bons líderes, como os protegeu e impediu que fossem amaldiçoados (6.3-7). E, em troca, nada pediu, senão que “pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus” (v. 8). Mesmo assim, os filhos de Jacó preferiram retribuir a graça de Deus com iniquidade, e injustiça, andando nos mandamentos pecaminosos de homens (v. 10-12, 16). O profeta se desilude com o seu povo, pois em todos vê iniquidade e malícia de uns para com os outros – até mesmo nas relações mais afetuosas – e exorta seus ouvintes a fazerem o mesmo; mas expressa sua esperança inabalável no Senhor Deus (7.1-6, 7). Confiante da realização das promessas já anunciadas quanto à restauração de Sião, Miquéias lembra que a punição contra Israel é temporária, e logo Deus voltará a se apiedar do Seu povo, e lhe dará aquilo que prometeu a Abraão (7.8-9, 18-20). 

CONCLUSÃO Miqueias nos ensina que nem mesmo o pecado do povo de Deus impedirá que o Seu bom propósito para ele se realize, mas mesmo através do pecado e de como lida com este mal no coração do Seu povo, o Senhor nos ensina a Sua justiça e nos mostra o caminho que devemos seguir se desejamos desfrutar da sua benignidade.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/


INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

OUÇA A RÁDIO NET GRATA NOVA